Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exames complementares pré trombólise: - Glicemia e hemograma - TP e TTPA - Função renal e eletrólitos - Função hepática Anamnese: déficit neurológico focal súbito, início dos sintomas ou a última vez que o paciente foi vista acordado sem déficits (se acordou com os sintomas perguntar que horário foi dormir e se acordou bem durante a noite). AP: doenças prévias, medicações em uso (ex, ACO e última vez que fez uso) Presença de fatores de risco: HAS, DM, DRC, obesidade, doença arterial periférica, antecedente familiar ou pessoal de IAM e/ou AVCi e antecedente familiar de morte súbita Exame físico: glasgow < 8 = IOT, monitorização dos sinais vitais, oxímetria de pulso (Sat > 94%), PA nos 4 membros, temperatura, glicemia capilar Exame neurológico: NIHSS Contraindicação absoluta: - NIHSS ? 5 - TCE ou AVEi nos últimos 3 meses; - Sinais de hemorragia intracraniana na TC/RM e história de AVCh prévio - Cirurgia intracraniana ou espinal recente (3 meses) - Discrasias sanguíneas (plaq< 100.000; INR > 1,7; TTpa >40s ou TP > 15s) - Uso de abciximab e/ou de aspirina - Neoplasia ou sangramento TGI nos últimos 21 dias - Heparina de baixo peso molecular nas últimas 24 h - Inibidores de trombina ou de fator Xa em ? 48 h (EXCETO SE todas as provas de coagulação normais) - Grande cirurgia nos últimos 14 dias - Suspeita de endocardite infecciosa/dissecção de aorta - Descontrole pressórico (> 185/110 mmHg); - TC com infarto extenso (AVC maligno): > 1/3 do território da ACM. TC sem contraste: exame inicial mais indicado para afastar hemorragia (Hiperdensidade na TC) No AVCi, pode parecer normal nas primeiras horas e só evoluir para uma lesão aparente (Hipodensidade) na TC após 24-72h Obs: a TC tem baixa sensibilidade para AVCs lacunares e AVC na fossa posterior. Achados: sinal da artéria hiperdensa, a perda de diferenciação da atenuação entre as substâncias branca e cinzenta, edema cortical leve, hipoatenuação discreta no local do infarto Manter Pa <180/105 por 24h pós trombólise Aferir PA a cada 15min por 2h, a cada 30min por 6h, a cada 1h nas primeiras 24h. Drogas: Labetolol 10-20mg IV a cada 10 min Nicardipina 5mg/h Hidralazina 10-20mg IV a cada 4-6h Nitroprussiato IV em BIC (se PAD>140) Angiotomografia de artérias intracranianas e cervicais com contraste: realizada para pacientes potencialmente elegíveis para trombectomia mecânica (início dos sintomas <6h, NIHSS>6 e ASPECTS>6) para identificar quais vasos foram acometidos. RM de crânio: mais sensível e específico. -Sequências convencionais: T1, T2, FLAIR -Se suspeita de AVC muito precocemente: usar discordância entre DW (+) e FLAIR (-) para confirmar o diagnóstico e indicar a terapia trombolítica - DW (difusão): demonstra isquemia mais precocemente (fica branco) - FLAIR: indica morte neural e edema vasogênico (demonstrada após 4,5h da lesão) Profilaxia secundária Diagnósticos diferenciais: - Paralisia de Bell, - Abcesso ou tumor no SNC, encefalite ou meningite, Enxaqueca complicada, - Concussão com lesão na cabeça, - Transtorno conversivo, - Toxicidade medicamentosa (carbamazepina, lítio, fenitoína), - Eclâmpsia, - Encefalopatia hipertensiva. - Distúrbios metabólicos, - Vertigem posicional, - Convulsão e pós ictal de convulsão (paralisia de Todd), - Hematoma subdural, - Encefalopatia de Wernicke. Exames de imagem: Outras: 3. Estatinas: 4. Endarterectomia ou angioplastia por via percutânea se estenose > 50%, cerca de 2 semanas após o AVCi; caso a estenose for > 70%, o tratamento deve ser mais precoce. 5. Controlar fator de risco (controlar DM, HAS e tabagismo) e estilo de vida. Tratamento: AIT: déficit neurológico com duração de sintomas tipicamente <1h e na ausência de AVC no exame de imagem. Trombectomia mecânica: retirada do coágulo de artéria grande (ACM, carótida) por cateterismo Indicação: <6h do início dos sintomas, >18anos, NIHSS>6, ASPECTS>6 - Manter a PA < 185 × 110 mmHg até o procedimento e ? 180 × 105 mmHg por até 24 h após a sua realização. Trombólise endovenoso: Alteplase (rtPA) em 0,9 mg/Kg (max 90 mg) (10% da dose no 1º minuto e o restante em 1h). Alternativa: tenecteplase (bolus) Indicação: <4,5 do início do sintomas, >18anos, NIHSS>6, hipersinal em DWI <1/3 do território da ACM, ausência de sinal em FLAIR, PA<185/110 até a infusão do trombolítico - Manter normotermia Obs: hipotermia não trata; hipertermia > 38º --> tratar rigorosamente com antitérmico - Manter glicemia entre 140-180 e não <60 Obs: se < 60 -> glicose EV; se > 180 -> insulina EV Sinais de alarme para transformação hemorrágica: náuseas, vômitos hipertensao aguda/refratária, cefaleia intensa, deteriorização neurológica ? interromper alteplase, realizar TC de emergência, colher exames séricos, e reversão da anticoagulação (crioprecipitado e ácido tranexâmico) Fatores de risco: NIHSS elevado, uso de anticoagulante ou antiagregante, presença de microssangramentos em RM de encéfalo. 