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Grupos farmacológicos da Medicação pré anestésica

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M E D I C A Ç Ã O P R É 
A N E S T E S I C A (P A R T E 2) 
G R U P O S 
F A R M A C O L Ó G I C O S 
São formados por fármacos que podem 
ser utilizados na medicação pre 
anestésica que trarão efeito de 
tranquilização ou sedação. 
Os grupos farmacológicos também 
podem ser utilizados na rotina clínica par 
uma adequada realização de exames em 
paciente que não permitem manipulação 
por exemplo. 
São eles: 
➔ Butirofenonas 
➔ Fenotiazinicos 
➔ Benzodiazepínicos 
Sendo estes três os principais 
representantes dos tranquilizantes. 
➔ Agonista alfa 2 adrenérgicos 
Principais representantes dos fármacos 
sedativos) 
➔ Opioides 
➔ Anticolinérgicos 
Usados mais como medicamentos de 
emergência para tratar ou evitar efeitos 
colaterais dos outros grupos de fármacos 
– não são usados como sedativos ou 
tranquilizantes. 
• Nenhum grupo isoladamente 
proporciona todos os objetivos da 
MPA, por isso é feita a utilização 
de associações. 
A L F A 2 A G O N I S T A S 
➔ São os principais representantes 
dos sedativos – muito importante 
na rotina veterinária. 
➔ Causam sedação de grau mais 
acentuada e um pequeno efeito 
analgésico, que não é suficiente na 
maior parte do procedimento 
cirúrgico, mas contribuem para 
uma analgesia e também 
apresentam relaxamento 
muscular. 
Essas características fazem com que eles 
sejam muito incluídos tanto na sedação 
clínica quanto na MPA 
• Seu efeito é baseado na diminuição 
de liberação de noradrenalina que 
normalmente é liberada na fenda 
sináptica como neurotransmissor 
excitatório. 
Ele é um agonista de receptor de nora que 
funciona como um acelerador da não 
liberação de noradrenalina através do 
processo de feedback que faz com que a 
noradrenalina pare de ser liberada 
quando sua concentração na fenda já está 
alta. 
Quando o alfa 2 agonista se liga ao 
receptor causa essa impressão no 
cérebro, já que todos os receptores já 
estão conectados (com os fármacos) 
então a noradrenalina não é mais 
liberada. 
A ausência dessa noradrenalina que 
possui efeito excitatório, vai conferir a 
sedação ao paciente. 
• Os alfa 2 agonista possuem um 
efeito dose dependente – quanto 
maior a dose, maior vai ser a 
sedação dele e efeitos colaterais 
também. 
Efeitos desejáveis 
• Analgesia dose dependente 
• Bom miorrelaxamento 
• Potencialização anestésico geral 
(principalmente nas doses de 
indução). 
E uma das suas principais vantagens para 
uso de rotina (sedação clínica) é que este 
grupo possui reversores. 
Na MPA estes reversores não são muito 
utilizados, já que o ideal é que o paciente 
acorde gradativamente e vá se ajustando 
ao ambiente aos poucos. 
O reversor funciona se ligando ao 
receptor, já que possuem mais afinidade 
a eles, e por competição eles ‘’retiram’’ o 
alfa 2 desse receptor, revertendo seu 
efeito, sem gerar um novo. 
• São usados principalmente como 
reversão de efeito colateral 
importante apresentado pelo 
paciente. 
• Ex: Ioimbina (reversor da xilasina) 
e atipamezole (reversor da 
dexmedetomidina) 
Efeitos adversos 
Apresentam principalmente efeitos 
cardiovasculares já que existem muitos 
receptores alfa 2 em vasos e músculos 
cardíacos que respondem a adm desse 
fármacos tanto quanto no cérebro. 
• Hipertensão transitória 
(vasoconstricção) 
Esse fármaco causa aumento da 
resistência vascular periférica gerando 
uma vasoconstricção no paciente. 
Essa vasoconstricção acarreta numa 
hipertensão conhecida como transitória, 
ou seja, passageira. Ela só ocorre 
inicialmente, depois de alguns minutos (a 
depender do fármaco) essa pressão cai, 
intensificando o problema. 
• Normo (pacientes saudáveis) ou 
hipotensão (pacientes com risco 
ASA 3, ASA 4 , idosos etc.) após 
fase inicial pela redução do débito 
cardíaco. 
Com o retorno venoso comprometido, 
menos sangue chega nos átrios e 
consequentemente sai menos do 
ventrículo (se chega menos sangue, sai 
menos sangue) para os vasos causando 
uma diminuição do DC. 
Isso de forma geral já vai ser um 
problema, mas em paciente cardiopatas 
isso é mais complicado pois normalmente 
o paciente já tem um DC comprometido, 
por isso os alfa 2 agonista são fármacos 
contraindicado em paciente cardiopatas. 
• Bradicardia sinusal (marcada) 
Causada devido a um mecanismo 
fisiológico – toda vez que há hipertensão, 
há redução de FC, pois eles são 
inversamente proporcionais para 
mantermos o equilíbrio do corpo. 
Portanto, na fase inicial (a da 
hipertensão) o paciente entrará num 
quadro de bradicardia. 
Porém o efeito da bradicardia sinusal é 
mais prolongado que o efeito da 
hipertensão, com isso, depois de um 
tempo, teremos um paciente bradicárdico 
e hipotenso, e é nessa fase que se tem a 
principal complicação para os pacientes 
(cardiopatas ou não), pois O DC vai estar 
muito prejudicado: 
A hipotensão e vasodilatação vão 
diminuir a resistência do vaso e esse 
processo todo vai virando um ciclo, pois a 
bradicardia vai piorando mais a 
hipotensão, pois é jogado pouco sangue 
em quantidades menores, em um 
paciente que está com vasos dilatados. 
O paciente fica com perfusão 
prejudicada pois chega menos sangue 
com menos força. 
• Porém isso é pensando no uso de 
alfa 2 agonistas em doses 
farmacológicas mais altas (ainda 
dentro do aceitável, mas alta), e 
essas doses sã necessárias 
apenas se ele for usada de forma 
isolada. 
• Menos doses de alfa 2 agonista -> 
hipotensão e bradicardia menor, a 
dose pode ser menor quando se 
faz associações. 
• No caso de cardiopatas, mesmo 
em doses pequenas, essas 
complicações severas acontecem. 
 
