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FAMÍLIA E SAÚDE

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AULA 3 
FAMÍLIA, SAÚDE E SOCIEDADE 
Profª Tânia Maria Santos Pires 
2 
CONVERSA INICIAL 
A Constituição Federal de 1988, em seu art. 226 determina que a família 
está sob “especial proteção do estado”. Esta afirmação é significativa porque 
responsabiliza o estado no sentido de prover politicas públicas que possam 
apoiar as famílias, sobretudo as famílias pobres. 
As famílias classificadas como de alta vulnerabilidade estão sujeitas a um 
conjunto de condições estressantes no seu cotidiano, tais como a insegurança 
alimentar, falta de moradia digna, dificuldade de acesso ao serviços de saúde e 
educação, além da maior exposição aos crimes comuns e diversos tipos de 
violência. 
Essa é uma realidade antiga em nosso país, porém ações efetivas no 
sentido de diminuir a pobreza e melhorar a distribuição de renda são muito 
recentes. Por este motivo é importante analisarmos a evolução das politicas 
públicas voltadas para as famílias, e sua efetividade para melhorar a sua 
qualidade de vida, além dos contextos e ambiências dessas famílias. 
TEMA 1 – A FAMÍLIA COMO FOCO DA ATENÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
O Brasil sofre com uma crônica e cruel desigualdade social e econômica. 
As famílias pobres caminharam sozinhas por muito tempo, sem suporte social e 
sem programas organizados de assistência. As ações sociais eram praticadas 
com as características do assistencialismo, caridade e até clientelismo, ou seja, 
manipulação das necessidades das pessoas para obter vantagem politica. O 
grande desafio seria estruturar a assistência social de modo que superasse essa 
tradição de ineficiência e pudesse chegar às ações governamentais da 
assistência, superando o paradigma assistencialista para entrar no paradigma da 
verdadeira Assistência Social (Rose, 2006). 
Quando pensamos na família com todas as suas funções e 
responsabilidades, e ao mesmo tempo pensamos no contexto social e 
financeiro, e demais problemas vivenciados pelas famílias de alta 
vulnerabilidade, podemos entender a complexidade enfrentada pelas pessoas 
para criar seus filhos, e sobreviver de modo honesto. Para dar conta dessa 
complexidade há necessidade de integração dos programas de assistência de 
modo intersetorial, englobando os programas da saúde e educação aos de 
assistência social. Estes três setores se direcionam de acordo com a equidade, 
 
 
3 
ou discriminação positiva, priorizando as famílias mais pobres, têm interfaces 
comuns e estratégias práticas que podem ser compartilhadas entre si. 
1.1 Pobreza e extrema pobreza 
É importante esclarecermos os conceitos de pobreza e de extrema 
pobreza devido sua importância no direcionamento das politicas públicas. É 
sabido que não é fácil estabelecer-se um critério que possa de forma justa 
delimitar o que é ser pobre ou pior ainda, o que é estar abaixo da linha de 
pobreza, devido ao conjunto de necessidades presentes nas vidas das famílias, 
porém estes conceitos vem sendo discutidos no mundo todo, na tentativa de 
achar-se um modo de combater a miséria. 
Estes dois conceitos tem um referencial teórico técnico que se reporta a 
uma classificação mundial. Relacionam-se a dado especifico da renda disponível 
para que uma pessoa possa sobreviver. No Brasil, o IBGE analisa outros 
indicadores além da renda, tais como acesso à alimentação, à educação e 
informação, saneamento básico, condições mínimas de moradia, acesso à água 
potável, energia elétrica e outros serviços que possam proporcionar condições 
de dignidade às pessoas. 
 O Banco Mundial delimita o conceito de pobreza a quem vive com até 
metade de salário mínimo por mês. A extrema pobreza, ou como já ouvimos 
dizer, “abaixo da linha da pobreza” refere-se às pessoas com renda inferior a um 
quarto de salário mínimo por mês (Barbosa; Souza; Soares, 2020). 
No parâmetro internacional, isso significa viver com um valor em torno de 
1,90 dólares americanos por dia. Atualmente isso significa aproximadamente 10 
Reais. 
Levando-se em conta uma família com 4 pessoas, sendo 2 adultos e 2 
crianças, onde apenas um adulto está empregado e ganha um salário mínimo 
por mês (o salário mínimo 2020 é de R$1.045,00), estas pessoas teriam a 
disponibilidade de apenas R$ 8,70 por dia por membro da família para sua 
manutenção. Este valor é irrisório considerando as necessidades básicas de 
uma família. Na verdade, não seria suficiente para que todos pudessem comer 
duas vezes ao dia, ficando todas as outras necessidades descobertas. Se nesta 
mesma família, ambos os pais trabalhassem e conseguissem ganhar um salario 
mínimo cada um, a classificação desta família subiria para a classificação de 
pobreza. 
 
