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Indústria no Brasil – Wikipédia a enciclopédia livre

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Indústria no Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A indústria no Brasil é relativamente nova comparada à de outros países, mas teve seus primeiros passos já no
período colonial. Levou-se um certo tempo, porém, para crescer satisfatoriamente no início do século XIX através de
investimentos autônomos estimulados pelo período monárquico e principalmente para se solidificar e se estruturar a partir
da década de 1930 com as medidas políticas dos governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Hoje, o país é
considerado um dos mais industrializados do mundo e ocupa o décimo quinto lugar no segmento em escala global.
Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que possui um enorme e variado parque
industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Os principais tipos de indústrias no Brasil são
as as automobilísticas, petroquímicas, de produtos químicos, alimentares, de minerais não metálicos, soja, têxtil, de
vestuário, metalúrgica, mecânica, etc. No Brasil, as áreas de comércio, serviço público, profissionais liberais, educação,
serviços bancários, de comunicação, de transporte e outras estão diretamente ligadas à indústria.
A industrialização no Brasil, no entanto, nunca ocorreu a nível nacional. O parque industrial brasileiro atualmente está
concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, embora a dispersão da infra-estrutura
de transportes, energia e comunicação tem a dispersado espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões,
inclusive no interior dos estados. Essa desconcentração é uma das características atuais da industrialização brasileira
contemporânea: segundo o IBGE, a concentração no Sudeste baixou para 48% das indústrias.
Índice
1 Breve história
1.1 Período colonial
1.2 Origens: décadas de 1800-1840
1.3 Avanços: décadas de 1840 e 1860
1.4 Mudanças: décadas de 1860 e 1880
1.5 Década de 1930 e 1960: solidificação nacional
1.6 Atualidade
2 Setor industrial brasileiro
3 Importância da indústria no Brasil
4 Dados
4.1 Eletricidade
4.2 Petróleo
4.3 Estatísticas
5 Ver também
6 Referências
6.1 Bibliografia
6.2 Notas
7 Ligações externas
Breve história
Período colonial
Durante o período colonial, devido às regras da teoria econômica do mercantilismo, nenhuma atividade industrial poderia
ter lugar no Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às distâncias entre a
[1]
[2]
[3]
[4]
Fábrica de ferro em Sorocaba,
província de São Paulo, 1884.
Estaleiro na cidade do Rio de Janeiro,
cerca de 1862.
metrópole e a colônia, e eram, principalmente, de fiação, calçados, vasilhames. Na segunda metade do século XVIII, em
1785, Portugal proibiu fábricas na colônia, o motivo foi que os portuguêses não pretendiam criar concorrência com os
produtos vendidos no Brasil para Inglaterra.
Origens: décadas de 1800-1840
As origens industriais no Brasil datam do início do século XIX através de
oficinas de trabalho. A maioria dos estabelecimentos surgiram no sudeste
brasileiro (sobretudo nas províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e, mais
tarde, em São Paulo) e cerca de 77 estabelecimentos foram registrados entre
1808 e 1840 foram classificados como "fábricas" ou "manufaturadas".
Contudo, a maioria (cerca de 56 estabelecimentos), seriam consideradas
apenas como oficinas pelos padrões de hoje, e eram voltadas para a produção
de sabão e velas de sebo, rapé, fiação, tecelagem, alimentos, derretimento de
ferro, derretimento de metal, lã e seda, entre outros. Na época, esses
estabelecimentos utilizavam tanto escravos quanto trabalhadores livres.
Existiam cerca de vinte estabelecimentos que hoje seriam considerados como
manufaturados de fato, e deste total, 13 foram criados entre os anos de 1831 e 1840. Todos, no entanto, eram de porte
pequeno e se assemelhavam mais a grandes oficinas do que a fábricas próprias. Ainda assim, os produtos manufaturados
eram bastante diversificados e de uso comum: chapéus, pentes, ferração e serrarias, fiação, tecelagem, sabão e velas,
vidros, tapetes, óleo, etc. Segundo estudiosos, provavelmente por causa da instabilidade do período regencial, apenas
nove destes estabelecimentos ainda estavam em funcionamento pelos idos de 1841, mas estes nove eram de grande
tamanho e hoje podem ser considerados como um "presságio de uma nova era para a fábrica" brasileira.
