Buscar

TCC 2018 Empreendedorismo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
CURITIBA/PR
2018
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ
JOEL CARLOS BUBANZ
RENATA MATOS DE OLIVEIRA
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
Trabalho entregue à Faculdade de Educação São Braz, como requisito legal para convalidação por competência, para obtenção do certificado de Especialização do Curso de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, conforme Norma Regimental Interna e Art. 47, Inciso 2 da LDB 9394/96. 
Orientadora: LIANE HARDET DE CARVALHO.
CURITIBA/PR
2018
RESUMO
Este artigo visa apresentar o empreendedorismo como algo novo, criado a partir da identificação de oportunidade, onde ser dedicado, persistente e ousado, são atitudes imprescindíveis para alcançar o objetivo pretendido. Muitas são as características que identificam um empreendedor, iniciativa, a busca por oportunidades, persuasão, influência, liderança e inovação. Empreender não é apenas criar uma empresa, ele deve renová-la sempre, equilibrando a estabilidade característica do empresário e a inovação do empreendedor. Aqui é apresentado o conceito de empreendedorismo, além da análise do perfil do empreendedor e suas principais características. Expôs de forma objetiva como se deu o desenvolvimento da atividade empreendedora e como se difundiu pelo Brasil. Visa conceituar, diferenciar e enaltecer a importância da inovação para a existência do empreendedor, somado aos riscos atrelados à não observação destes conceitos. A pesquisa utilizada neste estudo é do tipo exploratória bibliográfica e segundo Gil (2008), a pesquisa exploratória bibliográfica, tem como objetivo fazer com que o pesquisador tenha uma proximidade com um assunto ainda pouco conhecido e pouco explorado
Palavras-chaves: Empreendedorismo. Inovação. Empreendedor. Oportunidade. Brasil
1. INTRODUÇÃO 
É fato que sempre existiram empreendedores pelo mundo e graças a eles chegamos ao atual nível de desenvolvimento. Em períodos de crise econômica, as empresas tradicionais, são as primeiras a sentir o impacto da crise, nesse caso, a empresa tem que criar estratégias de negócios, para que a mesma se destaque no mercado se quiserem sobreviver, ou seja, empreender, mas também ocorre de muitas empresas demitir trabalhadores, e alguns deles veem como única alternativa a mesma coisa, empreender.
O empreendedorismo vem causando grandes discussões no mundo todo, pois vem sendo responsável pelo desenvolvimento econômico de países subdesenvolvidos tanto quanto dos desenvolvidos. Projetos e ideias empreendedoras elevam a competitividade no mercado de negócios, pois esse encontrar-se cada vez mais exigente. É do perfil empreendedor que surge essa competitividade, através da conquista profissional e de resultados empresariais que refletem diretamente no desenvolvimento econômico e social. 
O empreendedorismo desempenha um papel importante dentro da empresa e é se suma importância no planejamento estratégico e nas tomadas de decisões, considerando sempre a situação atual e as metas traçadas.
Empreender não é criar um negócio apenas para gerar lucros, mas tomar atitudes capazes de trazer mudanças na vida de pessoas, ou até mesmo, de comunidades, no entanto, só o desejo de empreender não basta. Em um mercado cada vez mais competitivo é necessário apresentar um perfil de empreendedor, com algum diferencial, ser um profissional com a capacidade de inovar sempre e apresentar ideias que trarão sucesso para o negócio dele ou para a organização que representa. O Brasil sempre é citado como um dos países onde mais se desenvolvem empreendedores, por ser considerado um dos países mais criativos do mundo.
Este artigo faz uma análise sobre o surgimento do empreendedorismo no Brasil e os diversos aspectos históricos relacionados a essa atividade empreendedora. Este estudo contextualizou a temática por meio de revisões da literatura sobre o tema. 