 
4 
Neste aspecto, programas de distribuição de renda têm sido fundamentais 
para que milhares de famílias pudessem sair da extrema pobreza em que se 
encontravam e migrar para outra classificação, como veremos mais adiante, 
quando estudarmos as principais ações e programas sociais implementados no 
Brasil. 
Pessoas em extrema pobreza são muito vulneráveis em diversos 
aspectos e precisam de ajuda, porém, a ação não pode ser eventual. Por este 
motivo o planejamento deve ser composto por todos os setores que influenciam 
diretamente a geração de renda, destacando-se os programas econômicos, de 
geração de emprego e renda e aqueles que trabalham diretamente na 
abordagem familiar : a educação, a saúde e a assistência social. 
1.1.1 Famílias pobres ou em extrema pobreza chefiadas por mulheres 
A situação financeira é mais grave quando a família é chefiada por uma 
mulher. Todos sabem que os trabalhos ofertados às mulheres, são pagos de 
modo inferior aos que são ofertados aos homens. Em alguns momentos, até 
exercendo a mesma função, há homens melhor remunerados do que mulheres. 
A outra dificuldade para a mulher, é a velada (porque é ilegal) discriminação 
quando se sabe que a mulher tem filhos pequenos, ou que deseja engravidar. 
Quando a mulher informa a sua gravidez, ela é comumente vítima de assédio, 
sendo de certa forma coagida a pedir demissão, sofrendo pressão constante 
dentro do trabalho. São poucas as empresas cidadãs, que dão suporte para a 
mulher grávida e a mulher nutriz, para que esta não apenas mantenha seu 
emprego, sendo produtiva, mas que também sinta-se tranquila com relação à 
sua saúde e aos cuidados do seu filho. 
Para dar segurança às famílias, sobretudo à mãe que trabalha fora de 
casa, o setor público precisa se organizar e adequar seus horários de 
funcionamento de modo a atender as necessidades das famílias. Cito por 
exemplo os horários de funcionamento de creches, escolas, unidades de saúde. 
Na maioria das vezes estes estabelecimentos funcionam entre 8h e 17h. 
Em 2017, a reedição da PNAB (Politica Nacional de Atenção Básica) 
propôs incentivo financeiro para as Unidades de Saúde que atuassem com 
horário estendido, entre 7h e 19h. Imaginem como facilitaria para a mãe que 
retorna à sua casa até às 18h, ter a oportunidade de levar sua criança na 
 
 
5 
Unidade de Saúde para atualizar a carteira de vacina, ou mesmo para uma 
consulta de acompanhamento. 
Melhor ainda seria termos creches que funcionasse no período da noite, 
pelo menos até às 22h, para a mãe que trabalha no período noturno. Há muitas 
mulheres que trabalham em restaurantes, lanchonetes, fábricas, hospitais e que 
não tem onde deixar seus filhos em segurança. Diante de situações onde a 
opção é não ter quem cuide dos filhos, obviamente que a mulher deixará de 
exercer atividade remunerada, que seria fundamental para a sua plena 
emancipação, para exercer o cuidado com a criança. 
TEMA 2 – O CONTEXTO URBANO DAS FAMÍLIAS POBRES 
Além dos programas diretamente relacionados à assistência, percebemos 
que as ações de infra estrutura das cidades precisam ser priorizadas de modo 
social. É claro que os antigos erros nas fundações das cidades não são fáceis 
de serem corrigidos, como é o caso de cidades antigascomo Salvador, Rio de 
janeiro e São Paulo, porém a expansão das cidades pode contar hoje com o 
recurso do planejamento urbano. 
2.1 Urbanismo voltado para o social 
No Brasil, nota-se que as grandes cidades convivem com uma linha 
divisória no que concerne aos serviços públicos. Os bairros de pessoas de 
melhor classificação econômica apresentam melhor infra estrutura, enquanto 
que nos bairros pobres há carências generalizadas de serviços. Vale lembrar 
que a melhora da infra estrutura repercute na qualidade de vida como um todo, 
inclusive na segurança pública. Morar na periferia não seria problema, se as 
pessoas tivessem esgoto, asfalto, iluminação pública, creche, escola, Unidade 
de Saúde, arborização de vias, flores nos canteiros, espaços de lazer como 
parques, academias públicas e gestão municipal regionalizada. 
Cito como exemplo um serviço muito importante, mas ainda não 
estendido a todos os bairros em muitas cidades: a iluminação de vias. A 
iluminação pública tem uma forte relação com a segurança pública. Ruas 
iluminadas incentivam a população a ocupação dos espaços públicos, em 
atividades de lazer, convívio coletivo, inibindo o espaço das atividades ilegais. 
Atualmente as crianças não brincam mais nas ruas devido a sua insegurança. 
 