Existiam cerca de vinte estabelecimentos que hoje seriam considerados como manufaturados de fato, e deste total, 13
foram criados entre os anos de 1831 e 1840. Todos, no entanto, eram de porte pequeno e se assemelhavam mais a
grandes oficinas do que a fábricas próprias. Ainda assim, os produtos manufaturados eram bastante diversificados e de
uso comum: chapéus, pentes, ferração e serrarias, fiação, tecelagem, sabão e velas, vidros, tapetes, óleo, etc. Segundo
estudiosos, provavelmente por causa da instabilidade do período regencial, apenas nove destes estabelecimentos ainda
estavam em funcionamento pelos idos de 1841, mas estes nove eram de grande tamanho e hoje podem ser considerados
como um "pressário de uma nova era para a fábrica" brasileira.
O advento da real produção manufaturada antes da década de 1840 era extremamente limitada, devido à auto-
suficiência das regiões do país (sobretudo as fazendas produtoras de café e cana-de-açúcar, que produziam seus
próprios alimentos, roupas, equipamentos, etc.), e também à falta de capital e aos altos custos de produção que
tornaram impossível para a fábrica nacional competir com produtos estrangeiros à época. Segundo estudiosos, os custos
eram altos porque a maioria das matérias primas eram importadas, apesar de algumas plantas já usarem máquinas.
Avanços: décadas de 1840 e 1860
A promulgação da tarifa de Alves Branco modificou esse quadro. A tarifa
conseguiu aumentar as receitas do Estado e estimular o crescimento da
indústria nacional. A proliferação repentina de capital foi direcionada
para investimentos nas áreas de serviços urbanos, transportes, comércio,
bancos, indústrias, etc. A maior parte do capital investido em indústrias foi
direcionada para as têxteis. Com o crescimento industrial sem precedentes,
vários estabelecimentos manufaturados surgiram, dedicados então a produtos
bem diversos: fusão de ferro e metal, maquinários, sabão e velas, vidros,
cerveja, vinagre, galões de ouro e prata, sapatos, chapéus, algodadão e
tecido.
Um dos principais estabelecimentos criados neste período foi a Ponta da
Areia, fábrica metalúrgica na cidade de Niterói que também construía barcos a
vapor. É provável que a indústria têxtil era a mais beneficiada pelo fato de
ser a mais antiga do país. Ela surgiu pela primeira vez em 1830, com a fundação da Santo Antônio do Queimado na
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Figuras empreendedoras como
Irineu Evangelista de Sousa
(Visconde de Mauá) contribuíram
significativamente para o
crescimento da indústria no Brasil.
Interior de uma fábrica no Brasil,
1880.
cidade de Salvador, Bahia. O setor têxtil foi bastante dinâmico durante o período monárquico brasileiro e recebeu
grandes investimentos até 1890, quando entrou em declínio. Várias modernizações ocorreram, principalmente entre
1840 e 1860, quando foram criadas fábricas de alto nível tecnológico capazes de competir com outros grandes centros
internacionais. Vieram outras melhorias com a estabilização das fábricas e forjas voltadas para a produção de
equipamentos e peças para a manufatura têxtil. A concentração da indústria que emergia na província da Bahia
expandiu consideravelmente o seu alcance econômico e acabou atingindo o sul do Ceará, Piauí e até mesmo Minas
Gerais.
De acordo com Ronaldo Vainfas, não há qualquer base documental que
comprove a crença comum de que a extinção do tráfico de escravos africanos em
1850 "liberou" créditos para o desenvolvimento industrial. Ao contrário, o capital
empregado no comércio já havia sido empregado em setores como empresas de
serviços urbanos, transportes,bancos e comércio. No entanto, é possível que
tenha ocorrido um contributo indireto para o crescimento do setor industrial
através de empréstimos bancários. Em 1850, haviam cerca de 50 fábricas no
Brasil com um capital de pelo menos Rs 7.000:000$000.
O governo imperial criou vários incentivos para a industrialização do país. O mais
antigo destes data do reinado de Pedro I do Brasil, através de prêmios de
subsídios governamentais. O primeiro estabelecimento a receber tal concessão foi
a Fábrica das Chitas, devotada ao papel e à impressão, por um decreto de 26 de
junho de 1826. A prática foi retomada na década de 1840, quando os novos
estabelecimentos industrais receberam tais subsídios. Em 1857, sete fábricas
foram beneficiadas através da prática de incentivos, entre elas a Ponta da Areia
mencionada mais acima, cujo proprietário foi Irineu Evangelista de Sousa (mais
tarde conhecido como Visconde de Mauá). Um dos critérios para a concessão
desses subsídios era o emprego exclusivo a trabalhadores livres, o que marcava
um novo modo de se investir e trabalhar no país.
