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Paper Completo 27 05

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IMPACTO DOS CUSTOS NA FORMAÇÃO DE 
PREÇOS E NO ORÇAMENTO 
 
Custos na Formação de Preços 
 
Paloma Tolardo 
Tutora: Suelen Zabloski 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Ciências Contábeis (CTB 1214/5) – Seminário Interdisciplinar V 
 
 
 
RESUMO 
 
Definir o quanto você irá cobrar por seus produtos ou serviços não é uma tarefa das mais 
fáceis. Diferenciar gastos, custos e despesas é importante, porque é através da definição 
clara destes termos que se torna possível formar o preço de venda do produto ou da 
prestação de serviço. É fato que para se chegar ao preço de venda é imprescindível o 
conhecimento do valor do custo. Além disso, a diferenciação desses termos traz ao gestor 
a informação de onde os valores estão concentrados, dessa forma, auxiliam na tomada 
de decisão e na evidenciação das demonstrações contábeis. 
 
Palavras-chaves: Custos. Preço de Venda. Gasto. Despesa. Orçamento. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Custos e Orçamento são dois conceitos que andam lado a lado e se complementam 
quando falamos em saúde financeira de uma empresa. Segundo RH Portal (2020), “o 
Orçamento Empresarial é o ato de planejar, estimar as despesas, investimentos, ganhos e 
os custos de um período futuro”. Desse modo é possível acompanhar o processo, 
comparar os resultados e, sobretudo tomar ações preventivas se necessário. Assim sendo, 
dentro do orçamento há uma parte muito importante chamada custo. 
 
Para que uma empresa funcione, ela tem gastos. E esses gastos são divididos em 
duas partes: os custos e as despesas. Os custos são os gastos ligados com à atividade da 
empresa e com a produção. Já as despesas não têm ligação direta com a atividade da 
empresa, são gastos relacionados à administração, venda do produto, salário dos 
funcionários, etc. 
 
Quando os custos possuem relação direta com o que será produzido, é mais fácil 
de identificar o seu impacto direto no preço de um produto. O mesmo não ocorre com as 
despesas, como são gerais, não há como saber o que foi direcionado a cada produto em 
particular. 
 
É importante que todos os gestores tenham um pouco de conhecimento em cada 
área sendo elas: científico, teórico e prático dos formatos de custos para calcular o preço 
de venda de seu produto ou serviço. Além disso, é necessário também ter entendimento e 
habilidades para identificar todos os fatos que fazem parte do processo de precificação, 
para oferecer o produto com uma margem lucrativa e não sofrer um prejuízo. 
O propósito deste estudo é compreender as definições que englobam os custos e 
expor diretamente o impacto dos custos na formação de preços. Iremos detalhar uma das 
etapas mais importantes da administração de uma empresa, que é a precificação do 
produto ou serviço oferecido. Após conhecer a aplicabilidade dos custos na formação de 
preços, discutiremos sobre sua relação como o orçamento empresarial. Para acesso a essas 
informações buscamos referências em escritores, livros e blogs de fontes confiáveis, para 
maior conhecimento e entendimento do que será exposto. 
 
2 CUSTOS NA FORMAÇÃO DE PREÇOS 
2.1 Definições de Contabilidade de Custos 
É o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para diversos 
níveis gerenciais de uma entidade, como auxílio às funções de determinação de 
desempenho, e de planejamento e controle das operações e de tomada de decisões, bem 
como tornar possível a alocação mais criteriosamente possível dos custos de produção 
aos produtos. 
 
A contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das 
diversas atividades da entidade, denominados de dados internos, bem como, algumas 
vezes, coleta e organiza dados externos. Os dados coletados podem ser tanto monetários 
como físicos. Exemplos de dados físicos operacionais: unidades produzidas, horas 
trabalhadas, quantidade de requisições de materiais e de ordens da produção, entre outros. 
A contabilidade de custos requer a existência de métodos de custeio para que, ao 
final do processo, seja possível obter-se o valor a ser atribuído ao objeto de estudo. 
Para melhor compreender que aspectos são considerados para a formação de 
preços, vamos entender como ela ocorre baseada em custos. 
Chegar ao preço de venda ideal depende do conhecimento sobre as próprias 
finanças. Antes de partir para uma estratégia agressiva junto à concorrência, a sugestão é 
que identifique os seus gastos. 
 
