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SOC 23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBR E DURKHEIM

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SOCIOLOGIA
PRÉ-VESTIBULAR 1PROENEM.COM.BR
A QUESTÃO DO TRABALHO EM 
MARX, WEBER E DURKHEIM23
AS VISÕES CLÁSSICAS
O trabalho apresenta-se como fundamento de grande parte do 
nosso processo de vida contemporâneo já que um elevado número 
de atividades que realizamos no nosso cotidiano possui relevância 
em relação ao trabalho. Apesar disso nem sempre foi enaltecido e 
valorizado como na atualidade: ao longo da Idade Média a relação 
estabelecida e entendida do trabalho era bem diferente, o trabalho 
era um denotador de condição e papel social; transformou-se 
com o desenvolvimento do capitalismo, especialmente, após a 
Revolução Industrial; continua em plena mutação com as novas 
tecnologias de informação, comunicação e mídias sociais. 
Nesse cenário, sabemos que o trabalho é um dos temas mais 
estudados não só pela Sociologia, mas por todo o segmento das 
chamadas Ciências Humanas. Falaremos sobre como três dos 
grandes clássicos da Sociologia lançaram luz sobre a questão com 
pontos de partida e perspectivas distintas. As noções de luta entre 
classes sociais, coesão social e racionalidade orientarão nossos 
estudos sobre esses pensadores da sociedade.
KARL MARX E A LUTA DE CLASSES
Para Marx, o trabalho é um elemento decisivo para a construção 
de uma sociedade e para o modo através do qual um indivíduo se 
insere nesse contexto. É necessário que esse esteja integrado de 
forma orgânica a sua coletividade e é importante na medida em 
que seu trabalho é útil para seu agrupamento. 
Entretanto, Marx vai apontar que o trabalho dentro da lógica 
capitalista apresenta particularidades. Em sua análise o pensador 
vai apresentar uma visão critica da divisão social do trabalho no 
modo de produção capitalista: há uma classe dos que detêm 
a propriedade privada dos meios de produção, a burguesia, e 
aqueles que não detêm os meios de produção e vendem sua 
força de trabalho em troca de uma remuneração, o proletariado. 
Marx constrói aqui seu conceito de luta de classes, uma vez que a 
burguesia vai manter uma relação de exploração e apropriação do 
trabalho do proletariado.
O Capital, Livro 1. Capa em alemão da 1ª edição, 1867
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8d/
Zentralbibliothek_Z%C3%BCrich_Das_Kapital_Marx_1867.jpg
Ponto central de sua teoria, o conceito de mais-valia vai dar 
conta de explicar como Marx entende a exploração da classe 
trabalhadora pela burguesia. O trabalho é responsável por 
transformar a natureza, produzir mercadorias e agregar valor 
a elas, dessa forma, é o trabalhador o responsável essencial 
pela produção de valor. Contudo, na lógica capitalista, a força de 
trabalho é entendida como mercadoria, logo, o trabalhador recebe 
uma remuneração em troca de sua atividade na produção, o salário. 
Fundamental para a visão marxista é entender que o valor que o 
trabalhador recebe em troca é menor do que valor que ele produz 
com o seu trabalho. Essa diferença entre a riqueza produzida e o 
salário é a mais-valia, fonte do lucro da burguesia e da exploração 
do trabalhador. 
Em suma, Marx não entende o trabalho na sociedade 
contemporânea de forma positiva, o autor alemão observa o 
trabalho como fator de alienação, que na sociedade industrial 
do século XIX, momento que Marx escreve, gera um controle do 
proletariado e um domínio exercido pela burguesia.
ÉMILE DURKHEIM E A SOLIDARIEDADE
Como Marx, Durkheim também analisa a divisão social do 
trabalho que, em graus diferentes, produz especialização, uma 
divisão de tarefas entre os membros de uma coletividade. Esse 
cenário gera padrões de solidariedade que são os laços sociais, as 
formas de integração entre os indivíduos.
Da Divisão do Trabalho Social, obra originalmente 
publicada em 1893
O pensador entende que nas sociedades complexas e 
industriais, como a capitalista, a forma de solidariedade presente é 
a Solidariedade Orgânica, uma vez que divisão social do trabalho 
leva a uma interdependência entre os indivíduos, o que é a base dos 
laços estabelecidos nessa forma de integração. 