 
6 
O que antes era um espaço de convivência familiar, integração social de 
vizinhos e facilitador da solidariedade, tornou-se um espaço inseguro ao 
extremo, um incentivo ao individualismo, às portas fechadas, ao isolamento. 
Podemos sem dúvida mudar isso com um conjunto de estratégias estruturadas 
pelo setor público, com amplo apoio da sociedade. 
2.1.1 Transporte Urbano – Cicloativismo 
Outro ponto muito importante é o transporte metropolitano. Há muitas 
discussões que envolvem o transporte público, que passam por temas 
relacionados, como o meio ambiente, o tempo perdido durante a locomoção das 
pessoas para o trabalho nas grandes cidades, as questões de saúde envolvendo 
o estresse no trânsito e as vidas perdidas nos acidentes. Uma alternativa 
frequentemente apontada é o aumento do uso da bicicleta. 
 Acho interessante que este tema tenha sido considerado relevante 
apenas recentemente no nosso país, embora a bicicleta seja o meio de 
transporte individual mais usado pelas pessoas há muito tempo, sobretudo nas 
camadas sociais menos favorecidas. Felizmente a classe média trouxe o tema 
para a condição de ativismo, requisitando a construção de ciclovias com o 
objetivo de transporte e não apenas de lazer. Mas para que este uso da bicicleta 
seja mais ampliado, há necessidade de construção de estacionamentos seguros 
para bicicletas com ligação direta das vias com os terminais metropolitanos. 
O ciclo ativismo, apesar de estar mais concentrado na classe média, 
repercute diretamente nas camadas sociais mais pobres, que sempre usaram a 
bicicleta como transporte, como suporte ao trabalho, tais como os trabalhadores 
da construção civil e diversos outros trabalhadores autônomos, mais 
recentemente os entregadores por aplicativo. 
 2.1.2 Espaços urbanos seguros 
O tema da segurança é sem dúvida o mais relevante para as famílias 
pobres, logo em seguida das necessidades básicas como alimentação e 
moradia. A vulnerabilidade social torna muitas famílias reféns de bandidos, 
traficantes, milicianos, além da captura de jovens e crianças pelo tráfico e 
soldados do crime. Pessoas que moram em áreas de extrema insegurança, 
consideradas pela policia como áreas conflagradas, ou seja, praticamente em 
 
 
7 
situação de guerra, sofrem de estresse crônico, são tolhidas dos seus direitos 
em diversos sentidos. 
Os jornais divulgam frequentemente notícias de famílias que foram 
expulsas de suas casas por traficantes, sem que ninguém viesse socorrê-las. 
São pessoas ameaçadas, intimidadas, sem alternativas. O poder público se 
mantem inerte diante dessas situações. 
A insegurança e o contexto de criminalidade dificultam ainda mais o 
provimento de ações públicas nessas localidades. É bem mais difícil prover 
professores para as escolas, como também médicos e demais profissionais de 
saúde para as Unidades de Saúde. Até serviços básicos como correios e 
ambulâncias precisam de “autorização” para adentrar em áreas dominadas. 
Infelizmente sem a atuação completa e comprometida do setor público, essas 
situações na vislumbram melhora. 
TEMA 3 – A POLITICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL VOLTADA PARA 
A FAMÍLIA 
A Constituição Federal de 1988 é com muita justiça chamada de 
Constituição Cidadã. Embora criticada por muitos de ideologia neoliberal, ou 
aqueles que tão somente pensam de forma linear, a verdade é que a 
constituição estendeu a condição de cidadania a todos os brasileiros, ao 
expressar o direito dos cidadãos e o dever do Estado. 
3.1 Tripé da Seguridade Social 
A Seguridade Social é formada pelas 3 principais políticas públicas que 
trazem sustentação social que são as políticas de saúde, com a criação do SUS 
(Sistema Único de Saúde), da Assistência social, com a criação do SUAS 
(Sistema Único de Assistência Social) e a Previdência Social com a criação do 
INSS (Brasil, 1988). 
Dentre as 3 políticas públicas, a Previdência Social é a única que prevê 
contribuição, mesmo assim existem os benefícios sociais para situações 
especiais, como é o caso dos idosos e pessoas com deficiência. 
A Assistência social e a saúde retiraram o rótulo da indigência, que 
desqualificava a pessoa pobre, ampliando suas ações de modo universal, porém 
o mais importante não foi a universalização das ações, mas o sentido de direito 
 
