Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ludmila Almeida Semiologia- aula 2 COONG Semiologia da cabeça e pescoço Segmentos a serem avaliados: Crânio Couro cabeludo olhos nariz e seios paranasais orelhas boca, faringe e laringe pescoço inspeção (buscar alterações) e palpação (em movimentos circulares buscando lesões) do coro cabeludo. Ter o cuidado com o preparo adequado, como higiene e vestimenta. Buscar o formato do crânio, se há sequelas, como abaulamento por exemplo, deformidades ou cicatrizes. Alopécia: perda de cabelo, pode estar relacionado com o diagnóstico final. Microcefalia: redução do perímetro encefálico, pode surgir em doenças congênitas Macrocefalia: aumento do perímetro encefálico Lesões do couro cabeludo: alopecia, psoríase etc. Olhos: avaliar supercílio, pálpebras, fenda palpebral e globo ocular. Com incidência de luz no globo ocular pode-se identificar catarata, por exemplo. Busca-se identificar a simetria, cicatrizes, queda de pelos e descamação. Madarose: rarefação de pelos no supercílio. Pofricose: excesso de pelos Pálpebras: avaliar a cor, fissuras, simetria, movimento de abertura e fechamento, bordas e lesões. Exoftalmia: uni ( tumores ) ou bilateral (doença específica), protusão do globo ocular. Enoftalmia: retração do globo-ocular. Bilateral(desidratação grave/caquexia), uni (lesão de doença específica) Ptose: caimento da pálpebra. Bilateral (miastenia gravis) unilateral (lesão de nervo). Hordéolo: brefaíte, infecção de pálpebra (tersol). Xantelasmas: acúmulo de ácido graxos (aumento de triglicérides). Equimose: “sinal do guaxinim”, fratura de base de crânio. Halo senil: contorno esbranquiçado ao redor do olho, processo natural do envelhecimento. Anéis de Kayser- Fleischer; halo azulado, causado por acúmulo de cobre. Doença de Wilson. Edema das pálpebras: hipotireoidismo, síndrome nefrótica, traumas, reação alérgica, infecção. Representação localizada que pode refletir um distúrbio do organismo. Esclera e conjuntivas: avaliar a pálpebra inferior com o paciente olhando para cima. Avaliar a coloração, edema, lesão, lágrimas, secreção, pterígio (epitélio vascular que invade o globo ocular). Petéquias conjuntivais: ex: endocardite bacteriana. Pontos hemorrágicos na conjuntiva. Íris e pupilas: avaliadas simultaneamente, comparando os dois lados, tamanho, formato, simetria e reatividade a luz. Em relação às pupilas: avaliar o tamanho, formato (redonda), simetria (isocóricas ou anisocóricas) e reflexos (foto motor indireto, direto ou consensual). Córnea e cristalino: preferencialmente avaliados por oftalmologista, pode se identificar catarata. Uso de lanterna oblíqua. Olhos; avaliar acuidade visual, visão de cores e movimentos oculares. Orelhas: iniciar a avaliação com exame físico, anamnese (buscar por dores, secreção, acuidade auditiva e zumbidos). Observar secreções, tumoração, lesão, infecção etc., com a inspeção. Palpação, buscar por sensibilidade dolorosa . Pela otoscopia avaliar o canal auditivo e a membrana timpânica (coloração e contorno). É importante fazer a avaliação do trago e se há dor. Orelha externa (até a membrana timpânica), orelha média (após a membrana timpânica). Otoscopia: pode encontrar alterações importantes, como a otite média aguda, com o otoscópio, que gera boa iluminação. Otocone, extremidade do otoscópio, penetra no meato acústico e permite a visualização. Característica da membrana timpânica: translúcida, cinza-perolada, brilhante, côncava, permite a visualização do cabo do martelo (ossículo do ouvido médio). Na otite média aguda a membrana timpânica fica alterada com hiperemia, opaca, abaulada e convexa. Nariz Sempre iniciar o exame com a inspeção, olhando e buscando por alterações significantes. Avaliar por meio da inspeção, palpação e rinoscopia o formato, simetria, tumorações, o septo nasal e as narinas. Nas narinas, avaliar, as mucosas, secreções, vibrissas, lesões, posicionamento do septo etc. Para isso usa-se o rinoscópio, que causa uma dilatação nasal e auxilia no exame. A palpação auxilia a avaliar a sensibilidade, se há dor, e o desnivelamento nasal. Nos seios paranasais, a palpação permite a busca por sensibilidade dolorosa, causada, por exemplo, por uma rino sinusite. Com o acúmulo de secreções, como nos seios pneumáticos, há a proliferação de bactérias evoluindo para uma inflamação, causando a rino sinusite. Ela é diagnosticada apenas de forma clínica, por meio dos sintomas e sinais apresentados. (cefaleia, congestão nasal, gotejamento pós-nasal etc.) Boca: é importante fazer a remoção de prótese dentária, para melhor observação no exame. Inicialmente, avalia-se os lábios, onde busca-se por rachaduras, por exemplo, como a queilite angular, causada por acúmulo de saliva que umidifica e com o tempo causa uma maceração do tecido, principalmente em pessoas idosas. Na mucosa oral, pode-se avaliar a hidratação do paciente e a presença de lesões, ex de pacientes quimioterápicos que podem apresentar lesões na mucosa. (mucosite=inflamação da mucosa) Observa-se ainda a gengiva, dentes, língua, avaliando a forma, textura, assimetria, o assoalho da boca, palato, tonsilas, buscando edemas e pus e a úvula. Todas a alterações encontradas são importantes e devem ser investigadas. Bacteremia= quando as bactérias atingem a corrente sanguínea e é uma situação de risco. Pescoço Avaliar, no exame segmentar, as cadeias linfonodais, por meio da palpação. As principais cadeias são occipital, preauricular, submandibular, supraclavicular esquerda, cervical posterior, cervical profunda, cervical superficial e auricular posterior. Uma cadeia fundamental é a supraclavicular esquerda. Tireoide: inicia-se a avaliação da tireoide pela inspeção, avaliando o tamanho, simetria, a presença de nódulos , gordura (ou bócio) e na deglutição. Quando a tireoide está muito aumentada, ela se desloca para a região retroesternal e pode chegar a comprimir a veia cava superior. Quando o paciente com essa condição levanta os braços ele inicia com dispineia e vermelhidão no rosto, o chamado sinal de penberton. A palpação dessa estrutura exige técnica; realiza-se também a ausculta, buscando por um fluxo aumentado no hipertiroidismo ou neoplasia. Técnicas para palpar a tireoide: coloca-se a frente e à direita do paciente, com o dedo indicador e polegar, localiza-se o istmo da tireoide, o indicador consegue palpar os lóbulos da tireoide ao se pedir para o paciente deglutir. Coloca-se o dedo polegar palpando um lóbulo por vez, nos lados direito e esquerdo. Com o profissional atrás do paciente, o paciente dobra a cabeça, para lado que será avaliado e com dois dedos, avalia-se um lóbulo por vez.
Compartilhar