Por fim, entendemos que Durkheim compreende o trabalho 
como um fator de coesão social, de junção e aproximação entre os 
membros da sociedade, promovendo harmonia e afirmação social. 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR2
SOCIOLOGIA 23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
MAX WEBER E A ÉTICA PROTESTANTE
O alemão escreveu um livro em 1904 chamado a “Ética 
Protestante e o Espírito do Capitalismo, obra em que tenta 
demonstrar a relação entre religião e economia, fatores que 
inicialmente pareciam distantes e não conciliáveis. Weber 
demonstra que o Capitalismo só tornou-se possível devido a uma 
mudança de postura religiosa em relação ao trabalho.
Por tempos o trabalho foi visto como uma atividade penosa e 
sacrificante, além disso, para a Igreja Católica, a busca pelo lucro 
era entendida como pecado. Weber vai estudar como a Reforma 
Protestante no Século XVI, mais especificamente as concepções 
puritana e calvinista, transformou a visão acerca do trabalho. 
A Reforma Protestante moldada no século XVI por Lutero, 
Calvino e Henrique VIII vai gerar para Weber uma alteração 
no entendimento do “lucro”. Essa mudança de entendimento 
acaba por acarretar uma busca por acumulação de capitais, 
mote necessário para evolução da classe burguesa. Desse 
modo, observa-se um novo cenário de fundamentação religiosa 
e de valores que possibilitaram a acumulação de riquezas e a 
prosperidade econômica. Então, para Weber, essa ética protestante 
foi um elemento decisivo para a consolidação e crescimento da 
burguesia e o desenvolvimento do capitalismo. 
Weber quer demonstrar que o trabalho teve uma mudança 
de posicionamento originada em uma alteração religiosa. O 
Capitalismo vai ser um modelo sustentado em uma concepção de 
mundo em que o lucro é essencial para o funcionamento social. 
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 
Obra originalmente publicada em 1904
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/80/Die_protestantische_Ethik_und_
der_%27Geist%27_des_Kapitalismus_original_cover.jpg
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Defina o conceito de “luta de classes”, na visão de Karl Marx. 
02. Aponte as principais características da noção de mais-valia, na 
visão marxista. 
03. Defina Solidariedade Orgânica, segundo Durkheim.
04. Defina coesão social, sob a ótica da teoria durkheimiana. 
05. Aponte as principais características da “ética protestante”, 
segundo Max Weber.
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM PPL) O impulso para o ganho, a perseguição do lucro, 
do dinheiro, da maior quantidade possível de dinheiro não tem, em 
si mesma, nada que ver com o capitalismo. Tal impulso existe e 
sempre existiu. Pode-se dizer que tem sido comum a toda sorte 
e condição humanas em todos os tempos e em todos os países, 
sempre que se tenha apresentada a possibilidade objetiva para 
tanto. O  capitalismo, porém, identifica-se com a busca do lucro, 
do lucro sempre renovado por meio da empresa permanente, 
capitalista e racional. Pois assim deve ser: numa ordem 
completamente capitalista da sociedade, uma empresa individual 
que não tirasse vantagem das oportunidades de obter lucros 
estaria condenada à extinção.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 
São Paulo: Martin Claret, 2001 (adaptado). 
O capitalismo moderno, segundo Max Weber, apresenta como 
característica fundamental a 
a) competitividade decorrente da acumulação de capital. 
b) implementação da flexibilidade produtiva e comercial. 
c) ação calculada e planejada para obter rentabilidade. 
d) socialização das condições de produção. 
e) mercantilização da força de trabalho.
02. (UNICENTRO) “Durkheim presenciou algumas das mais 
importantes criações da sociedade moderna, como a invenção da 
eletricidade, do cinema, dos carros de passeio, entre outros. No seu 
tempo, havia um certo otimismo causado por essas invenções, mas 
Durkheim também percebia entraves nessa sociedade moderna: 
eram os problemas de ordem social.”
Sociologia / vários autores.– Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 33. 
