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AV 2 PSICOLOGIA GERAL VINICIUS FARANI - RESOLUÇÃO

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Avaliação Oficial II _2021.1
Corrigida Nota: 9.0
Questão 1
Você terá uma semana para entregar a avaliação a partir da data de lançamento.
Você terá maior chance de obter nota melhor quanto mais conteúdo apresentar.
Além dos conceitos apresentados, as análises de contexto serão de extra importância para
que você possa demonstrar o quanto entendeu do assunto.
Questão 01
O contexto sociocultural e familiar é tão importante quanto fatores genéticos para
determinar a intensidade dos sintomas quando se refere a transtornos psicopatológicos.
Depressão, transtorno de ansiedade, esquizofrenia e transtorno de personalidade
antissocial foram alguns dos distúrbios estudados. Apresente as principais características
de cada um dos transtornos citados e apresente a correlação com o contexto sociocultural
do paciente.
Questão 02.
“Foi a polícia que matou os colegas do Sandro na Candelária, e a polícia completou o
trabalho. É como se as duas pontas da história se fechassem. À polícia cabe o trabalho sujo
que a sociedade não quer ver, mas que em algum lugar obscuro deseja que se realize. Que
se anulem os Sandros, que os Sandros desapareçam de nossas vistas. Não queremos ver
essa realidade, não podemos suportar essa realidade. A invisibilidade é afinal,
reconquistada."
A partir da fala do antropólogo Luiz Eduardo Soares no documentário ônibus 174, e
conectando-a aos outros documentários e textos debatidos em aula ao longo do semestre,
aborde sobre a relação entre subjetividade, cultura e violência em nosso país.
NOTA: 9,0
Resposta do Aluno
Questão 01
Karl Marx, renomado filósofo e sociólogo, afirma em uma de suas teses que os indivíduos
que compõem uma sociedade devem ser analisados de acordo com o contexto de suas
situações sociais, já que também produzem suas existências em grupo. Partindo desse
pressuposto, quando nos referimos a transtornos psicopatológicos, transtornos que afetam
o humor, raciocínio e comportamento dos acometidos, é correto afirmar que a intensidade
dos sintomas apresentados podem ser intensificados tanto por fatores genéticos e
biológicos, ou seja, a predisposição que o paciente possui de apresentar esses transtornos,
onde normalmente um vínculo biológico pode ser observado com relação a outro paciente
que seja um parente próximo, quanto por fatores de contexto sociocultural e familiar, que
tornam-se responsáveis por agravar ou amenizar os sintomas vivenciados pelos pacientes,
visto que o homem durante toda a sua vida convive com outros sujeitos, como familiares e
colegas, compondo assim uma sociedade.
Ao nos referirmos a sintomas, é importante ressaltar que nada mais são que a
manifestação e a vivência desses transtornos através de comportamentos que se
diferenciam do considerado habitual, sempre inseridos em um contexto sociocultural
baseado nas vivências do paciente em questão. Tais transtornos podem tanto estar
presentes em um indivíduo desde a sua infância como serem desencadeados por fatos
ligados ao contexto social do sujeito. Após os fatos supracitados, o transtorno de ansiedade
generalizado (TAG), pode ser caracterizado como as sensações de preocupação constante
e descabida e desconforto que tensiona o paciente a todo momento por sentir que algo ruim
irá lhe acometer. A ansiedade é como um aviso do corpo que prepara o paciente para um
evento estressante ou ameaçador, que ocorrerá em breve - o paciente sente que
brevemente, em qualquer momento, algo pode lhe ocorrer - desencadeando sintomas
como: cefaléia, palpitações e sentimento de aperto no peito, desarranjo estomacal e
inquietação. A ansiedade, em níveis habituais, é uma reação emocional comum do ser
humano que está sob tensão ou sob ameaça, entretanto, manifesta-se como um distúrbio
quando ocorre em momentos indevidos, interfere no dia a dia e na execução da rotina do
indivíduo, atrapalhando o seu funcionamento social e profissional, e acontece com grande