• Bloqueio atrioventricular de 1ºe 
2ºgrau 
 
Pode ocorrer porque toda vez que se tem 
algum problema cardíaco, pode existir 
um BAV. 
Que é um bloqueio de uma contração 
(atrial ou ventricular) em vez de um 
contrair, ocorre duas contrações do 
mesmo lado (duas ventriculares ou duas 
atriais) 
• Este bloqueio hoje em dia é visto 
como antecessor de parada 
cardíaca, precisa ser tratado. 
Efeitos respiratórios 
• Redução da frequência 
respiratória 
Essa redução é mais preocupante durante 
o pré e o pós anestésico, já que no trans 
anestésico o paciente está sob intubação 
(recebendo oxigênio). 
Além de ser mais fácil de reverter do que 
um efeito cardiológico, por exemplo. 
Outros 
• Vômito (principalmente em 
pacientes que não respeitam o 
jejum). 
• Redução na diurese 
Devido a hipotensão geral 
consequentemente hipotensão renal que 
compromete a taxa de filtração 
glomerular (ela cai) – menos sangue 
chega, menos urina é formada. 
Em um paciente nefropatas, esse impacto 
é muito mais significativo do que em 
pacientes saudáveis 
• Diminuição da motilidade 
intestinais 
Pensando principalmente em animais de 
grande porte, qualquer coisa que diminua 
essa motilidade, pode ser fator 
complicador para o paciente (ex.: cólica 
em equinos e timpanismo pós operatório 
em bovinos) 
É recomendado fazer associações com 
fármacos que consigam controlar esses 
efeitos pós anestésicos. 
Contra indicações 
absolutas 
Ou seja, pacientes os quais não podemos 
usar alfa 2 agonista de forma alguma. 
• Pacientes desidratados, com 
hemorragia ou choque pois todos 
já estão hipotensos. 
• Com histórico ou sinais clínicos de 
cardiopatias. 
Sempre devemos auscultar o nosso 
paciente, para confirmar se ele não tem 
nenhum sinal de alteração cardíaca. 
• Pacientes de alto risco e/ou 
debilitados. 
• Situações em que o vômito é 
contraindicado (ex.: cirurgias de 
cavidade oral. 
Fármacos 
➔ Xilasina: bastante conhecida na 
rotina 
➔ Detomidina: mais utilizada para 
equinos 
➔ Romifidina: não tem muito 
utilização na rotina, e quando 
usada é mais em grandes. 
➔ Medetomidina: foi utilizado com 
muita intensidade no início, mas 
hoje não mais devido a presença 
da dexmedetomidina.➔ Dexmedetomidina: Medetomidina 
melhorada. 
De cima para baixo vai melhorando, ou 
seja, a dexmedetomidina é a melhor. 
Uma associação muito comum 
principalmente em projeto de castração 
social é a de Xilasina ( na indução) com 
cetamina e Diazepam (na manutenção), 
embora muito arriscada dificilmente essa 
associação vai complicar o paciente, pois 
a cetamina tem efeito controlador da 
bradicardia causada pela xilasina. 
XILASINA 
• Causa depressão do SNC 
• Possui boa margem de segurança, 
já que sua dose letal é altíssima. 
• Miorrelaxamento de ação central 
• Analgesia principalmente de 
caráter visceral 
A duração de seu efeito analgésico dura 
metade do tempo do efeito sedativo – ex: 
se a xilasina tem efeito de 1 a 2 horas, o 
efeito analgésico é de 30m - 1h. 
• Efeitos cardiopulmonares 
• Êmese (em 25% dos cães e 50-
70% dos gatos) 
• Poliúria como efeitos adversos (a 
depender da dose usada). 
• A mais utilizada em ruminantes e 
em cães e gatos associadas a 
cetamina. 
 