Considerando a teoria sociológica elaborada por esse autor e seu 
estudo sobre a divisão do trabalho social, assinale qual alternativa 
está correta. 
a) Para Durkheim a divisão do trabalho é antes de tudo um 
conceito que explica as desigualdades na moderna sociedade 
capitalista. 
b) A divisão do trabalho social para Durkheim expressa a 
contradição existente entre as diferentes funções da sociedade 
como um todo. 
c) Para Durkheim a divisão do trabalho social resulta das relações 
de cooperação entre as diferentes atividades sociais que 
integram a sociedade. 
d) Para Durkheim a divisão do trabalho permite perceber como 
cada função social só se realiza na sua relação de conflito com 
uma outra função social.
e) Para Durkheim só podemos entender a divisão do trabalho 
social se buscamos entender como são regulamentadas as 
classes produtivas
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
3
SOCIOLOGIA
03. (ENEM PPL) A tecelagem é numa sala com quatro janelas 
e 150 operários. O salário é por obra. No começo da fábrica, os 
tecelões ganhavam em média 170$000 réis mensais. Mais tarde 
não conseguiam ganhar mais do que 90%000; e pelo último 
rebaixamento, a média era de 75$000! E se a vida fosse barata! 
Mas as casas que a fábrica aluga, com dois quartos e cozinha, são 
a 20$000 réis por mês; as outras são de 25$ a 30$000 réis. Quanto 
aos gêneros de primeira necessidade, em regra custam mais do 
que em São Paulo.
CARONE, E. Movimento operário no Brasil. São Paulo: Difel, 1979.
Essas condições de trabalho, próprias de uma sociedade em 
processo de industrialização como a brasileira do início do século 
XX, indicam a 
a) exploração burguesa. 
b) organização dos sindicatos. 
c) ausência de especialização. 
d) industrialização acelerada. 
e) alta de preços. 
04. (ENEM) Quanto mais complicada se tornou a produção 
industrial, mais numerosos passaram a ser os elementos da 
indústria que exigiam garantia de fornecimento. Três deles eram 
de importância fundamental: o trabalho, a terra e o dinheiro. 
Numa sociedade comercial, esse fornecimento só poderia ser 
organizado de uma forma: tornando-os disponíveis a compra. 
Agora eles tinham que ser organizados para a venda no mercado. 
Isso estava de acordo com a exigência de um sistema de mercado. 
Sabemos que em um sistema como esse, os lucros só podem ser 
assegurados se se garante a autorregulação por meio de mercados 
competitivos interdependentes.
POLANYI, K. A grande transformação: as origens de nossa época. 
Rio de Janeiro: Campus, 2000 (adaptado).
A consequência do processo de transformação socioeconômica 
abordado no texto é a 
a) expansão das terras comunais. 
b) limitação do mercado como meio de especulação. 
c) consolidação da força de trabalho como mercadoria. 
d) diminuição do comércio como efeito da industrialização. 
e) adequação do dinheiro como elemento padrão das transações. 
05. (ENEM) A crescente intelectualização e racionalização não 
indicam um conhecimento maior e geral das condições sob 
as quais vivemos. Significa a crença em que, se quiséssemos, 
poderíamos ter esse conhecimento a qualquer momento. Não 
há forças misteriosas incalculáveis; podemos dominar todas as 
coisas pelo cálculo.
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H., MILLS, W. (Org.). Max Weber: ensaios 
de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
Tal como apresentada no texto, a proposição de Max Weber a 
respeito do processo de desencantamento do mundo evidencia o(a) 
a) progresso civilizatório como decorrência da expansão do 
industrialismo. 
b) extinção do pensamento mítico como um desdobramento do 
capitalismo. 
c) emancipação como consequência do processo de 
racionalização da vida. 
d) afastamento de crenças tradicionais como uma característica 
da modernidade. 
e) fim do monoteísmo como condição para a consolidação da 
ciência. 
06. (ENEM PPL) Se vamos ter mais tempo de lazer no futuro 
automatizado, o problema não é como as pessoas vão consumir 
essas unidades adicionais de tempo de lazer, mas que capacidade 
para a experiência terão as pessoas com esse tempo livre. Mas se 
a notação útil do emprego do tempo se torna menos compulsiva, 
as pessoas talvez tenham de reaprender algumas das artes de 
viver que foram perdidas na Revolução Industrial: como preencher 
os interstícios de seu dia com relações sociais e pessoais; como 
derrubar mais uma vez as barreiras entre o trabalho e a vida.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).
A partir da reflexão do historiador, um argumento contrário à 
transformação promovida pela Revolução Industrial na relação dos 
homens com o uso do tempo livre é o(a) 
a) intensificação da busca do lucro econômico. 
b) flexibilização dos períodos de férias trabalhistas. 
c) esquecimento das formas de sociabilidade tradicionais. 
d) aumento das oportunidades de confraternização familiar. 
e) multiplicação das possibilidades de entretenimento virtual. 