frequência - ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses. O transtorno de
ansiedade pode incluir ataques e crise do pânico, onde o paciente apresenta de forma
súbita um ataque agudo de ansiedade acompanhados por sintomas como: tremores,
sufocamento e náusea. Os fatores socioculturais encontram-se presentes no que diz
respeito a causa de tal transtorno, como por exemplo, a vivência de eventos traumáticos e
demasiadamente estressantes. A sociedade contemporânea vigente impõe uma série de
pressões e realizações à sociedade como um todo, atingindo o público com um falso ideal
de que as satisfações da vida devem se dar de maneira imediata e de forma constante. A
todo momento somos bombardeados com uma série de informações vindas de todas as
telas, aparelhos celulares e televisores, advindos da crescente onda de avanços
tecnológicos causados pela globalização, que tenta a todo custo transmitir para a população
que a busca pela felicidade e realização deve ser constante, dando enfoque a busca
desenfreada por objetos de consumo que parecem conter a felicidade em suas
embalagens. Não obstante essas cobranças em relação ao sucesso no âmbito profissional
e social muitas vezes vem do próprio núcleo familiar, que gera um sentimento de
desconforto constante e a percepção do estar nervoso a todo momento ao paciente, que
tem em seu ambiente de descanso e conforto mais uma fonte de preocupação e ansiedade.
Ao decorrer da evolução dos mecanismos de tecnologia e do avanço da
contemporaneidade, os números de acometidos pelo transtorno de ansiedade generalizado
(TAG) vem crescendo exponencialmente, e no Brasil, segundo dados relativos a pesquisas
realizadas pela OMS, 9,3% da população brasileira possui o transtorno. Não obstante,
fala-se também da depressão, transtorno do humor cada vez mais atual no mundo
globalizado, que pode ocorrer em um episódio único ou de maneira recorrente, onde o
paciente encontra-se deprimido na maior parte dos dias, sente-se desesperançoso e
apresenta dificuldades para realizar tarefas simples do dia a dia, gerados por uma perda de
energia significativa e baixa autoestima.
A depressão pode ser causada por fatores biológicos como o mau funcionamento dos
neurotransmissores, e por fatores genéticos, onde existe risco de transmissão pelo genitor,
tornando maiores as chances da predisposição de acordo com o número de familiares
acometidos. Entretanto, a doença também pode ser causada pela interação do indivíduo
com o meio social, o contexto sociocultural e familiar em que o paciente está inserido.
Acontecimentos chamados de gatilhos podem desencadear sentimentos de profunda
tristeza, e até mesmo a depressão, que pode apresentar-se como consequência de um
evento marcante na vida do paciente, como desentendimentos familiares, por exemplo, pois
segundo o sociólogo Talcott Parsons, “a família é uma máquina que produz personalidades
humanas”. Ao se tratar do contexto social envolvendo a doença, é importante mencionar
que o paciente pode possuir dependência química associada a esse transtorno, como uma
busca incansável por mecanismos que deem de alguma maneira um sentimento de fuga em
relação à própria realidade, uma busca por um sentimento de prazer imediato. O
desenvolvimento desenfreado da indústria após os Anos de Ouro do Capitalismo, onde a
sociedade de consumo aumentou exponencialmente, resultando na ampliação do mercado,
fortalece o desencadeamento de novos desejos e a busca incansável e constante por
conquistas, o que consequentemente, favorece a ampliação das taxas de suicídios. Em 16
anos, o número de mortes relacionadas à depressão cresceu 705% no Brasil, segundo
dados do sistema de mortalidade do Datasus - suicídios e mortes motivadas por problemas
de saúde decorrentes de episódios depressivos.
Faz-se menção também a esquizofrenia, doença psiquiátrica que afeta a capacidade do
paciente de pensar, sentir e agir com clareza, não possuindo uma cura, onde o indivíduo
passa por uma série de desconexões com a realidade, podendo-a classificar como uma
impossibilidade de entrar em comunicação espontânea com a vida afetiva do outro.