 DETOMIDINA 
• Efeito mais potente que a xilasina 
(e a diferença é só essa). 
Isso faz com que sua segurança seja 
maior, já que com doses menores da 
detomidina conseguimos o mesmo efeito 
que a xilasina em doses maiores. 
• Uso pouco frequente em cães e 
gatos 
• Em equinos é muito usado para a 
realização de procedimentos 
diagnósticos (raio-x, 
ultrassonografia, endoscopias 
etc.) 
• Mas também é usada em 
procedimentos clínicos 
• É um medicamento caro 
• Doses: 10 a 40 µg/kg 
MEDETOMIDINA 
• Similar a xilasina 
• Mais afinidade pelo receptor, 
consequentemente possui maior 
eficácia 
• Não muito usada na rotina, devido 
ao preço 
• Efeitos colaterais (hipotensão, 
bradicardia, midríase) menores 
que a xilasina 
Isso ocorre porque ela é mais eficaz, 
portanto, é necessário doses menores 
para chegar no efeito desejado, dessa 
forma os efeitos indesejáveis também são 
menores. 
• Um anticolinérgico (que aumenta 
FC) pode ser usada para prevenir 
o efeito hipertensivo inicial. 
É indicado o uso desse anticolinérgico 
somente se você estiver com um 
monitoramento adequado da pressão do 
paciente. 
• Bradicardia pode ser compensada 
quando associada a cetamina. 
Se o paciente está com bradicardia 
intensa, mas ele ainda está com 
hipertensão, deve- se fazer o reversor – 
porém o anestésico geral vai precisar ser 
feito de forma mais intensa. 
• Sedação dose-dependente, mas a 
bradicardia não. 
Ou seja, se for usada uma dose maior do 
medicamento, esta não vai fazer o 
paciente ficar mais (ou menos) 
bradicárdico. 
• Aplicação por IM pode causar 
vômito em cães e gatos. 
• Mais lipofílica (eliminada mais 
rapidamente) 
 
