RECURSO EXTRAORDINARIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DA SEÇÃO DE DIREITO XXX DO TRIBUNAL XXX
Autos da Apelação nº XXXXXXXXX
ADRIANA SANTOS, qualificada nos autos, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, a Vossa Excelência, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a da Constituição da Republica Federativa Do Brasil de 1988, artigo 1.029 e seguintes do Código de Processo civil (Lei 13.015/2015) e na lei 8.038/1990, interpor.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Em face do acórdão proferido nº 1.033, que não deu provimento ao recurso de apelação nº 1.033, interposto nos autos da ação numero em epígrafe, em face do recorrido MARCOS ALFREDO DE PAULA, também já qualificados nos autos. 
Requer seja recebido e processado o presente recurso, intimando-se a parte contraria para que ofereça, dentro do prazo legal, as contrarazões, após, seja o recurso admitido e encaminhado com as inclusas razões ao Egrégio Supremo Tribunal Federal.
Termos em que,
Pede deferimento.
Porto Velho, Dia 23 de Maio de 2021
OAB/RO nº XXXXX
RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Recorrente: ADRIANA SANTOS
Recorrido: MARCOS ALFREDO DE PAULA
Processo nº XXXXXX
Origem: XXX Câmara XXX do Tribunal XXX
Egrégio Supremo Tribunal Federal,
Colenda Turma
Ínclitos Julgadores,
A Recorrente, não se conformada com o acórdão nº 1.033, que julgou o recurso de apelação, vem respeitosamente, apresentar as razões do presente recurso extraordinário.
 I – BREVE RESUMO
Trata-se que na petição inicial foi narrado que a peticionaria teve contato com parte contraria no dia 08 de março de 2019, que a cirurgia realizada no dia 20 de Agosto de 2019, teria a duração máxima de 3 (três) horas e que o procedimento cirúrgico durou exatamente 8 horas. Adriana recebeu alta 24 horas, após o procedimento cirúrgico, com capacete ou seja cabeça enfaixada e com alguns drenos. No ambiente da sua casa respeitou todas as recomendações medicas de repouso, como dormir sentada e com apoio de almofadas, sem qualquer mobilidade no corpo ou na cabeça. Porém, na noite posterior a altas hospitalar passou a ter dores nas pernas e cabeça, sem qualquer mobilidade no corpo ou cabeça. Adriana procurou pela peticionaria relatando o seu caso, e foi instruída que o quadro de sintomas era normal e prescreveu a medicação de Diprosan. Adriana narra que diversas vezes procurou o medico, mas que não teve sucesso. Em decorrência da negligencia profissional da parte do medico, Adriana ainda tentou conter suas feridas com uso de mercúrio e açúcar, que diante do problema foi insuficiente. Além das Feridas existentes no rosto da peticionaria, aproximadamente 25 (vinte e cinco) dias após o procedimento cirúrgico, dói buracos surgiram por detrás das orelhas da vítima, bastante fundo. Esse problema de prolongou por 60 (sessenta) dias, até a recorrente procurar outro medico no Rio de Janeiro para se consultar e fazer todos os procedimentos medica para se curar, com o tratamento psicoterapeuta.
 A parte Contraria contestou tal conseqüência era reação adversa que podem ocorrer neste tipo de procedimento dentro do quadro de possibilidades e advertida a autora antes do procedimento.
Na fase probatória o magistrado nomeou perito de sua confiança para produzir a prova pericial que conclui pela existência de dano, do ato do agente e do nexo de causalidade, que segundo o lado pericial, houve complicações no pós operatórias tipo necrose isquêmica, não foi realizado o desbridamento cirúrgico, ou seja, a limpeza dos tecidos necrosados.
A parte contraria relatou que o laudo pericial foi feito de modo confuso, contraditório de furtifero à sistematização forense. 
O juiz sob o argumento de que as partes não teriam sido intimadas para acompanhar o trabalho realizado pelo Sr. Perito determinou a reiteração da pericia. Posteriormente nomeou outro perito, sem reconhecer a nulidade da primeira pericia. A nova pericia gerou inúmeros ataques e pedidos de esclarecimentos, sendo a grande maioria não foram respondidos pelo profissional nomeado pelo magistrado.
O Juiz de modo monocrático julgou o processo de forma antecipada pela improcedência dos pedidos, de que não restou comprovada a culpa do profissional. 