(FOUCAULT, 1998,p.8)
Entre os sintomas positivos, que agregam comportamentos ao indivíduo, é possível
evidenciar os delírios, as agitações psicomotoras, alucinações e comportamentos
considerados bizarros. Já entre os sintomas negativos, que reduzem comportamentos do
indivíduo, é possível observar o distanciamento afetivo, a diminuição da fluência verbal e a
lentificação psicomotora. Sabe-se também que parentes de primeiro grau de pacientes
tendem a também desenvolver a doença do que outras pessoas que não possuem esse
vínculo. Ademais, a esquizofrenia possui 4 subtipos: o paranóide, onde o paciente
apresenta delírios e alucinações, - frequentemente demonstrado em filmes - a hebefrênica,
onde estão a prevalência dos pensamentos caóticos, a catatônica, com forte presença de
alterações motoras, hipertonia e rigidez - indivíduo consegue parar na mesma posição por
períodos de tempo prolongado - e a simples, onde evidencia-se distanciamento social e
empobrecimento mental e psíquico.
Com relação ao contexto social e os esquizofrênicos, os mesmos são considerados
inimputáveis ou semi-imputáveis se responsáveis por um ato infracional, por possuírem
distorções acerca da realidade que afeta as suas percepções do mundo. Isso ocorre devido
ao art 26 do Código Penal brasileiro, que julga como inimputável o indivíduo que em virtude
de doença mental tornou-se incapaz de entender o caráter ilícito do fato ocorrido. Sendo
assim, o réu que conseguiu ser absolvido legalmente será encaminhado à internação
compulsória e direcionado ao tratamento ambulatorial, visando proteger todo o corpo social,
incluindo o próprio paciente que não possui capacidade de discernir situações de perigo
muitas vezes.
Por fim, tem-se o transtorno de personalidade antissocial, que manifesta-se
exclusivamente no sujeito adulto. O termo “antissocial” engloba três diferentes tipos de
transtornos na psicopatologia, o TDO - transtorno opositivo desafiador - que acomete
principalmente crianças,que tentarão desafiar as figuras de autoridade em suas vidas,
desconsiderar regras e tornarem-se irritadiças. Quando acompanhadas por profissionais
especializados, podem deixar de apresentar o quadro, entretanto, caso persista, pode
evoluir para um quadro de TC - transtorno de conduta - na adolescência, dizendo respeito a
um grau mais elevado que o TDO, onde o indivíduo pode desenvolver comportamento
agressivo, impactando o corpo social que interage com esse indivíduo, pois tornam-se mais
propensos a cometer crimes como furtos, assassinatos, e agressões físicas.
Em adultos, esse transtorno de conduta passa a se configurar como o transtorno de
personalidade antissocial, onde o paciente é indiferente e insensível quando trata dos
sentimentos alheios, não conseguindo estabelecer consideração nem compaixão pelo
próximo, nem mesmo quando tornam-se pais, o contexto familiar dos pacientes torna-se
deteriorado pela incapacidade de compaixão que possui, não conseguindo estabelecer
relações empáticas com filhos, pais, mães, nem amigos próximos. Ao abordar o contexto
sociocultural que cerca esses pacientes, diferentemente do esquizofrênico, o psicopata é
categorizado como semi inimputável, pois não apresenta distorções que afetem os seus
entendimentos acerca do mundo. Entretanto, a sua pena é reduzida devido à
autodeterminação que é afetada, gerando críticas a insuficiência do Estado para lidar com
essas pessoas.
Questão 02.