2.2 Gastos 
Conceito amplo dos sacrifícios financeiros que a empresa tem que arcar a fim de 
atingir seus objetivos. São pagamentos feitos para obtenção de recursos para dar 
seguimento à produção, execução de algum serviço e a gestão do negócio. Diferenciando 
cada grupo da seguinte forma: entre custos e despesas. 
Figura 1- Gastos: Custos e despesas 
 
2.3 Custos 
 Envolvidos diretamente na produção de um bem ou na realização de algum 
serviço. Ex.: matéria-prima; mão-de-obra; embalagens; logística; depreciação das 
máquinas. Para Kaplan e Cooper (1998), "Os gerentes precisam de informações precisas 
 
e adequadas sobre custos para tomar decisões estratégicas e conseguir aprimoramentos 
operacionais". 
 
2.3.1 Custos fixo 
São os que existem mesmo que nenhum produto ou serviço seja comercializado 
em determinado período, não varia em relação ao volume produzido. O custo fixo não 
significa que o valor é fixo, ou seja, não significa que seja sempre o mesmo valor. Ele 
significa que ocorre todo mês e isso independe da quantidade de produtos vendidos ou 
serviços prestados. Ex.: salário funcionário. 
2.3.2 Custos variável 
São os valores que alteram conforme a produção, sempre irão acompanhar as 
mudanças de volume, podendo ser empresa, restaurante ou algo semelhante. Desse modo 
se o nível de produção for alto no mês, os custos também vão aumentar. 
2.3.3 Custo Direto 
Os Custos abrangem os gastos com a obtenção de bens ou serviços aplicados na 
produção. 
Conforme Sens, Marcos (2011, pág.25): 
Os custos diretos são aqueles que podemos identificar com precisão o seu real 
consumo por produto. Geralmente, para esta identificação temos um controle 
de medida, uma receita, uma ficha técnica de produto, um controle interno. 
Neste controle, temos a quantidade precisa dos componentes integrantes do 
produto. 
Podemos citar vários exemplos: matéria-prima, insumos como embalagem, 
adesivos, etiquetas, parafusos e arruelas, que são agregados ao produto e também à mão 
de obra direta. 
O custo direto está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. É 
aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, 
centro de custo ou departamento. Não necessita de rateios para ser agregado ao produto 
custeado. 
 
A regra básica para classificar o custo direto: se identificada à quantidade do 
elemento de custo aplicada no produto, o custo será direto. Se não conseguir identificar 
essa quantidade, o custo será indireto. 
Crepaldi (2002, p. 49) entende custos diretos como aqueles “[...] que podemos 
apropriar diretamente aos produtos e variam com a quantidade produzida”. Exemplo: 
material direto (MD) e mão de obra direta (MOD). 
● Os Materiais diretos são as matérias-primas, material de 
embalagem, componentes e outros materiais necessários à industrialização, ao 
acabamento e à apresentação final do produto acabado. Isto envolve todo o 
material necessário para que o produto fique pronto para ser comercializado pelo 
consumidor final. 
● A Mão de obra direta é o trabalho dos colaboradores aplicados 
diretamente na confecção do produto ou na prestação de serviços. O custo de mão 
de obra é composto pelos salários, encargos sociais e provisões para férias e 
décimo terceiro dos colaboradores. 
2.3.4 Custo Indireto 
Os custos indiretos são aqueles em que é difícil atribuir um valor para cada 
unidade produzida. Pode ser entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído (ou 
identificado) diretamente a um produto,linha de produto, centro de custo ou 
departamento. 
Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto 
custeado. Os custos indiretos são apropriados mediante o emprego de critérios pré-
determinados e vinculados, como mão-de-obra indireta, rateada por horas/homem da mão 
de obra direta, gastos com energia, com base em horas/máquinas utilizadas. 
Para calcular estes custos utilizando o rateio, é definido um valor aproximado para 
que o custo de cada unidade do produto possa ser calculado. É um custo comum a muitos 
tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no 
momento de sua ocorrência. 
Exemplos: 
 
● Mão-de-obra indireta: é representada pelo trabalho nos departamentos 
auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são 
mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado, como a mão de 
obra de supervisores, controle de qualidade, etc. 
● Materiais indiretos: são materiais empregados nas atividades auxiliares de 
produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: 
graxas e lubrificantes, lixas etc. 
● Outros custos indiretos: são os custos que dizem respeito à existência do 
setor fabril ou de prestação de serviços, como depreciação, seguros, 
manutenção de equipamentos, etc. 
 