Mudanças: décadas de 1860 e 1880
No final da década de 1860, surgiu um novo surto industrial causado principalmente por dois conflitos armados: a
Guerra Civil Americana e a Guerra do Paraguai. Por causa da primeira das duas, a produção de algodão dos EUA foi
interrompida pelo bloqueio das forças da União contra a Confederação. A segunda, por sua vez, resultou na emissão de
moeda e no aumento das tarifas de importação para cobrir os custos da guerra. Isso resultou em um grande estímulo não
só para a indústria têxtil, mas também para outros setores, tais como o de produtos químicos, charutos, vidro, papel,
couro e instrumentos óticos e náuticos.
Durante a década de 1870, graças ao declínio da região cafeeira do Vale do
Paraíba e algumas áreas de produção de açúcar, muitos proprietários de
plantações investiram não só na indústria têxtil de algodão, mas também em
outros setores industrias. A implantação de uma rede ferroviária em todo o
território nacional também estimulou o surgimento de novas atividades
industriais, principalmente em São Paulo. A indústria brasileira também
experimentou um grande impulso nesse período. A partir da década de 1870,
a grande expansão da industrialização tornou-se uma contante no Brasil.
Em 1866, por exemplo, haviam nove fábricas têxteis com cerca de 795
trabalhadores. Em 1881, haviam 46 fábricas têxteis através do país: 12 na
Bahia, 11 no Rio de Janeiro, 9 em São Paulo, 9 em Minas Gerais, e 5 em
outras províncias. O número de estabelecimentos diminuiu um pouco em
1885 para 42 fábricas têxteis com 3 mil e 172 trabalhadores. Contudo, isso
não prejudicou o crescimento global no setor até 1889.
Em 1880, foi estabelecida a Associação Industrial, e sua primeira diretoria foi eleita no ano seguinte. A Associação
apoiou novos incentivos industriais e propagandeou contra os defensores de um Brasil essencialmente agrícola. 9,6%
do capital da economia do Brasil era direcionada para a indústria em 1884, e em 1885 chegou a 11,2%. Este número,
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[24]
[26]
Plataforma petrolífera P-51 da
Petrobras, a primeira 100% brasileira.
no entanto, caiu drasticamente durante o período republicano: caiu para 5% entre 1895 e 1899, e chegou a aumentar um
pouco entre 1900 e 1904. Ainda assim, levariam muitos anos para voltar ao nível que prevaleceu durante o Imperío.
No momento de sua queda, em 1889, o Brasil monárquico tinha 636 fábricas (representando um aumento anual de
6,74% a partir de 1850) com um capital de Rs 401.630:600$000 (taxa de crescimento anual de 10,94% desde
1850). Deste montante, 60% eram empregados no setor têxtil, 15% no de alimentos, 10% de química, 4% em
madeira, 3,5% em roupa e 3% em metalurgia.
Década de 1930 e 1960: solidificação nacional
Até a metade do século XX, o Brasil dependeu exclusivamente da economia agrícola. Até então, a organização das
atividades econômicas eram dispersas e as economias regionais se estruturavam praticamente de forma totalmente
autônoma. Os inícios da industrialização tratados na seção anterior e a crise do café em cerca de 1929 foram fatores
importantes para que o governo federal passasse a promover a integração dos "arquipélagos naturais". A estrutura da
indústria no Brasil cresceu e solidificou-se consideravelmente a partir da década de 1930. O governo de Getúlio Vargas
(1882 - morto em 1954) encarregou-se dessa tarefa instalando um sistema de transportes que ligasse os Estados
brasileiros, o que terminou aumentando o fluxo de mercadorias e pessoas entre os mesmos. Os produtos industriais
produzidos sobretudos na região sudeste alcançou outras regiões do Brasil, causando a falência de indústrias que não
conseguiam competir, e estabelecendo um forte centro econômico e industrial em São paulo e Rio de Janeiro.