Um jovem infrator, uma sala sufocante, uma juíza e mais uma mãe desolada chorando a dor
de presenciar o julgamento de um filho que outrora era só mais uma criança desassistida
pelo Estado. Esse cenário que tem se tornado mais que cotidiano na sociedade brasileira é
o enredo do documentário Juízo, que atua expondo o contexto sociocultural de famílias que
vivem diariamente a escassez de recursos e a miserabilidade como potencializadores de
atos infracionais. Ao analisar a violência no Brasil, é possível destacar que essa
problemática abarca quase que em sua totalidade a população, violência essa que possui
raízes e particularidades do povo brasileiro frente a transformações socioculturais e
econômicas advindas do processo de globalização, que acabou fortalecendo a pobreza que
assola a estrutura social do Brasil, onde a crescente pobreza urbana cria um cenário
propício para a perpetuação da cultura da violência no país. Ao trazer o documentário Juízo
em pauta, nota-se que a maior incidência de menores infratores na 2ª Vara da Infância e da
Juventude do Estado do Rio de Janeiro são jovens negros que vivem em bairros periféricos,
onde grande maioria tem seus estudos negligenciados durante a sua vida, demonstrando o
acesso precário a uma educação de qualidade por essa parcela da população, como
evidencia o documentário, onde é possível observar jovens cursando séries primárias
mesmo estando em sua maioria com idade adequada para estar cursando séries mais
adiantadas. De acordo com o pensador Vygotsky, o indivíduo é fortemente influenciado pelo
meio em que está inserido. Partindo dessa ótica, ao observar um jovem inserido em um
contexto de reduzido capital cultural, habitação precária, acesso insuficiente à educação e
elevada violência urbana, é notório que a prática do ato infracional está inserida em um
contexto social, onde o indivíduo é fortemente afetado pela realidade em que vive
diariamente. Além da exclusão social e do desamparo por parte do Estado, outros fatores
podem estar ligados ao envolvimento dos jovens com relação às práticas infracionais. Como
por exemplo, no livro “Família, Sociedade e Subjetividades”, onde 9,2% dos adolescentes
infratores da região de Salvador, Bahia, relataram história de abandono na infância por
parte de suas respectivas figuras familiares.
Por subjetividade entende-se os processos que levarão a formação da psique do
indivíduo, como abordado no texto “Egressos do Sistema Prisional”: “subjetividade é aquilo
que diz respeito ao modo como cada um pensa, reflete, sente, percebe, age e interage com
o mundo objetivo.” (GARCIA, 2013).
Essa interação violenta entre o indivíduo com o ambiente em que está inserido nos
momentos de formação e desenvolvimento do ser social propicia danos à formação do
psiquismo que podem vir a ocasionar, no futuro, em atos infracionais, tornando visível que
condições precárias geram processos iniciais de formação social precários, onde o sujeito
busca com base em sua vivência, mecanismos para superar a condição de precariedade
que o acompanha. Possuindo, dessa forma, uma subjetividade construída sob os pilares da
violência e da pobreza urbana.
Entretanto, se engana quem supõe que a violência se apresenta apenas na formação das
fragilizadas subjetividades desses indivíduos desassistidos. A subjetividade construída no
sistema prisional com caráter punitivo e pouco ressocializador também ocupa uma parcela
importante da cultura de violência do Brasil. Ainda analisando o documentário Juízo, faz-se
visível que o local que deveria ser destinado à ressocialização no meio social do infrator
após o cumprimento da sua pena, atua despersonalizando os indivíduos e criando novas
subjetividades a partir do momento em que os jovens recebem números ao adentrarem o
local, perdendo seus sensos de identidade.
As celas em que residem estão muitas vezes em estado insalubre, havendo um grande
número de pessoas ocupando um espaço pequeno. Em algumas celas faltam colchonetes,
fazendo os jovens terem que dormir nas plataformas de cimento disponíveis, isso quando
conseguem dormir, pois sentem medo e agonia constante de algo acontecer-lhes.
Atividades lúdicas e educativas visando a inserção posterior no mercado de trabalho
geralmente não existem nesses locais, o apoio para subsistir dignamente após a saída da
prisão (GARCIA, 2013) é quase que nulo, demonstrando a necessidade da revisão da
pedagogia aplicada na medida socioeducativa em questão ao falhar em uma de suas
principais missões, a reinsserção no meio social, incluindo no mercado de trabalho, levando
em conta que o trabalho é a principal forma de inserção ativado homem na sociedade.
