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Anatomia do sistema digestório

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Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa de São Paulo
Melina Houlis
ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
BOCA
→ Se inicia na abertura entre os lábios (rima
oral)
→ Ao entrar no boca, existem dois
compartimentos:
- Mais externo, limitado pelos dentes em
oclusão e as gengivas, chamada
vestíbulo da boca
- Mais interno, chamado cavidade oral
1. Boca: lábios
Os lábios são pregas musculares móveis, que
apresentam limites com outras regiões da face
- O lábio superior é separado pelo sulco
nasolabial;
- O lábio inferior é separado do mento
(queixo) pelo sulco mentolabial
→ Como são pregas musculares móveis,
possuem um músculo dentro da boca, chamado
orbicular da boca (O músculo orbicular da boca
é formado pela fusão de fibras de outros
músculos da mímica facial)
→ Apresentam uma borda livre, que é a parte
vermelha dos lábios, sem glândulas
→ Apresenta uma parte revestida por pele
→ O lábio superior apresenta uma depressão central que se estende até a porção mais
inferior e anterior do nariz, chamada de filtro do lábio
→ Invertendo o lábio superior e
inferior, pode-se observar a
face mucosa do lábio, que se
prende por meio de pregas a
suas respectivas gengivas
- Em relação ao lábio
superior: frênulo do
lábio superior
- Em relação ao lábio
inferior: frênulo do
lábio inferior
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2. Boca: bochecha
→ Parede
- Músculo bucinador (mímica facial)
- Corpo adiposo da bochecha (bola de bichat): massa
de gordura localizada superficialmente ao músculo
bucinador
→ Externamente, a bochecha é revestida por pele e
internamente pela mucosa oral
3. Boca: gengivas e dentes
→ Adulto: 32 dentes distribuídos em duas arcadas
- 4 dentes incisivos por arcada: dois centrais e dois
laterais
- 2 caninos por arcada
- 4 dentes pré molares por arcada
- 6 dentes molares por arcada (terceiro molar = dente do siso)
→ Criança: 20 dentes distribuídos em 2 arcadas
- Não possuem os pré molares: os molares decíduos serão
substituídos pelos pré molares
- Dentição decídua (que cai)
4. Boca: soalho da boca
→ Contém a língua
→ Formado pelos músculos milo-hióideo e digástricos
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Frênulo da língua: prende a face inferior da
língua ao assoalho da boca
Carúncula sublingual (*): drenagem da
saliva
Prega sublingual: prega de mucosa lateral a
carúncula, onde irá se alojar a glândula
sublingual
5. Boca: língua
→ Mantém o bolo alimentar entre os dentes
→ Empurra o bolo alimentar para a faringe na
deglutição
→ Raiz: região posterior da língua
- Revestimento por tecido linfóide
- Ponto de inserção da sua musculatura
extrínseca
- Nessa região que entra vasos e
nervos
→ Dorso: face superior
- Sulco terminal (V)
- Forame cego
→ Corpo: parte mais central
→ Ápice: parte mais anterior
- Papilas
→ Filiformes: raspagem dos alimentos, sem corpúsculo gustativo
→ Fungiformes: mais avermelhadas, com corpúsculo gustativo
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→ Valadas: 10 a 12 papilar, no formato de v invertido, na região posterior da língua, com
corpúsculo gustativo
→ Folhadas: na borda da língua (região
mais lateral), que são mais importantes em
roedores; nos humanos seus corpúsculo
gustativos estão desativados
→ A língua tem como limite, da sua região
mais posterior (Revestida pelo tecido
linfóide) para sua região de corpo e ápice,
existe um sulco com formato de "v
invertido", chamado de sulco terminal. No
ápice desse sulco, existe uma depressão
chamada forame cego, que marca o local
de origem embriológica da glândula tireóide
que depois migra para o pescoço
→ Face inferior
- Lisa, diferente da fase dorsal
- Frênulo: prende a língua ao assoalho da boca
- Veia profunda: uma de cada lado do frênulo
- Pregas franjadas: estruturas com pequenas bolinhas, sem
um papel muito definido
→ Septo fibroso: encontra-se no centro da língua,
marcando seu dorso. Nesse septo, teremos a inserção
dos feixes musculares intrínsecos da língua
→ Músculos intrínsecos
- Longitudinais: superior e inferior
- Verticais
- Transversos
→ A musculatura intrínseca da língua é responsável pela
mudança de formato da língua
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→ Músculos extrínsecos
- M. genioglosso: deprime e protrai a
língua
- M. hioglosso: deprime e retrai a língua
- M. estiloglosso: elevação das bordas da
língua
- M. palatoglosso: aproxima a raiz da
língua do palato (céu da boca)
6. Boca: teto
→ Palato duro: estrutura óssea
- Processos palatinos da maxila
- Lâminas horizontais dos ossos palatinos
- Revestido por uma mucosa espessa que
apresenta na sua lâmina própria grande
quantidade de glândulas salivares. Essa mucosa
apresenta uma rafe mediana que marca o local
de fusão embriológica dos processos palatinos.