Vargas, que representava os conceitos e anseios da Revolução de 1930,
passou a investir fortemente na criação da infra-estrutura industrial: indústria de
base e energia, e criou diversas companhias e instituições decisivas para a
industrialização, como o Conselho Nacional do Petróleo (1938), a Companhia
Siderúrgica Nacional (1941, energia elétrica para as indústrias e para a
população), a Companhia Vale do Rio Doce (1943, exploração do minério de
ferro) e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945). Foram as
primeiras grandes empresas industriais do país. Somadas a estas, a criação
da Petrobrás, em 1953, contribuiu para o aceleramento do crescimento
industrial. O governo de Vargas também criou leis trabalhistas que
satisfizessem os trabalhadores e que terminaram preparando o país para a
organização no crescimento das indústrias, como foi o caso da Consolidação
das Leis dos Trabalhos.
Depois de Vargas, o governo de Juscelino Kubitschek (1956 – 1961) também trouxe projetos governamentais em
relação ao crescimento industrial, que ganhou maior dimensão com a criação de medidas alfandegárias, propiciando,
assim, a vinda de empresas internacionais para o Brasil. Seu Plano de Metas incentivou a produção industrial, que
crescia aceleradamente, e o governo de Kubitschek concentrou atenções em investimentos na área de energia e de
transportes. Na época, diversas empresas multinacionais investiram no Brasil, entre elas notavelmente a montadora de
automóveis Volkswagen, entre outras. Dessa forma, pode-se dizer que com medidas políticas a indústria no Brasil
experimentou momentos de grande crescimento, organização e prosperidade.
Atualidade
Nos anos 70, 80 e 90, a indústria no Brasil continuou a crescer, embora tenha estagnado em certos momentos de crise
econômica. A década de 80, por exemplo, ficou conhecida como a "década perdida" para a economia brasileira
devido a retração econômica da indústria. O cenário mudou e, estabilizada, a base industrial atual do país produz
diversos produtos: automóveis, máquinas, roupas, aviões, equipamentos, produtos alimentícios industrializados,
eletrodomésticos, e muitos outros. Embora seja auto-suficiente na maioria dos setores, a indústria brasileira ainda é
dependente de tecnologia externa em campos como a informática. Além disso, o parque industrial brasileiro continua
concentrado sobretudo nos estados do Centro-Sul e nas regiões metropolitanas, embora a dispersão da infra-estrutura
de transportes, energia e comunicação tem a dispersado espacialmente nas últimas décadas para diversas outras regiões,
inclusive no interior dos estados.
Os esforços do passado criaram uma intensificação na indústria brasileira que possui um enorme e variado parque
industrial produzindo bens de consumo e até mesmo tecnologia de ponta. Após diversas crises econômicas, o país é
[27]
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hoje um dos mais industrializados do mundo e ocupa o décimo quinto lugar em escala global nesse segmento. Na
primeira década do século XXI, a privatização de empresas estatais nas áreasde mineração, bancária e de
telecomunicações foi uma característica marcante na economia brasileira. A industrialização brasileira ainda não ocorre
de maneira homogênea, portanto certas regiões são densamente industrializadas, enquanto outras são totalmente
desprovidas desse tipo de atividade econômica. Apesar de diversos problemas sociais, costumeiramente relacionados à
maneira da industrialização no país, o Brasil vem ocupando um lugar de destaque no cenário econômico e industrial
internacional.
Setor industrial brasileiro
Boa parte da grande indústria está concentrada no sul e sudeste. O nordeste não é tão industrializado, mas está
começando a atrair novos investimentos, o mesmo acontecendo com as demais regiões do Brasil.
O Brasil tem o terceiro setor industrial mais avançado da América. Calculando um terço do PIB,a indústria brasileira
varia de automóveis, aço e petroquímicos para computadores, aeronaves e bens de consumo duráveis. Com a maior
estabilidade econômica prevista pelo Plano Real, as empresas brasileiras e multinacionais têm investido pesadamente em
novos equipamentos e tecnologia, uma grande parte dos quais foi comprado de empresas E.U.A.
O Brasil possui uma diversificada e sofisticada indústria de serviços também. Durante a década de 1990, o sector
bancário representou tanto como 16% do PIB. Apesar de sofrer uma grande reformulação, a indústria de serviços do
Brasil muitos financeiros ofereceram às empresas locais, com uma vasta gama de produtos e está atraindo inúmeros
novos operadores, incluindo empresas americanas. financeira. São Paulo e Rio de Janeiro, as bolsas estão passando por
uma consolidação e do setor de resseguros está prestes a ser privatizada.
