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– Anteriorização - Ação ou resultado de anteriorizar, de pôr em posição anterior, precedente (no tempo ou no espaço). A compressão do nervo ulnar no cotovelo é a segunda causa mais frequente de neuropatia compressiva no membro superior. Na maioria dos casos, a compressão ocorre no canal cubital, vulnerável à compressão extrínseca, intrínseca ou idiopática. Fonte: https://tutoriaonline2021- 2.fps.edu.br/mod/forum/discuss.php?d=1226 Entender como a amamentação influencia na mastigação e no ciclo mastigatório Durante a amamentação do bebê, sua mandíbula realiza movimentos ântero-posteriores exclusivamente, o rebordo incisivo superior se apoia na superfície superior do mamilo e parte do peito materno, enquanto a mandíbula realiza movimentos protrusivos e retrusivos, tendo a língua como válvula hermética, extraindo, assim, com um considerável esforço, o leite materno, nutritivamente e imunologicamente tão importante ao bebê. Essa "ordenha" acima descrita é um esforço físico intenso, tornando o peito materno fisicamente insubstituível. Mamando, o bebê succiona ("chupa") o conteúdo líquido, obtendo pressão negativa na boca, principalmente pela ação dos músculos bucinadores e sem muito esforço, enquanto que a "ordenha" do peito materno exige um maior trabalho dos músculos pterigoideos, masséteres e temporais, movimentando a mandíbula para frente e para trás em sincronia com a deglutição. Com essa função podemos, então, observar três fatos fundamentais: 1. durante a amamentação, o bebê não solta o peito materno, respirando exclusivamente pelo nariz, mantendo e reforçando o circuito de respiração nasal, função importante para a correta filtragem, umidificação e aquecimento do ar e estímulo paratípico imprescindível ao correto desenvolvimento facial. 2. o intenso trabalho muscular, avançando e retruindo a mandíbula, realizado principalmente pelos pterigoideos mediais e laterais, masséteres e temporais, faz com que estes músculos estejam bem treinados, ou melhor, preparados fisicamente para futuramente exercer uma boa função mastigatória dos alimentos duros. 3. esses movimentos protusivos e retrusivos mandibulares, realizados diversas vezes ao dia, fazem com que a zona bilaminar ou retrodiscal das ATM's, altamente inevervada e vascularizada, receba uma quantidade considerável de estímulos neurais, obtendo como resposta o crescimento póstero-anterior mandibular, fazendo com que a mandíbula se encontre em posição ideal para a erupção dos dentes decíduos em neutroclusão (Classe I). Isso ocorre graças ao cumprimento das leis de desenvolvimento do sistema estomatognático descobertos e descritos por Planas. Experimentos com ratos realizados por Petrovic e cols. e revisados por Stutzmann sugerem que uma maior função ântero-posterior mandibular tem como conseqüência uma resposta de crescimento anterior da mandíbula, e que a variação da posição ântero-posterior mandíbular pode afetar seu crescimento através da atividade dos músculos associados a essa função. Podemos, então, depois deste breve esclarecimento, afirmar que a amamentação é uma função importantíssima, proporcionando uma estimulação necessária ao crescimento mandibular anterior, prevenindo, assim, grande parte das distoclusões (Classe II). A amamentação dos bebês ianomâni dura o tempo necessário para acostumar a criança à alimentação normal dos adultos. Esse tempo leva aproximadamente 3 anos, sendo comum ver uma criança de 5 anos pegando um peito alheio para um "lanche". Respiradores bucais, distoclusões e mordidas abertas não foram observadas nas aldeias que visitei. Os ianomâni desconhecem a higiene bucal e chegam frequentemente à idade adulta e senil com todos dentes presentes nas arcadas. Por que os ianomâni conseguem chegar a idades avançadas com dentes e sem dentistas se nós, com tanta ciência odontológica e higiene bucal, dificilmente mantemos nossos dentes íntegros? Será só pela ausência do açúcar refinado ou podemos relacionar função natural com saúde? É exatamente esta a proposta da RNO, ou reabilitação neuro-oclusal de Pedro Planas: promover função ao sistema estomatognático atuando sobre os centros neurais receptores que proporcionam uma resposta de desenvolvimento normal e equilibrado, excitando-os