07. (ENEM PPL) Uma dimensão da flexibilização do tempo de 
trabalho é a sutileza cada vez maior das fronteiras que separam 
o espaço de trabalho e o do lar, o tempo de trabalho e o de não 
trabalho. Os mecanismos modernos de comunicação permitem 
que, no horário de descanso, os trabalhadores permaneçam ligados 
à empresa. Mesmo não exercendo diretamente suas atividades 
profissionais, o trabalhador fica à disposição da empresa ou leva 
problemas para refletir em casa. É muito comum o trabalhador 
estar de plantão, para o caso de a empresa ligar para o seu celular 
ou pager.
A remuneração para esse estado de alerta é irrisória ou inexistente.
KREIN, J. D. Mudanças e tendências recentes na regulação do trabalho. In: DEDECCA,
C. S.; PRONI, M. W. (Org.). Políticas públicas e trabalho: textos para estudo dirigido.
Campinas: IE/Unicamp; Brasília: MTE, 2006 (adaptado).
A relação entre mudanças tecnológicas e tempo de trabalho 
apresentada pelo texto implica o 
a) prolongamento da jornada de trabalho com a intensificação da 
exploração. 
b) aumento da fragmentação da produção com a racionalização 
do trabalho. 
c) privilégio de funcionários familiarizados com equipamentos 
eletrônicos. 
d) crescimento da contratação de mão de obra pouco qualificada. 
e) declínio dos salários pagos aos empregados mais idosos. 
08. (ENEM) 
Mas plantar pra dividir
Não faço mais isso, não.
Eu sou um pobre caboclo,
Ganho a vida na enxada.
O que eu colho é dividido
Com quem não planta nada.
Se assim continuar
vou deixar o meu sertão,
mesmo os olhos cheios d‘água
e com dor no coração.
Vou pró Rio carregar massas
pros pedreiros em construção.
Deus até está ajudando:
está chovendo no sertão!
Mas plantar pra dividir,
Não faço mais isso, não.
VALE, J; AQUINO, J. B. Sina de caboclo. São Paulo: Polygram, 1994 (fragmento).
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR4
SOCIOLOGIA 23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
No trecho da canção, composta na década de 1960, retrata-se a 
insatisfação do trabalhador rural com 
a) a distribuição desigual da produção. 
b) os financiamentos feitos ao produtor rural. 
c) a ausência de escolas técnicas no campo. 
d) os empecilhos advindos das secas prolongadas. 
e) a precariedade de insumos no trabalho do campo. 
09. (ENEM) Na produção social que os homens realizam, eles 
entram em determinadas relações indispensáveis e independentes 
de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um 
estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais 
de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura 
econômica da sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem 
as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem 
determinadas formas de consciência social.
MARX, K. “Prefácio à Crítica da economia política.” In: MARX, K.; ENGELS, F. Textos 3. 
São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado).Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no 
sistema capitalista faz com que 
a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. 
b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção 
material. 
c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o 
progresso humano. 
d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao 
desenvolvimento econômico. 
e) a burguesia revolucione o processo social de formação da 
consciência de classe. 
10. (UNIOESTE) Émile Durkheim é considerado um dos fundadores 
das Ciências Sociais e entre as suas diversas obras se destacam 
“As Regras do Método Sociológico”, “O Suicídio” e “Da Divisão do 
Trabalho Social”. Sobre este último estudo, é correto afirmar que 
a) a divisão do trabalho possui um importante papel social. 
Muito além do aumento da produtividade econômica, a divisão 
garante a coesão social ao possibilitar o surgimento de um tipo 
específico de solidariedade. 
b) a solidariedade mecânica é o resultado do desenvolvimento 
da industrialização, que garantiu uma robotização dos 
comportamentos humanos. 
c) a solidariedade orgânica refere-se às relações sociais 
estabelecidas nas sociedades mais tradicionais. O nome remete 
ao entendimento da harmonia existentes nas comunidades de 
menor taxa demográfica. 
d) indiferente dos tipos de solidariedade predominantes, o crime 
necessita ser punido por representar uma ofensa às liberdades 
e à consciência individual existente em cada ser humano. 
e) a consciência coletiva está vinculada exclusivamente às 
ações sociais filantrópicas estabelecidas pelos indivíduos 
na contemporaneidade, não tendo nenhuma relação com 
tradições e valores morais comuns. 
11. (ENEM) Um banco inglês decidiu cobrar de seus clientes cinco 
libras toda vez que recorressem aos funcionários de suas agências. 
