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1. Com o avanço e paulatina consolidação do cristianismo no início da Idade Média, os grandes debates filosóficos que marcaram a Antiguidade grega e romana entram em decadência. A fé passa a ser mais importante que a própria razão e, ao contrário da filosofia grega, a filosofia se fecha em uma única visão de mundo: a cristã. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA: O pensamento filosófico medieval rompe com os dogmas do pensamento platônico e aristotélico, privilegiando tão somente o texto bíblico. Na Idade Média, há um completo abandono da Filosofia, sobretudo com a consolidação do tomismo. Nos primeiros séculos da era cristã, o cristianismo ganha lugar central na ordem política e jurídica tendo a Patrística um papel relevante na defesa da ortodoxia religiosa e a afirmação da filosofia cristã. Para o pensamento cristão medieval, combate-se o monoteísmo cristão. 2. Na tradição da historiografia filosófica tradicional, Platão (428-347 a.C) legou grandes fundamentos da Filosofia. Diferentemente de seu mestre Sócrates, Platão descendia de família ateniense nobre e aristocrática, preparado, desde jovem, para a vida política. Em seu livro "A República", buscando superar o senso comum de sua época, expõe conceitos importantes acerca da justiça, compreendendo-a como virtude a ser atingida desde a reflexão filosófica. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA. Para Platão, a justiça não depende da política e sim da virtude do governante. Ao filósofo não cabe a tarefa de legislar, tampouco governar e sim de refletir acerca da verdadeira essência das coisas. A concepção de justo no pensamento platônico está relacionada à busca de sua verdadeira essência através da reflexão filosófica. Para Platão, o conhecimento sobre o justo não nasce da mera reflexão, mas sim de uma vida política ética na cidade. 3. Na obra "A Cidade de Deus", Santo Agostinho (354-430 d.C.) estabelece a distinção entre a "cidade humana", repleta de vícios e injustiças ,e a "cidade de Deus", cujos princípios de perfeição, bondade e justiça chegam aos homens através de seus representantes eleitos. Trata-se de uma perspectiva dualista desde a qual a justiça e o direito deveriam ser expressão da perfeição divina. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA: Para Agostinho, o homem é um ser livre por natureza e não deve se submeter a nenhuma lei humana, somente às leis de Deus. Para Agostinho, o Direito Natural é um conjunto de regras inflexíveis que se originam dos desígnios divinos. A justiça para Agostinho deve ser conhecida a partir do texto bíblico e não do pensamento filosófico. Santo Agostinho funda a Patrística, que estabelece as bases do Positivismo Jurídico moderno. 4. A partir do século XV, no contexto medieval europeu, as divergências entre o protestantismo e o catolicismo se radicalizam, atingindo seu auge na Reforma Protestante, cujas maiores expressões foram Martinho Lutero e João Calvino. A Reforma Protestante, entre outros impactos, abre as portas para as grandes questões filosóficas e políticas que serão tratadas pelo pensamento moderno. Acerca dos desdobramentos da Reforma Protestante, assinale a alternativa CORRETA: Ao final da Idade Média, os católicos e os protestantes mantêm o debate filosófico e jurídico limitado pela teologia cristã. A Reforma Protestante contribuiu para o rompimento com a visão teológica da filosofia do direito. O rompimento com a visão unitária cristã desdobra-se para o campo da política, surgindo os modernos Estados laicos. O Renascimento é a resposta da Igreja Católica ao humanismo apregoado pelos protestantes. 5. É no pensamento de Aristóteles (384-322 a.C.) que vamos encontrar o apogeu da Filosofia do Direito na antiga Grécia. Mais prudente que seu mestre Platão, Aristóteles, na obra "Ética a Nicômacos", expressa importantes e fundamentais concepções acerca do direito. Acerca do conceito aristotélico de justiça, assinale a alternativa CORRETA: Diferentemente do pensamento moderno, para Aristóteles, a lei deve ser produzida desde um princípio ético diretamente relacionado à justiça. A justiça não é uma virtude, mas sim um princípio ético. A justiça é sempre universal e jamais particular, uma vez que o interesse geral deve se sobrepor ao individual. A caridade é a melhor das justiças.