1. Antiagregantes plaquetários: após 24 h do ictus e continuada por 21 dias. - AAS 75 mg/dia - Clopidogrel 300g de ataque + 75 mg/dia de manutenção) Indicação: AVC não cardioembólico, NIHSS ? 3, sem TEV, AIT ou em AVC cardioembólico com risco elevado de queda com possibilidade de TCE. 2. Anticoagulantes orais (varfarina, rivaroxaban, dabigatran, apixaban, edoxaban) Indicações: AVC cardioembólico por FA ou trombo intracardíaco. - Obs: nos pacientes não candidatos à trombólise, aumenta o risco de transformação hemorrágica. - Uso restrito em: NIHSS baixo e AVCi Cardioembólico (1mg/kg de 12/12h de enoxaparina). Caso contrário, utilizar apenas a dose profilática. - Obs: TTPA para controle da heparina; TP e INR para controle da varfarina. Complicações do AVCi: - Edema cerebral: pico entre 3-5 dias do ictus, com rebaixamento do nível de consciência, piora do déficir neurológico e herniação cerebral. Principal causa: infarto maligno da ACM Tto: elevar cabeceira da cama 30º, terapia hiperosmolar com manitol EV e hiperventilação. Tto cirurgico (hemicraniectomia descompressiva): se AVC < 48h, idade 18-60 anos, NIHSS > 15, rebaixamento do nível de consciência. AVC ISQUEMICO AVC HEMORRÁGICO Clínica: Sintomas: cefaleia abrupta intensa, sendo a "pior cefaleia que o paciente já sentiu", náuseas, vômitos, dor cervical, fotofobia, perda de consciência transitória, sinais meníngeos (rigidez de nuca), acometimento de nervos cranianos, convulsões, deficit neurológico súbito (mais comum na HIP), Perguntar de uso de anticoagulantes. Obs: HSA - Regra de Ottawa (> 1 critério): - dor ou rigidez cervical - idade > 40 anos - perda de consciência - início com esforço - cefaleia em "trovoada" ou thunderclap - flexão limitada do pescoço no exame EF: sinais vitais, glasgow, fundoscopia (hemorragia vítrea - pior prognóstico), sinais focais (mais comuns na HIP) Exame neurológico: NIHSS HSA - Diagnóstico: TC de cranio (<24 horas), arteriografia, angiotomografia e angioressonância - TC- HSA: lesão hiperdensa nos sulcos e cisternas encefálicas. O mesencéfalo fica mais evidente ("sinal do coração") - TC- HIP: observar a localização do hematoma e o seu volume, a presença de hemoventrículo. - Se forte suspeita e ausencia de sangramento na TC: punção lombar para LCR com pressão de abertura elevada, contagem de hemácias e/ou cor xantocrômica (~12h), indicando presença de produtos da degradação do sangue em SNC. HSA: Classificar a chance de vasoespasmo: Escala de fisher - Grau 1: sem sangue - Grau 2: lâmina de sangue fina (<1mm) - Grau 3: lâmina >1mm - Grau 4: hemorragia intracerebral/ventricular HSA: Classificar a gravidade: escala de Hunt-Hess - Grau 1: lúcido, leve cefaleia - Grau 2: cefaleia + rigidez - Grau 3: sonolento - Grau 4: torpor, deficit focal - Grau 5: coma Tto de aneurisma roto: -clipagem - embolização com molas ou stents Tratamento: suporte para HIC Cabeceira elevada a 30graus Glicemia: 70-180 Temperatura<37,8 Hb 8-10 PIC<20 PPC 61-80 PVC 5-8 Reverter anticoagulação: - Varfarina: plasma fresco congelado 10ml/kg de 6/6h e vitamina K 10mg IV - Heparina: sulfato de protamina 1mg/100U de heparina - Ribaroxabana (xarelto): plasma - Ácido tranexâmico: primeiras 72 h para diminuir risco de ressangramento (se ocorrer tto com derivação cirúrgica) Complicações do HSA: - Ressangramento: risco nos primeiros 7 dias - Vasoespasmo: 3-14dias após HSA; Prevenção: nimodipina 60mg VO por 21 dias; Tto: hipervolemia, aumento pressóricos, estatina e angioplastia ou vasodilatadores intra-arteriais - Hidrocefalia: coágulo bloqueia a drenagem ventricular, pode fazer terapia anti fibrinolitica Alvos de PA Hemorragia Intra parenquimatosa- Se PAS<220 - alvo de PAS <140 Se PAS >220 - alvo de PAS entre 140-180 Hemorragia subaracnóidea- Alvo de PAS <160 Drogas: Labetolol 10-20mg IV a cada 10 min Nicardipina 5mg/h Hidralazina 10-20mg IV a cada 4-6h Nitroprussiato IV em BIC (se PAD>140) HIP: Classificar o grau da hemorragia: escore ICH - Glasgow: 3-4 (2 pontos); 5-12 (1 ponto); 13-15 (0 pontos) - Volume do hematoma: > 30 cm³ (1 ponto); < 30 (0 pontos) - Extensão intraventricular: Sim (1 ponto); Não (0 pontos) - Origem infratentorial: Sim (1 ponto); Não (0 pontos) - Idade > 80 anos: Sim (1 ponto); Não (0 pontos) Mortalidade em relação ao grau - grau 1: 13%; grau 2: 26%; grau 3: 72%; grau 4: 97%; grau 5: 100% Se não for para trombolise tratar a hipertensão somente se > 220/120 (reduzir 15% durantes as primeiras 24h) -> labetalol, nicardipina ou nitroprussiato EV ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO AVE Page 1
Compartilhar