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Técnico em Design de Interiores 1Materiais de desenho Materiais de desenho Encarte n0 2 Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores2 Materiais de desenho Assim como o papel e as réguas, os materiais de desenho e pintura são ferramentas de trabalho de extrema relevância para o designer. Infelizmente são materiais mais caros para se adquirir. Você deve estar pensando se vale a pena investir neste material, não é verdade? Até porque, logo ali, estaremos trabalhando com computação gráfica, de acordo com a atual exigência do mercado de trabalho. Concordo com você. É o que o mercado de trabalho pede que um designer de interiores saiba fazer. Mas as nossas ideias iniciais nunca são desenhadas direto no computador. Em um primeiro momento, criamos um croqui do nosso projeto. Esse croqui é um momento de estudo e reflexão, até chegarmos na melhor opção para atender o nosso cliente. Portanto, investir nesses materiais vale muito a pena sim, não só para usarmos neste primeiro módulo do curso, mas também para a nossa vida profissional. Até porque, vamos combinar: Quem aqui não gosta de uma boa papelaria? Eu adoro! No conhecimento de Tratamento Gráfico, mostraremos algumas técnicas de utilização dos materiais de desenho. Então, vamos conhecer esse mundo dos materiais? Materiais de desenho Ferramentas de desenho e pintura 3Técnico em Design de Interiores Materiais de desenho Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores4 Materiais de desenho Fotografia, em vista aérea, de uma caixa de lápis de 24 cores aquarelável, da marca Lyra. A caixa é metálica azul escura. Os lápis estão com tamanhos diferentes, devido ao uso. Estão lado a lado, distribuídos na caixa. Imagem de um conjunto de lápis aquareláveis, expostos lado a lado, levemente inclinados com suas pontas voltadas para o lado esquerdo da imagem. O fundo da fotografia é branco. A imagem está levemente desfocada no final. Os lápis estão enfil- eirados com a seguinte sequência de cores, começando na base inferior: amarelo, laranja, vermelho, rosa, bege, azul claro, azul escuro, lilás, verde claro, verde escuro e marrom, observando que á partir do azul escuro, a imagem fica bem desfocada. Fotografia de um conjunto de lápis de cor à base de óleo, sobre um fundo branco. Os corpos dos lápis são brancos. Todos estão enfileirados um por cima dos outros, de maneira retilínea, apontando para o canto inferior esquerdo da imagem. São diversas cores. Fotografia de um conjunto de lápis de cor a base de cera, sobre um fundo branco, enfileirados com as pontas voltadas para o centro, formando um círculo, como se fosse uma ciranda de lápis. Observamos as cores, azul claro, azul escuro, lilás, rosa, vermelho, laranja, amarelo, preto, marrom, marrom claro, verde claro e verde escuro. O lápis de cor é uma das ferramentas mais tradicionais de pintura de desenhos. Com certeza você já deve ter tido uma caixa de lá- pis de cor só sua. Trata-se de uma variedade de lápis destinada à pintura; tendo como principal característica, o preenchimento com minas de barro, goma, cera e pigmentos coloridos, ao invés de grafite como nos lápis comuns. Ou seja, a estrutura é igual ao lápis que usamos para escrever, mas o conteúdo, dentro do corpo do lápis, é de pigmento colorido. O lápis de cor é um material para colorir cheio de vantagens: ele é portátil, não tóx- icos, fácil de usar e, dependendo da marca e qualidade, pode ter um baixo custo. Para aqueles que estão interessados em explorar todo o potencial do lápis, eles são absolu- tamente indispensáveis. No mercado você encontra os lápis de cor em embalagens contendo 12, 24, 36 ou 48 unidades de cores diferentes. São divididos em 3 tipos básicos: LÁPIS DE COR São os modelos mais