O governo brasileiro empreendeu um ambicioso programa para reduzir a dependência do petróleo importado. As
importações eram responsáveis por mais de 70% das necessidades de petróleo do país, mas em 2006 o Brasil alcançou
a auto-suficiência de petróleo. O Brasil é um dos principais produtores mundiais de energia hidrelétrica, com capacidade
atual de cerca de 58.000 megawatts. As Hidrelétricas existentes fornece 92% da electricidade do país. Dois grandes
projetos hidrelétricos, a 12.600 megawatts de Itaipu, no rio Paraná - a maior represa do mundo - e da barragem de
Tucuruí no Pará, no norte do Brasil, estão em operação. Além de contar com reator nuclear, Angra I, localizada perto
do Rio de Janeiro, está em operação há mais de 10 anos. Angra II está em construção e, depois de anos de atrasos,
está prestes a entrar na linha. Um Angra III é planejado. Os três reatores teria uma capacidade combinada de 3.000
megawatts quando concluído.
Reservas de recursos minerais provadas são extensas. Grandes reservas de ferro e manganês são importantes fontes de
matérias-primas industrial e receitas de exportação. Depósitos de níquel, estanho, cromita, bauxita, berílio, cobre,
chumbo, tungstênio, zinco, ouro e outros minerais são explorados. Alta qualidade do carvão de coque grau exigido na
indústria siderúrgica está em falta.
Importância da indústria no Brasil
A indústria brasileira tem importância crucial no país por ser um macrossetor que exige considerável investimento
financeiro, por produzir os bens de maior valor da economia e empregar milhões de brasileiros. Grande parte dos
bens produzidos, ou seja, os manufaturados, estão diretamente ligados à urbanização do país, como os produtos
eletrodomésticos que a população usa para conforto, trabalho, saúde e bem estar.
Além disso, as retrações econômicas da indústria, não só no Brasil, provocam uma série de consequências
consideravelmente ruins, como o aumento do desemprego pelo fato da demissão de trabalhadores, a elevação dos
preços de produtos para compensar as perdas financeiras que pode ocasionar a inflação, a queda da arrecadação de
impostos devido a diminuição das vendas do comércio e, também, e sobretudo no Brasil, a redução da capacidade de
funcionamento das três esferas de governos.
Não obstante, a indústria é muito importante na produção de riquezas do Brasil, mensurada no Produto Interno Bruto
(PIB). Como exemplo, podemos citar o ano de 2009, em que o PIB brasileiro atingiu cerca de 3,14 trilhões de reais e a
indústria havia sido responsável por 25,4% de todo esse valor. O agronegócio, cuja cadeia começa nas fábricas de
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tratores, de adubos e de ração animal, é responsável por cerca de um quarto do PIB nacional. Por fim, as
exportações de produtos industrializados e de produtos básicos ou matérias-primas (commodities) também influem na
riqueza de qualquer nação.
Dados
Eletricidade
Capacidade de Energia Gerada
Ano 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Capacidade em gigawatts 0.157 0.367 0.779 13.47 53.05 73.71
Petróleo
Produção de Petróleo
Ano 1960 1970 1980 1990 2000 2006
Mil barris por dia 83 169 189 653 1,271 1,809
Estatísticas
Electricidade:
Produção: 380 TWh (2004)
Consumo: 391 TWh (2004)
Eletricidade - produção pela fonte: (2004)
Outras fontes: 9%
Hidrelétricas: 83%
Térmica convencional: 4%
Nucleares: 4%
Petróleo:
Produção: 2,165 milhões barris / dia (2006)
Consumo: 2,216 milhões barris / dia (2006)
Importações: 0,051 milhões de barris / dia (2006
Reservas provadas: 11,2 bilhões de barris (2006)
Capacidade de refinação: 1,908 milhões barris / dia (2006)
Gás natural: 
Produção: 9,88 bilhões quilômetros cúbicos (2006)
Consumo: 19,34 bilhões quilômetros cúbicos (2006)
Importações: 9,45 bilhões quilômetros cúbicos (2006)
Reservas provadas: 326 bilião quilômetros cúbicos (2006)
Ver também
História da industrialização no Brasil
[34]
[35]
[36]
[37]
[37]
[38]
[38]
Industrialização do Espírito Santo
Indústria bélica do Brasil
Indústria automobilística no Brasil
Referências
Bibliografia
Graça Filho, Afonso de Alencastro. A economia do Império brasileiro. São Paulo: Atual, 2004.