E o motivo disso é que, na verdade, não querem clientes em suas 
agências; o que querem é reduzir o número de agências, fazendo 
com que os clientes usem as máquinas automáticas em todo o 
tipo de transações.
Em suma, eles querem se livrar de seus funcionários.
HOBSBAWM, E. O novo século. São Paulo: Companhia das Letras, 2000 (adaptado).
O exemplo mencionado permite identificar um aspecto da adoção 
de novas tecnologias na economia capitalista contemporânea. Um 
argumento utilizado pelas empresas e uma consequência social de 
tal aspecto estão em 
a) qualidade total e estabilidade no trabalho. 
b) pleno emprego e enfraquecimento dos sindicatos. 
c) diminuição dos custos e insegurança no emprego 
d) responsabilidade social e redução do desemprego. 
e) maximização dos lucros e aparecimento de empregos. 
12. (UEL) Leia o texto a seguir.
A menos que seja um físico, quem anda num bonde não tem 
ideia de como o carro se movimenta. E não precisa saber. Basta-
lhe poder contar com o comportamento do bonde a orientar sua 
conduta de acordo com sua expectativa; mas nada sabe sobre 
o que é necessário para produzir o bonde ou movimentá-lo. O 
selvagem tem um conhecimento incomparavelmente maior sobre 
suas ferramentas.
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. Max Weber. Ensaios de 
Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. 165.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a sociedade 
moderna, conforme Max Weber, assinale a alternativa correta. 
a) A secularização da vida moderna e o consequente 
desencantamento do mundo são expressões da racionalização 
ocidental. 
b) O homem moderno detém menor controle sobre as forças 
da natureza, em comparação com o domínio que possuía o 
“selvagem”. 
c) O avanço da racionalidade produz, também, uma maior 
revitalização da cultura clássica, dado que amplia o alcance 
das escolhas efetivas disponíveis. 
d) O desencantamento do mundo é um fato social que atua 
como força coercitiva sobre as vontades individuais, visando à 
construção da consciência coletiva. 
e) O desencantamento do mundo destitui o Ocidente de um 
elemento diferenciador em relação ao Oriente: as ações sociais 
dotadas de sentido. 
13. (UEG) O sociólogo Max Weber desenvolveu estudos sobre a 
ética protestante e o espírito do capitalismo. A esse respeito tem-
se o seguinte: 
a) a tentativa de constituir uma ciência da sociedade promoveria 
um processo de pesquisa multidisciplinar e não especializado 
e por isso Weber concebia a economia como determinante da 
cultura e o capitalismo determinante do protestantismo. 
b) o processo de racionalização era o fio condutor da análise do 
capitalismo ocidental por parte de Weber e por isso ele analisou 
o papel da ética protestante, que apontaria um primeiro 
momento de racionalização na esfera religiosa. 
c) Weber considerava que as ideias dominantes eram as ideias 
da classe dominante, que, na modernidade, era a classe 
capitalista, e por isso a ética protestante desenvolvida pelos 
comerciantes gerou o espírito do capitalismo. 
d) a inspiração na dialética idealista hegeliana fez com que 
Weber focalizasse a questão cultural e desenvolvesse um 
determinismo cultural segundo o qual o modo de produção 
capitalista seria produto do protestantismo. 
e) a concepção weberiana surgiu a partir de uma síntese da 
filosofia kantiana e marxista e por isso ele focaliza o processo 
de formação do capitalismo ao lado do desenvolvimento do 
protestantismo e do apriorismo. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
5
SOCIOLOGIA
14. (ENEM) 
TEXTO I
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?”
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer.
BARBOSA, L. In: ZÉ RAMALHO. 20 Super Sucessos. 
Rio de Janeiro: Sony Music, 1999 (fragmento).
TEXTO II
O trabalhador fica mais pobre à medida que produz mais 
riqueza e sua produção cresce em força e extensão. O trabalhador 
torna-se uma mercadoria ainda mais barata à medida que cria 
mais bens. Esse fato simplesmente subentende que o objeto 
produzido pelo trabalho, o seu produto, agora se lhe opõe como um 
ser estranho, como uma força independente do produtor.
MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos (Primeiro manuscrito). 
São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).
Com base nos textos, a relação entre trabalho e modo de produção 
capitalista é 
a) baseada na desvalorização do trabalho especializado e no 
aumento da demanda social por novos postos de emprego. 
b) fundada no crescimento proporcional entre o número de 
trabalhadores e o aumento da produção de bens e serviços. 
c) estruturada na distribuição equânime de renda e no declínio do 
capitalismo industrial e tecnocrata. 
d) instaurada a partir do fortalecimento da luta de classes e da 
criação da economia solidária. 
e) derivada do aumento da riqueza e da ampliação da exploração 
do trabalhador. 