comuns e, normal- mente, mais baratos (com exceção dos modelos importados). Dependendo do lápis, pode ser um pouco mais duro ao pintar. São muito semelhantes ao giz de cera. Você encontra algumas marcas que possuem o corpo em madeira. Cuide para não aplicar muita pressão ao pintar, a coloração pode ficar carrega- da e com um certo brilho, deixando o desenho com aspecto artificial. Os lápis aquareláveis são os mais macios do mercado. Eles são fabricados a partir de uma pasta de goma, que reage à água, semelhante à pintura aquarela. O aspecto do lápis aquarelável, visual- mente, é igual a qualquer outro lápis de cor. Entretanto, na embalagem, deverá estar escrita a palavra “watercolour”, “aquarelle” e/ou um símbolo de pincel. As principais marcas de lápis de cor, encontradas no mercado nacional, são Faber Castell, Staedtler, Polycolor (a base de cera) e Mondeluz. Modelos como Prismacolor, Derwent e Raffiné, são mais facilmente encontradas no mercado internacional. É um material muito utilizado, não só para pintura propriamente dita, mas para desenhar linhas, contornos, gra- dientes, sombreamento, contraste, luz e brilho. Com eles podemos obter todas as técnicas e grafismos tradicionalmente obtidos com os lápis de grafite. O designer de interiores poderá utilizá-los para aperfeiçoar seus croquis, colorir a sua planta humanizada e tratar esteticamente suas perspectivas. Realmente, é um material indispensável para quem quer trabalhar na área do design. Técnico em Design de Interiores 5 Os lápis a base de cera Os lápis a base de óleo Para a boa conservação dos seus lápis, procure mantê-los em um estojo adequado, longe de mofo ou umidade. Com relação ao apontador, você até pode utilizar para apontar o seu lápis de cor, no entanto, o estilete é a opção mais indi- cada. Isso porque o aponta- dor pode quebrar as pontas e triturar a madeira. Fonte: http://www.pexels. com/photo/creative-desk- pens-school-2091/ Acesso: 06/08/2015. Fonte: http://pt.aliexpress. com. Acesso: 07/08/2015. Materiais de desenho Técnico em Design de Interiores4 Fonte: http://www.pexels. com/photo/creative-desk- pens-school-2170/. Acesso: 07/08/2015. Os lápis solúveis em água (aquareláveis). Lápis de cor marca alemã Lyra. Fonte: autora Materiais de desenho Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores6 7Materiais de desenho Fotografia de duas lapiseiras, uma com o corpo azul, jogada sobre um fundo branco, em diagonal. E uma segunda lapiseira mais para a direita da imagem, com a ponta apontando para o corpo azul da primeira lapiseira. Em frente as lapiseiras uma tem uma série de grafites, jogados um por cima dos outros, como se fossem um jogo de varetas. Imagem contendo os tipos de lápis e os tipos de dureza do grafite, eles estão em uma coluna mais à esquerda enfileirados, respectivamente, os lápis 2B, 4B, 6B, 8B e 9B. Ao lado desta coluna estão distribuídas duas linhas, representando o traçado resultante de cada tipo de grafite. Na primeira linha, estão en- fileirados, respectivamente, os grafites 9B, 8B, 7B, 6B, 5B, 4B, 3B, 2B, B, HB. Observa-se que do grafite 9B para o HB, a intensidade da pintura vai diminuindo. Na segunda linha estão enfileirados, respectivamente, os grafites F, H, 2H, 3H, 4H, 5H, 6H, 7H, 8H e 9H. Observa-se que do grafite F até o 9H, a intensidade da pintura vai diminuindo. Tabela contendo o tipo de grafite e traço que podemos obter com eles. Na primeira coluna estão os tipos de grafite, que são o HB, F ou H. na segunda coluna estão expostos os tipos de traço que obtemos com esses grafites. Utilizamos o grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos. E com o grafite HB ou B podemos obter um tipo de traço forte. Duas fotografias expostas lado a lado. A do lado esquerdo é a imagem de um apontador azul