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resumo Sistema Reprodutor Feminino

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Sistema Reprodutor Feminino – Histologia dos Sistemas Orgânicos 
 
 
@bomdialaura 
 
 
• Formado por dois ovários, duas tubas uterinas, o útero, a vagina e a genitália externa → glândulas mamárias não pertencem, 
mas são estudas por estarem conectadas; 
• Funções: 
֍ Produzir gametas femininos (ovócitos); 
֍ Manter um ovócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo ao longo das fases embrionária e fetal até o 
nascimento; 
֍ Produção de hormônios sexuais que controlam órgãos do aparelho reprodutor e têm influência sobre outros órgãos do 
corpo; 
• Menarca: época em que ocorre a primeira menstruação; 
֍ O sistema reprodutor sofre modificações cíclicas em sua estrutura e em sua atividade funcional, controladas por mecanismos 
neuro-humorais; 
• Menopausa: período variável durante o qual as modificações cíclicas tornam-se irregulares e acabam cessando; 
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• Pós-menopausa: há uma lenta involução do sistema reprodutor; 
Ovários 
 
 
 
• Composição: 
֍ Epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo; 
֍ Tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea → cor esbranquiçada do ovário; 
֍ Região cortical → predominam os folículos ovarianos; 
֍ Folículo: conjunto do ovócito e das células que o envolvem; 
o Se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região cortical → l contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito 
característico, formando redemoinhos; 
o Respondem a estímulos hormonais de um modo diferente dos fibroblastos de outras regiões do organismo; 
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֍ Região medular: parte mais interna do ovário → tecido conjuntivo frouxo com um rico leito vascular; 
• Ovogênese: 
 
• Desenvolvimento inicial: 
֍ Primeiro mês de vida embrionária: pequena população de células 
gerrninativas primordiais migra do saco vitelino até os primórdios 
gonadais, onde as gônadas estão começando a se desenvolver; 
֍ Dividem-se e transformam nas ovogônias; 
֍ A partir do terceiro mês: ovogônias começam a entrar na prófase da 
primeira divisão meiótica, mas param na fase de diplóteno e não 
progridem para as outras fases da meiose → ovócitos primários, 
envolvidos por uma camada de células foliculares; 
֍ Antes do sétimo mês: maioria das ovogônias se transformou em 
ovócitos primários e muitos são perdidos por atresia (processo 
degenerativo); 
• Folículo ovariano: um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células 
foliculares, também chamadas células da granulosa; 
֍ Maioria está "em repouso" → são folículos primordiais formados 
durante a vida fetal e que nunca sofreram nenhuma transformação; 
o Formados por um ovócito primário envolvido por uma única 
camada de células foliculares achatadas; 
o Maioria se localiza na região cortical, próximo à túnica albugínea; 
֍ Ovócito do folículo primordial: 
o Célula esférica, grande núcleo esférico, nucléolo bastante evidente; 
o Primeira prófase da meiose; 
o Os cromossomos estão em grande parte desenrolados e não se coram intensamente; 
• Crescimento folicular: compreende modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que 
envolve cada um desses folículos → a partir da puberdade; 
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• Ovulação: ruptura de parte da parede do folículo maduro e a consequente liberação do ovócito, que será capturado pela 
extremidade dilatada da tuba uterina; 
֍ Estímulo: pico de secreção de hormônio luteinizante liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno 
circulante produzido pelos folículos em crescimento; 
 
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• Corpo lúteo/amarelo: glândula endócrina temporária formada pelas células da granulosa e as células da teca interna do folículo 
que ovulou → destinado a apoptose se não houver gravidez. Células granulosas + teca interna; 
 
 
 
• Hormônio FSH: hormônio folículo estimulante → estimula o crescimento dos 
folículos e a síntese de estrógeno pelas células da granulosa; 
• Hormônio LH: hormônio luteotrófico → induz ovulação e transforma a camada 
granulosa e a teca em uma glândula endócrina, o corpo lúteo; 
• Estrógeno e progesterona: produzidos no ovário → agem no hipotálamo 
estimulando ou inibindo a secreção de hormônio liberador de gonadotropina (GnRH); 
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Tubas uterinas 
 
