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ANESTÉSICOS LOCAIS 1 ✂ ANESTÉSICOS LOCAIS Farmacologia ANESTÉSICOS LOCAIS Conceito Os anestésicos locais ligam-se a receptores específicos nos canais de sódio e bloqueiam de forma reversível a condução nervosa (transporte de íons pela abertura), quando aplicamos a uma região circunscrita do corpo. Estrutura molecular: constituído por algum grupo ionizável ligado a um éster ou uma amida (grupo lipofílico). Historicidade Cocaína Primeiro anestésico local utilizado, com sua primeira análise sobre entorpecência em 1860, e aplicação clínica em 1886 como anestésico oftalmológico tópico. Único anestésico local de origem natural, presente nas folhas de arbusto coca. Ação clinica desejável Bloqueio dos impulsos nervosos Vasoconstrição local secundária à inibição da recaptação local da NE. Toxicidade Diminuição da captação das catecolaminas nos SNC e SNP. Fármacos mais utilizados Procaína É um aminoéster, além de ser o primeiro anestésico local sintético. Aplicação limitada à anestesia por infiltração e outros bloqueios nervosos com finalidades de diagnose. Lidocaína Alternativa para pacientes sensíveis aos AL do tipo éster, tem ação rápida, intensa e prolongada. Uso com preparações injetáveis, oftalmológicas, nas mucosas e transdérmico. Bupivacaína Contem grupo amina, potência elevada, tem ação prolongada com tendência a produzir mais bloqueio sensorial do que no motor. Estruturalmente é semelhante à lidocaína. Usado em pós operatório e parto. Alerta para toxicidade cardíaca. tetracaína. ANESTÉSICOS LOCAIS 2 É um aminoéster de ação prolongada. Sua metabolização é lenta, o que ocasiona riscos maiores de toxicidade sistêmica. Utilização na anestesia epidural, tópicas, Estrutura da molécula dos fármacos Fórmulas estruturais de alguns anestésicos locais. A maioria dos anestésicos locais consiste em um componente hidrofóbico (aromático, em preto), em uma região de ligação (em alaranjado) e em uma amina substituída (região hidrofílica em vermelho). Mecanismo de ação Composição das fibras Elas são revestidas pelo epineuro, perineiro e endoneuro. O caminho feito pela administração começa no epineuro, que é posterior ao perineiro. Mecanismo que impossibilita lesões nas fibras (no endoneuro). Local Na membrana celular impedindo a geração e condução dos impulsos nervosos. Eles bloqueiam a condução reduzindo ou impedindo o grande aumento transitório da permeabilidade das membranas excitáveis ao Na+, que normalmente é produzido pela despolarização suave da membrana (Capítulos 8, 11 e 14) (Strichartz e Ritchie, 1987). Ação anestésica no nervo acarreta condução lenta de impulsos nervosos diminuição do fator de segurança declínio da velocidade do potencial de ação aumento do limiar A escolha do anestésico local Condicionada a um procedimento específico, baseado na duração desejada da ação, que pode ser curta, intermediária ou longa. Tipos de administração Tópica (Gel, spray, pomada); é utilizada geralmente para anestesia de mucosa, brônquica e esôfago Infiltrativa – injeção diretamente nos tecidos. ANESTÉSICOS LOCAIS 3 Bloqueio regional – ata na distal do ponto injetado Bloqueio nervoso – tentativa de colocar o anestésico mais próximo possível do nervoso, usado em cirurgia odontológica, naquelas que se deseja bloquear um plexo, entre outros. Venosa (anestesia de Bier) – consiste no sangue levar o anestésico ao local de atuação. Troncular (raquianestesia, peridural, epidural) Prolongamento da ação dos anestésicos por vasoconstritores Duração da ação é proporcional ao tempo de contato com o nervo. Dupla função do vasoconstritor: Reduz a taxa de absorção – permanência do fármaco no local necessário. Reduzir a destruição – automaticamente se sobre pouca biotransformação Principais utilizados: Epinefrina Considerações: em extremidades como pontas de dedos, nariz e pênis não pode ser usado vasoconstritores, decido a possibilidade de hipoxia do membro, podendo atrapalhar a cicatrização. Fatores ligados ao efeito dos anestésicos locais Tamanho molecular – quanto maior o tamanho, maior a impossibilidade de chegar ao local Solubilidade lipídica – quanto mais lipofílico, maior a capacidade de ser absorvido e ultrapassar a membrana. Tipo de fibra bloqueada pH do meio – se reduzir (ficar ácido) por inflamação ou infecção diminui a ação do fármaco. Concentração do anestésico Associação com vasoconstritores Estimulação do nervo (frequência e voltagem) Potencial de membrana em repouso Sensibilidade distinta das fibras nervosas aos efeitos farmacológicos Ação comum 1. Supressão da dor 2. Perda da sensibilidade (toque, pressão profunda, temperatura, diminuição da função motora). O que ocorre na ação diferenciada: Ondas gama do potencial de ação composto é reduzido mais rapidamente. ANESTÉSICOS LOCAIS 4 Fibras dos nervos autônomos (pequenas e mielizinadas) são bloqueadas antes de fibras mielinizadas mais grossas. Toxicidade Ocorrência ligada a: Doses altas Absorção exagerada Injeção acidental em vaso sanguíneo Sinais no sistema cardiovascular Reduz contração miocárdica Arritmia e parada cardíaca Dilatação arteriolar – hipertensão Sinais no sistema nervoso central Entorpecimento de língua, gosto metálico Vertigem e visão embaçada Zumbido Inquietação Tremor e até convulsões Efeito do pH Anestésicos locais tem sais de cloridrato ligeiramente ácidos, constituído de bases fracas, assim, nas condições normais o pH da solução está em equilíbrio com o pH do meio extracelular. Ou seja: Ocorre tendência a ionização em meios ácidos, dificultando a passagem pela membrana. Meio ácido pode levar ao: ANESTÉSICOS LOCAIS 5 Aprisionamento do anestésico Efeito lento comprometendo a distribuição Meio básico: Necessário adição de um componente (ex.. bicabornato) Aumenta forma lipossolúvel do anestésico locais em quantidades equilibradas, em excesso leva a precipitação do fármaco. FUNCIONAMENTO DA FARMACOCINÉTICA Absorção Ação local não impossibilita o trafego à circulação sistêmica, fator vinculativo da toxicidade. Distribuição Leva ao pulmão Metabolismo e excreção Ésteres Hidrolisados e inativados por uma esterase plasmática. Amidas Degradadas pelo retículo endoplasmático hepático. Intermediador da metabolização: citocromo P-450 Órgão da excreção: rins
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