Scantimburgo, João de. O Poder Moderador. São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1980.
Silva, Hélio. 1889 - A república não esperou o amanhecer. Porto Alegre: L&PM, 2005.
Sodré, Nelson Werneck. Panorama do Segundo Império, 2. ed. Rio de Janeiro: GRAPHIA, 2004.
Szmrecsány, Tamás and Lapa, José Roberto do Amaral. História Econômica da Independência e do Império,
2. ed. São Paulo: USP, 2002.
Vainfas, Ronaldo. Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 1994.
Notas
1. ↑ Eduardo de Freitas. "A Indústria Contemporânea no Brasil (http://www.brasilescola.com/brasil/a-
industria-contemporanea-no-brasil.htm) ". Brasil Escola. Acesso: 4 de outubro, 2012.
2. ↑ Eduardo de Freitas. "Industrialização do Brasil (http://www.brasilescola.com/brasil/industrializacao-do-
brasil.htm) ". Brasil Escola. Acesso: 4 de outubro, 2012.
3. ↑ "Localização da Indústria no Brasil
(https://www.10emtudo.com.br/aula/vestibular/localizacao_da_industria_no_brasil/) ". Acesso: 4 de outubro,
2012.
4. ↑ "A indústria sai da crise", in: Atualidades Vestibular + Enem 2011, p.151. Editora Abril.
5. ↑ Szmrecsány, 2002, p. 282.
6. ↑ Szmrecsány, 2002, p. 283.
7. ↑ Szmrecsány, 2002, p. 283.
8. ↑ Szmrecsány, 2002, p. 285 a 287.
9. ↑ Szmrecsány, p. 294
10. ↑ Sodré, p.198-200
11. ↑ Szmrecsány, p. 290
12. ↑ Vainfas, p. 373
13. ↑ Szmrecsány, p. 291
14. ↑ Vainfas, p. 374
15. ↑ Szmrecsány, p. 318-9
16. ↑ Szmrecsány, p. 308
17. ↑ Vainfas, p. 375
18. ↑ Szmrecsány, p. 300
19. ↑ Vianna, p. 496
20. ↑ Szmrecsány, p. 298
21. ↑ Szmrecsány, p. 298-300
22. ↑ Szmrecsány, p. 185
23. ↑ Vainfas, p. 373, 375
24. ↑ Graça Filho, p. 80
25. ↑ Graça Filho, p. 84
26. ↑ Vainfas, p. 376
27. ↑ Silva, p.61
28. ↑ Silva, p. 60
a b c d
a b c d e
a b c d e
a b
a b
a b
a b c d e f
29. ↑ Fabrício Santos. "O início da industrialização brasileira
(http://www.brasilescola.com/historiab/industrializacao-brasileira.htm) ". Brasil Escola. Acesso: 4 de outubro,
2012.
30. ↑ "80 anos da Era Vargas" in: Atualidades Vestibular + Enem 2011, p.111. Editora Abril.
31. ↑ "O Brasil de Vargas eo Brasil de JK
(http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/sala_de_aula/historia/historia_do_brasil/os_anos_de_jk/os_anos_jk)
". Passeiweb. Acesso: 4 de outubro, 2012.
32. ↑ "A Industrialização no Brasil (http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/industrializacao_brasil.htm) ". Sua
Pesquisa. Acesso: 4 de outubro, 2012.
33. ↑ "A indústria sai da crise", in: Atualidades Vestibular + Enem 2011, p.149. Editora Abril.
34. ↑ "A agropecuária avança" por Paula Moura, in: Atualidades Vestibular 1º Semestre 2010, p.103, Editora Abril.
35. ↑ "A indústria sai da crise", in: Atualidades Vestibular + Enem 2011, p.150. Editora Abril.
36. ↑ http://www.ipeadata.gov.br/ipeaweb.dll/NSerie?
SessionID=1379598342&SERID=31972_12&NoCache=134978750&ATEMP=F
37. ↑ [http://www.eia.doe.gov/emeu/cabs/Brazil/Electricity.html Brazil Energy Data, Statistics and Analysis - Oil,
gas, electricity, coal
38. ↑ EIA - International Energy Data and Analysis for Brazil
(http://tonto.eia.doe.gov/country/country_energy_data.cfm?fips=BR)
Ligações externas
Produção industrial recua 7,4% em 2009 e tem pior resultado desde 1990
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u688040.shtml) (em português)
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Categoria: Indústria no Brasil
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