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“Excisão da parte da gengiva, geralmente realizada para reduzir a parede de tecido mole de uma bolsa periodontal” AAP,2001; Antigamente, se o paciente por exemplo tinha uma bolsa de 8mm, faia a gengivectomia para expor superfície radicular e para o paciente conseguir higienizar, uma vez que, na profundidade de 8mm, ele não conseguia higienizar e os dentes ficavam gigantes por causa da superfície radicular exposta, tinha problemas de sensibilidade; Atualmente, faz-se muito mais no caso de crescimento gengival, e a gengivoplastia para melhorar o contorno estético da gengiva; Restritas ao tecido gengival – “Gengiva inserida, marginal e/ou papilar” AAP, 2001 Diferente da gengivectomia, é uma técnica de “reencontro cirúrgico da gengiva” na ausência de profundidade de sondagem de bolsa, justamente quando tem uma altura do zênite de um dente diferente do outro e quer igualar, por exemplo. Similaridade; Finalidades distintas; Eliminar bolsa; Reencontro gengival fisiológico na ausência de bolsas; A diferença entre as duas técnicas está na finalidade de cada uma; No final das contas, as duas vão preconizar a remoção de tecido gengival; A gengivectomia foi preconizada para eliminação de bolsas ou pseudobolsas, e a gengivoplastia para o reencontro gengival fisiológico na ausência de bolsas. Conceituar técnicas; Indicações; Contraindicações; Passo a passo de cada técnica. Indicações: ✓ Eliminação de bolsas gengivais supra-ósseas; ✓ Eliminação de crescimento gengival; ✓ Aumento ou exposição de coroa clínica; Contraindicações: ✓ Gengiva com inflamaçaõ aguda, pois perde a referência, tem um tempo de sangramento aumentado; ✓ Higiene bucal inadequada, pois o processo inflamatório vai estar ativo; ✓ Profundidade inadequada do vestíbulo, um vestíbulo muito raso você vai se aproximar da mucosa alveolar; ✓ Presença de grandes exostoses, uma vez que eles podem ficar expostos no momento da remoção; ✓ Necessidade de cirurgia óssea (será cirurgia à retalho); ✓ Base da bolsa apical à junção mucogengival; ✓ Razões estéticas; Técnica: ✓ Técnica clássica (bisel externo) ✓ 1. Anestesia infiltrativa; ✓ Dar preferência ao uso de vasoconstrictor, pois irá facilitar no controle do sangramento; ✓ 1:100.000 nos vestíbulos e nas papilas também; ✓ 1:50.000 nas papilas; ✓ 2. Exame das bolsas: ✓ Avaliação criteriosa das profundidades das bolsas; ✓ 3. Marcação dos pontos sangrantes: ✓ Marcação de 3 pontos em cada dente; ✓ Depois que avalia a bolsa, terá noção da altura de gengiva que irá ser removida; ✓ Sonda Crane-Kaplan; Na ponta que está subgengival tem uma marcação milimetrada, e na outra ponta tem uma lanceta, e ao introduzir na gengiva, sabe-se que está na profundidade máxima, e aperta para ter a formação dos pontos sangrantes, que depois, com o cabo de bisturi, vão ser unidos e terá a altura certa para cada dente; ✓ Sonda Periodontal: Sonda a profundidade, projeta ela externamente, deixa a sonda perpendicular, e perfura, ou pode deixar a distância e furar com a sonda exploradora, depois dos pontos marcados, une com a lâmina de bisturi ✓ Sonda exploradora; Às vezes, por ser muito fininha, não sangra, principalmente quando faz a esquemia, o profissional pode ficar perdido para ver onde está sangrando; ✓ Direção do bisturi: ✓ Ápico-coronal; Bisel externo: Geralmente é para grandes remoções de tecido gengival, inclina o bisturi em direção ápice-coroa; ✓ Pode utilizar o bisturi convencional ou Gengivótomo de Kirkland e o Gengivótomo de Orban para fazer as incisões nas áreas interproximais; ✓ 4. Incisão primária: ✓ Gengivótomo de Kirkland ou cabo de bisturi e lâminas convencionais; ✓ De 0,5mm a 1mm apicalmente ao ponto sangrante;Cimões et al., 2013 ✓ Inclinação de 45°do bisturi; ✓ Com o bisturi, vai “fatiando”; ✓ A incisão primária