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Caso Clínico : Hiponatremia

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C A S O C L Í N I C O :
H I P O N A T R E M I A
A.M.D, masculino, 66 anos, é trazido para o hospital por
sua esposa. Ela está preocupada com a mudança na
personalidade apresentada recentemente pelo
marido. Há 4 semanas ele vem exibindo letargia e
pensamento vago. Tabagista com 50 ano/maço e
etilista com consumo semanal de 112g de álcool. Sua
mulher também relatou um diagnóstico de depressão há
2 anos, tratada por 6 meses com um antidepressivo
que ela não lembra o nome.
No exame neurológico o paciente tinha respostas
vagas às perguntas. Hipotonia muscular
generalizada. Reflexo, tônus e sensibilidade sem
alterações. Foi pedido exames laboratoriais com
alteração no sódio (119mmol/L - VR:135-150mmol/L)
e na creatinina (63µmol/L VR: 70-120µmol/L).
Foi identificado um quadro de hiponatremia, o que
explica a alteração neurológica. O paciente foi tratado e
apresentou melhoras.
Bruna Lago Santos
H I P O N A T R E M I A
O distúrbio hidroeletrolítico mais comum em ambiente
hospitalar é o distúrbio sérico do sódio, seja com
hiponatremia (Na<135) ou hipernatremia (Na >
145).
A hiponatremia causa ao longo de menos de 48 horas
sintomas neurológicos primariamente, progredindo de
ligeira náusea até vômitos, letargia, cefaleia, confusão
mental, cãibras musculares. Complicações graves são
edema cerebral, convulsões, coma, herniação de tronco
cerebral, e edema pulmonar neurogênico.
A hiponatremia pode ser isotônica, hipotônica e
hipertônica. 
Quando hipertônica associa-se mais comumente com
hiperglicemia e deve-se, no tratamento dessa afecção,
corrigir a glicose sérica inicialmente com reposição
volêmica agressiva com fluído isotônico, atentando para a
síndrome da desmielinização osmótica (SDO). A SDO
ocorre quando a hiponatremia é corrigida muito rápida
e pode levar a disfagia, disartria, espasticidade,
distúrbios do comportamento, déficit cognitivo, delírio,
convulsões e tetraparesia.
Para correção da hiponatremia hipotônica, deve-se
atentar a medicações que podem potencializar, como, 
https://pebmed.com.br/tag/hiponatremia/
https://pebmed.com.br/hiponatremia-como-consertar-na-emergencia-abramede-2018/
por exemplo, os tiazídicos. Uma correção com fluídos
isotônicos deve ser utilizada; neste tratamento há menor
risco de SDO por conta da condição crônica muitas
vezes associada a essa afecção.
Quando vamos corrigir a hiponatremia, o recomendado
é que seja feita a correção de forma lenta, elevando o
sódio em menos de 10 mEq/L nas primeiras 24 horas
(ideal de 6 a 8 mEq/L) e menos que 18 mEq/L nas
primeiras 48 horas.
Hiponatremias hipo, hiper e euvolêmicas
Nas hiponatremias hipovolêmicas é fácil entender que
o que falta é o volume, ou seja, a causa é a hipovolemia,
ocorrendo a correção automática do sódio conforme se
faz o soro fisiológico com NaCl a 0,9%.
Na hiponatremia hipervolêmica não está indicado o
uso de cloreto de sódio porque depende da otimização
da doença de base. Há restrição da ingestão de água e
uso de furosemida para reduzir a osmolaridade urinária
e auxiliar na excreção do excesso de água. Nessa ideia
há medicações, chamadas vaptans, que são inibidores
dos receptores V2 de vasopressina e elevam o sódio
por promover diurese de água livre de eletrólitos.
E por último, na hiponatremia euvolêmica deve-se focar
na identificação e na remoção do agente causal, como
grande exemplo os tiazídicos. Neste caso, tratamento
consiste na restrição da ingesta hídrica e aumento da
excreção urinária de água livre.
Fonte: 
Sanar
PebMed

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