ou inibindo-os fisiologicamente e na medida necessária o mais precocemente possível e, se possível, desde o nascimento, conseguindo assim a prevenção do hipodesenvolvimento facial tão frequente no mundo civilizado, causa etiológica da maioria dos desequilíbrios oclusais. Não sejamos ingênuos limitando a odontologia preventiva exclusivamente à higiene bucal, dieta, análises bioquímicas e flúor. Esses métodos são tão importantes para a prevenção da cárie quanto as funções: amamentação, respiração, deglutição e mastigação são importantes para a prevenção da mal oclusão. A mastigação é uma função complexa, que lança mão não apenas de músculos, dentes e estruturas de suporte periodontal, mas também de lábios, bochechas, língua, palato e glândulas salivares. A mastigação é uma atividade funcional, geralmente automática e praticamente involuntária; ainda assim, quando desejado, pode-se facilmente ter controle voluntário. - Ciclo mastigatório: A mastigação é constituída por movimentos de separação e oclusão dos dentes da maxila e da mandíbula, de forma rítmica e bem controlada. Essa atividade está sob controle do GPC, localizado no tronco encefálico. Cada movimento de abertura e fechamento da mandíbula representa um ciclo mastigatório. O ciclo de mastigação completo tem um padrão de movimento descrito como em forma de lágrima, que pode ser dividido em fase de abertura e fase de fechamento. O movimento de fechamento também pode ser subdividido em fase de esmagamento e fase de trituração Quando a mandíbula é analisada em um plano frontal durante um único movimento mastigatório, a seguinte sequência ocorre: na fase de abertura, a mandíbula desce da posição de intercuspidação até um ponto onde as bordas incisais dos dentes estão separadas de 16 a 18 mm. Ela, então, move-se lateralmente de 5 a 6 mm a partir da linha média, quando começa o movimento de fechamento. A primeira fase de fechamento, que prende o alimento entre os dentes, é chamada de fase de esmagamento. À medida que os dentes se aproximam um do outro, o deslocamento lateral é menor, de modo que, quando os dentes estão separados por apenas 3 mm, a mandíbula ocupa uma posição de apenas 3 a 4 mm lateralmente à posição inicial do movimento de mastigação. Nesse ponto, os dentes estão posicionados de tal maneira que as cúspides vestibulares dos dentes inferiores estão quase diretamente sob as cúspides vestibulares dos dentes superiores, do lado para o qual a mandíbula foi deslocada. Como a mandíbula continua a fechar, o bolo alimentar é preso entre os dentes, o que inicia a fase de trituração do movimento de fechamento. Durante essa fase, a mandíbula é guiada pelas superfícies de oclusão dos dentes, de volta para a posição de intercuspidação, o que faz com que os planos inclinados das cúspides dos dentes se cruzem, permitindo o corte e a trituração do bolo alimentar. Durante o corte, a mandíbula se move para a frente a uma distância razoável, dependendo do alinhamento e posicionamento dos incisivos opostos. Depois que o alimento foi cortado e colocado para dentro da boca, o movimento para a frente é menos necessário. Nos estágios finais da mastigação, o esmagamento do bolo alimentar é concentrado nos dentes posteriores e muito pouco movimento anterior ocorre; ainda assim, mesmo durante as últimas fases da mastigação, a fase de abertura é anterior à de fechamento. Quando o alimento é inicialmente introduzido na boca, a quantidade de movimento lateral é grande e, em seguida, torna-se menor à medida que o alimento é quebrado. A quantidade de movimento lateral também varia de acordo com a consistência do alimento.Quanto mais duro for o alimento, mais lateral será o movimento de fechamento. A dureza do alimento ainda tem um efeito sobre o número de movimentos mastigatórios necessários antes que a deglutição seja iniciada. Como se poderia esperar, um alimento mais duro exige mais ciclos mastigatórios. É interessante que, em alguns pacientes, o número de movimentos mastigatórios não muda com diferentes texturas de alimentos. Isso pode sugerir que, para alguns indivíduos, o GPC é influenciado menos por estímulos sensoriais e mais por engramas musculares. Apesar de a mastigação ocorrer bilateralmente, cerca de 78% dos indivíduos observados têm um lado preferencial, no