(Leontiév, 1978).
Ao abordar o documentário Ônibus 174, observamos que o mesmo atua como um
desdobramento das condições precárias e violentas dos jovens inseridos na pobreza
urbana no livro “Família, Sociedade e Subjetividades” por parte de um sujeito. O sujeito
Sandro é um exemplo da invisibilidade social desses meninos que recebem mínima
assistência do Estado, e que eventualmente acabam respondendo a essa invisibilidade com
um grito desesperado em forma de violência. Esses meninos podem ser chamados de
invisíveis pois são ignorados pela maior parcela da sociedade, que tornou a miséria e a
violência urbana experienciadas diariamente por esses jovens em algo costumeiro, em algo
que não merece um olhar atento por parte da população. Invisíveis pois não são vistos, não
é percebido pelo olhar dos demais que por trás de um desses jovens existe toda uma vida
de desigualdades e dificuldades, como é o caso de Sandro, que assistiu ao homicídio
precoce de sua mãe aos seis anos de idade e ainda criança se tornou morador de rua.
Entretanto, o resto da sociedade só vê o que projetam, e ao olhar para crianças como
Sandro visualizam apenas os seus estigmas e preconceitos, não conseguindo ver que atrás
de todo esse estereótipo existe um jovem desassistido pela família e pelo Estado.
Sandro é a representação de como se dá a cultura da violência no Brasil: uma criança que
nasceu sem uma figura paterna, e muito cedo perdeu sua genitora para a violência
suburbana, o que afetou profundamente a sua psique, e desde então, foi criado pelas ruas,
onde muitas vezes não tinha o que comer nem onde dormir. Não demorou muito para que
se inserisse no mundo do crime, pois via os seus colegas de rua fazendo o mesmo, logo foi
pego em flagrante por uma tentativa de roubo, e teve como pena uma medida
socioeducativa de internação, que visava maior proteção o orientando para a reinserção no
ambiente familiar. Entretanto, a mesma não funcionou, e Sandro voltou a praticar ilicitudes
pela rua, buscando uma fuga e a superação da sua invisibilidade social.
Os fantasmas que seguiram Sandro por toda a sua vida, onde se sentia invisível para a
sociedade continuavam o acompanhando onde quer que fosse, o impossibilitando de
procurar um trabalho digno ou até mesmo que começasse a estudar. As ruas e o estilo de
vida que passou a possuir desde a morte da sua mãe parecia sua sombra, e mesmo que
momentaneamente estivesse estável, não conseguia ver em seu íntimo uma grande
perspectiva de mudança, o que pode ser evidenciado no momento em que manifesta sua
vontade de conseguir um emprego, afirmando que seria impossível com as condições que
possuía, sem carteira de trabalho e não sabendo ler e escrever, que ninguém o daria uma
chance assim, e que durante toda sua vida ninguém havia o dado uma chance. Desse
modo, é possível evidenciar na fala de Sandro que o Estado falhou com ele, assim como
falha diariamente com dezenas de jovens que se encontram na mesma situação, o Estado
deveria ser o órgão a oferecer essa chance, deveria se fazer presente e eficaz na sua
missão de ressocialização social, através das unidades e medidas socioeducativas pelas
quais o próprio Sandro passou através de diversas instituições prisionais desde a sua
infância e adolescência. Entretanto, o Estado ao não ofertar possibilidades e maneiras de
jovens como Sandro serem ressocializados e finalmente abandonarem sua invisibilidade
social, ele falha no cumprimento do seu papel de reeducação social, deixando esse grupo
às margens da sociedade, os afastando cada vez mais da sociedade e forçando-os a utilizar
de mecanismos como drogas, furtos, tráfico e armas de fogo como a sua última tentativa de
visibilidade, como a sua última chance de se fazerem, enfim, vistos.
Correção
Bom trabalho, siga em frente!
9,0

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