- Na região dos dentes incisivos (mais anterior do
palato duro), existem pequenas cristas
transversais que são pregas de mucosas
→ Palato mole: não contém osso na sua estrutura
- Estrutura fibromuscular, que termina na úvula
- Músculo tensor do véu palatino: mais
anterior; relacionado com o óstio faríngeo da
tuba; possui papel de tensionar o palato mole
e abrir o óstio faríngeo
- Músculo levantador do véu palatino: eleva o
palato mole
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- Músculo palatofaríngeo: possui fibras verticais que vão aproximar o palato mole da
parede muscular da faringe
- Músculo palatoglosso: mais
anterior
- Músculo palatofaríngeo: mais
posterior
- Músculo da úvula
FARINGE
→ Tecido fibromuscular fixo à base do crânio e contínuo
com o esôfago (C6 e cricóide)
→ A faringe possui uma estrutura muscular formada por
três músculos constritores:
- Músculo constritor superior (S)
- Músculo constritor médio (M)
- Músculo constritor inferior (I)
→ Músculo salpingo-faríngeo
→ Músculo palato-faríngeo
→ Músculo estilo-faríngeo: contribui com a elevação da
faringe
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1. Faringe: partes
→ Nasofaringe: localizada posteriormente à
cavidade nasal
- Se inicia nas coanas e se estende até o plano
horizontal do palato
- Não faz parte do sistema digestório
→ Orofaringe: localizada posteriormente a boca
- Se inicia no plano horizontal do palato até a
margem livre da cartilagem epiglótica
→ Laringofaringe: localizada posteriormente a
laringe
- Se inicia na margem livre da cartilagem
epiglótica e segue até o limite inferior da
cartilagem cricóidea
→ Em relação à orofaringe:
- Pregas glosso-epiglóticas (duas laterais e uma mediana). Entre as pregas existem
dois espaços, chamado de valéculas
- Tonsila palatina: aglomerado de tecido linfóide localizada próxima a região da raiz da
língua e está ladeada (anterior e posterior a ela) duas pregas mucosas. A prega
mais anterior é o arco palatoglosso, porque abriga o músculo palatoglosso. A
prega mais posterior é o arco palatofaríngeo, porque abriga no seu anterior o
músculo palatofaríngeo
- Tonsila lingual: aglomerado de tecido linfóide
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obs. o limite anterior da faringe, também conhecido como istmo da faringe, é constituído
pelo arco palatoglosso. Portanto, tudo posterior a ele, está na orofaringe e não na cavidade
oral
→ Fossa tonsilar
- Arcos palatoglosso e palatofaríngeo
- Tonsila palatina: localizada entre os
arcos palatoglosso e palatofaríngeo
→ Em relação a laringofaringe:
- Posterior à laringe
- Seccionando e rebatendo a musculatura da laringe,
expomos dois espaços chamados de recessos piriformes.