Figura 2 – Definição de Custos 
 
 
2.4 Despesas 
São recursos utilizados na gestão do empreendimento, necessárias à atividade da 
empresa e a sua manutenção. Mais ligada a questões administrativas e comerciais. Ex.: 
aluguel, telefone, comissão de vendedores, salários. 
 
2.4.1 Despesas fixas 
Independe ao nível de consumo, ou seja por mais que você utilize o produto ou 
serviço, não será preciso pagar nada a mais do que o esperado. Exemplo quando assinar 
um plano de internet, você estará adquirindo uma despesa de custo fixo 
 
2.4.2 Despesas Variáveis 
Estas, assim como os custos variáveis, são aquelas influenciadas pelo volume 
vendas/período. Como exemplos: 
● Administrativas: podemos citar os gastos com materiais de escritório; 
impostos. 
● Comerciais: gastos realizados com o objetivo final de gerar receitas e 
diretamente relacionados com a natureza específica dos negócios de uma 
companhia. Alguns exemplos são os gastos com: marketing e propaganda; 
com transporte para visitar clientes; comissões pagas a vendedores. 
Figura 3 – Despesas Fixas e Variáveis 
 
 
2.5 Investimentos 
É a aplicação de recursos visando obter um retorno. São gastos ativados 
(classificados no ativo), que gerarão suporte tecnológico, estrutural e operacional, em 
função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. Ou seja, ativado em função de sua 
vida útil ou benefícios atribuíveis a futuros períodos. Exemplo: aquisição de máquinas e 
equipamentos, móveis, ferramentas, etc. 
Figura 4 - Investimento 
 
 
2.6 Perdas 
As perdas representam bens ou serviços que de forma involuntária e anormal são 
desperdiçados. (BRUNI; FAMÁ, 2004). Consistem em: (i) um gasto não intencional 
decorrente de fatores externos extraordinários ou (ii) atividade produtiva normal da 
empresa. Na primeira situação, devem ser considerados como despesas e lançados 
diretamente contra o resultado do período. Na segunda situação, devem ser classificados 
como custo de produção do período. 
Temos como exemplo: produto quebrado no manuseio, produto fora de garantia. 
2.6.1 Perdas Normais de Produção 
Todo o processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade 
desenvolvida, de forma previsível. Estes são considerados normais à atividade, portanto 
devem englobar o custo do produto fabricado. Por isso, tais perdas são custos. Exemplo 
disso temos as perdas de material por evaporação ou consumo no processo produtivo. 
2.6.2 Perdas Extraordinárias 
As perdas anormais são provenientes de eventos ocasionais e de força maior, tal 
como: incêndio, obsolescência, roubo, inundação, etc., são considerados perdas do 
período, sendo contabilizadas como tal, incidindo diretamente no resultado do exercício, 
não sendo ativadas (não compõem os custos dos produtos, simplesmente reduzem o 
resultado do período). 
Exemplos: Estoques que devem ser baixados, por obsolescência. Baixa de 
estoques, por roubo. 
 