• Dois tubos musculares de grande mobilidade; 
• Uma de suas extremidades - o infundíbulo - abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e tem prolongamentos em forma 
de franjas chamados fímbrias; 
• A outra extremidade - denominada intramural - atravessa a parede do útero e se abre no interior deste órgão; 
• Composição da parede: 
֍ Mucosa; 
o Tem dobras longitudinais → tornam-se menores nos segmentos da 
tuba mais próximos ao útero; 
o Na porção intramural, as dobras são reduzidas a pequenas 
protuberâncias e a superfície interna da mucosa é quase lisa; 
o Formada por epitélio colunar simples e por uma lâmina própria de tecido 
conjuntivo frouxo; 
o O epitélio contém dois tipos de células, um é ciliado e o outro é secretor; 
o Os cílios batem em direção ao útero, movimentando nesta direção uma 
película de muco que cobre sua superfície. Este Líquido consiste 
principalmente em produtos das células secretoras; 
 
֍ Espessa camada muscular de músculo liso disposto em uma camada circular ou espiral interna e uma camada longitudinal 
externa; 
֍ Serosa formada de um folheto visceral de peritônio; 
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• No momento da ovulação, a tuba uterina exibe movimentos ativos decorrentes de sua musculatura lisa, e a extremidade afunilada 
da ampola se coloca muito perto da superfície do ovário → favorece a captação do ovócito que foi ovulado; 
• Secreção: funções nutritivas e protetoras em relação ao ovócito e promove ativação (capacitação) dos espermatozoides; 
• A contração de músculo liso e a atividade das células ciliadas transportam o ovócito ou o zigoto ao longo do infundíbulo e do 
restante da tuba → impossibilita a passagem de microrganismos do útero para a cavidade peritoneal; 
Útero 
• Corpo do útero: porção dilatada; 
• Fundo do útero: parte superior em forma de cúpula; 
• Cérvice/colo uterino: porção estreitada que se abre na vagina; 
• Parede: relativamente espessa; 
֍ Serosa: delgada, constituída de mesotélio e tecido conjuntivo - ou, dependendo da 
porção do órgão, uma adventícia; 
֍ Miometério: espessa camada de músculo liso; 
o Camada mais espessa do útero; 
o Composto de pacotes ou grandes feixes de fibras musculares lisas separadas 
por tecido conjuntivo; 
o Os pacotes de músculo liso se distribuem em quatro camadas não muito bem 
definidas; 
· 1ª e 4ª: compostas principalmente de fibras dispostas longitudinalmente; 
· 2ª e 3ª: passam os grandes vasos sanguíneos que irrigam o órgão; 
o Cresce durante a gravidez como resultado de hiperplasia (aumento no 
número de células musculares lisas) e hipertrofia (aumento no tamanho das 
células); 
o Células secretoras de proteínas e sintetizam ativamente colágeno, cuja 
quantidade aumenta significantemente no útero; 
o Após a gravidez há degeneração de algumas células musculares lisas, redução no tamanho de outras e degradação 
enzimática de colágeno; 
֍ Endométrio: reveste a cavidade uterina; 
o Um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples que às vezes se ramificam nas porções 
mais profundas (próximo do miométrio); 
o As células que revestem a cavidade uterinase organizam em um epitélio simples colunar formado por células ciliadas 
e células secretoras; 
o Subdivido em duas camadas: 
· Camada basal: mais profunda, adjacente ao miométrio, constituída por tecido conjuntivo e pela porção inicial das 
glândulas uterinas; 
· Camada funcional: formada pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final e 
desembocadura das glândulas e pelo epitélio superficial → sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais; 
o Das artérias arqueadas, que se orientam circunferencialmente nas camadas médias do miométrio, partem dois grupos 
de artérias que proveem sangue para o endométrio: as artérias retas, que irrigam a camada basal, e as artérias espirais, 
que irrigam a camada funcional; 
• Ciclo menstrual: 
֍ Fase menstrual: o sangramento consiste em minúsculos fragmentos de endométrio misturados com sangue dos vasos 
sanguíneos rompidos durante a menstruação; 
o Se não ocorre a fertilização do ovócito e a implantação do embrião, o corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 12 dias 
depois da ovulação; 
o Ocorre rápida diminuição dos níveis de estrógenos e, principalmente, progesterona no sangue; 
o Ocorrem vários ciclos de contração das artérias espirais do endométrio que são fonte para a irrigação da camada 
funcional → bloqueio do fluxo de sangue, produzindo isquemia e causando morte (por necrose) das paredes das 
artérias, assim como das células da porção da camada funcional do endométrio irrigada por esses vasos; 
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o As artérias se rompem após os locais de constrição e o sangramento começa; 
o A maior parte da camada funcional do endométrio é separada da mucosa e cai no lúmen uterino, fazendo parte do 
fluido menstrual. O resto do endométrio encolhe devido à perda de fluido intersticial; 
o Ao término da fase menstrual, o endométrio é reduzido a uma espessura muito delgada (a camada basal); 
 