GLÂNDULAS SALIVARES
→ Localizadas na mucosa dos palatos
mole, duro e na mucosa do lábio inferior
→ Maiores
1. Parótida
→ Se localiza inferiormente ao meato
acústico externo e abraça o ramo da
mandíbula
→ Em seu interior, é possível observar a
ramificação do ramo nervo facial
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→ Ducto parotídeo
- Passa superficialmente ao músculo masseter- Atravessa o corpo adiposo da bochecha e o músculo bucinador
- Abertura no vestíbulo da boca na altura do segundo molar superior
2. Submandibular
→ Possui formato de amêndoa e está localizada na região do triângulo digástrico,
inferiormente ao corpo da mandíbula
→ Apresenta um ducto que atravessa todo o assoalho da boca, para de abrir nas
carúnculas sublinguais uma de cada lado do frênulo lingual
→ Dividida em duas partes, uma superficial e outra profunda, pelo músculo milo hióide
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3. Sublingual
→ Formato de amêndoa, localizada no assoalho da
boca, logo abaixo da mucosa de revestimento do
assoalho, na prega sublingual
→ Não apresenta um ducto único de drenagem da
sua secreção: é drenada por 12 ou mais pequenos
ductos abertos na prega sublingual
→ Menores
- Localizadas principalmente no palato mole e
lábio inferior
ANATOMIA DESCRITIVA DO SISTEMA DIGESTÓRIO
(A partir desse ponto, a aula é com o professor Carlos José Lazzarini e não mais com a professora Bianca)
Glândulas exócrinas: toda e qualquer glândula que secreta uma substância na luz do
órgão (EX. parótida; sublingual e submandibular)
Glândulas endócrinas: toda e qualquer glândula que secreta uma substância na corrente
sanguínea
O palato da criança é muito mais retilíneo que o palato do
adulto, e o palato mole não forma um véu cobrindo e
protegendo a via respiratória (preocupação de uma criança
ser amamentada em decúbito dorsal - deitada -. A
possibilidade do leite entrar na via respiratória é muito
grande)
Amarelo: nasofaringe
Rosa: orofaringe
Azul: laringofaringe
A epiglote, parte mais alta da laringe, se fecha, tampando a passagem
da via respiratória (traquéia), quando a língua faz a propulsão do
alimento para a parte posterior
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Laranja: via respiratória
Verde: via digestória
→ O cruzamento das duas vias é um istmo chamado istmo das
fauces
Músculo constritor da faringe, com três
camadas (superior, médio e inferior)
- Musculatura oblíquo auxiliada por
outros músculos mais laterais: digástrico,
estilo faríngeo, estilo hióideo; puxam a
laringe para cima e para frente,
possibilitando o fechamento da via aérea
pela epiglote
Exame de deglutição
- Parte do alimento fica junto da
prega vocal e da parede posterior, na
prega salpingofaríngea, na valécula
epiglótica, com discreto escape para via
aérea
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ESÔFAGO
→ Tubo dividido em três porções (não é uma divisão anatômica
e sim uma divisão didática)
- Esôfago cervical: abaixo da cartilagem cricóide até o
manúbrio do esterno
- Esôfago torácico
→ Superior
→ Média: fica atrás do coração (retrocardíaca) e atrás da traquéia
→ Inferior
- Esôfago abdominal
→ Composto por uma musculatura circular que envolve por
todo o tubo, fazendo contração e propulsão do alimento
(peristaltismo)
obs. dos incisivos centrais superiores até a transição esôfago
gástrica (JEG), existem cerca de 42 cm (independentemente do
tamanho do indivíduo)
→ Na imagem ao lado, pode-se perceber que o esôfago está bem
"colado" na coluna vertebral. Ele localiza-se bem posterior, atrás da
traquéia, ao lado da aorta (esôfago mais a direita e aorta mais a
esquerda)
→ A parte torácica do esôfago passa por uma "falha do diafragma"
chamada de hiato esofágico (+) e passa a se chamar de porção
abdominal do esôfago. Essa porção possui cerca de 2/3 cm.
obs. existem malformações embriológicas como a que o esôfago se
funde com a traquéia, com verdadeiros túneis (fístulas). Outras que o
esôfago é encurtado, de maneira que a transição do esôfago para o
estômago está dentro do tórax e a criança tem o estômago dentro do
tórax
→ As vísceras do sistema digestório possuem um revestimento chamado de peritônio. O
peritônio visceral pode ser chamado de serosa. O esôfago não possui serosa. (isso quer
dizer que ele é não peritonizado?)
- A parte serosa da víscera promove um tecido que fortalece a cicatrização. Quando
se opera o esôfago, é necessário que o suture novamente
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ESTÔMAGO
→ pH ácido: 2
→ Revestido por uma mucosa
exuberante, bastante dobrada
sobre si mesma, com inúmeras
glândulas secretoras
→ O estômago possui uma
musculatura muito intensa que se
contrai para poder fazer uma
mistura do alimento com o suco
gástrico e através de uma pressòa
negativa na parte final do
estômago ele é propelido para o
duodeno
→ Na transição esôfago gástrico,
a musculatura fica espraiada e se você dissecar essa musculatura você verá outros
músculos se intercruzando. A contração dessa musculatura associada ao ângulo entre o
esôfago e o estômago faz com que o conteúdo do estômago fique no estômago.