A parte autora apelou da decisão pontuando que os dois laudos apresentavam conclusões divergentes, considerando que autora requereu produção de prova horas exatamente para complementar o conjunto probatório, ratificando a culpa do Profissional. O julgamento antecipado cercou o seu direito de defesa. O recurso foi conhecido, contudo improvido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia.
Infelizmente, os argumentos utilizados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia não fundamentam juridicamente a decisão proferida e, ainda, ferem as seguintes normas constitucionais:
Art. 105 da Constituição Federal
Art. 111 A da Constituição Federal
Art. 102 da Constituição Federal
Desta forma, faz-se necessário a reforma do acordo prolatado anulação do Julgamento, conforme seguinte demonstrado. 
II – Preliminarmente:
II.1 DOS PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE ESPECÍFICOS
II.1. DA REPERCUSÃO GERAL
Por força do SS 3º acrescentado ao artigo 102, III, da CF/88 pela EC nº 45/04, a recorrente Adriana Santos demonstra, neste capítulo preliminar a autônomo, que há repercussão geral nas questões constitucionais no presente caso, apta a ensejar a admissibilidade do apelo extraordinário por este colendo Supremo Tribunal Federal.
II.1.1.2. DESBOBRAMENTO NA ESFERA JURÍDICA 
A repercussão geral jurídica também resta caracterizada porque o acórdão guerreado tem servido de precedente perigoso a outros julgamentos, como, por exemplo, os seguintes.
Direito a fase probatória de acordo com o artigo 369 do CPC/2015. ´´As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste código, para provar a verdade dos fatos.
O não reconhecimento das nulidades diante do processo. 
O principio do contraditório e ampla defesa é um principio de forma expressa na Constituição Federal, conforme artigo 5º inciso LV.
II.1.1.3. DESDOBRAMENTO NA ESFERA ECONÔMICA
Sob o aspecto econômico, a embargante passa por difícil situação ao ponto de ficar desassistida por complicações e influência do procedimento cirúrgico, ao ponto de gastar para curar seu pós operatório com outro médico, ferindo o seu direito humano e estético. Artigo 1º ao 5ª da CF/88 e Art. 949 Código Civil, No caso de lesão ou ofensa á saúde, o ofensor indenizará a ofendida das despesas e tratamentos e dos lucros cessantes até o fim da convalesça. Além de algum outro prejuízo que o ofendido prover haver sofrido. 
II.1.1.4. CONCLUSÃO DA REPERCUSSÃO DO PRESENTE CASO
Sendo assim, com suporte nos entendimentos supracitados, conclui-se que o presente causa guarda pertinência com repercussão do julgamento antecipado sem os reconhecimentos das nulidades por parte do juiz, diante do procedimento comum, dizendo que não houve culpa por parte do profissional, e com isso o insucesso, sem a devida comprovação dos danos causados pela parte, sem levar em consideração os laudos periciais que por parte do acusado, foram negligenciados. 
II.1.2. DO PREQUESTIONAMENTO 
Verifica-se presente o requisito básico do prequestionamento para fins da admissibilidade do presente recurso, pela trata prévia do tema constitucional ventilado no tribunal a quo.
Como se pode averiguar nos autos, a recorrente adotou a acautela de questionar com antecedência e de modo expresso a matéria que se tornaria objeto deste recurso extraordinário. Superando a ressalva entabulada na Súmula 282 do STF `` È inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada,´´
A Parte autora da ação requer a Nulidade, alegando que como se daria tal comprovação dos danos sem o seu direito de demonstrar a ampla defesa e contraditório, por parte da falta da apreciação de provas por parte da parecia, o juiz não considerou os questionamentos dos peritos, sentenciando de maneira desprovida resultando no insucesso do cabimento de demonstração de provasque o procedimento cirúrgico trouxe vários danos para a autora da ação. 
II.1.3. DO EXAURIMENTO DOS RECURSOS ORDINÁRIOS 
A decisão ora recorrido foi objeto de desprovimento pelo Tribunal de Justiça, Conforme Art. 102 CF/88 alínea a, trata-se de recurso de apelação de decisão de ultima instância, da qual não cabe nenhum outro recurso ordinário. Nos termos da Súmula 281 do STF. 
II.1.4. DA NÃO REANÉLIZE DE FATO 
O recurso extraordinário interposto não implica reanálise de fato, que é vedada pela súmula 279 do STF, pois está apenas discutindo a interpretação e a aplicação dos dispositivos constitucionais indicados. 