֍ Fase proliferativa/folicular/estrogênica: crescimento rápido de um pequeno grupo de folículos ovarianos que estão 
provavelmente na transição entre folículos pré·antrais e antrais → aumento gradativo das concentrações de estrógenos; 
o Estrógenos: agem no endométrio induzindo a proliferação celular, que reconstitui o endométrio perdido durante a 
menstruação → induzem também a produção de cílios nas células do epitélio da tuba uterina; 
o Endométrio está coberto por um epitélio colunar simples; 
o As glândulas uterinas, formadas por um epitélio colunar simples, são tubos retilíneos, e seu lúmen é estreito; 
 
 
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֍ Fase secretória/luteal: e resulta da ação de progesterona secretada pelo corpo lúteo que se forma após a ovulação; 
o A progesterona continua estimulando as células epiteliais das glândulas que já haviam crescido na fase proliferativa por 
ação do estrógeno; 
o As glândulas se tornam muito tortuosas; 
o Endométrio alcança sua máxima espessura (cerca de 5 mm) como resultado do crescimento da mucosa, do acúmulo 
de secreção e do edema no estroma; 
o Se tiver ocorrido fertilização, o embrião terá sido transportado ao útero e aderido ao epitélio uterino durante a fase 
secretória; 
o É possível que a secreção das glândulas seja uma fonte de nutrição para o embrião antes de sua implantação no 
endométrio; 
o Progesterona: inibi contrações das células musculares lisas do miométrio, que poderiam interferir na implantação do 
embrião; 
 
 
• Endométrio gravídico: 
֍ As células trofoblásticas produzem gonadotropina coriônica (HCG) que estimula o corpo lúteo a continuar secretando 
progesterona; 
֍ A progesterona faz as glândulas uterinas tornarem-se mais dilatadas e mais tortuosas, bem como produzirem mais secreção 
que durante a fase secretória; 
 
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Vagina 
• A parede da vagina não tem glândulas e consiste em três camadas: 
֍ Mucosa: tecido conjuntivo frouxo muito rico em fibras 
elásticas. Há quantidades relativamente grandes de linfócitos e 
neutrófilos; 
֍ Muscular: conjuntos longitudinais de fibras musculares lisas. Há 
alguns pacotes circulares, especialmente na parte mais interna 
(próximo à mucosa); 
֍ Adventícia: tecido conjuntivo denso, rica em espessas fibras 
elásticas, une a vagina aos tecidos circunvizinhos; 
• O epitélio da mucosa vaginal de uma mulher adulta é estratificado 
pavimentoso → pode conter uma pequena quantidade de 
queratina, porém não ocorre queratinização intensa com 
transformação das células em placas de queratina; 
• Sob estímulo de estrógenos, o epitélio vaginal sintetiza e acumula grande quantidade de glicogênio, que é depositado no lúmen 
da vagina quando as células do epitélio vaginal descamam; 
• Bactérias da vagina metabolizam o glicogênio e produzem ácido láctico, responsável pelo pH da vagina, que é normalmente 
baixo; 
• A grande elasticidade da vagina se deve ao grande número de fibras elásticas no tecido conjuntivo de sua parede. Neste tecido 
conjuntivo há um plexo venoso extenso, feixes nervosos e grupos de células nervosas; 
 