cobalto, da marca Staedtler. Ele possui um depósito para resíduos de lápis em acrílico azul transparente. O corpo do apontador lembra um cilindro. Do lado direito está a fotografia de um estilete, que está com a lâmina levemente para fora, apontando para o lado esquerdo e possui o corpo em material plástico amarelo vivo. GRAFITE O grafite é um mineral derivado do carbono, fácilde apagar, muito utilizado para desenho e escrita. Encontrados, normalmente, na forma de lápis ou lapi- seiras. Os fabricantes de grafite produzem lápis de 20 graduações diferentes: TIPO DE GRAFITE HB, F ou H HB ou B TIPO DE TRAÇOS Para traçar rascunhos e traços finos Para traços fortes Estilete Apontador com depósito marca Staedtler. As lapiseiras possuem estoque de grafite, que pode ser reposto sempre que for gasto. https://pixabay.com/pt/ grafite-lapiseira-escre- ver-material-669371/. Acesso: 27/07/2015 • Grafite HB: apresenta dureza média, é o grafite normalmente usado para escrita. A seleção do tipo de grafite está relacionada diretamente com a escolha pessoal. Os lápis devem estar sempre apontados, de preferên- cia com estilete. As lapiseiras são as escolhas adequadas para quem estiver realizando um desenho técnico, como uma planta baixa ou um corte. Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,3, 0,5, 0,7 e 0,9; per- mitindo ajuste às normas da ABNT, no que diz respeito às hierarquias de traço do desenho. Observem, na imagem abaixo, os diferentes traçados obtidos com cada tipo de arquivo. • Linha “H”: oriundo da palavra “hard” em inglês, que quer dizer “duro”. Tem, como índice diferen- ciador do grau de dureza, um numeral que precede a letra H. Quanto maior o número, mais duro ele será. A graduação inicia no H (o menos duro da família dos grafites duros) e chega ao 9H (o mais duro da família dos grafites duros). • Grafite “F”: permite, por causa do seu grafite, que se mantenha a ponta do lápis fina por mais tempo. • Linha “B”: oriundo da palavra “black” em inglês, que quer dizer “preto”, correspondendo a maciez. Devemos levar em consideração que, quanto mais macio o grafite, mais escuro será o seu traço. Tem, como índice diferenciador do grau de ma- ciez, um numeral que precede a letra B, sendo o número maior correspon- dente ao mais macio. É graduado do B (menos macio da família dos grafites macios) ao 9B (o mais macio da família dos grafites macios). 7Técnico em Design de Interiores Materiais de desenho Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores8 9Materiais de desenho Fotografia de um estojo de canetas hidrodor e mais abaixo dele, uma série de outros modelos de hidrocor, de corpos mais grossos até corpos mais finos. Estão expostos sobre uma mesa branca e a fotografia foi realizada em vista aérea. Fotografia de um conjunto de seis cores de caneta hidrocor da marca Magic Color, na versão gold, que tem o corpo em dourado e a tampa preta. As canetas estão enfileiradas lado a lado, com a tampa voltada para cima da imagem. Elas estão dispostas na seguinte distribuição, da esquerda para a direita: preta, vermel- ha, branco, amarelo, verde e azul cobalto. Fotografia em vista aérea, de uma caixa de giz pastel. A caixa está aberta, exposta por cima da tampa e tem 12: Lilás, bordô, marrom, verde escuro, verde claro, azul escuro, azul claro, preto, bege, laranja forte, laranja claro e amarelo. O formato do giz lembra um sólido retangular comprido, envolvido por um pedaço de papel para proteger o corpo do giz e não manchar o dedo dos usuários. Fotografia em vista aérea de uma série de bastões de carvão, com diferentes espessuras, sobre um fundo branco, já leve- mente manchado pelo carvão. O carvão vegetal é utilizado para iniciar desenhos artísticos, como croquis, por exemplo. A vantagem deste material é a liberdade