 
8 
do cidadão, rompendo com o sentido assistencialista e entrando no contexto de 
política pública. Todas as pessoas que necessitem de assistência podem 
acessar o sistema de seguridade social, conforme previsto em lei. 
3.2 A família na centralidade 
De modo muito especial, entendendo-se o papel da família dentro da 
sociedade, a Política Nacional de Assistência Social coloca a família na sua 
centralidade, tornando-a alvo de suporte por parte do estado, ressaltando suas 
funções e atribuições conforme reza a NOB/SUAS 2005 
A proteção social de assistência social consiste no conjunto de ações, 
cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS para 
redução e prevenção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao 
ciclo da vida, à dignidade humana e à família como núcleo básico de 
sustentação afetiva, biológica e relacional. (Brasil, 2005, p. 16 – 
grifo nosso) 
Por este motivo criou-se uma rede de suporte estruturada na organização 
familiar, com programas direcionados pelas politicas públicas e também pelo 
terceiro setor constituído pelas ONGs e demais organizações filantrópicas. 
O destaque desse novo formato da assistência é a visão sistêmica das 
relações humanas. Antes os programas eram direcionados aos indivíduos, assim 
como a visão da doença era restrita ao biológico e igualmente um fenômeno 
individual. Ao tornar a família o alvo da abordagem, tanto a Saúde como a 
Assistência encaram a realidade da coletividade, interação relacional e também 
pluralidade do ser humano. 
A NOB/SUAS detalha ainda qual é a função do estado na assistência a 
estas famílias: 
Para a proteção social de assistência social o princípio de 
matricialidade sociofamiliar significa que a família é o núcleo social 
básico de acolhida, convívio, autonomia, sustentabilidade e 
protagonismo social; a defesa do direito à convivência familiar na 
proteção de assistência social supera o conceito de família como 
unidade econômica, mera referência de cálculo de rendimento per 
capita e a entende como núcleo afetivo, vinculada por laços 
consanguíneos, de aliança ou afinidade, onde os vínculos 
circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas, organizadas em torno 
de relações de geração e de gênero; a família deve ser apoiada e ter 
acesso a condições para responder ao seu papel no sustento, na 
guarda e na educaçãode suas crianças e adolescentes, bem como na 
proteção de seus idosos e portadores de deficiência; o fortalecimento 
de possibilidades de convívio, educação e proteção social na própria 
família, não restringe as responsabilidades públicas de proteção social 
para com os indivíduos e a sociedade. (Brasil, 2005, p. 17, grifo nosso) 
 
 
 