2. EMPREENDEDORISMO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Utilizada para se referir a uma area de grande abrangência, a palavra entrepreneurship, não se refere apenas a criação de empresas, foi desta palavra que surgiu o termo empreendedorismo. O empreededorismo vai além da geração do autoemprego, também refere-se a um funcionário que cria valores adicionais, como por exemplo, novas formas de desenvolver um produto ou de executar um projeto. Segundo Dolabela (2008), o empreendedorismo é um fenômeno cultural, fruto de habilidades, práticas e valores das pessoas. 
Com o passar dos séculos, a definição de empreendedor evoluiu, tornou-se mais complexa, isso devido as diversas mudanças econômicas mundiais. No início da Idade Média, empreendedor, era o indivíduo que participava de grandes projetos, era chamado de clérigo e geralmente era encarregado de grandes obras arquitetônicas, como fortificações, castelos e catedrais, mas esse usava apenas os recursos que lhe eram fornecidos pelo governo. Já no século XVII, empreendedor era quem fechava um contrato com o converso, assumindo o risco e então, essa foi mais uma característica adicionada ao empreeendedor.
Peter Drucker fala sobre o assunto: 
O empreendedor vê a mudança como norma e como sendo sadia. Geralmente, ele não provoca a mudança por si mesmo. Mas, se isto define o empreendedor e o empreendimento, o empreendedor sempre está buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma oportunidade. (DRUCKER, 1987, p. 36).
Conforme Drucker, vemos que empreender é fazer o que os outros não fazem, se arriscar. O empreendedor é capaz de visualização uma realização futura e por isso é capaz de juntar recursos financeiros e humanos para alcançar seu empreendimento.
Já para o economista austríaco Joseph Schumpeter, em 1912, o empreendedor era considerado quase que um ser divino, que além de ter faro para detectar novas chances, inovando nos processos de produção, também era capaz de criar um novo ciclo econômico. Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), “empreender” é:
decidir, realizar; tentar (empreender uma travessia arriscada); pôr em execução; realizar (empreender pesquisas, ou longas viagens). Etimologicamente, ‘empreender’ vem do latim imprehendo ou impraehendo, que significa ‘tentar executar uma tarefa. 
O Empreendedorismo, como “comportamento”, pode estar associado a uma empresa, um negócio, mas também a um projeto, a uma realização pessoal. Segundo Menezes (2003) o empreendedor tem iniciativa e que a partir de um comportamento inovador e criativo, consegue promover um empreendimento, estimular as pessoas a colaborarem, gerar resultados, fazendo o que gosta, com dedicação e entusiasmo.
O empreendedor deve ter percepção para identificar oportunidades e deve focar nas pessoas e não somente nas empresas, isto é fundamental para o sucesso ou o fracasso.
2.1 Empreendedorismo social
O “empreendedorismo social” se assemelha ao “empreendedorismo de negócios”, o que difere é que o social não foca na geração de lucro, mas no impacto social. O empreendedor social utiliza as mesmas técnicas do empreendedor de negócios, no entanto o objetivo não é o crescimento da empresa ou a obtenção de lucros, mas sim na transformação da realidade social da comunidade.
A seguir, apresentamos as características de organizações empreendedoras sociais assistenciais e as organizações empreendedoras com impacto social:
2.1.1 Conceitos diversos sobre empreendedorismo social, visão nacional
	AUTOR 
	CONCEITO 
	LEITE (2003) 
	“O empreendedor social é uma das espécies do gênero dos empreendedores; São empreendedores com uma missão social, que é sempre central e explicita;” 
	ASHOKA;MCKINSEY (2001) 
	“Os empreendedores sociais possuem características distintas dos empreendedores de negócios. Eles criam valores sociais através da inovação a força de recursos financeiros em prol do desenvolvimento social, econômico e comunitário. Alguns dos fundamentos básicos do empreendedorismo social estão diretamente ligados ao empreendedor social, destaca-se a sinceridade, paixão pelo que faz, clareza,confiança pessoal, valores centralizados, boa vontade de planejamento, sonhar e uma habilidade para o improviso.” 