15. (UEL) A cidade desempenha papel fundamental no pensamento 
de Émile Durkheim, tanto por exprimir o desenvolvimento das 
formas de integração quanto por intensificar a divisão do trabalho 
social a ela ligada.
Com base nos conhecimentos acerca da divisão de trabalho social 
nesse autor, assinale a alternativa correta. 
a) A crescente divisão do trabalho com o intercâmbio livre de 
funções no espaço urbano torna obsoleta a presença de 
instituições. 
b) A solidariedade orgânica é compatível com a sociedade de 
classes, pois a vida social necessita de trabalhos diferenciados. 
c) Ao criar seres indiferenciados socialmente, o “homem massa”, 
as cidades recriam a solidariedade mecânica em detrimento da 
solidariedade orgânica. 
d) O efeito principal da divisão do trabalho é o aumento da 
desintegração social em razão de trabalhos parcelares e 
independentes. 
e) O equilíbrioe a coesão social produzidos pela crescente 
divisão do trabalho decorrem das vontades e das consciências 
individuais. 
16. (ENEM) No sistema capitalista, as muitas manifestações de 
crise criam condições que forçam a algum tipo de racionalização. 
Em geral, essas crises periódicas têm o efeito de expandir a 
capacidade produtiva e de renovar as condições de acumulação. 
Podemos conceber cada crise como uma mudança do processo 
de acumulação para um nível novo e superior.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005 (adaptado).
A condição para a inclusão dos trabalhadores no novo processo 
produtivo descrito no texto é a 
a) associação sindical. 
b) participação eleitoral. 
c) migração internacional. 
d) qualificação profissional. 
e) regulamentação funcional. 
17. (ENEM) Dominar a luz implica tanto um avanço tecnológico 
quanto uma certa liberação dos ritmos cíclicos da natureza, com 
a passagem das estações e as alternâncias de dia e noite. Com a 
iluminação noturna, a escuridão vai cedendo lugar à claridade, e a 
percepção temporal começa a se pautar pela marcação do relógio. 
Se a luz invade a noite, perde sentido a separação tradicional 
entre trabalho e descanso – todas as partes do dia podem ser 
aproveitadas produtivamente.
SILVA FILHO. A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: 
Museu do Ceará; Secult-CE. 2001 (adaptado).
Em relação ao mundo do trabalho, a transformação apontada no 
texto teve como consequência a 
a) melhoria da qualidade da produção industrial. 
b) redução da oferta de emprego nas zonas rurais. 
c) permissão ao trabalhador para controlar seus próprios 
horários. 
d) diminuição das exigências de esforço no trabalho com 
máquinas. 
e) ampliação do período disponível para a jornada de trabalho. 
18. (UNESP) 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR6
SOCIOLOGIA 23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
O processo ironizado na charge, em que cada participante da 
reunião acrescenta um item à imagem do operário, refere-se 
a) à tomada de decisões no âmbito coletivo, que integra os 
operários no planejamento fabril e valoriza o trabalho. 
b) à alienação do trabalho, que fragmenta as etapas produtivas e 
controla os movimentos dos trabalhadores. 
c) ao aumento das exigências contratuais, que elevam o 
desemprego estrutural e alimentam as instituições de 
qualificação profissional. 
d) à substituição do trabalhador na linha de montagem, que 
mecaniza as fábricas e evita a especialização produtiva. 
e) ao desenvolvimento de novas técnicas, que complexificam a 
produção e selecionam os profissionais com domínio global 
sobre o produto. 
19. (ENEM PPL) O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da 
terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si mesmo 
e, além disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas da 
sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das 
matérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de 
subsistência, isto é, ao capitalista.
MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. 
São Paulo: Expressão Popular, 2010.
O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos 
e rurais com a implementação do sistema capitalista, devido às 
mudanças tecnossociais ligadas ao 
a) desenvolvimento agrário e ao regime de servidão. 
b) aumento da produção rural, que fixou a população nesse meio. 
c) desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de 
trabalho. 
d) aumento populacional das cidades associado ao regime de 
servidão. 
e) desenvolvimento da produção. 