9 
A visão sistêmica da família permite a compreensão da unidade familiar 
como um grupo relacional, afetado por todos os fatores ambientais e estruturais 
que a circulam, formatando inclusive uma autoestima coletiva. Profissionais 
inseridos em trabalhos nas comunidades detectam pensamentos comuns em 
pessoas que moram no mesmo bairro e suas perspectivas de vida, como sonhos 
e modelos que compartilham. Imagine uma família com filhos jovens, que mora 
na periferia de uma grande metrópole como o Rio de Janeiro, numa comunidade 
conhecida, como favela. A dificuldade para encontrar o primeiro emprego é 
certamente maior do que seria habitualmente para um jovem na mesma 
condição social, que morasse em outro local. 
A visão ruim sobre si mesmo e sua inserção na sociedade assume uma 
abrangência coletiva, gerando um sentimento grupal de baixa autoestima, que 
acarreta sensação de impotência, limitação de possibilidades, como se o destino 
da pessoa estivesse traçado naquela linha anteriormente escrita pelo contexto 
em vive. As consequências disso repercutem em toda a sociedade com piora da 
criminalidade, perda de vidas, de mentes criativas e diminuição do capital social 
do país. 
TEMA 4 – ESTRATÉGIAS PARA REDISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DIMINUIÇÃO 
DAS DESIGUALDADES 
Uma análise compartilhada por sociólogos, economistas e todos os 
cientistas que avaliam a situação econômica e social do país, conclui que o 
Brasil não é um país pobre, mas é um país desigual. A desigualdade aqui 
reportada não se refere apenas à renda, mas é aferida por meio dela, de acordo 
com índices internacionais, comparando os países com a mesma classificação 
de renda e a maneira como ela é distribuída (Barbosa; Souza; Soares, 2020). 
O índice mais usado nos relatórios do IBGE é o índice de Gini. Trata-se 
de um instrumento internacional usado pelos economistas, cuja variação vai de 
zero a 1, para demonstrar a concentração da renda. Quanto mais próximo do 
zero, significa que há mais equidade na distribuição da renda. Quanto mais 
próximo do 1, mais elevada é a concentração da renda em alguns estratos 
sociais. Esta aferição é feita pelo IBGE em séries históricas desde a década de 
70, sempre mostrando que o país sofre de crônica e cruel desigualdade, que se 
reflete fortemente no caos social que presenciamos no cotidiano das grandes 
cidades (Barros; Henriques; Mendonça, 2000). 
 
 
10 
Até o final da década de 90, a parcela da população considerada pobre e 
abaixo da linha de pobreza era em torno de 40 a 45%, chegando na metade da 
década de 1980 a 50% da população, com valor do Gini em 0,6. O índice 
mostrava que apenas 4 países conseguiam ser piores que o Brasil em termos de 
distribuição de renda (Barros; Henriques; Mendonça, 2000). 
O início do século XXI , mais precisamente os primeiros 10 anos, foram 
animadores devido seus resultados na questão social. Um dos principais motivos 
na base desses resultados está a melhoria da economia, com estabilização da 
inflação e início do crescimento econômico. 
4.1 Programa Bolsa Escola 
No início dos anos 2000, pela primeira vez houve um programa de 
distribuição de renda de abrangência nacional direcionado à família: O Bolsa 
Escola. Este programa foi criado em 2001 pelo governo Fernando Henrique 
Cardoso e beneficiava famílias com filhos matriculados nas escolas públicas. 
Além de ser um incentivo para a manutenção das crianças na escola, motivou a 
criação do Cadastro Único (cadÚnico) no intuito de mapear estas famílias. 
Outros programas foram associados a este como o vale gás e cartão 
alimentação. 
O diferencial desse programa era o fato de ser um programa de 
transferência direta de renda para as famílias cadastradas no cadÚnico, por 
meio da utilização de um cartão magnético. O dinheiro transferido diretamente 
às famílias, sem a intermediação politica, foi um fator redutor de desvio de 
finanças, prática tão comum em outros programas. 
4.2 Programa Bolsa Família 
Em 2004 logo no início do governo Lula, houve a incorporação dos 
programas de cartão alimentação, gás e o Bolsa Escola em um único programa 
chamado de Bolsa Família (Brasil, 2004). 
O Bolsa Família tornou-se desde a sua implementação o programa de 
transferência de renda de maior abrangência no Brasil. Atualmente atende 13.9 
milhões de famílias classificadas na faixa de pobreza ou extrema pobreza e foi 
um dos fatores de maior contribuição para melhora dos indicadores sociais 
(Stopa, 2019). 
 