de desenho, pois ele corre e marca rapidamente o papel, sem muita pressão exercida pela mão. Em cursos livres de desenho, o carvão costuma ser utilizado para desenhos em folha de papel jornal. Também é utilizado nas impressões dos jornais. Graxa ou carvão A caneta hidrográfica, ou caneta de feltro, foi inventada no Japão, nos anos 60. É uma caneta que contém uma ponta de feltro umedecida com tinta. Podemos encontrar muitos tipos e muitas cores diferentes. A tinta do interior da caneta é normalmente feita a partir de pigmentos misturados numa solução de álcool. As de uso infantil são produzidas à base de água. Permitem pintar com espontaneidade, ou desenhar com grande precisão, e preencher facilmente áreas de cores uniformes. Existem modelos de ponta fina e outros de ponta grossa, capazes de dar diferentes acabamentos aos projetos e croquis. As mais conhecidas e utilizadas são as das marcas Faber Castell, Staedtler e Magic Color. Todas com excelente acabamento. Caneta hidrográfica É basicamente um bastão de cera colorida, muito utilizado para pintura e desenho. Também conhecido como pastel oleoso. Quando recebe um material ligante seco, é chamado de pastel seco. São fáceis de trabalhar, normalmente não tóxicos, e estão disponíveis em grande variedade de cores. São geralmente fabricados com cerca de 3,5 polegadas (89 mm) de comprimento e feitos principalmente de cera de parafina. O designer de interiores pode utilizar o pastel seco, ou a óleo, para enriquecer, visualmente, croquis e pintar os detalhes da planta humanizada. Giz de cera Fonte: Site: https://pt.wikipe- dia.org/wiki/Car- bono. Acesso: 27/07/2015 Diferentes mod- elos de caneta hidrocor. Fonte: a autora. Fonte: Site: http://www.shut- terstock.com/pt/pic.mht- ml?tpl=44814-43068&irgw- c=1&&id=135168191. Acesso: 27/07/2015 Caixa de giz pastel a seco. Fonte: Autora Materiais de desenho Técnico em Design de Interiores8 Modelo com ponta grossa, da marca Magic Color. Fonte: http://www. casadaarte.com.br/ kit_de_canetas_mag- ic_color_profission- al_com_24_cores_sor- tidas_-_cod-_406-0/p. Acesso: 27/07/2015 Importante, também, conservá-las em local arejado, à sombra e sem umidade ou poeira. Cuide ao usar as canetas hi- drográficas em papéis de pouca grama- tura (finos), pois a tinta transpassa com muita facilidade. Fotografia de uma série de giz pastel, enfileirados lado a lado. O fotógrafo focou na ponta dos gizes. Então podemos ver que eles estão enfileirados sobre um fundo branco. Esse fundo está pintado com as cores dos gizes que estão dispostos, bem na frente de cada cor. As cores estão dispostas, da esquerda para a direita, da seguinte forma: Azul claro, lilás, um tom de lilás mais escuro, azul escuro, lilás bem clarinho, rosa pink, rosa antigo, laranja forte, laranja claro, amarelo ocre, amarelo claro, amarelo forte e verde claro. Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores10 11Materiais de desenho Fotografia de um escalímetro, em uma visão lateral. O escalímetro tem o corpo na cor branca e sua ponta lembra um triângulo equilátero, com suas laterais levemente chanfradas. As graduações de medidas estão marcadas em preto. Fotografia, em vista aérea de quatro canetas nanquim, de diferentes espessuras de ponta. A tinta nanquim é um corante de cor preta, desenvolvido pelos chineses há mais de 2 mil anos. Hoje em dia são fabricadas a partir de negro de fumo (pó de sapato); constituídas por nano partículas de carvão inseridas em solução aquosa. Ela é amplamente emprega- da em desenhos, aquarelas e na escrita. Tem como principais características a opacidade e a secagem rápida, dando boa cobertura para desenhos técnicos. Apresenta alta fluidez, infiltrando-se na polpa do papel e tornando a sua aplicação irreversível depois de seca. Por isso é