 
Vulva 
• Consiste em clitóris, pequenos lábios e grandes lábios, além de algumas glândulas que se abrem no vestíbulo, o espaço que 
corresponde à abertura externa da vagina, delimitado pelos pequenos lábios; 
• A uretra e os duetos das glândulas vestibulares se abrem no vestíbulo; 
• Glândulas de Bartholin/vestibulares maiores: se situam a cada lado do vestíbulo, mais frequentemente ao redor da uretra e do 
clitóris. Secretam muco; 
• Clitóris: é formado por dois corpos eréteis que terminam em uma glande clitoridiana rudimentar e um prepúcio. Coberto por 
um epitélio estratificado pavimentoso; 
• Lábios menores: dobras da mucosa vaginal que têm tecido conjuntivo penetrado por fibras elásticas, epitélio estratificado 
pavimentoso com uma delgada camada de células queratinizadas. Glândulas sebáceas e sudoríparas estão nas superfícies internas 
e externas dos lábios menores, cujo revestimento é, portanto, intermediário entre pele e mucosa; 
• Lábios maiores: dobras de pele que contêm uma grande quantidade de tecido adiposo e uma delgada camada de músculo liso. 
Glândulas sebáceas e sudoríparas são numerosas em ambas as superfícies; 
• A genitália externa é abundantemente provida de terminações nervosas sensoriais táteis, além de corpúsculos de Meissner e 
de Pacini, que contribuem para a fisiologia do estímulo sexual; 
 
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Glândulas mamárias 
• 15 a 25 lóbulos de glândulas tubuloalveolares compostas, cuja função é secretar 
leite para nutrir os recém-nascidos; 
• Cada lóbulo, separado dos vizinhos por tecido conjuntivo denso e muito tecido 
adiposo, é na realidade uma glândula individualizada com seu próprio dueto 
excretor, chamado dueto galactóforo; 
• Puberdade e mulher adulta: 
֍ A proliferação dos ductos galactóforos e o acúmulo de gordura se devem 
ao aumento da quantidade de estrógenos circulantes durante a puberdade; 
֍ Lóbulo: vários ductos intralobulares que se unem em um ducto interlobular 
terminal → é imerso em tecido conjuntivo intralobular frouxo e muito 
celularizado, sendo que o tecido conjuntivo interlobular que separa os lóbulos 
é mais denso e menos celularizado; 
֍ Próximo à abertura do mamilo, os duetos galactóforos se dilatam para formar 
os seios galactóforos; 
֍ As aberturas externas dos duetos galactóforos são revestidas por epitélio 
estratificado pavimentoso; 
֍ . O revestimento dos duetos galactóforos e duetos interlobulares terminais 
é formado por epitélio simples cuboide, envolvido por células mioepiteliais; 
֍ O tecido conjuntivo que cerca os alvéolos contém muitos linfócitos e 
plasmócitos; 
֍ A população de plasmócitos aumenta significativamente no fim da 
gravidez → responsáveis pela secreção de imunoglobulinas (IgA 
secretora),que conferem imunidade passiva ao recém-nascido; 
• Durante a gravidez e a lactação: 
֍ Sofrem intenso crescimento durante a gravidez por ação sinérgica de 
vários hormônios, principalmente estrógenos, progesterona, prolactina e 
lactogênio placentário humano; 
֍ Desenvolvimento de alvéolos nas extremidades dos duetos interlobulares 
terminais; 
֍ Alvéolos: conjuntos esféricos ou arredondados de células epiteliais que 
são as estruturas ativamente secretoras de leite na lactação; 
֍ Durante a lactação a quantidade de tecido conjuntivo e adiposo diminui consideravelmente em relação ao parênquima; 
֍ Na lactação as células secretoras se tornam cuboides pequenas e baixas, e o seu citoplasma contém gotículas esféricas 
de vários tamanhos que contêm triglicerídeos principalmente neutros; 
֍ O leite produzido pelas células epiteliais dos alvéolos se acumula no lúmen dos alvéolos e dentro dos duetos galactóforos; 
֍ Além das gotículas de lipídios há, na porção apical das células secretoras, um número grande de vacúolos limitados por 
membrana que contêm caseínas e outras proteínas do leite, que incluem lactalbumina e IgA; 
 
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