→ O estômago é dividido em algumas partes:
- Mais superior, chamada de fundo gástrico: quando o alimento cai no estômago,
ele, além de se contrair, possui uma discreta horizontalização, de forma que o
alimenta é propelido para o duodeno e esta parte do estômago abriga um pouco do
ar que o indivíduo deglutiu, de maneira que ela vira o fundo gástrico
- Corpo gástrico
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- Antropilórica: onde começa o pilórico (esfíncter
que delimita a transição do estômago para o
duodeno)
- Pré pilórica: bulbo duodenal
- Transição do estômago para o duodeno: flexura
duodenal superior
→ O estômago é TOTALMENTE
PERITONIZADO
DUODENO
→ Primeira porção do intestino delgado
→ Parte descendente (2) + parte
horizontal (3) + parte ascendente (4):
posteriores ao abdômen, sendo
RETROPERITONEAIS
→ Porção inicial (1): Flexura duodenal
superior → TOTALMENTE
PERITONIZADO
obs. a terceira e quarta porção não são visíveis
no abdômen, sendo necessário separar tecidos
→ Na margem medial do duodeno, existe uma
outra víscera, o pâncreas. Os tubos dentro do
pâncreas desembocam no duodeno nessa parte,
levando uma secreção pancreática
→ Musculatura circular e longitudinal em toda sua
extensão, de maneira que ao contrair, ele
promove a propulsão do alimento
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→ A mucosa do duodeno assume um formato de "moedas empilhadas". As pregas são
horizontalizadas
PÂNCREAS
Seta branca: flexura duodenal superior
Seta amarela: porção descendente do duodeno
(o corte mostra que o duodeno está posterior a
lâmina de peritônio)
Seta azul: terceira porção do duodeno
Seta rosa: quarta porção do duodeno
→ O pâncreas está intimamente relacionado com
a face medial do duodeno
→ Possui glândulas e ductos que se unem,
formando o ducto pancreático principal, que se
bifurca. Parte dele acaba desembocando no
duodeno, na papila duodenal maior;
outra parte, a do ducto pancreático
acessório vai desembocar na papila
duodenal menor
obs. a papila duodenal maior é uma
região que recebe não só o ducto
pancreático como um ducto que vem do
fígado trazendo a bile
Processo uncinado: passam
importantes vasos abdominais, como
ramos anterior da aorta irrigando parte
do intestino
→ O pâncreas é um órgão RETROPERITONEAL
FÍGADO
→ Amplamente protegido por um arcabouço ósseo
→ Glândula anexa
→ Víscera parenquimatosa (não é oco)
→ Órgão PARCIALMENTE PERITONIZADO (área nua, porta hepática e fossa
da vesícula biliar não possuem peritônio)
Ligamentos triangulares do fígado: pregas de peritônio
→ O fígado é dividido em dois lobos pela prega peritoneal:
- Lobo hepático direito (+)
- Lobo hepático esquerdo (?)
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obs. a prega peritoneal separa o fígado e traz com eles vasos que foram enovelados pelo
peritônio formando o ligamento redondo do fígado; essa prega é muito ampla que vai se
acolar na parede abdominal formando o ligamento falciforme
→ Olhando o fígado na face visceral:
- Impressão do rim (!)
- Impressão do cólon (%)
- Impressão do estômago ($)
- Lobo caudado (*): mais póstero inferior
- Lobo quadrado do fígado (@)
→ O fígadopossui uma alta relação com a veia cava inferior (&)
1. Fígado: segmentação hepática
→ O fígado não só possui separações pelas pregas peritoneais, mas existem vasos que
irrigam o fígado e drenam o fígado, que delimitam a segmentação hepática
→ O estudo da segmentação hepática é útil para, por exemplo, o corte de um tumor
VESÍCULA BILIAR
→ A vesícula está relativamente apoiada em buraco no fígado, chamada fossa da vesícula
biliar
→ O fígado fabrica a bile, necessária para a emulsificação da gordura. Através de um ducto
que vem do lobo hepático direito e um do lobo hepático esquerdo, na saída do fígado,
se juntam e formam um ducto hepático comum. Esse ducto se encontra com o ducto da
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vesícula biliar, o ducto cístico, e ambos
vão formar o ducto que vai colher a bile
(ducto colédoco). Esse ducto se encontra
com o ducto pancreático principal e
ambos desembocam na segunda porção
do duodeno, de maneira que essa porção
do duodeno recebe secreções
hepato-bilio-pancreática.
→ A vesícula biliar armazena a bile que o
fígado produziu. Parte dessa bile passa
por ductos que vão do fígado direto para a
vesícula.
→ A vesícula pode ser dividida em
algumas partes:
- Fundo
- Corpo
- Infundíbulo: parte que vai se
afunilar para unir o ducto cístico
com o ducto comum
→ Está localizada deitada sobre a primeira porção do duodeno.