20. (UNESP) Este considerável aumento de produção que, devido 
à divisão do trabalho, o mesmo número de pessoas é capaz de 
realizar, é resultante de três circunstâncias diferentes: primeiro, ao 
aumento da destreza de cada trabalhador; segundo, à economia 
de tempo, que antes era perdido ao passar de uma operação para 
outra; terceiro, à invenção de um grande número de máquinas 
que facilitam o trabalho e reduzem o tempo indispensável para o 
realizar, permitindo a um só homem fazer o trabalho de muitos.
Adam Smith. “Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações 
(1776)”. In: Adam Smith/Ricardo. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
O texto, publicado originalmente em 1776, destaca três 
características da organização do trabalho no contexto da 
Revolução Industrial: 
a) a introdução de máquinas, a valorização do artesanato e o 
aparecimento da figura do patrão. 
b) o aumento do mercado consumidor, a liberdade no emprego do 
tempo e a diminuição na exigência de mão de obra. 
c) a escassez de mão de obra qualificada, o esforço de importação 
e a disciplinarização do trabalhador. 
d) o controle rigoroso de qualidade, a introdução do relógio de 
ponto e a melhoria do sistema de distribuição de mercadorias. 
e) a especialização do trabalhador, o parcelamento de tarefas e a 
maquinização da produção. 
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UFPR) Um dos conceitos de sociedade desenvolvidos pela 
Sociologia se refere a um conjunto de indivíduos que convivem 
num mesmo espaço e num mesmo tempo. A solidariedade entre os 
integrantes é fundamental para manter a coesão entre eles. Duas 
são as formas de solidariedade e a cada uma delas corresponde 
uma forma específica de sociedade.
Estabeleça a correspondência entre a forma de sociedade e sua 
respectiva forma de solidariedade, e explique em que consiste cada 
uma dessas formas. 
02. (UFU) Weber conduziu uma investigação sobre o 
“desenvolvimento do capitalismo no ocidente e a racionalização 
da conduta promovida por um sistema ético, tendo como 
resultado sua obra mais conhecida.” - A ética protestante e o 
“espírito” do capitalismo. 
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Ligia de Oliveira; OLIVEIRA, Márcia Gardênia. Um 
toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: EdUFMG, 1999. p. 129. 
Com base nessa informação, faça o que se pede. 
a) Estabeleça, sinteticamente, uma relação possível entre a ética 
protestante e o “espírito” do capitalismo que Weber apresentou 
nessa sua obra. 
b) A partir dessa relação, estabeleça, ao menos, três traços da 
análise weberiana. 
03. (UFPR) A sociedade moderna é marcada pela divisão do 
trabalho. A imagem a seguir mostra um trabalhador executando 
uma atividade fabril. Comente a imagem, considerando a divisão do 
trabalho nela representada e as consequências para o trabalhador.
04. (UFJF-PISM) “As transformações no universo do trabalho vêm 
afetando de modo intenso as sociedades industriais em todo o 
mundo. Formas de produção consideradas superadas (…) retornam 
numa outra dimensão, reincorporadas a uma lógica de acumulação 
que enfatiza a competitividade e a qualidade. O processo de 
reestruturação das atividades produtivas, principalmente a partir 
da década de 1970, inclui inovações tecnológicas e novas formas 
de gestão da força de trabalho. O resultado tem sido um aumento 
significativo nos índices de produtividade, profundas alterações no 
relacionamento entre as empresas e nas formas de organização da 
produção, interferindo nas relações de trabalho e no processo de 
negociação com as instituições de defesa dos trabalhadores. Vista 
por muitos como inevitável dentro da racionalidade do mercado, 
essa reestruturação, no entanto, tem trazido também graves 
problemas sociais quanto ao nível de emprego e à garantia dos 
direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo do século XX.”
Fonte: SANTANA, Marco Aurélio; RAMALHO, José Ricardo. Sociologia do trabalho no 
mundo contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. p. 8-9.
Tomando por base o texto apresentado acima, DISSERTE sobre as 
transformações ocorridas no mundo do trabalho e como estas vêm 
afetando as relações produtivas na sociedade contemporânea. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
7
SOCIOLOGIA
05. (UFPR) “Quando um punhado de homens não tem emprego 
e não procura trabalho, buscamosas causas em suas situações 
imediatas e no seu caráter. Mas quando (...) milhões de homens 
estão desempregados, não podemos acreditar que todos eles 
subitamente ficaram preguiçosos e deixaram de ‘ser bons’.”