DEXMEDETOMIDINA 
• Enantiometro dextrogiro da 
Medetomidina 
• Redução do consumo de 
anestésico 
• Promove estabilidade 
hemodinâmica (principalmente 
em baixas doses). 
• Efeitos cardiovasculares: redução 
da pressão arterial média (PAM) e 
da FC, além de maior ocorrência 
de BAV, porém são mais baixos e 
mais facilmente controlados e a 
hipertensão transitória é mais 
rápida. 
• Características similares à 
Medetomidina, porém o efeito da 
dex é conseguido com metade da 
dose necessária da Medetomidina. 
Antagonistas: 
Atipamezole (5mg/mL) 
• Reverte tanto Medetomidina 
quanto a dex. 
• As doses (IM) são mais altos para 
ganhar a ‘’briga’’ entre receptores. 
Cães: 4 a 6 vezes a dose do fármaco 
inicial. 
Gatos: 2 a 4 vezes a dose do fármaco 
inicial. 
• Efeitos colaterais: taquicardia e 
agitação causado pelo despertar 
repentino do paciente (poucos e 
raros) 
Ioimbina 
• Indicada como antagonista da 
xilasina 
• Dose (IV, IM) 
Cães: 1/10 da dose de xilasina 
Gatos: ½ da dose de xilasina 
TRANQUILIZANTES 
Diminuem a ansiedade com acentuada 
depressão do SNC, sem causar perda da 
consciência. São eles: 
➔ Benzodiazepínicos 
➔ Fenotiazinicos 
➔ Butirofenonas 
São usados em situações em que o alfa 2 
agonista não pode ser utilizado ou em que 
a gente não quer sedar o paciente e 
apenas tranquilizá-lo. 
B E N Z O D I A Z E P Í N I C O S 
• Ansiolíticos (quanto mais velho o 
paciente, maior será o efeito, 
porém não causará sedação). 
• Conhecido como tranquilizantes 
menores, pois causam menos 
tranquilização. 
• Analgesia ausente 
• São excelentes anticonvulsivantes, 
possuem ação miorrelaxante, e 
tem uma ação hipnótica ,as 
somente em altas doses. 
Não possuem praticamente nenhum 
efeito sistêmico, é um fármaco de eleição 
principalmente para paciente mais 
graves, pois uma de suas maiores 
vantagens é a sua estabilidade 
hemodinâmica. 
Efeitos desejáveis 
• Tranquilização leve 
• Relaxamento muscular e 
depressão respiratória mínima 
• Potencialização de agentes 
anestésicos injetáveis e inalatórios 
(similar a dos fenotiazinicos) 
• Efeito anticonvulsionantes 
Indicações 
• Na MPA de animais debilitados 
• Indução anestésica com agentes 
dissociativos 
Os agentes dissociativos causam efeito de 
rigidez cataléticas, e os 
benzodiazepínicos são excelentes 
relaxantes musculares, portanto, 
revertem esse efeito. 
• Anticonvulsionantes 
Contraindicações 
• Uso isolado em animais hígidos 
(principalmente pacientes 
agitados) 
Pois estes podem deixar o paciente mais 
agitado ainda. O correto é fazer 
associações. 
• Pacientes hipoproteinemicos 
Já que se tiver menos proteínas, os 
fármacos serão menos distribuídos, e a 
porcentagem de fármaco livre será maior, 
aumentando o tempo do seu efeito. 
Por isso é necessário reduzir a dose em no 
mínimo 30%. 
DIAZEPAM 
• Mais conhecido entre os benzo 
• Efeito calmante nos animais 
(reduz medo e ansiedade) 
• Pouca alteração nos parâmetros 
fisiológicos (PA, DC, FC, FR e VC) 
• Potente ação anticonvulsivante 
• Pode causar incoordenação 
motora (agitação), excitação 
paradoxal e agressividade (IV em 
hígidos) 
A via excitatória de pacientes agitados é 
muito estimulada, portanto um agente 
inibitório usado de forma isolada só 
aumenta a produção de 
neurotransmissores inibitória e isso não é 
suficiente para controlar a via excitatória 
deste paciente. 
Além de que a queda da concentração de 
neurotransmissores excitatórios estimula 
a liberação destes, portando a pequena 
inibição desses transmissores causado 
pelo fármaco inibitório, vai fazer que essa 
liberação aumente. 
Excitação paradoxal é um excitação tão 
intensa que o paciente não responde a 
fármaco nenhum, ele perde sua interação 
com o ambiente e fica agressivo. 
• Potencializa anestésicos gerais em 
até 50% 
• Dose: 0,1-0,5 mg/kg IV, IM 
Outra via utilizada principalmente na 
emergência e a via intra-retal que possui 
uma ação tão rápida com a intravenosa. 
 
• Duração: 1 a 2 horas 
• IM: irritante e absorção variável 
Por esse motivo, ele não é muito usada na 
MPA, pois nela, a aplicação é geralmente 
IM. 
• Aplicação IV deve ser sempre feita 
de forma lenta. 
 