→ Quando o alimento cai no duodeno, ocorre a liberação de um hormônio chamado
colecistocinina, que faz com a vesícula se contraia para que a vesícula jogue a bile no
duodeno.
- O fígado produz a bile, porém sua bile é rala. A bile da vesícula é espessa, pois a
vesícula tira a água da bile, a tornando mais concentrada
→ As pregas de mucosa do ducto cístico se estendem, formando pregas transversais.
Cirurgiões mais velhos afirmar que a vesícula tem válvulas, porém isso são pregas
transversais da mucosa tentando impedir o refluxo do duodeno para a via biliar
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Primeira imagem: o ducto hepático se une ao
ducto pancreático em uma ampola, chamada de
canal comum
Segunda imagem: o ducto hepático não se
junta com o ducto pancreático, de maneira que
eles possuem desembocaduras diferentes.
INTESTINO DELGADO (Jejuno e íleo)
→ O duodeno é a primeira porção do intestino delgado
Ligamento suspensor do duodeno : prega de tecido conjuntivo na
quarta porção do duodeno na flexura duodenojejunal, de maneira que
esta prega funciona como um suspensório
→ A musculatura do intestino delgado é longitudinal (mais externa) e
circular (mais interna), responsáveis pelo peristaltismo. A mucosa de
dentro é bem pregueada, para aumentar a
absorção
→ O jejuno e o íleo são TOTALMENTE
PERITONIZADOS (mesentério)
→ A transição do jejuno e íleo não é muito clara,
porém é possível perceber a porção terminal do
íleo que desemboca no intestino grosso
→ Na parede posterior do abdômen, é possível
observar um pregueamento do peritônio parietal
que se descolou da parede e envolveu os vasos
que irrigam o intestino delgado. Esse
pregueamento é chamado de mesentério.
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ÍLEO TERMINAL, CECO E APÊNDICE VERMIFORME
→ O ceco é TOTALMENTE
PERITONIZADO
→ O apêndice cecal é TOTALMENTE
PERITONIZADO (mesoapêndice)
→ O íleo terminal desemboca no ceco, através
de um óstio chamado de papila ileocecal (se
invagina para dentro do cólon)
→ Na transição do íleo para o cólon existe um
esfíncter para impedir que o líquido do cólon
retorne
→ O apêndice possui uma luz para dentro do
ceco, o óstio apendicular. Quando esse óstio
obstrui, pode ocorrer a apendicite
INTESTINO GROSSO PROPRIAMENTE DITO
→ Dividido em algumas porções:
- Cólon ascendente (!): PARCIALMENTE
PERITONIZADO (anterior e lateral)
- Cólon transverso (@): TOTALMENTE
PERITONIZADO (mesocólon transverso)
- Cólon descendente ($): PARCIALMENTE
PERITONIZADO (anterior e lateral)
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- Cólon sigmóide (#): TOTALMENTE PERITONIZADO (mesocólon
sigmóide)
→ Na superfície serosa da víscera, existem apêndices gordurosos chamados de apêndices
omentais.
→ Esse intestino é saculado: existe a musculatura circular em algumas partes, enquanto
outras não. São formadas verdadeiras haustras saculares (dilatações)
- A musculatura circular não ocorre em 360 graus. Ela fica em fitas, formando as
tênias do cólon
→ Na transição do cólon ascendente para o transverso, existe uma flexura chamada
flexura hepática.
→ Na transição do cólon transverso para o descendente, existe uma flexura chama flexura
esplênica.
RETO
→ Após a transição sigmóide, existe o reto:
- Porção no saco peritoneal
- Porção extra peritoneal
→ Possui pregas transversais, que estão
relacionadas com o assoalho pélvico
- A mais ou menos 6 cm da borda anal,
existe a primeira prega transversal
- A mais ou menos 6 cm da borda anal,
existe a segunda prega transversal
- A mais ou menos 12 cm da borda
anal, existe a terceira prega
transversal
→ Em relação ao peritônio:
- 1/3 superior é PARCIALMENTE PERITONIZADO
- 1/3 médio é RETROPERITONIAL
- 1/3 inferior é NÃO PERITONIZADO
https://docs.google.com/document/d/1eHWXzv9owusw72liH8f7LsWg37YkAeBRyc2gmUM0oh0/edit
#
20
https://docs.google.com/document/d/1eHWXzv9owusw72liH8f7LsWg37YkAeBRyc2gmUM0oh0/edit?authuser=2
https://docs.google.com/document/d/1eHWXzv9owusw72liH8f7LsWg37YkAeBRyc2gmUM0oh0/edit?authuser=2

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