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ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) – SAÚDE DO ADULTO – PROFESSOR LUCIANO GODINHO – UNIVERSIDADE IBMR. ALUNO: BRUNO ALVES DOS SANTOS As Atividades Práticas Supervisionadas - APS têm seu detalhamento publicado no ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard. da disciplina. São publicadas na primeira quinzena de aulas e devem ser realizadas pelos estudantes até o limite do prazo da N1, em conformidade com o calendário acadêmico. As APS devem ser realizadas pelos estudantes no próprio ambiente virtual de aprendizagem (Blackboard. ou ter seu upload realizado lá, onde também serão corrigidas pelo docente, ficando registradas em sua integralidade. Proposta: Você é o enfermeiro responsável pelo atendimento pré, trans e pós operatório imediato da paciente abaixo. Portanto, é necessário criar um plano terapêutico individualizado, levando em consideração o processo de Enfermagem para tal cliente. Leia o caso clínico abaixo e responda às perguntas que se seguem. ATIVIDADE: ES: IS, sexo feminino, 70 anos. Refere taquidispneia, oligúria e edema de face há 20 dias com piora hoje; sendo feito um primeiro diagnóstico de ITU e orientada quanto ao tratamento medicamentoso, sem sucesso. Evoluiu com aumento das escórias nitrogenadas, picos hipertensivos e dispneia, sendo necessário internação e tratamento dialítico. Realizado ECOCARDIOGRAMA que evidenciou dupla lesão mitral e aórtica, regurgitação tricúspide e aumento de AE, sendo indicado cirurgia cardíaca. AP: Aposentada, natural de Teófilo Otoni – MG. Sedentária. Evangélica. Calma. Alegre. Analfabeta. Mora em casa alugada, com três cômodos e com saneamento básico. Sem déficit aparente. Cardiopata de longa data, já submetida a plastia de valva mitral há 20 anos. Nos últimos dias vinha apresentando dificuldade para dormir, deambular, de higiene e alimentação devido a dispneia. EF: Pós operatório imediato de troca de valvas mitral e aórtica (próteses mecânicas) e plastia tricúspide, com FC arrítmica. Emagrecida. Sob efeito anestésico. Anictérica. Cianótica. Hipotérmica. Mucosas hipocoradas +3/+4. Halitose. SNG aberta com baixo débito. Intubada. Dreno de tórax D + mediastino. Ferida operatória esternal com curativo limpo e seco. MV diminuídos em bases, com crepitações bibasais. Ventilação mecânica controlada. FR: 15 irpm, Pressão expiratória final positiva (PEEP):5, FiO2:100%, Sat. O:88%. Secreção traqueal fluida em grande quantidade. BNF e arrítmicas. Pulso filiforme. Hipotensa (60x 40mmHg). Abdome flácido. RHA +. SVD + oligúria. Evacuação ausente há 2 dias. Perfusão periférica diminuída. Acesso vascular periférico em MSD. Sem sinais flogísticos. Hiperemia sacral. EXAMES: RX tórax – imagens infiltrativas bilaterais. Uréia: 50, Creatinina: 3 mg/dl, Hemoglobina: 7,9 g/dl, Plaquetas.: 100.000, Leucocitos: 24.000. Questões: 1. Considerando a necessidade de intervenção cirúrgica, qual a terminologia empregada para classificar o período perioperatório? R: Perioperatório Imediato. O termo Peri operatório é empregado para descrever todo o período da cirurgia, incluindo antes e após a cirurgia em si. As três fases dos cuidados Peri operatórios são: Pré-operatório, Transoperatório e Pós-operatório. 2. Em quais momentos é empregado o check-list de cirurgia segura? R: O checklist de cirurgia segura da OMS tem três momentos: ➢ Entrada (antes da indução anestésica), ➢ Time Out ou Pausa (antes da incisão) e ➢ Saída (antes de o paciente deixar o centro cirúrgico). 3. Cite o posicionamento cirúrgico que foi empregado nesse ato operatório? R: O Posicionamento cirúrgico que foi empregado foi o DDH (Decúbito Dorsal Horizontal) 4. Quais os drenos utilizados para a cirurgia em questão? R: Drenos torácicos. 5. Quais cuidados de enfermagem são indispensáveis em relação ao decúbito do paciente? R: Os cuidados de enfermagem indispensáveis são proteger as proeminências ósseas com coxins, manter a cabeça elevada com pescoço estendido para favorecer a ventilação e respiração mantendo as vias aéreas pérvias, e prevenir o sufocamento nos casos de vomito, observar os estados de consciência, colocar apoio de braço o mais anatômico possível e realizar avaliações múltiplas dos parâmetros; acolchoar o calcâneo, o sacro, o cóccix, o olecrano, a escápula, a tuberosidade isquiática e o occipital. Manter os braços nas laterais com as palmas voltadas para baixo (em pronação); um pequeno coxim abaixo da cabeça permite o relaxamento do músculo trapézio e previne a distensão do pescoço; flexões e torções podem causar contraturas e interferir na permeabilidade das vias aéreas. Os membros inferiores (MMII) devem permanecer estendidos e os pés, ligeiramente separados. Cuidar da nutrição de pele do paciente, conferir nutrição, utilizar colchão pneumático ou caixa de ovo para evitar atritos. 