	MELO NETO; FROES (2002) 
	“Quando falamos de empreendedorismo social, estamos buscando um novo paradigma.O objetivo não é mais o negócio do negócio [...] trata-se, sim, do negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia [...]Quando falamos de empreendedorismo social, estamos buscando um novo paradigma.O objetivo não é mais o negócio do negócio [...] tratase, sim, do negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia.” 
	RAO, (2002) 
	“Empreendedores sociais, indivíduos que desejam colocar suas experiências organizacionais e empresariais mais para ajudar os outros do que para ganhar dinheiro.” 
	PÁDUA; ROUERE (2002) 
	“Constituem a contribuição efetiva de empreendedores sociais inovadores, cujo protagonismo na área social produz desenvolvimento sustentável, qualidade de vida e mudança de paradigma de atuação em benefício de comunidades menos privilegiadas.” 
FONTE: Elaborado pelo autor, a partir de OLIVEIRA, 2004.
2.1.2 Diferença entre empreendedorismo empresarial e empreendedorismo social 
	EMPREENDEDORISMO EMPRESARIAL 
	EMPREENDEDORISMO SOCIAL 
	1. é individual 
	1. é coletivo 
	2. produz bens e serviços 
	2. produz bens e serviços a comunidade 
	3. tem o foco no mercado 
	3. tem o foco na busca de soluções para os problemas sociais 
	4. sua medida de desempenho é o lucro 
	4. sua medida de desempenho é o impacto social 
	5. visa satisfazer necessidades dos clientes e ampliar as potencialidades do negócio 
	5. visa respeitar pessoas da situação de risco social e promovê-las 
FONTE: Elaborado pelo autor, a partir de NETO e FROES, 2002, p. 11.
2.2 Empreendedorismo start-up ou de negócios 
O “empreendedorismo de negócios” pode ser definido como comportamento empreendedor atrelado a um negócio ou empreendimento, basicamente é quando você tem uma ideia boa e a transforma em um negócio lucrativo, algo que envolve planejamento, criatividade e inovação. Mas nem sempre inovar é criar algo novo no mercado, você pode oferecer o mesmo produto, mas de forma mas rápida, mas barata ou de melhor qualidade, por exemplo. Isso é o que chamamos de empreendedorismo. 
Foi na década de 90 que o empreendedorismo se popularizou no Brasil, mas foi só nos anos de 1999 a 2001, que o modelo start up passou a ser conhecido por empreendedores brasileiros, isso, porque foi nesse período que surgiu a internet, segundo o especialista em start up GITAHY (2011). 
Silva (2015) também constatou que o meio que mais utilizado no país para disseminar o conhecimento sobre o start up é a internet, devido a inúmeros blogs e sites que divulgam informações e conceitos sobre tais empresas em iniciação.
O termo start up tem sido utilizado por empreendedores e seu significado é: “start” significa “iniciar”, e “up”, significa “para cima”. A palavra start up está diretamente ligada ao empreendedorismo e inovação e remete a famosas empresa como: Facebook, Apple, Yahoo, Google e outras que estão em posição de liderança no mercado que atuam.
Em contraponto a essas definições, Rodrigues et al. (2013, p. 2) entendem que:
Os startups também possuem um norte verdadeiro, um destino em mente: criar um negócio próspero e capaz de mudar o mundo. Para alcançar essa visão, os startups empregam uma estratégia, que inclui um modelo de negócios, um plano de produto, um ponto de vista acerca dos parceiros e dos concorrentes, e as ideias a respeito de quem são os clientes. O produto é o resultado final dessa estratégia [...]. 
Segundo Johnson (2001) empreender requer dedicação e foco no tange o seu negócio; é assumir responsabilidade, ter iniciativa e através da criatividade, fazer as coisas acontecerem; da administração dos riscos inerentes ao processo; até mesmo quando enfrenta dificuldades e obstáculos. Entende-se que o empreendedor start up vê a empresa como dele, por isso ele se dedica em busca do seu objetivo, ignorando limites e barreiras ao processo de empreender seu modelo de negócio. 