 
11 
Apesar de ter se mostrado efetivo no combate à miséria, o Bolsa Família 
é bastante criticado por se levantar a hipótese da dependência de pessoas ao 
programa, diminuição de procura por trabalho, sobre a sua capacidade de 
redução efetiva da pobreza, e mesmo sobre a manipulação política do programa 
para obtenção de votos e manutenção dos partidos de esquerda no poder. Em 
resposta aos questionamentos, estudos mostram que o valor pago não é 
suficiente para a manutenção de uma família, porém é muito importante na 
complementação da renda (Medeiros; Britto; Soares, 2007). 
Grande número de pessoas na faixa econômica alcançada pelo 
programa, trabalha como autônomo, em atividades de comportamento instável, 
na maioria sem carteira assinada. É o caso das diaristas, pedreiros, catadores 
de materiais recicláveis entre outros. Ter um benefício de renda fixa, traz um 
mínimo de estabilidade e segurança, pelo menos a garantia de poder comprar 
alimentos para a sua família. 
Outra crítica muito frequente é quanto a seleção de pessoas ao programa. 
Analistas mostram que os casos de verdadeira inadequação aos critérios são 
muito raros, mas há de fato um número de famílias está acima da faixa mínima 
de renda, e isto porque melhoraram seu posicionamento no mercado de 
trabalho, os jovens fizeram cursos e conseguiram um emprego com melhor faixa 
de renda. Há o entendimento que estas famílias não deveriam ser 
imediatamente desligadas do programa, mas que poderia ser dado um tempo 
maior para que pudessem consolidar suas conquistas e então proceder o 
desligamento, oportunizando a entrada de outras (Medeiros; Britto; Soares, 
2007). 
4.3 Benefício de Prestação Continuada (BPC) 
Outro sistema de transferência de renda é o BPC (Benefício de Prestação 
Continuada) que é direcionado a pessoas carentes com deficiência irreversível e 
idosos acima de 65 anos, cuja renda per capita seja inferior a um quarto do 
salário mínimo. Este benefício, criado em 1993, atende em torno de 4.5 milhões 
de pessoas e significa um grande avanço social quando se considera que são 
pessoas que não contribuíram para a previdência social e que não teriam direito 
à aposentadoria (Stopa, 2019). 
A implantação de um beneficio que apoiasse pessoas idosas e com 
deficiência aconteceu em 1974, no regime militar, com o nome de Renda Mensal 
 
 
12 
Vitalícia (RMV). Aplicava-se a pessoas a partir de 70 anos e equivalia a 60% do 
salário mínimo. O BPC diferencia-se por ser mais abrangente quanto a idade e 
ser no valor de 1 salário mínimo (Stopa, 2019). 
O objetivo dos programas de transferência de renda é a complementação 
da renda das famílias em risco social, que sofrem com a instabilidade de 
empregos e renda, sendo vítimas de situações de fome e desassistência. Após a 
implementação desses programas, o IBGE mostrou a redução das taxas de 
pobreza em 12% e de extrema pobreza em 4% no ano de 2014. O referido 
índice de Gini caiu mais de 10% ficando em 0,52 em 2015, sendo este o menor 
patamar deste índice desde o início de seu monitoramento demonstrando a 
melhora na distribuição derenda (Barbosa; Souza; Soares, 2020). 
Infelizmente esses avanços não se consolidaram após 2015 devido ao 
quadro econômico recessivo que impactou de forma mais intensa as populações 
pobres. Após a melhora da crise, as pessoas com menos recursos levaram mais 
tempo para se recuperarem do que aquelas com maior recurso, além de 
sofrerem mais acentuadamente com as elevações dos preços dos alimentos e 
dificuldades para conseguir emprego. 
TEMA 5 – A CONTRIBUIÇÃO DA SAÚDE PARA DIMINUIÇÃO DAS 
DESIGUALDADES E FORTALECIMENTO DAS FAMÍLIAS 
A redemocratização do país concretizada na constituição de 1988 abriu o 
espaço para as reformas sociais necessárias para a estruturação da seguridade 
social não contributiva. O acesso à saúde e à assistência social é totalmente 
livre de contribuição, sendo motivados apenas pela necessidade do cidadão, 
como direito previsto em lei e dever do estado. A partir de então, deu-se 
andamento ao aparelhamento legal do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio 
da Lei 8080, assinada em 19 de setembro de 1990, seguido do Sistema Único 
de Assistência Social, em 1993. 
A saúde precisava implementar a Atenção Primária à Saúde (APS), até 
então inexistente no país e romper com a lógica de atendimentos em prontos 
socorros, de forma exclusivamente reativa, para seguir a lógica da prevenção e 
manejo de condições crônicas. Em 1994 iniciaram-se o Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa Saúde da Família (PSF). 
Posteriormente em 2005, o PSF foi alçado a estratégia de governo, condição 
 