MIDAZOLAN 
• Substância hidrossolúvel -> 
absorção mais regular 
• Mais utilizada na MPA pois pode 
ser administrada por via IM já que 
não possui o propilenoglicol que é 
uma substância que confere 
oleosidade ao medicamento. 
• Ligeiramente mais potente que o 
Diazepam para tranquilizantes, 
mas não tão potente como 
relaxante muscular. 
• Rápida eliminação 
• Efeitos fisiológicos brandos 
• Potente efeito hipnótico e amnético 
• Excitação ‘’paradoxal’’ (hígidos) 
• Dose: 
Cães e gatos: 0,2 a 0,5 mg/kg 
Equinos: 0,2 mg/kg 
Ruminantes: 0,1 mg/kg 
Suínos: 0,2 mg/kg 
 
• Vias: VO, IV e IM 
• Duração: 1 a 2 horas 
A duração é importante para escolha do 
protocolo, já que o efeito do medicamento 
precisa permanecer durante todo o tempo 
do transcirúrgico. 
Antagonistas: 
Flumazenil: 
• Antagonista do Midazolan 
• Usado quando o paciente intoxica 
devido a sobredose de fármacos 
ou em pacientesque ficaram muito 
agitados. 
• Recuperação prolongada 
• Latência: 2-4 minutos 
• Duração 1 hora (podendo ser 
necessário redosar) 
Pois no pós operatório o paciente pode ter 
quadro de excitação pois o efeito do 
Midazolan ainda vai estar presente, e o do 
Flumazenil vai ter passado. 
• Dose: 
1/26 da dose de Diazepam (IV) 
1/13 da dose de Midazolan (IV) 
 
F E N O T I A Z I N I C O S 
• São considerados tranquilizantes 
maiores pois tem capacidade de 
gerar efeito sedativo a depender 
da dose feita. 
• Sua dose máxima causa efeito 
sedativo leve ou moderada em 
alguns animais. 
• O efeito sedativo não se intensifica 
caso a dose seja aumentada além 
do máximo. 
• Foram inicialmente produzidos 
como anti-histamínicos 
• Seu principal efeito se dá através 
de dois tipo de sinapse - 
excitatória e inibitória: 
Excitatória: atuam na via excitatória 
bloqueando até 60% do efeito da 
dopamina. 
Inibitória: atuam na estimulação do GABA 
em até 40%. 
Efeitos desejáveis 
• Sedação leve à moderada 
• Reduzem anestésicos gerais 
• Ação antiemética, 
antiarritmogênica, anti-
histamínica, antiespasmódica. 
ACEPROMAZINA 
(ACETILPROMAZINA) 
• Principal representante do grupo 
• Muito utilizado em praticamente 
todas as espécies (cães, gatos, 
silvestres e equinos) 
Nestes últimos é necessário um cuidado 
maior devido a possibilidade de 
desenvolvimento de priapismo (ereção 
permanente do pênis). 
• Potente ação tranquilizante (maior 
depressão) 
• Baixa toxicidade 
• Efeito potencializador de 
anestésicos gerais em até 50 a 
60%. 
• Reações: 
Ptose palpebral; profusão da membrana 
nictitante; prolapso peniano; 
abaixamento da cabeça e ataxia. 
• Altas doses causam efeito 
extrapiramidal e excitação. 
• Embora ele tenha efeito 
antiarrítmico, ele vai produzir 
efeitos cardiovasculares. 
 
PVC: pressão venosa central 
Efeitos indesejáveis: 
• Depressão miocárdica: pois 
possui efeito inotrópico negativo 
(uso contraindicado em 
cardiopatas, porém depende da 
cardiopatia) 
• Hipotermia: pois o paciente 
demora de restabelecer a 
temperatura 
• Depressão respiratória: na 
anestesia não causa muito 
impacto, mas na clínica isso deve 
ser observado principalmente em 
paciente braquiocefálicos. 
Além de também causar vasodilatação 
esplênica (baço aumentado de tamanho 
devido a alto volume sanguíneo) 
Por isso não podemos administrar 
Acepromazina em pacientes que farão 
esplenectomia, pois o órgão vai estar 
mais irrigado dando mais chance de 
sangramento na cirurgia, e o volume de 
sangue removido também vai ser maior. 
Também não administrar em paciente 
que farão ultrassom ou raio x para avaliar 
cavidade abdominal, pois este aumento 
do baço vai dificultar a visualização das 
estruturas. 
Contraindicações: 
• Paciente em choque, geriátricos, 
cardiopatas (a depender da 
cardiopatia) ou 
hipoproteinemicos. 
• Efeito muito acentuada em raças 
braquiocefálicas (reduzir dose). 
• Em bovinos causa relaxamento do 
cárdia induzindo a regurgitação 
(também começar com doses 
mais baixas) 
• Na raça boxer, causa hipotensão 
ortostática -> síncope vasovagal 
(quase que um choque) 
 