Para Dornelas (2008, p.167) os estágios de investimento de risco em empresas, desde sua criação, são:
a) Fase da idéia: o capital inicial surge do próprio empreendedor, de investidor, de amigos, etc;
b) Fase inicial (start up): A empresa está constituída e provavelmente tem menos de 1 ano; o produto está sendo melhorado e sua aceitação sendo analisada. Nessa fase há um alto risco de negócio, por isso a dificuldade que o capitalista de risco invista na empresa. Geralmente o dinheiro semente inicial virá de Angels;
c) Fase de expansão: geralmente a empresa esta com 2 ou 3 anos e precisa de capital para financiar seu crescimento. Esse capital necessário é maior que o seed money (semente inicial) e virá da primeira rodada de investimento de capital de risco, o first round. As negociações com o capitalista de risco são muito importantes, porque aumentarão a cobrança por resultados;
d) Consolidação e saída dos angels e capitalistas de risco: nesta fase a empresa busca expansão, negocia aquisições e parcerias etc.,e começa a gerar os resultados almejados pelos investidores iniciais que realizam seu lucro, saindo da empresa. Um novo ciclo se inicia com a consolidação do negócio e a possibilidade de abrir o capital na bolsa de valores. 
2.3 As Startups no Contexto brasileiro
No Brasil, conforme já referenciado, o termo Startup e esse tipo de empresa é relativamente novo (Silva, 2015). No ano de 2011 foi fundada a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), entidade sem fins lucrativos, e possui uma base de startups, como forma de promover um mercado brasileiro de Startups conhecido nacional e internacionalmente, fornecendo informações de mercado de forma a aumentar a competitividade entre as startups.
Atualmente, a base de dados da ABStartups, possui mais de 20 mil perfis de pessoas e empresas, sendo a principal fonte de informações sobre esse mercado, contribuindo para: 
a) Startups terem seus dados centralizados e atualizados em um só local, facilitando competições, prospecções de investimento, candidaturas em processos seletivos e pautas para imprensa.
b) Imprensa ter acesso rápido a diversas informações quantitativas e qualitativas sobre os segmentos de mercado, modelos de negócios, estágios de maturidade de Startups em diferentes regiões do Brasil.
c) Investidores melhorarem o fluxo de oportunidades de negócios, filtrando, selecionando e contactando as startups que melhor se encaixam em suas teses de investimento.
 Recentemente a ABStartups divulgou em sua página o Ranking de Startups em cada Estados brasileiro, veja a seguir:
	Estado 
	Número Startups 
	%
	SP 
	792 
	26% 
	MG 
	249 
	8% 
	RJ 
	223 
	7% 
	RS 
	152 
	5% 
	PR 
	124 
	4% 
	SC 
	123 
	4% 
	PE 
	94 
	3% 
	GO 
	66
	2% 
	DF 
	64
	2% 
	CE 
	51
	2% 
	BA 
	40
	1%
	MS 
	38
	1%
	PB 
	22
	1%
	MT 
	20
	1%
	PA 
	20
	1%
	RN 
	19
	1%
	AL 
	18
	1%
	ES 
	17
	1%
	AM 
	17
	1%
	TO
	12
	0%
	MA 
	11
	0%
	SE 
	7
	0%
	RO
	6
	0%
	AC
	4
	0%
	AP
	3
	0%
	PI
	3
	0%
	RR
	2
	0%
	TOTAL 
	2197 
	72% 
Ranking de Startups em Estados brasileiros. Fonte: ABStartups (www.abstartups.com.br)
3. CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR
Empreendedor nato é aquele que nasce com as características necessárias para emprender com sucesso, no entanto, também tem o indivíduo que pode ser influenciado pelo meio em que vive, seja por formação empreendedora familiar, escolar ou prática.