2.7 Desembolsos 
 
Os desembolsos têm o seguinte conceito conforme Bruni e Famá (2004): 
consistem no pagamento do bem ou serviço, independentemente de quando o produto ou 
serviço foi ou será consumido. É importante ressaltar que a contabilidade registra os fatos 
de acordo com o princípio da competência. 
Por competência entende-se que o registro das receitas e despesas deve ser feito 
de acordo com a real ocorrência, independentemente de sua realização ou quitação. Por 
exemplo, se foram empregadas 40 horas de mão de obra no mês de março, que somente 
foram quitadas em abril, o lançamento contábil do gasto deve ser feito em março. Já o 
registro financeiro da quitação ou do desembolso será registrado no mês de abril. Logo, 
não se deve confundir despesa com desembolso. 
Em uma situação pessoal, nossa do dia a dia, desembolso significa tirar dinheiro 
do bolso. Porém, na linguagem empresarial, a palavra desembolso significa extrair um 
montante do caixa para pagar algo que a empresa adquiriu, seja um bem ou serviço. 
É o pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Portanto, seria a 
saída financeira da empresa, à vista ou a prazo, para pagamento de uma obrigação. 
Ele pode ocorrer antes (pagar antecipado), no presente (pagamento à vista) e 
posteriormente (pagamento a prazo) da ocorrência do gasto, tendo em vista que esta forma 
de pagamento não interfere na classificação do gasto como investimento, custo ou 
despesa. 
Exemplo: Pagamento do salário dos funcionários; compra com pagamento à vista, 
terá que pagar (desembolsar) no momento da compra o valor e, quando o pagamento é a 
prazo, a empresa só vai ter o desembolso no momento em que for pagar o que comprou. 
 
3 PRINCIPAIS MÉTODOS DE CUSTEIO 
A análise de um sistema de custos pode ser efetuada sobre dois enfoques. Primeiro, 
conforme a espécie de informação gerada, observando-se se ela é adequada às 
necessidades da empresa. E se esse estudo está intimamente ligado com os objetivos do 
sistema, pois a relevância da informação depende de sua finalidade. Assim, Método 
significa caminho pelo qual se chega a um certo resultado. 
 
E, na Contabilidade de Custos, método também tem este significado, ou seja, de 
que maneira será possível atender aos objetivos do sistema e como suprir as necessidades 
dos usuários. Para tal, constituíram-se diversas escolas que desenvolveram métodos 
específicos, com a intenção de apresentar caminhos factíveis de desenvolvimento de 
cálculos e análises de custos, buscando encontrar os gastos efetivos e a melhor maneira 
de alocá-los aos portadores finais. 
Apresenta-se assim, alguns dos sistemas de custeamento utilizados pela 
Contabilidade de Custos e tidos como mais usuais, caracterizando-os e demonstrando sua 
filosofia. 
Figura 5 – Métodos de Custeio 
 
3.1 Custeios por Absorção 
Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. Esse método foi derivado do sistema desenvolvido na 
Alemanha no início do século 20 conhecido por RKW (Reichskuratorium für 
Wirtschaftlichtkeit). 
Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) 
causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto 
dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação 
são distribuídos para todos os produtos feitos. É útil em empresas que tem processo de 
produção pouco flexível e com poucos produtos. A auditoria externa tem-no como base. 
 
Dessa forma, são perfeitamente inventariáveis e tratados como custos dos 
produtos acabados e em elaboração. Apesar de não ser totalmente gerencial, é aceito parafins de avaliação de estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço). 
 Características: 
● Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos. 
● Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos 
(gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços. 
● É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta 
de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre 
diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras 
ineficiências produtivas. 
● Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção. 
Vantagens: 
● Está totalmente de acordo com os princípios da contabilidade e com as leis de 
tributação; 
● Define com maior precisão o custo final de cada produto; 
● Possibilita um planejamento a longo prazo por possuir informações completas 
sobre todos os itens; 
Desvantagens: 
● Não considera os momentos de parada da empresa; 
● A dificuldade em elaborar um preço de venda competitivo. Isso porque não existe 
clareza sobre a margem de contribuição de cada produto comercializado; 
● Os critérios de rateios são sempre arbitrários, por tanto nem sempre justos. A 
aplicação do custeio por absorção pode ser feita levando-se em conta a 
departamentalização ou não. Isto após de feita uma avaliação criteriosa da 
composição dos custos, para verificar o volume dos custos indiretos, conforme a 
convenção da materialidade. 
 