utilizada em desenhos definitivos, que requerem uma técnica de alta precisão. As canetas nanquins recarregáveis são compos- tas por uma pena cilíndrica, um sistema de escoamento da tinta e um recipiente que serve de tinteiro. Pelo fato da tinta nanquim apresentar rápida secagem torna-seconstan- te a desmontagem da caneta para se limpar e evitar o entupimento. Podemos utilizá-las para escrita, para o de- senho artístico e técnico, em substituição às lapiseiras. Atualmente, as canetas nanquins descartáveis se tornaram bastante populares. A espessura de seu traço varia de acordo com a sua numeração, sendo a 0,1 a mais fina e a 0,8 a mais espessa. Os principais fabricantes de canetas nanquins para desenho são Gra- phos, Trident, Desegraph, Staedtler, Rötring. Nanquim Canetas nanquins de diferentes marcas e espessuras. Fonte: a autora As réguas e o compasso são os instrumentos de desenho mais importantes para o desenhista. Com eles é possível fazer o desenho com alta precisão numérica, respeitando as proporções e escalas. Só com a utilização dessas ferramentas o seu desenho será considerado um desenho técnico. Materiais de desenho Réguas e compasso 11Técnico em Design de Interiores Materiais de desenho O escalímetro é uma ferramenta de desenho utilizada por arquitetos, engenheiros de todas as áreas e pelos designers. Com ele é possível desenhar objetos de grandes dimensões, como um dormitório, por exemplo, em uma folha de papel, sem que ocorra perda da proporção do ambiente, ou seja, sem perda da escala. É uma régua que lembra um triângulo. Possui 6 medições com diferentes escalas. É utilizado para medir e desenvolver desenhos em escalas ampliadas ou re- duzidas. Portanto, é possível utilizar a ferramenta para aumentar ou diminuir proporcionalmente. Escalímetro Fonte: Site: https:// commons.wikimedia.org/ wiki/File:Escalimetro.jpg. Acesso em 27/07/2015 Lembre-se de que o escalímetro não é uma régua, ou seja, você não vai utilizá-lo para realizar o traçado, e sim como referência para a medida. Você deve utilizá-lo apenas para marcar, com uma lapiseira, a medida. Existem vários modelos de escalímetro. Eles são classificados por uma numeração de 1 a 5 e atendem diferentes áreas profissionais. Por exemplo, para a nossa área, de Design de Interiores, e também para a Arquitetura e Engenharia Civil, utiliza- mos o escalímetro n°1, que possui as escalas de número 1:20/ 1:25/ 1:50/ 1:75/ 1:100/ 1:125. Para a profissão de Design de Interiores estas são as escalas mais utilizadas. Existem escalímetro até o número 5, voltados para outras profissões. Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores12 13Materiais de desenho Imagem do canto esquerdo do que parece ser uma sala, em planta baixa. Podemos visualizar duas paredes formando um L. Mais no canto da parede está instalada uma porta. Na planta baixa, quando representamos uma porta, devemos representar a projeção da sua abertura. Essa projeção pode ser feita utilizando o compasso, para gerar uma espécie de arco. A projeção está indicada por uma seta preta e bem à frente dessa porta. Logo na entrada do ambiente, está localizada uma mesa redonda, com o tampo azul e quatro cadeiras organizadas abaixo da mesa, na cor rosa. O tampo da mesa pode ser feito com o auxílio de um compasso. Uma seta preta aponta para o tampo da mesa. Imagem em desenho de como arranjar o conjunto de esquadro para obtermos outras angulações, além daquelas que eles já possuem. No desenho, podemos observar uma linha horizontal, onde está marcado um ponto, no centro da linha. Deste ponto, vão surgindo, em forma de leques, as diferentes linhas de angulações. A linha horizontal informa que o seu ângulo é de 0°. A linha logo acima dela, informa o ângulo de 15°, obtido com o esquadro de 30° posicionado