Segundo Chiavenato (2007), o empreendedor é a pessoa que consegue fazer acontecer, pois tem sensibilidade para os negócios e capacidade para identificar oportunidades, com isso transforma em realidade suas ideias, em benefício próprio e da comunidade. Para que um profissional empreendedor venha ser bem sucedido em seu negócio, ele tem o desafio de iniciar com um pequeno capital, quando o mercado está emconstante mudança, onde a tecnologia e a informação exercem grande peso para o mercado. Ainda E ainda segundo Chiavenato (2007) o empreendedor para ser bem sucedido, não deve apenas criar o seu negócio, ele deve saber geri-lo, de forma que ele possa se sustentar por um período prolongado, para obter retornos significativos de seus investimentos. Em resumo: significa administrar, planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades relacionadas direta ou indiretamente com o negócio.
Ainda segundo o autor, existem três características básicas para um empreendedor:
a) Necessidade de realização: A necessidade pessoal é o que vai diferenciá-lo dos outros;
b) Disposição para assumir riscos: Riscos financeiros assumidos ao iniciar o próprio negócio;
c) Autoconfiança: Segurança ao enfrentar os desafios e problemas.
3.1 Sete perfis de empreendedores
De acordo com Tranjan (2010), os perfis apresentados abaixo decifram a natureza básica de muitos negócios, assim como as probabilidades de sucesso e as probabilidades de fracasso de uma empresa:
a) O guerreiro: conhecido como “pau pra toda obra”. Muito combativo, o guerreiro se arma para competir e marcar seu território. Não se importa em passar por cima de valores e princípios para atingir seus objetivos, pois para ele o ambiente de trabalho não é lugar para filosofias e fantasias, para ele negócio é negócio.
b) O jogador: para este empreendedor competir não é tudo, o importante é vencer, pois não suporta perder, quer os melhores profissionais e tenta atraí-los da concorrência. 
c) O curioso: ele não vê o mercado como um lugar ameaçador, mas sim como uma área a ser desbravada, porque sabe que ali mora a oportunidade.
d) O perito: reconhece possuir competências úteis para o mercado à medida que estudou, pesquisou e preparou-se. 
e) O artista: para ele o mercado é uma tela em branco, tudo está para ser feito, para ele o cliente e alguém que precisa ser encantado todos os dias, o mercado funciona como uma fonte de inspiração para utilizar a imaginação e visualizar as oportunidades. 
f) O solidário: para ele o mercado é o local ideal para prestar ajuda e serviços de solidariedade. Procura ganhar dinheiro enquanto faz o bem.
g) O cultivador: ele compreende que faz parte de uma obra maior e que vai fazer a diferença no mundo, primeiro ele planta e depois colhe. Jamais coloca o lucro antes das questões humanitárias, possuindo ampla consciência do que seja um negócio e da importância desse negócio diante dos interesses coletivos. 
Empreendedores Guerreiros e Jogadores comumente se veem com conflitos entre funcionários, devido a falta de confiança e falta de comprometimento e motivação, afinal esse tipo de empreendedor atrai outros iguais a eles. Os Curiosos, Artistas e Peritos, valorizam características como comprometimento, conhecimento e criatividade e isso acaba criando entre os funcionários da empresa, comprometimento e confianças nas relações. Já os empreendedores solidário e o cultivador entendem que empreender está diretamente ligada à função de somar coisas novas à sociedade. 
4. EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
Educação empreendedora, se trata da inserção do empreendedorismo no sistema educacional. Entre os exemplos pode-se destacar: auxiliar estudantes a desenvolverem competências e habilidades empreendedoras; introduzir o conceito de empreendedorismo no currículo escolar, para que o empreendedorismo seja considerado carreira desde o ensino básico; e engajar professores estimulando-os a atuarem junto aos alunos na formação de competências e habilidades empreendedoras (LUNDSTRÖN; STEVENSON, 2005). 