Estas doses são menores que as 
encontradas em bulas. 
• Duração 4 a 6 horas (recuperação 
12-24 horas) 
• Apresentando um efeito teto: 
Existe um máximo que pode causar 
tranquilização no paciente, acima dela 
não vai aumentar essa tranquilização, 
somente os efeitos indesejáveis. 
• Peso é inversamente proporcional 
ao metabolismo: 
Exemplo: em equinos e ruminantes 
(animais maiores) a metabolização é 
menor e a dose também, em cães e gatos 
(animais menores) a metabolização é 
maior e a dose também 
Metabolismo menor -> metabolização 
mais lenta -> tempo de ação maior -> dose 
precisa ser menor. 
CLORPROMAZINA 
• Ação tranquilizante menos 
potente (leve ataxia) 
• Pouca ação anti-histamínica 
• Potente ação: antiemética, 
antissecretória, antitérmica, 
potencializadora (50%) 
 
 
LEVOMEPROMAZINA 
(METOTRIMEPRAZINA) 
• Não tão utilizada na MPA, mas 
como xarope tranquilizantes para 
paciente que vão ser 
transportados (viagens) por 
exemplo. 
• Muito parecido com a 
Clorpromazina, porém não causa 
tanta dilatação quanto, dessa 
forma é mais segura. 
• Potente ação adrenérgica e 
consequentemente antiarrítmica, 
antiespasmódica e anti-
histamínica. 
• Não é utilizado com anestésico 
local apesar de ter esse efeito. 
• Ação potencializadora (50%) 
• Analgesia por via intravenosa, 
mas é insignificativa. 
 
B U T I R O F E N O N A S 
• Tranquilizantes menos usadas na 
rotina (mais usada em suínos) 
• Bloqueia ação da dopamina 
• Efeitos cardiovasculares e 
respiratórios mais leves 
• Ação antiemética 
DROPERIDOL 
• Não é usado no Brasil – não tem 
disponibilidade e é mais caro que 
Acepromazina. 
• Efeito semelhante ao da 
Acepromazina em cães, só que de 
forma piorada devido aos efeitos 
colaterais – é como aplicar um 
Acepromazina em alta dose, 
conseguimos um efeito sedativo 
leve, mas um efeito indesejável 
muito intenso. 
• Causam boa tranquilização 
deprimindo atividade nervosa e 
motora, mas em compensação o 
efeito hipotensor é bem 
significativo (diminui retorno 
venoso periférico – RVP) 
• Discreto efeito sobre o DC 
• Depressão respiratória dose-
dependente (menor dose = DR leve) 
• Causa tremores e espasticidade 
muscular (dose-dependente) 
• É comum o paciente acordar com 
alucinação e agressividade 
(vocalizando, agitado). 
• Irritabilidade no local da injeção 
(IM) 
• Associado ao fentanil tem potente 
sedação e analgesia 
(neuroleptoanalgeisa) e efeitos 
colaterais menores, visto que a 
dose do droperidol pode ser mais 
baixa – porém alguns animais 
podem apresentar maior 
depressão respiratório pois ambos 
causam esta alteração. 
 
• Evitar fazer por intramuscular 
• Duração maior que a 
acepromazina 
AZAPERONE 
• Mais utilizado para tranquilização 
de suínos (1 a 4 mg/kg IM) – 
animais mais estressados e 
sensíveis 
• Boa margem de segurança 
• Alterações fisiológicas leves 
• Muito usado em transportes 
• Hipotensão e hipotermia não 
ocorrem 
• Devido a seu alto valor, não é uma 
fármaco muito utilizado em outras 
espécies 
• Por via IV pode causar excitação 
• Possui ação adrenolítica (diminui 
atividade adrenérgica). 
• Duração: 3 a 6 horas 
C Á L C U L O S 
 
• Para saber a quantidade de droga 
que o paciente precisa é 
necessário seu peso e dose da 
medicação: 
 
• Para saber a dose a ser aplicada, 
usaremos a apresentação do 
medicamento: 
 
Caso essa apresentação esteja em 
porcentagem, é só substituir o % por 0.