qual a maioria da mastigação se dá, que, normalmente, é o lado com mais contatos dentários durante o deslizamento lateral. Pessoas que não têm preferência por um lado simplesmente alternam sua mastigação de um lado para outro. A mastigação em apenas um lado acarreta uma carga desigual para as ATMs. Em condições normais, isso não cria qualquer problema decorrente do efeito estabilizador dos pterigóideos laterais superiores sobre os discos. FONTE: LAAN, Thomas - A IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FACIAL DO BEBÊ. Disponível em: < https://www.forp.usp.br/restauradora/mcserra/aboprev/j3_4. html > acessado em: 21 de agosto de 2021 HIATT - Anatomia Cabeça & Pescoço Compreender quais os músculos estão envolvidos na mastigação/amamentação (e os movimentos mandibulares). Os músculos da mastigação Masseter, Temporal, Pterigóideo medial (interno) e Pterigóideo lateral (externo) todos derivados do mesoderma do primeiro arco faríngeo, estão localizados no interior da região profunda da face, com exceção do músculo masseter, previamente descrito como posicionado lateralmente em relação à mandíbula. Esses músculos, exceto o masseter, se originam da parte óssea profunda nas fossas temporal e infratemporal e se inserem na face medial da mandíbula. Em contrapartida, o músculo masseter se origina no arco zigomático e se insere na face lateral da mandíbula. Este grupo de músculos (temporal, pterigóideo medial, pterigóideo lateral e masseter) é recoberto pelo epimísio, que se torna a fáscia que envolve o compartimento mastigador. O compartimento mastigador contém os quatro músculos da mastigação e o ramo da mandíbula 1. Músculo temporal O músculo temporal, um músculo da mastigação, se origina na fossa temporal e se insere no processo coronoide da mandíbula. O músculo temporal é um músculo em forma de leque que se origina dos ossos da ampla fossa temporal. Especificamente, o local de origem se estende inferiormente, a partir da linha temporal inferior que segue por toda a fossa temporal, incluindo partes do parietal, da escama do temporal e da asa maior do esfenoide, incluindo a sua crista infratemporal e a face temporal do frontal. https://www.forp.usp.br/restauradora/mcserra/aboprev/j3_4.html https://www.forp.usp.br/restauradora/mcserra/aboprev/j3_4.html O músculo é, primariamente, um levantador da mandíbula; contudo, as partes posterior e média, devido à direção e ao alinhamento das suas fibras musculares, são associadas à função de retração da mandíbula. O músculo temporal é inervado pelos nervos temporais profundos anterior e posterior da divisão mandibular do nervo trigêmeo. O nervo entra no músculo em sua face profunda, na fossa temporal. A vascularização é fornecida pelos ramos das artérias temporais superficial e maxilar. A artéria temporal média se origina da artéria temporal superficial, que entra na parte superficial do músculo. As artérias temporais profundas anterior e posterior se originam da artéria maxilar, acompanhando os nervos temporais profundos anterior e posterior, e entram na face profunda do músculo, onde se anastomosam com a artéria temporal média. 2. Músculo masseter O músculo masseter, o único músculo da mastigação localizado fora da região profunda da face, se origina do arco zigomático e se insere no ângulo e no ramo da mandíbula. Algumas fibras derivadas da parte profunda se inserem bem superiormente até a base do processo coronoide. É nessa região que as fibras do músculo temporal se originam da superfície interna do arco zigomático, podendo unir-se às fibras da parte profunda do músculo masseter; em tais casos, emprega-se o termo músculo zigomaticomandibular. O músculo masseter funciona como um poderoso levantador da mandíbula. As fibras superficiais atuam para direcionar a força sobre os dentes molares, enquanto as fibras profundas, mais verticais, produzem uma força de retração, especialmente na oclusão. O músculo é inervado pelo nervo massetérico da divisão mandibular do nervo trigêmeo. Esse nervo motor entra no músculo em sua face profunda adjacente à incisura da mandíbula, através da qual ele penetra em sua origem, na face profunda. O suprimento vascular para o músculo provém do ramo massetérico da artéria maxilar. A artéria e a veia acompanham o nervo em seu trajeto para o músculo. 