com a sua base média para baixo e apoiando o esquadro de 45° na base maior do primeiro esquadro. A próxima linha apresenta o ângulo de 30°, obtido facilmente, utilizando apenas o seu respectivo esquadro. A linha seguinte representa a angulação de 45°, obtida de forma simples, utilizando seu respectivo esquadro. A linha de 60° também é obtida facilmente, apenas girando o esquadro de 30°, deixando-o com a base menor voltada para baixo. O ângulo de 75° já requer a utilização dos dois esquadros, basta espelhar a posição que utilizamos para a obtenção do ângulo de 15°. E para o ângulo de 90°, podemos utilizar o esquadro de 30°, que é o maior, e posicionar sua base menor sobre em 0° e traçando a linha na lateral do esquadro. Fotografia de um esquadro de material acrílico incolor da marca Desetec, com a angulação de 45°. Ele tem o formato de um triângulo retângulo isósceles de 45°, 45° e 90°. O esquadro não é uma forma sólida e sim vazada, com uma furação no meio, paralela as formas mais externas. Fotografia de um esquadro de material acrílico incolor da marca Desetec, com a angulação de 30°. Ele tem o formato de um triângulo retângulo escaleno com os ângulos de 30°, 60° e 90°. O esquadro não é uma forma sólida e sim vazada, com uma furação no meio, paralela as formas mais externas. O esquadro é um instrumento de desenho que pode ser utilizado para fazer linhas retas verticais com precisão para 90° e também para a obtenção de angulações. Para fazer o desenho das paredes do ambiente é de extrema importância que seja utilizado o conjunto de esquadro. Só assim o desenho ficará bem preciso, com as medidas corretas. No momento da compra de esquadros, é interessante adquirir um conjunto que contenha os dois modelos: um em formato de triângulo retângulo isósceles de 45º-45º- 90º e outro com o formato de um triângulo retângulo escaleno de 30º-60º-90º. Quanto ao tamanho: temos ou não escala, depende das funções que se quer explorar com o instrumento. Esquadro de 30°: Tem o formato de um triângulo retângulo escaleno de 30°, 60° e 90°. Conjunto de esquadros Fonte: Site Acesso: http://acasadoartista. com.br/produto/ detalhes/esquadros/ acrilico/trident/ esquadro-45.htm 27/07/2015 Fonte: Site: http://www. portinfo.com.br/materi- al-escolar/reguas-esquad- ros/esquadro-32cm-60- graus-2mm-2632-trident. Acesso: 27/07/2015. Utilizando o conjunto de esquadros é possível obter diversos ângulos. Como exemplificamos na imagem abaixo. Materiais de desenho Técnico em Design de Interiores12 13Técnico em Design de Interiores Materiais de desenho Esquadro 45°: Tem o formato de um triân- gulo retângulo isósceles de 45º - 45º - 90º. O compasso que conhecemos hoje foi in- ventado por Leonardo da Vinci. É um instru- mento de desenho que permite fazer arcos de circunferências, ou seja, círculos e arcos. Também pode ser utilizado para marcar um segmento em uma reta com comprimento ig- ual a outro segmento dado. Outra função do compasso é auxiliar na criação de polígonos, como o hexágono (conteúdo que veremos mais adiante no curso). Esta ferramenta também permite encontrar o centro de uma circunferência. Nos projetos de design de interiores, o compasso irá auxiliar para diversos desenhos de formas arredondadas. Observe a imagem abaixo: Compasso Fonte: o autor. Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores14 15Materiais de desenho Fotografia de um transferidor em formato de círculo, feito de material acrílico transparente. As graduações estão marcadas em preto e marcam todas as angulações, de zero até o valor de 360°. Ele não e um círculo sólido, é vazado em duas partes. Um vazado menor na parte superior e outra na parte inferior. Estes vazados são levemente arredondados nos cantos. Dica Fotografia em vista aérea de um compasso balaústre, na cor azul e com as pontas metálicas. As hastes do compasso são muito parecidas com a do primeiro compasso. A diferença principal entre eles é que no meio das pernas do compasso tem uma engrenagem, que regula e fixa a abertura das hastes. Fotografia em vista aérea de um compasso, semi aberto, com as suas pontas voltadas para o lado direito. Ao lado do compasso, de cor preta, estão dois acessórios, que são vendidos em conjunto com ele. A abertura deste compasso é controlada pelo usuário, através da aberturadas duas hastes, que parecem pernas bem longas. Materiais de desenho Técnico em Design de Interiores14 A projeção de abertura da porta, ou até mesmo o desenho de uma mesa de jantar re- donda, pode ser executada com o compasso. Em caso de paredes curvas é indispensável o seu uso. Os modelos mais comuns possuem uma ponta seca, em forma de agulha, e outra, que chamamos de ponta úmida, dotada de uma ponta de grafite. Fixa-se a ponta seca no papel e esse será o centro do círculo. Abre- se o arco e com a ponta úmida traçamos a circunferência. Acompanhe a seguir dois modelos mais con- hecidos de compasso: O transferidor é um instrumento de desenho utilizado para marcar ângulos. Trata-se de uma escala circular que divide e marca, de forma regular, as angulações. Os ângulos são medidos em graus, e um círculo é definido como tendo 360 graus de tamanho idêntico. Para o nosso curso terá muito utilidade, sempre que quisermos desenhar algo que tenha uma angulação específica. Por exemplo, uma parede que tenha a angulação de 34°: com o conjunto de esquad- ros não iremos conseguir desenhar. No entanto, com a ajuda do transferidor, fica fácil desenhar a parede no ângulo correto. Transferidor Compasso simples. Fonte: Site: https:// pt.wikipedia.org/wiki/ Compasso_(geometria). Acesso: 28/07/2015 Compasso balaústre. Possui uma regulagem central de abertura. Fonte: Site: http://www. desenhoepintura.com. br/produto/compas- so-staedtler-556-ba- laustre/. Acesso: 28/07/2015 Fonte: Site: https:// pt.wikipedia.org/wiki/ Transferidor. Acesso: 28/07/2015. Realize uma busca por vídeos na internet que tragam o tema “Como usar o transferidor” ou ainda “Como obter ângulos com o transferidor”. Isso irá aprofundar seus conhecimentos. 15Técnico em Design de Interiores Materiais de desenho Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores16 17Materiais de desenho Imagem dos diferentes tipos de papel, do A0 até o A4. Podemos visualizar um papel dentro do outro, mostrando que um sempre é a metade do outro. Por exemplo: o papel A0 é metade do papel A1 e assim por diante. No desenho técnico utilizam-se basicamente duas categorias de tipos de papéis: Papéis transparentes e opacos. Papéis Transparentes: • Papel manteiga: Também conhecido como papel sulfurizê, é mais usado para croquis e anteprojetos, são recomendados para desenhos feitos a mão, com grafite, e para desenhos coloridos. Também é muito usado quando o desenho precisa ser reproduzido diversas vezes, devido a transparência, que permite realizar cópias com grande facilidade. Será o papel mais utilizado nessa unidade curricular. São vendidos, tanto em rolos, como em tamanhos padronizados. • Papel Vegetal: Papel semitransparente utilizado para projetos e desenhos feitos a tinta, mais comumente em nanquim, pois ele é bastante resistente e permite correções. Não pode ser dobrado, pois fica marcado, sendo normalmente armazenado em forma de rolo. Sua gramatura varia de 50 a 120 gramas por m², sendo vendido em rolos de 20 metros, que variam em largura: 1,10m e 1,57m. Papéis Opacos: • Papel Heliográfico: Papel tratado por processo químico, sensível ao amoníaco. Tem uma de suas faces em cor azul, marrom ou preto, e a outra face na cor branca. Antes dos recursos de desenho assistido por