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Abortamento: Tipos, Causas e Tratamentos

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Obstetrícia 
1) Abortamento 
Interrupção da gestação com idade gestacional menor que 20-11 semanas ou feto 
menor que 500 g (OMS) 
Precoce: antes de 12 semanas, em que não há partes ósseas. 
x 
Tardio: acima de 12 semanas 
Espontâneo: sem nenhuma intervenção externa 
x 
Provocado: no Brasil só é permitido em 3 casos legais; Estupro, Risco de morte 
materna; Anencefalia 
Incidência: muitas vezes é subclínico, nas clínicas (10-15% das gestações) → 80% 
antes das 12 semanas ; < 10% se BCE ou BCF presentes 
 Etiologia: 
- Esporádico: Em sua grande maioria ocorrem por causa de anormalidades 
cromossômicas, sendo a principal as aneuploidias (50-80%). Dentre as aneuploidias, 
a trissomia autossômica e a síndrome de Turner 
- Habitual: São 3 ou mais abortamentos na mesma gestante. Pensamos não mais em 
anormalidades cromossômicas, mas sim em Incompetência do istmo cervical ou 
Síndrome do anticorpo antifosfolípide. 
• Incompetência istmo cervical: 
- Paciente geralmente ira relatar um parto prematuro 
- Chega ao PA sem queixas de dor, mas com sangramento. 
- Principal causa de abortamento tardio ou parto pré-termo extremo. 
- As perdas gestacionais costumam acontecer no 2°trimestre ou início do 3°, 
com perdas gestacionais cada vez mais precoce que a anterior. 
 
Causas: 
- Trauma causado por conização 
- Laceração cervical no parto 
- Dilatação exagerada em casos de interrupção provocada da gestação 
 
Quadro Clínico: 
- Dilatação cervical sem dor até 4-6cm 
- Feto morfologicamente normal e vivo 
 
Tratamento: 
- Cerclagem (12-16 semanas de gestação) → Técnica de McDonald 
- Remoção da cerclagem deve ser feita entre 36-37 semanas de gestação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Síndrome do anticorpo antifosfolípide: 
- Decorrente da associação entre anticorpos antifosfolipídeos (lúpus 
anticoagjulante – LAC e anticardiolipina -aCL) e trombose vascular ou 
prognóstico adverso na gravidez. 
- Colo uterino Normal 
- Doença autoimune – Trombofilia autoimune, paciente possui anticorpos que 
predispõe eventos trombóticos 
 
Clínica: 
- Trombose dos vasos arteriais ou venosos de qualquer órgão 
- Manifestações cutâneas como livedo articular e úlceras cutâneas 
- Abortamentos espontâneos, principalmente no fim do 1°trimestre 
 
Diagnóstico: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
- Associação entre AAS (75-100mg/dia) e heparina de baixo peso molecular 
(enoxoparina 1mg/kg/dia) desde o diagnóstico da gestação e mantida por 6 
semanas pós o parto. 
Apresentação clínica do aborto: 
- Toda gestante com sangramento vaginal no 1° trimestre deve ser submetida a exame 
abdominal, exame especular e toque vaginal. 
- Podemos separar o abortamento em dois grupos: 
• Ameaça de abortamento → completo ou retido 
• Incompleto, infectado e inevitável. 
 
1) Ameaça de aborto: 
- Trata-se de um quadro em que há 
chance de reversão, podendo ainda ter 
perspectiva de evolução da gravidez. 
 
Sinais e sintomas: 
- Sangramento é pouco 
- Dor → “contrações uterinas” 
incapazes de produzir modificações 
cervicais. 
- Ao exame especular, pode-se 
encontrar sangramento ativo 
- No US pode-se encontrar hematoma retroplacentário (em rosa) 
Orientações: 
- Orientar a paciente a evitar relações sexuais em caso de perda sanguínea 
- Retornar ao serviço de saúde em caso de aumento do sangramento. 
 
 
2) Abortamento Completo: 
- Ocorre quando há a eliminação completa do concepto 
 
Sinais e sintomas: 
- Redução ou parada dos sangramentos e da cólica após a expulsão do ovo 
íntegro. 
 
Conduta: 
- Conduta expectante, devendo apenas monitorar a hemorragia. 
 