 
13 
que trouxe mais estabilidade ao programa, impedindo que outros governos o 
extinguissem de acordo com interesses ideológicos ou financeiros. 
 O impacto nas condições gerais de saúde da população com a Estratégia 
Saúde da Família (ESF) foi animador, refletindo-se nos indicadores de saúde, 
sobretudo na mortalidade infantil. A referência a este indicador é motivada pela 
sua sensibilidade, que reflete um conjunto de medidas que envolvem as ações 
de saúde juntamente com as ações econômicas e sociais. 
Em 2014, o Brasil atingiu a meta internacional dos objetivos do milênio da 
OMS, conseguindo reduzir a mortalidade infantil para abaixo de 15 mortes por 
cada 1000 nascidos vivos. Apesar de ainda distante dos países desenvolvidos, é 
importante lembrar que este índice saiu de 47,1 em 1990, para 13,4 em 2017 . 
Em 2019 chegamos a 12.4, porém poderíamos ter tido um melhor resultado, 
considerando que em 2016 houve novamente uma elevação desse índice como 
resultado de crises econômicas e sobretudo pelo relaxamento da vacinação. As 
consequências foram mortes de crianças menores de 1 ano de idade devido 
infecções já superadas, como o sarampo (Brasil, 2020). Outro fator relevante é a 
diminuição da natalidade por escolha. Esse fator é importante porque impacta no 
calculo da mortalidade infantil, além de demonstrar maior planejamento das 
famílias quanto ao número de filhos. 
5.1 Estratégia Saúde da Família 
A Estratégia Saúde da Família (ESF) veio definitivamente reorientar a 
assistência aplicando a nova proposta de cuidado e proteção à saúde embasada 
no contexto familiar e comunitário. As equipes são inseridas dentro do contexto 
comunitário, proporcionando a formação de vínculos que é tão essencial ao 
cuidado. Dentro da APS acontece o inverso do que acontece nos hospitais. 
Quando um paciente é internado, ele entra em um espaço que não é seu. Na 
verdade ele perde seu poder e sua autonomia em nome de submeter-se ao 
tratamento proposto. Na APS quem entra em outro espaço cultural são os 
profissionais de saúde. Eles é que devem adaptar-se à realidade daquela 
comunidade e entender seu funcionamento e sua linguagem. 
A formação da equipe básica, composta por um médico, um enfermeiro, 
um técnico em enfermagem e um agente comunitário de saúde (ACS) seria mais 
tarde um desafio a ser vencido pelos municípios. 
 
 
14 
Outro fator importante ligado à saúde e depois também aplicado na 
assistência social foi a metodologia da territorialização. Para que se conheça a 
população alvo das ações de saúde, o primeiro passo é a delimitação do 
território. A territorialização permite identificar as áreas de risco, quer sejam do 
tipo físico (como rios, rodovias, lixões etc.), ou social (como pontos de venda de 
drogas, prostituição, moradias irregulares). Essas informações devem ser 
sinalizadas em mapa estratégico, para que a equipe possa visualizá-lo sempre 
que necessitar, nas reuniões de planejamento. 
O segundo passo essencial para a implantação da ESF é a realização do 
cadastro de todas as famílias moradoras na área de abrangência. A realização 
desse cadastro gera um banco de dados que se cruza com os dados dos 
programas de transferência de renda. É muito importante porque motiva a 
adesão dos usuários dos programas sociais aos programas de saúde 
fundamentais como vacinação e pré-natal. O cadastro do usuário gera um 
número de abrangência nacional que dá acesso aos serviços do SUS que é o 
Cartão SUS. Desde 2015 é possível acessar este serviço de forma virtual 
utilizando um aplicativo. 
 Parte-se então para o diagnóstico de saúde da comunidade, quando se 
estabelece as características daquele daquela população, os tipos de moradia, 
acesso à infraestrutura básica como esgoto, energia elétrica, coleta de lixo, 
fornecimento de água e demais serviços públicos disponíveis, como escolas, 
creches, CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), além de outros 
equipamentos sociais de apoio, tais como ONGs, igrejas e centros comunitários. 
Todas as outras ações dependem da delimitação do território e do 
conhecimento da população adscrita. 
5.1.1 Os vazios assistenciais 
A implantação da APS significou uma importante quebra de paradigma, 
influindo também na formação dos profissionais de saúde, sobretudo na 
formação médica. As diretrizes todos os cursos de saúde foram atualizadas a 
partir de 2005 de modo a incluir a formação em Atenção Primária nos seus 
currículos, assim como houve incentivo especial para as residências médicas em 
Medicina de Família e Comunidade em parcerias com as prefeituras, permitindo 
inclusive que as Secretarias Municipais de Saúde pudessem ser certificadoras 
 