pode ser contínua ou descontínua; ✓ Recriar o padrão festonado da gengiva; ✓ 5. Incisão secundária: ✓ Complementa as incisões primárias nos espaços interproximais; ✓ Pode ser feita com gengivótomo de Orban ✓ Excisão do tecido com auxílio de uma cureta; ✓ Remoção do tecido de granulação; ✓ 6. Remodelação do contorno gengival: ✓ Podem ser utilizados gengivótomos, tesouras curvas (Goldman Fox), cortadores de cutícula ou pontas diamantadas. Ás vezes ficam rebarbas principalmente nessa técnica do bisel externo, do contorno gengival externo e faz uma raspagem desse tecido; ✓ Na imagem, com o alicate de cutícula; ✓ 7. Proteção da ferida: ✓ Cimento cirúrgico; ✓ Quando se faz em bisel externo, utiliza o cimento por motivo da ferida cirúrgica, geralmente se faz em áreas extensas, cruentas; ✓ Cimento cirúrgico: ✓ Com óxido de zinco e eugenol: ✓ Adição de aceleradores (acetato de Zinco); ✓ Reação alérgica; ✓ Pó e Líquido; ✓ Sem Eugenol: ✓ Óxido de Zinco e Óleo (plasticidade); ✓ Goma (coesividade); ✓ Lorotidol (fungicida); ✓ Pasta a pasta; ✓ Preparo e aplicação do curativo: ✓ Copo com água a temperatura ambiente – 2 a 3 min.; ✓ Vem em 2 tubos em dimensões diferentes que serão utilizados nos comprimentos que ele já vai dosar. Para não grudar no instrumento, coloca uma espátula de madeira no kit, e em uma cubeta de metal, coloca soro fisiológico gelado, mistura, depois que misturar, coloca no soro com água a temperatura ambiente, pois se colocar gelado, ele acelera mais o tempo de presa. Ele vai ficar em uma consistência plástica para que consiga trabalhar, depois faz um rolete e coloca na região. Antes de pegar nele, é bom molhaer a luva no soro gelado que está na cubeta, na saliva do paciente ou até no sangue da cirurgia para isolar um pouco da luva; ✓ 10 a 20 min; ✓ Para não sujar a placa de vidro, pode pegar o papel da luva cirúrgica, forra a placa e manipula o cimento em cima dela e depois joga o papel; ✓ Remoção: ✓ Após 1 semana; ✓ Ponta de cureta; ✓ Pinça de algodão; ✓ Recolocação: ✓ Se o paciente tiver baixo limiar de dor, provavelmente irá precisar trocar; ✓ Envolvimento extenso; ✓ Cicatrização lenta. – Variações da técnica: Cirurgia mesial; Cirurgia distal: A denominação clássica é cunha distal, no entanto, poderá ser realizada na face mesial ou distal; É a cirurgia que vai remover aquele tecido que fica na região distal do 2° ou 3°M, se tiver envolvimento ósseo, não é considerada uma técnica de gengivectomia. Pode ser realizada em qualquer face, se for mesial, é cunha mesial, se for distal, cunha distal, se for entre um dente e outro, é uma cunha interproximal; Bolsas na distal de 2° e 3° molares; Técnica mucoperiosteal, pois envolve o periósteo; 1. Bisel interno; 2. Incisões divergentes para o rebordo ou divergentes para o rebordo. A que remove mais tecido é na divergente; 3. Incisões em formato triangular, retangular ou linear; Formato de cunha (distal) ou paralela, ou uma cunha interproximal quando envolve um espaço edêntulo entre dois dentes; Indicações: ✓ Bolsas no espaço retromolar com gengiva fibrótica, é muito importante observar essa característica da gengiva, pois, por ser uma região de trígono retromolar, há uma característica que o tecido se confunde com o tecido da mucosa jugal. Essa é uma contraindicação, pois não terá definição do corte, nem da área que deve ser incisada; ✓ Espaço protético onde há bolsa supra-óssea. “Recontorno da gengiva para recriar contornos gengivais fisiológicos, na ausência de bolsas”; Quando há comprometimento na arquitetura gengival, com interferência de acúmulo de biofilme, além de poder ser um procedimento complementar à gengivectomia; Indicações: ✓ Fissuras e crateras gengivais; ✓ Deformidades das papilas interdentárias; ✓ Crescimentos gengivais.
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