(MILLS, C. W. A Sociedade de Massas. In: FORACHI, M. M.; MARTINS, 
J. S. Sociologia e Sociedade: Leituras de Introdução à Sociologia. 
Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. p. 323.)
As mudanças no mercado de trabalho na Europa e nos Estados 
Unidos têm aumentado o desemprego dos trabalhadores. Na 
Espanha, em torno de 20% da população está desempregada. 
Como se pode explicar sociologicamente que países ricos tenham 
chegado a essa situação de falta de oportunidades de trabalho 
para tantos trabalhadores?.
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. C
02. C
03. A
04. C
05. D
06. C
07. A
08. A
09. B
10. A
11. C
12. A
13. B
14. E
15. B
16. D
17. E
18. B
19. C
20. E
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. Segundo a teoria durkheimiana, existem dois tipos de solidariedade na sociedade: 
a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica. A solidariedade mecânica está 
presente nas sociedades primitivas, que apresentam baixa divisão do trabalho, enquanto 
que a solidariedade orgânica existe em sociedades modernas, de alta divisão do trabalho. 
Nas sociedades de solidariedade mecânica existe um alto nível de semelhança entre 
os indivíduos, que se diferenciam pouco entre si em sentimentos e valores. Já nas 
sociedades de solidariedade orgânica, a coesão da sociedade se dá pela diferenciação 
entre os indivíduos. 
02. a) Para estabelecer a relação possível entre a ética protestante e o “espírito” do 
capitalismo, apontar:
Alguns dos valores do protestantismo de caráter calvinista, dentre os abaixo relacionados: 
- Disciplina ascética 
- Poupança 
- Austeridade 
- O trabalho como vocação 
- A prosperidade como indício da predestinação divina (“eleito” de Deus) 
O dever e a propensão ao trabalho 
- Opção por atividades mais adequadas à obtenção do lucro e à acumulação do capital 
Características do “espírito” (ethos) do capitalismo: 
- Racionalidade 
- Obtenção do lucro 
- Acumulação do capital 
É necessária que seja feita a relação conforme pede a questão.
b) Apontar TRÊS dos traços da análise weberiana dentre os abaixo relacionados: 
- Construção do tipo ideal 
- Estabelecer os nexos causais 
- A motivação/sentido da ação 
- Utilização do método compreensivo 
- A objetividade do conhecimento em Weber (a imparcialidade, objetividade/subjetividade) 
03. A imagem faz alusão à divisão do trabalho em uma fábrica moderna, onde o 
trabalhador exerce uma única atividade particular. No caso da figura, a atividade daquele 
trabalhador corresponde somente a apertar parafusos de uma engrenagem da máquina 
produtiva. Isso faz com que o trabalhador seja vinculado a uma parte do trabalho 
produtivo, alienado do produto do seu trabalho e submetido a uma lógica de dominação e 
exploração, que o degrada, desumaniza, e empobrece. 
04. O mundo do trabalho está em constante transformação. Se, no início do século XX, 
o trabalhador tornou-se fixo em um posto de trabalho, no capitalismo contemporâneo, 
este trabalhador tende a ser mais flexível, assumindo diferentes funções e com formas 
de gestão menos hierárquicas e mais em rede. Além disso, o próprio tempo de trabalho 
tem se alterado, e o principal é o que se produz, e não por quanto tempo. Assim, as 
empresas mais produtivas são aquelas capazes de sempre estimular os trabalhadores 
e extrair deles sempre o máximo de produtividade. Esse modelo de gestão está presente, 
sobretudo, nas áreas de negócios e tecnologia, justamente aquelas mais vinculadas ao 
centro do capitalismo. 
05. A falta de emprego em países ricos está relacionada ao estágio de desenvolvimento 
do sistema capitalista. No estágio atual, de grande desenvolvimento, a produção 
está diluída nas diversas regiões do globo. Sendo assim, as indústrias e as grandes 
corporações buscam alocar seus funcionários em regiões que são menos custosas, 
como é o caso dos países de periferia, os ditos países emergentes. Em contrapartida, 
nos países ricos, onde os custos de produção são maiores, a oferta de trabalho é menor, 
gerando desemprego. Acrescenta-se a isso a chamada crise mundial, que faz com 
que determinados países, devidos às suas dependências financeiras, se tornem mais 
vulneráveis às oscilações do mercado. 
ANOTAÇÕES
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SOCIOLOGIA 23 A QUESTÃO DO TRABALHO EM MARX, WEBER E DURKHEIM
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