 
15 
de programas de residências em Atenção Primária, tanto médica, quanto 
multiprofissional. 
 A tradição da formação médica, extremamente focada no hospital e nas 
especialidades internistas, resiste muito a incentivar seus alunos a uma 
perspectiva de trabalho médico em Unidades Básicas de Saúde. Esta 
mensagem dificulta a escolha por medicina de família e a inserção do médico na 
APS. Por outro lado, a falta de investimentos governamentais suficientes na 
APS, desde a planta física de Unidades de Saúde, capacitação e atualização 
dos profissionais, sistemas de suporte como laudos de exames online, discussão 
com especialistas para dúvidas, suporte logístico para transferência do paciente 
em risco, desmotiva o profissional que se sente sozinho num local de difícil 
acesso. 
Apesar da resistência de algumas corporações médicas, o incentivo à 
residência em medicina de família para os médicos e à residência 
multiprofissional em saúde da família para os demais profissionais de saúde foi 
muito importante para a qualificação da assistência, porém ainda existem vazios 
assistenciais no país que precisam ser preenchidos por profissionais. Neste 
sentido, apesar de polêmico pela maneira como foi implementado, o programa 
Mais Médicos trouxe um impacto positivo por levantar a questão da necessidade 
do médico em áreas de vazios assistenciais, e o dever do estado em prover as 
condições mínimas de incentivo financeiro e estrutura de serviços para que os 
profissionais de saúde sejam atraídos para essas áreas com elevada 
vulnerabilidade, como as periferias das grandes cidades, populações indígenas, 
pequenas cidades do interior, sobretudo em áreas de difícilacesso como na 
Amazônia. 
O município não pode receber incentivos financeiros se a equipe não 
estiver completa, por isso o Programa Mais Médicos ajudou muito os municípios 
na recomposição das equipes e na montagem de novas equipes, aumentando a 
captação dos incentivos financeiros pelas secretarias municipais de saúde. 
Mesmo após a sua finalização, a substituição pelo programa Médicos pelo Brasil 
demonstra que os vazios assistenciais são um problema a ser enfrentado pela 
gestão pública, não havendo mais espaço para adiamentos. 
 
 
 
 
16 
5.2 Assistência Farmacêutica 
Junto com a implementação da APS (de acordo com o previsto na Lei 
8080) foi também implementada a assistência farmacêutica, por meio da Política 
Nacional de Distribuição de Medicamentos. 
Dentro dessa mesma política foi instituída a RENAME (Relação Nacional 
de Medicamentos) com a proposta de fornecer medicamentos considerados 
essenciais a partir de prioridades estabelecidas. 
Foram formatadas três categorias para fornecimento de medicamentos: 
Doenças prevalentes na Saúde Pública; Doenças individuais de caráter crônico 
e custo elevado; Doenças cujo tratamento envolve o uso de medicamentos não 
disponíveis no mercado (Brasil, 2001). Na categoria um e dois estão as 
classificadas como doenças crônicas todas aquelas que requeiram tratamento 
prolongado e mesmo para a vida inteira, como é o caso do diabetes, transtornos 
mentais e HIV. 
Duas medidas foram essenciais para a viabilização da distribuição de 
medicamentos, que foram a lei que instituiu o medicamento genérico (Brasil, 
1999) e a quebra de patentes dos medicamentos para tratamento do HIV em 
2006, proporcionando a produção e distribuição das principais drogas 
componentes do coquetel, no bem-sucedido programa de controle da epidemia 
de AIDS no Brasil. 
Há que se considerar que a despesa com medicamentos de uso contínuo 
é um peso importante no orçamento familiar, por este motivo a distribuição 
gratuita de medicamentos é um importante fator redutor de desigualdades e 
promotor de segurança e qualidade de vida. 
 
 
 
 
17 
REFERÊNCIAS 
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2012 a 2019. Blog DADOS, 2020. Publicado em 16 July 2020. Available 
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