6. O tempo cirúrgico descreve a sequência de procedimentos utilizados na manipulação dos tecidos e vísceras durante o ato operatório. Cite-os e descreva sucintamente as ações empregadas em cada estágio. R: Diérese, hemostasia, exérese e síntese cirúrgica. DIÉRESE: A diérese significa dividir, cortar ou separar. Separação dos planos anatômicos ou tecidos para possibilitar a abordagem de um órgão ou região (cavitaria ou superfície), é o rompimento da continuidade dos tecidos. Classificada em: Incruenta (com laser, criobisturi, bisturi eletro-cirúrgico) e cruenta (Arranamento, Curetagem Debridamento, Divulsão ou deslocamento) HEMOSTASIA: “Hemo” significa sangue; “stasis” significa deter, logo a hemostasia é o processo pelo qual se utiliza um conjunto de manobras manuais ou instrumentais para deter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de tempo. Sendo feito por meio de pinçamento de vasos, ligadura de vasos, eletrocoagulação e compressão. As hemorragias podem ser de origem arterial, venosa, capilar ou mista. Podem trazer ameaça à vida do paciente ou a sua pronta recuperação; retardam a cicatrização; favorecem a infecção e podem dificultar a visualização das estruturas durante a cirurgia. EXÉRESE - Tempo cirúrgico em que é realizada a remoção de uma parte ou totalidade de um órgão ou tecido, visando o diagnóstico, o controle ou a resolução da intercorrência. SÍNTESE CIRÚRGICA: Refere-se ao momento da junção/união das bordas de uma lesão, com a finalidade de estabelecer a contiguidade do processo de cicatrização, é a união dos tecidos. O resultado da síntese será mais fisiológico quanto mais anatômica for a diérese (separação). 7. Cite 4 planos de cuidado para o paciente submetido à cirurgia em questão. ➢ preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré- anestésica. ➢ verificação do Checklist Cirurgia Segura. Conferi dados na pulseira de identificação e prontuário. ➢ Avaliar com paciente nível de ansiedade e preocupações relacionadas à cirurgia com objetivo de tranquilizá-lo. Estimular o paciente a manifestar seus medos, sentimentos e emoções. Tentar reduzir a ansiedade e medo com orientações. ➢ Realizar monitorização dos sinais vitais, fazer balanço hídrico e conferir conforto ao paciente. 8. Ao admitir o paciente na SRPA (sala de recuperação pós anestésica) é responsabilidade do enfermeiro checar quais informações para embasar sua assistência? R: É responsabilidade do enfermeiro checar a identificação do paciente no prontuário (conforme o protocolo institucional), realizar exame físico no paciente, verificar sangramento, checar monitorização da Frequência cardíaca, pulso, Pressão Arterial, Temperatura, Frequência Respiratória, sat O2, glicemia, Nível de consciência e Dor. Verificar localização de drenos e fixação de drenos, sondas e condiçõesde curativos cirúrgicos (sangramentos), distensão e desconforto abdominal, além de avaliar perfusão periférica. Anotar débitos de dreno e sondas, fazer balanço hídrico, manter infusões venosas e atentar para infiltrações e irritações cutâneas, examinar a condição da incisão cirúrgica, quando adequado; examinar vermelhidão, calor exagerado ou drenagem na pele e nas mucosas; monitorar áreas de vermelhidão e ruptura da pele; monitorar ressecamento e umidade excessiva da pele; monitorar a cor da pele; monitorar a temperatura da pele. Usar laterais da cama com comprimento e altura adequados para prevenir quedas, conforme necessário; monitorar o ambiente em busca de mudanças nas condições de segurança. 9. Cite o nome escala empregada para dar alta da SRPA, seus indicadores e a nota mínima para alta. R: É utilizada a Escala de Aldrete e Kroulik, seus indicadores são Atividade muscular, Respiração, Circulação, Consciência e saturação de O², e sua nota mínima de alta é 8 por três vez es consecutivas. 10. Cite 3 cuidados de enfermagem para o pós operatório da cirurgia proposta. ➢ Monitorar as eliminações intestinais, incluindo frequência, consistência, formato, volume e cor, conforme apropriado; monitorar ruídos hidroaéreos; avaliar a ingestão em relação ao conteúdo nutricional registrado. ➢ Usar laterais da cama com comprimento e altura adequados para prevenir quedas, conforme necessário; orientar o paciente a chamar auxílio para movimentar-se, quando adequado; providenciar mecanismos de adaptação para aumentar a segurança do ambiente; monitorar o ambiente em busca de mudanças nas condições de segurança ➢ Examinar a condição da incisão cirúrgica, quando adequado; examinar vermelhidão, calor exagerado ou drenagem na pele e nas mucosas; monitorar áreas de vermelhidão e ruptura da pele; monitorar ressecamento e umidade excessiva da pele; monitorar a cor da pele; monitorar a temperatura da pele Um excelente trabalho! Referências: Bulechek, Gloria M.; Butcher,Howard K.; Dochterman,Joanne; Wagner,Cheryl M. NIC Classificação das Intervenções de Enfermagem- 6a Edição. Elsevier, 2016. Carvalho, R. et al. Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação - série enfermagem. 2ª Edição. Manole, 2016. Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2015-2017. Organizadoras: T. Heather Herdman, Shigemi Kamitsuru; Tradução: Regina Machado Garcez; revisão técnica: Alba Lucia Bottura Leite de Barros ... [et al.]. – Porto Alegre: Artmed, 2015 MALAGUTTI, William et al. Enfermagem em centro cirúrgico: atualidades e perspectivas no ambiente cirúrgico. 3.ed. São Paulo: Martinari, 2013. 333 p. ISBN 978-85-89788-92-2 MORTON, PATRICIA GONCE; FONTAINE, DORRIE K. Cuidados Críticos em Enfermagem: uma abordagem holística. 1. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. ISBN 978-85-277-23-589 TANNURE, Meire Chucre; PINHEIRO, Ana Maria. SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem: guia prático. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. 298 p.
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