 
3.2 Custeio Direto e Variável 
O Método de Custeio Direto, ou Variável, atribui para cada custo uma 
classificação específica, na forma de custo fixo ou custo variável. O custo final do produto 
(ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo 
os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício. 
O sistema de custeio variável procura as distorções existentes nos critérios de 
rateios exigidos no sistema de custeio por absorção. No custeio por absorção os custos 
fixos são rateados aos produtos e/ou serviços enquanto no custeio variável estes custos 
são tratados como despesas. 
 
Conforme o pensamento de Crepaldi (1998, p. 111): 
 
Custeio Variável (também conhecido como Custeio Direto) é um tipo de 
custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período 
apenas os Custos Variáveis incorridos. Os Custos Fixos, pelo fato de existirem 
mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção 
e sim como despesas, sendo encerradas diretamente como resultado do 
período. 
 
Gerencialmente, é um método muito utilizado entre as empresas, principalmente 
entre as da indústria e do comércio. Simples e objetivo, essa metodologia considera 
como custos de fabricação os custos variáveis, diretos e indiretos, mas, por sua restrição 
fiscal e legal, não é aceito para fins societários e fiscais e, sua utilização implica na 
exigência de 2 sistemas de custos: 
● O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e 
● Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos 
e variáveis. 
 
Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja, de fato, produção 
(como aluguel e salários dos funcionários, por exemplo), não são considerados como 
custo de produção, mas sim como despesas nesse método. 
Esse sistema apura informações muito importantes, como a margem de 
contribuição, e gera os dados necessários para tomada de decisão nas empresas. 
 
Crepaldi (2002) salienta que método de custeio variável segue os princípios de 
contabilidade do regime de competência e confrontação, por isso não é reconhecido para 
efeitos legais. No entanto é de grande auxilio para a tomada de decisão gerencial. 
 
Porém, um ponto negativo é que comparando ao sistema por absorção, o custeio 
direto é pouco usado nas empresas, por se tratar de um método mais sofisticado. 
 
Veja abaixo, algumas vantagens e desvantagens do custeio direto: 
 
3.2.1 Vantagens do Custeio Direto 
 
• O custo fixo, que não depende do processo fabril; 
• Não é utilizado rateio; 
• Evita Manipulações; 
• Fornece o ponto de equilíbrio; 
• Enfoque Gerencial, auxílio na tomada de decisão; 
• Os dados necessários para análise da relação custo/lucro/volume são 
rapidamente obtidos; 
• É totalmente integrado com o custo padrão e orçamento flexível. 
Desvantagens do Custeio Direto 
• O custeio direto não é aceito pela auditoria externa das empresas que tem capital 
aberto e nem pela legislação do IR, assim como grande parte dos contadores. A razão 
disto é que o custeio direto não condiz com os princípios fundamentais da contabilidade, 
em especial aos princípios de realização da receita, da confrontação e da competência; 
• O valor do estoque não mantém relação com o custo total; 
• Sendo somente ele, não se aplica para formação do preço de venda. 
 
 
 
Quadro 1 – Custeio por absorção e custeio variável 
 
 
 
4 MARK-UP 
Você já deve ter ouvido a palavra, mark-up. Esse termo significa “marca acima”, que 
pode ser considerado como um marcador que será aplicado no valor de um custo para 
encontrar o preço de venda. 
Temos dois tipos de Mark-Up que os dois são aplicados nos custos de mercadorias. Na 
constituição do Mark-Up precisamos conhecer todos os gastos relacionado as vendas. 
Exemplo 1: 
 
Mark-up divisor: para obtê-lo basta deduzir o valor 1 do montante de percentuais. Para 
somatória= 48,25% 
Ex.: 48,25/100-1= 0,5175 
Fórmula para precificação produto com custo R$5,70=> custo da mercadoria / Mark-up 
divisor=> 5,70 /0,5175= R$ 11,01 
 
Mark-up multiplicador: é encontrado na divisão do valor 1 pelo mark-up divisor. 
Usando o exemplo anterior: 1/ 0,5175= 1,9323671497584 
Fórmula para precificação produto com custo 5,70=> custo da mercadoria * Mark-up 
multiplicador=> 5,70 *1,9323671497584 = R$ 11,01 
 
5 ORÇAMENTO DE CUSTOS 
 
O orçamento de custo é um instrumento de planejamento e um controle do 
empreendimento, tem uma parte dele no passado mais passa a olhar as possíveis 
mudanças. Como o orçamento é um ato planejado requer que os empreenderes mantem 
os gastos ajustados. 
 