3. Músculo Pterigóideo Medial O músculo pterigóideo medial, o músculo da mastigação situado mais profundamente, insere-se na face interna do ramo e do ângulo da mandíbula, como uma imagem em espelho do músculo masseter O músculo pterigóideo medial é dirigido para baixo, para trás e lateralmente, para inserir-se na superfície medial do ramo da mandíbula. O local de inserção fica situado entre o ângulo da mandíbula, o sulco milo-hióideo e o forame da mandíbula. O ligamento esfenomandibular marca o limite mais superior da inserção muscular. Ocasionalmente, uma estrutura tendínea marca o encontro das fibras dos músculos masseter e pterigóideo medial, na margem inferior do ângulo da mandíbula. Esse arranjo é referido como alça pterigomassetérica. O músculo pterigóideo medial funciona primariamente como um levantador da mandíbula. Suas fibras são direcionadas em um arranjo oblíquo; contudo, a força predomina em uma direção vertical. A inserção dos músculos masseter e pterigóideo medial – suspendendo o ângulo da mandíbula entre eles – forma uma alça mandibular, com esses dois músculos agindo sinergicamente, utilizando a articulação temporomandibular (ATM) como guia. O músculo pterigóideo medial recebe o seu suprimento motor de um nervo de mesmo nome, ramo da divisão mandibular do nervo trigêmeo, e que entra na sua face profunda. O músculo é vascularizado por um ramo da artéria maxilar. 4. Músculo Pterigóideo Lateral O músculo pterigóideo lateral possui duas cabeças em sua origem, que convergem para inserir-se no colo da mandíbula e em várias estruturas da ATM. O músculo pterigóideo lateral (externo) é um músculo curto, preenchendo o restante da fossa infratemporal e cobrindo uma grande parte do músculo pterigóideo medial. Esse músculo possui duas cabeças em sua origem. O músculo pterigóideo lateral é considerado tradicionalmente como um músculo “abaixador da mandíbula”, que faz protrusão da mandíbula e move este osso lateralmente, quando atua de forma unilateral. Evidências mais recentes suportam a hipótese de que o músculo pterigóideo lateral seja, de fato, composto por dois músculos distintos, com uma cabeça superior e outra inferior. A cabeça superior, fixada à cápsula articular e ao disco, é considerada um músculo estabilizador do processo condilar da mandíbula, enquanto a cabeça inferior é referida como um músculo que traciona a mandíbula e o disco para a frente, efetuando a abertura da boca. O músculo pterigóideo lateral é inervado por um ramo que entra na sua face profunda, proveniente da divisão mandibular anterior separadamente ou com um ramo do nervo bucal da divisão mandibular do nervo trigêmeo. O suprimento vascular é fornecido por um ramo da artéria maxilar, à medida que ela passa superficial ou profundamente ao músculo. Prolongamentos do corpo adiposo da bochecha preenchem osespaços entre os músculos da mastigação profundamente à mandíbula. As ATM são articulações bilaterais formadas pelas cabeças da mandíbula de cada lado e pelos temporais, correspondendo às eminências articulares de seus processos zigomáticos. Interposto às superfícies articulares encontramos um disco de tecido conectivo que é reforçado por fixações musculares, ligamentos e uma cápsula densa. As forças que agem nessa articulação produzem a abertura e o fechamento da boca, assim como os movimentos de lateralidade necessários à mastigação e produzidos por ações musculares bilaterais. Músculo Esfenomandibular Recentemente, um músculo adicional, o esfenomandibular, foi descoberto na região profunda da face. Previamente, este músculo foi descrito como parte do músculo temporal; contudo, dissecções cuidadosas demonstraram que se trata de um músculo distinto. O músculo esfenomandibular se origina da face infratemporal da asa maior do esfenoide e possui uma inserção tendínea na crista temporal da mandíbula. O suprimento vascular desse músculo deriva de pequenos ramos da artéria maxilar, em comum com os vasos destinados ao músculo pterigóideo medial. Seu suprimento nervoso ainda não foi definido. SCHÜNKE, Michael - Coleção - Atlas de Anatomia 3 Volumes BALDO, Marcus Vinícius C - Fisiologia Oral - Série Fundamentos de Odontologia HIATT - Anatomia Cabeça & Pescoço
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