II. 2. DO PRESSUPOSTO DE ADMISSIBILIDADE DE GERAIS DA TEORIA RECURSAL
II.2.1. DA TEMPESTIVIDADE 
O recurso ora interposto preenche o requisito da tempestividade, conforme se passa a demonstrar. 
O prazo pra recurso especial é de 15 diais, conforme determina o artigo 1.033, SS 5º do código de processo Civil de 2015.
O v.acórdão recorrido foi disponibilizado em 20/08/2020, considerando-se publicado em 21/08/2020, de modo o início do prazo ocorreu em 21/08/2020.
Desta forma, o dies ad quem para interposição de presente recurso extraordinário é dia 14/09/2020, tenso em vista que os prazos processuais civis computam-se excluindo o dia do começo e incluindo o do vencimento e somente em dias úteis, consoante prescrevem os artss 2019 e 224, caput, do Código de Processo Civil de 2015. 
II.2.2. DO PREPARO 
As custas XXX foram pagas, conforme guias anexas. O processo tramita de forma digital, não havendo que se falar em gastos com remessa de autos físicos, portanto, o pagamento com estas despesas não são devidos.``
II.2.3. DO CABIMENTO 
O presente recurso é cabível, haja vista que houve esgotamento prévio das vias ordinárias e que a decisão recorrida contraditou dispositivos da constituição da Republica Federativa do Brasil, nos termos no art.102, inciso III, alínea a da Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, in verbis:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guardar da Constituição, cabendo-lhe:
III – Julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: 
a) Contrariar dispositivo desta Constituição;
O acordo proferido pelo TJ/RO contrariou as seguintes normas constitucionais; 
· Direito 1 – art. 5 º LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recurso a ela inerentes. 
· Direito 2 – art. 102º § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.  
· Garantia – Ampla Defesa e do contraditório e dos meios 
· Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas, relativas à mesma lide, salvo:
· I - se, tratando-se de relação jurídica continuativa, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito; caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
· II - nos demais casos prescritos em lei.
Portanto, este recurso – como todo recurso extraordinário – tem por finalidade a proteção do direito de forma objetiva, protegendo a norma jurídica constitucional. 
III – DO ACÓRDÃO RECORRIDO 
O acórdão recorrido foi proferido às fls. XXXXX dos autos nº XXXX da XXXº Câmara de XXX do Tribunal XXX, em julgamento de provimento ao recurso de apelação interposto pelo ora recorrido.
Com fulcros nos Art. 5 º LV – a Licença ao Direito de defesa e contraditório. 
IV – DO DIREITO
O recurso extraordinário tem por finalidade manter a guarda e a proteção da Constituição da Republica Federativa do Brasil. 
Por isso, interpões a recorrente o presente recurso, haja vista as várias violações de norma constitucional pelo julgado. 
IV. DA OFENSA AO DIREITO XXX
A decisão recorrida afronta o Direito da Ampla Defesa do Contraditório, da produção de prova, do Julgamento antecipado sem resolução de mérito, da insuficiência de provas e do pedido de provas, do não reconhecimento das nulidades, pedido do licenciamento ao direito de defesa e revisão de provas.
O Reconhecimento dos danos estéticos Art. 5º - inciso V CF/88.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
O Reconhecimento dos danos Morais
Art. 186, CC – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Art. 487. CPC – Haverá resolução de mérito quando o juiz: 
I – acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção.
V – DA CONCLUSÃO
Diante do exposto, a Recorrente requer seja o presente recurso admitido no Juízo ``a quo`` para ser remetido ao Juízo``ad quem``, o Supremo Tribunal Federal, para que por este Tribunal haja o conhecimento e o provimento do presente recurso extraordinário, pois estão presentes todos os pressuposto de sua admissibilidade, reformando-se totalmente a decisão recorrida de fls.XX do autos nº xxxx (origem de 2º instância: XXXª Câmara de Direito XXX do Tribunal XX; origem de 1º instância: 1ª Vara XXX da Comarca XXX), acórdão registrado sob o nº XXX, para que reveja a condenação de 1º grau de jurisdição, condenando-se o recorrido em negligência medica, com fulcro em todo o regramento constitucional acerca da matéria, consoante exposto resta razões recursais. 
Por conseguinte, requer a inversão do ônus da sucumbência, com a condenação da parte recorrida ao pagamento da custa e honorários advocatícios, nos termo do art. 82, SS 2º do Código de processo Civil de 2015. 
Termos em que,
Pede deferimento.
Porto Velho-ro Dia 23 de Maio de 2020
OAB/RO nº XXXXXXXX