Essas ações permitem que o empreendedorismo se torne uma prática comum à sociedade, desde a base educativa, auxiliando na formação de possíveis empreendedores, pois esse terão desde cedo conhecimento sobre o que significa a atividade empreendedora, assim como quais os desafios serão enfrentados no mercado. 
Isso pode ser corroborado por meio do estudo de Pereira e Machado (2013), onde os autores acreditam na importância da disseminação desde cedo, da cultura empreendedora, pois na escola é possível auxiliar na formação de habilidades e competências que serão úteis na prática empreendedora no futuro. Além disso, verificou-se que associar o campo teórico ao prático, através de empreendedores reais, além de visitas técnicas em empresas exemplos de empreendedorismo, pode encorajar as atividades voltadas a educação empreendedora.
A formação e a educação de pessoas foi uma questão discutida continuamente ao longo da história da humanidade. Desde o século XVIII a preocupação da escola, passou a ser a formação do cidadão. No que se refere às disposições gerais da educação básica, a LDBEN rege:
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III - orientação para o trabalho;
[..] 
Governo Federal afim de enfrentar desafios do ensino médio, oficializou o - Programa Ensino Médio Inovador - Este programa deve ser capaz de incorporar componentes que garantam sustentabilidade das políticas públicas, reconhecendo a importância de uma nova organização curricular, afim de melhorar as bases para uma nova escola de ensino médio. 
O incentivo à educação para o empreendedorismo tem sido atrelado à descrição de um modelo de sociedade mais exigente no que se refere à educação e formação. São exigências de pessoas autônomas, empreendedoras, com competências múltiplas, que saibam trabalhar em equipe, com capacidade de aprender, empreender, se adaptar e promover transformações. Este mesmo discurso ampara o incentivo do ensino de empreendedorismo no ensino médio .
Por fim, podemos ver que o fracasso escolar traduz-se no desemprego e, em alguns casos, inclusive na incapacidade para o trabalho, portanto, a luta contra o fracasso escolar deve ser prioridade para os sistemas de ensino, mas será que ensinar o empreendedorismo na escola, responsabilizar o estudante pela sua formação continuada, exigir dele competências, seriam as soluções mais rápidas e fáceis de implementar? A resposta é dada por Rosar (2010, p. 166): ― “As contradições que se articulam no processo de produção da realidade econômica e social continuam existindo, e ampliam a sua dimensão objetiva na medida em que os pressupostos do capitalismo perdem a sua eficácia diante das crises que se avolumam em todos os continentes”. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Esta pesquisa teve como finalidade demonstrar a atividade empreendedora no Brasil, os modelos de negócio, os perfis empreendedores e a educação empreendedora e buscou definir, diferenciar e conceituar o empreendedorismo no passar dos anos, desde quando surgiu na idade média, até os dias de hoje, que é praticado tanto por pessoas com visão empreendedora, quanto por grandes empresas que se tornam grandes empreendedoras por sua busca pela inovação.
Concluiu-se então que o empreendedorismo evoluiu conforme as necessidades econômicas do período em que coexistiu, tendo por finalidade o suprimento de carências do mercado, na prestação de serviços e na concepção de novas ideias/produtos, e isso faz com que cada empreendedor se torne uma espécie de revolucionário.
Verificou-se a necessidade se suporte técnico e financeiro aos pequenos empreendedores, ao tratar do empreendedorismo no Brasil, para que esses possam além de por em prática suas criações, consigam entender todos os processos legais e administrativos, além de atentarem à importância de se fazer planejamentos em todos os níveis do negócio, de forma a evitar o fracasso pré-maturo de empreendimentos que surgiram embebidosem potencial, no que se refere a boas ideias.