computador, eram muito utilizados, pois são facilmente reproduzidos (copiados) pelo processo da heliografia. No processo o papel reage ao amoníaco quando exposto à luz. Com a utilização da computação gráfica, não utilizamos mais este papel. Ele foi substituído pelo papel sulfite; aceito na maioria das impressoras e plotadoras. • Papel Sulfite: Recebe este nome por receber adição de sulfito de sódio no seu processo de fabricação. É o papel branco comum, utilizado para desenhos técnicos assistidos por computador, utilizado em impressoras e plotadoras. É vendido em diversas gramaturas. Fotografia de um gabarito de móveis de escritório. O gabarito é uma placa de acrílico verde levemente transparente, que tem vários vazados espalhados por ele. Esses vazados tem a forma simplificada de móveis, como mesas e cadeiras. Passamos o lápis ou lapiseira nas extremidades destas vazados e consegui- mos desenhar a forma dos mobiliários. As folhas de desenho devem seguir o padrão ISO, normalizado pela ABNT, tendo como base o formato A0 (A zero), que tem 1m² de área e com dimensões equivalentes a raiz quadrada de 2, que corresponde a 1189 x 841mm. A partir deste formato, obtém-se outros formatos submúltiplos, por exemplo, o formato A1, correspondente à metade do tamanho A0. Segundo a ABNT, os desenhos devem ser executados em menor formato possível, sem prejuízo de clareza, sendo utilizados tanto na posição vertical quanto na horizontal. Sabendo disso, sempre que possível, tente realizar o seu desenho em uma folha A4 (210x297). Profissionalmente falando, no Design de Interiores, o maior tamanho de folha utilizado é o A3. No entanto, não significa que não seja possível utilizar tamanhos maiores de folha (prancha). A seguir são apresentados os principais formatos e suas respectivas dimensões em milímetros: A0 - 841 x 1189 A1 - 594 x 841 A2 - 420 x 594 A3 - 295 x 420 A4 - 210 x 297 Gabarito Tipos de Papéis para Desenho Técnico Materiais de desenho: Papéis Os gabaritos são instrumentos de desenhos que representam modelos de mobiliário, pontos elétricos, hidráulicos, etc. O desenhista pode utilizar estes modelos prontos. Eles possuem escala definida para equipar e mobiliar os seus projetos e desenhos. Fonte: Site: http:// www.papeldepapel. com.br/des-tecni- co-artistico/gab- arito.html. Acesso: 28/07/2015 Materiais de desenho Técnico em Design de Interiores16 Formatos de Papéis para Desenho Técnico Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores Técnico em Design de Interiores18 19Materiais de desenho dica Quatro imagens. Uma abaixo da outra. Mostram a forma de dobra de cada papel, do A0 até o A3, pois o A4 nunca deve ser dobrado. Fica evidente nas quatro imagens que o resultado destas dobras deverá ser de 185 milímetros, para que o selo fique totalmente legível e visível, sem que o usuário precise desdobrar a prancha para ler alguma informação, pois o selo está posicionado sempre no canto inferior direito da folha Os desenhos feitos nos formatos A0, A1, A2 e A3 devem ser dobrados, pois são folhas (pranchas) muito grandes. Essas dobraduras deverão ser feitas nas pranchas grandes, pois facilita o transporte dos projetos e o armazenamento. No entanto, é muito importante dobrar até que o tamanho fique igual a uma folha A4 e que a legenda (selo) esteja completamente visível. Assim, você não vai precisar desdobrar a folha para ler o selo e saber de quem é o desenho, por exemplo. 18 Faça uma pesquisa na internet de vídeos sobre o tema “Como dobrar pranchas de desenho”. Assim, você verá, na prática, as dobraduras sendo realizadas. A folha A4 é a única que nunca será dobrada, pois é o menor tamanho de folha de desenho utilizado atualmente. Dobradura de Papéis do Desenho Técnico Materiais de desenh Técnico em Design de Interiores20