3) Abortamento retido: 
- Trata-se de um aborto em que o concepto permaneceu retido na cavidade 
uterina sem vitalidade. 
- Há regressão dos sinais gravídicos (redução da altura uterina e da circunferência 
abdominal, perda da turgência mamária e dos sinais de presunção de gravidez), 
e perda dos batimentos cardíacos embrionários (BCE) 
 
Conduta: 
- se abortamento dentro do 1° trimestre 
→ conduta expectante (até 3 semanas após o abortamento o ovo costuma ser 
expulso) 
➔ Se retenção maior que 4 semanas → realizar coagulograma antes de iniciar 
qualquer terapêutica. Pode-se ser feito a aspiração manual intrauterina 
(AMIU) ou farmacologicamente com uso de Misoprostol. 
- Se abortamento tardio (2° trimestre ou > 12 semanas) → melhor conduta é a 
expulsão imediata com uso de Misoprostol seguida de curetagem uterina. 
 
 
 
4) Abortamento Incompleto: 
- É a forma mais comum de abortamento 
- Expulsão do feto, mas permanência da placenta ou restos placentários 
 
Sinais e sintomas: 
- Sangramento 
- Redução uterina em comparação com a Idade Gestacional (IG) 
- Dores tipo cólica. 
 
Conduta: 
- Em caso de <12 semanas: realização de Misoprostol ou AMIU 
- Se >12 semanas: realização de curetagem; 
OBS: PACIENTE DEVE SER INTERNADA PARA ESTABILIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DOS 
PROCEDIMENTOS. 
5) Abortamento Infectado: 
- Resulta da tentativa de esvaziar o útero com uso de instrumentos inadequados 
e técnicas inseguras, o que leva a infecções polimicrobianas da flora vaginal e 
intestinal. 
- Anamnese é um ponto diferencial nesse caso, para o diagnóstico. 
 
Sinais e sintomas: 
- Sangramento com odor fétido 
- Os outros sintomas irão variar do local e grau de acometimento: 
• Endométrio e miométrio: 
- Cólicas intermitentes 
- febre 
- dor à mobilização do colo e à palpação abdominal 
• Peritônio pélvico: 
- Febre 39° 
- Dor mais intensa 
- Comprometimento do estado geral 
- Colo aberto com saída de conteúdo purulento 
- sinais de peritonite 
Tratamento: 
- Antibiótico → Ampicilina (500mg-1g 6/6hrs) ou Penicilina (20-40 milhões UI/dia) 
+ Gentamicina (1,5mg/kg/dia 8/8hrs) + Clindamicina (600-900mg 6/6 hrs) ou 
Metronidazol (500mg-1g 6/6hrs) 
- Em seguida, realizar curetagem para remoção do foco infeccioso. 
- Se houver suspeita de perfuração uterina /abcesso pélvico de alça, deve-se 
proceder para laparatomia, seguida de retirada do foco, inclusive histerectomia 
se for necessário. 
 
OBS: caso as medidas acima não forem eficazes deve-se pensar no diagnóstico 
de Tromboflebite Pélvica que deve ser tratada através da realização de 
heparinização plena associada à antibioticoterapia. 
 
6) Abortamento Inevitável: 
- Ocorre a dilatação do colo uterino, permitindo a detecção das membranas 
ovulares ou até mesmo do embrião, logo, apesar de não haver ainda a expulsão 
do concepto, é inevitável que isso ocorra. 
 
Sinais e Sintomas: 
- Dilatação do colo 
- Sangramento importante 
 
Conduta: 
- Misoprostol + curetagem 
- Internação da paciente para estabilização e cuidado da mesma. 
 
 
 
 
Tratamento: 
- Misoprostol: comprimido de uso vaginal de 25, 100 e 200mcg, que deve ser feito de 
acordo com o tamanho uterino e NÃO com base na idade gestacional. 
• Abortamento 1° trimestre: 2-3 doses de 800mcg, via vaginal, no intervalo 
de 3-12 hrs 
• Em caso de abortamento incompleto no 1° trimestre utilizar dose única 
400mcg 
• Se abortamento no 2° Trimestre: 200mcg, via vaginal, a cada 4-6 hrs, 
seguida de tratamento cirúrgico combinado. 
- Mecânico: 
• Curetagem 
• AMIU

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