Só é possível uma empresa se manter no mercado, se tiver uma estrutura e o conhecimento de mercado, por isso a importância de conhecer a organização, o mercado e o seu potencial, afinal, em um mundo que se transforma constantemente, o sucesso ou fracasso de uma organização está diretamente relacionado à capacidade de entender e conhecer o mercado em que atua, por isso a importância do empresário ter o um perfil empreendedor, pois esse perfil é uma ferramenta essencial no gerenciamento de uma empresa. 
Sendo assim, tanto para os empreendedores, quanto para os que desejam empreender, atualmente existe um ambiente proprício para essa prática, mas devem ser considerados os fatores descritos anteriormente, para que consiga alcançar o sucesso e se reafirmar constantemente, num ambiente onde a velocidade das mudanças define os rumos da economia e do mercado, influenciando de maneira direta no comportamento do consumidor, fazendo com que o empreendedor tenha que ser ousado e se adaptar facilmente. 
Por fim, cabe ainda a tarefa de tentar responder sobre o que a educação para o empreendedorismo pode representar na formação básica do indivíduo. Diante das possíveis interpretações com relação às tendências educacionais dos últimos anos no que se refere à educação para o novo mercado produtivo, como citado neste trabalho, o ensino do empreendedorismo desde a educação básica pode ser interpretado sob diversas perspectivas. Entretanto, cabe observar, que a sociedade atual coloca educadores ou profissionais da educação diante de uma questão: Quais conhecimentos realmente interessam à formação do indivíduo atualmente? 
Não é tão fácil responder essa questão e, talvez, não seja uma pedagogia empreendedora que dará conta dessa resposta. No entanto, a inércia é a última opção e, a visão crítica, informada e mais consciente poderá ser a primeira opção. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABStartups. (2015) Disponível em: Acesso em: 14/08/2018. 
ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS e MACKISEY e Cia. Inc. Empreendimentos sociais sustentáveis São Paulo: Peirópolis, 2001 
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas. 2.ed. rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva 2007. 
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. 1ª Ed. São Paulo: Cultura Editores Associados, 1999. DRUKER, P.F., Inovação e Espírito Empreendedor, Editora Pioneira, São Paulo, 1987. 
DORNELAS, José Carlos Assis,1971. Empreendedorismo corporativo / José Carlos Assis Dornelas. – 2.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 – 2 reimpressão 
GITAHY, Yuri. O que é uma start up?. Empreendedor Online – Empreendedorismo na Internet e negócios online,2011 . Disponível em: Acessado em 26/10/2018.
JOHNSON, D. What is innovation and entrepreneurship? Lessons for larger Organizations. Industrial and Commercial Training. Press, v. 33, n. 4, 2001. 
LEITE, Emanual. Incubadora social: a mão visível do fenômeno do empreendedorismo criando riqueza. In: Anais do 4º ENEMPRE. Santa Catarina: UFSC/ENE, 2003.
MELO NETO, Francisco Paulo de Melo e FROES, César Gestão da responsabilidade social corporativa: o caso brasileiro – da filantropia tradicional à filantropia de alto rendimento e ao empreendedorismo social Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
MENEZES, L.C.M. Gestão de Projetos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
RAO, Srikumar. Renasce o imperador da paz. Forbes. v. 162, nº 5, de 7/9/1998. Disponível em <www.ashoka.org.br>, acessado em 26/10/2018.
ROSAR, M. F. F. Existem novos paradigmas na política e na administração da educação? In: OLIVEIRA, Dalila Andrade; ROSAR, Maria de Fátima Felix (Org.). Política e gestão da educação. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. p. 159-175. 
ROUERE, Mônica de; PADUA Suzana Machado. Empreendedores sociais em ação. São Paulo: Cultura Associados, 2001. 
Rodrigues, R. B.; Oliveira, R. T. A. de; Souza, R. R. de. (2013). Startups Dirigidas à Inovação de Software: Da Universidade ao Mercado. III Escola Regional De Informática De Pernambuco. Garanhuns, Pe, Brasil.

Continue navegando