Figura 7 – Gerenciamento dos custos / Planejamento do orçamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Serve também para comunicar aos donos e administradores, as intenções e 
realizações da empresa e para que estes possam avaliar se a realidade da empresa está de 
acordo com aquilo que desejam dela. 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conseguiu trazer um pouco de todo o conteúdo exposto, que o cuidado com os 
custos é essencial para a saúde financeira da empresa. Práticas erradas envolvendo os 
custos podem resultar em prejuízo, como ocorre com a má formação de preços e com o 
mau planejamento do orçamento empresarial. 
Muitas empresas enfrentam problemas financeiros por falta de informação e 
conhecimento na hora de identificar seus produtos. Um estudo aprofundado em 
contabilidades de custos, conhecimento e experiências na área, pode direcionar para se 
obter o real custo do produto. 
A formação dos custos não é tarefa tão fácil, pois depende de muitas variantes. É 
essencial que o gestor tenha conhecimento de todos os gastos, despesas e custos 
envolvidos, faça o rateio desses custos de forma detalhada, para que os valores sejam 
calculados de forma correta e assim melhorar a gestão de custos do negócio. Sem essa 
análise de custos, o gestor pode estar calculando de maneira incorreta seus gastos e 
lançando em seu orçamento um valor que pode afetar a meta estabelecida. 
Também é a através dos custos de produção que o gestor conseguirá precificar os 
serviços e produtos. Por isso, ao manter um bom controle de custo, é possível definir os 
preços de forma mais assertiva e lucrativa para a companhia. Desse modo, a empresa 
oferece um valor justo para os clientes e, ao mesmo tempo, valoriza seus serviços ou 
produtos, evitando prejuízos ou preços forado padrão do mercado. Uma boa precificação 
pode representar, inclusive, uma vantagem competitiva para o negócio. 
 
REFERÊNCIAS 
ADMINISTRADORES. Custeio Direto e Custeio por absorção. Disponível em: 
<https://administradores.com.br/artigos/custeio-direto-e-custeio-por-absorcao-uma-
abordagem-analitica>. Acesso em: 01/05/2021. 
ALEIXO, Carolina Ferreira Gastos, custos e despesas: é tudo a mesma coisa? Disponível 
em: <https://blog.bcntreinamentos.com.br/gastos-custos-e-despesase-tudo a-mesma-
coisa/>.Acesso em 11 abr. 2021. 
 
ALMEIDA, Leopoldo. Formação de preços – Custos e despesas na indústria. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=NX21aq1lEUc>. Acesso em 17 abr. 2021. 
BLB BRASIL. Métodos de Custeio. Disponível em: 
<https://www.blbbrasil.com.br/blog/metodos-custeio/>. Acesso em: 01/05/2021. 
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 
5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
CAPITAL BLOG. O que são despesas operacionais e como calcular. Disponível em: 
<https://www.capitalresearch.com.br/blog/investimentos/despesas-operacionais/>. 
Acesso em 21 abr. 2021. 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de contabilidade de custos. 2. ed. 
São Paulo: Atlas, 2002. 
FERNANDES, Daniela Pereira. Quanto custa para produzir o seu produto ou serviço? 
Entenda tudo sobre custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. Disponível em: 
<https://www.treasy.com.br/blog/custos-diretos-indiretos-fixos-e-variaveis/>. Acesso 
em 21 abr. 2021. 
JORNAL CONTÁBIL. Entenda o conceito de custo na Contabilidade. Disponível em: 
<https://www.jornalcontabil.com.br/entenda-o-conceito-de-custo-na-contabilidade/>. 
Acesso em: 18/04/2021. 
LEONI, George S.G. Planejamento, Implantação e Controle. São Paulo: 2 ed; Atlas, 
1996. 
KNUTH, Valdecir. Contabilidade de custos. Indaial: Uniasselvi, 2015. 
NAITZK, Marcos. Formação do Preço de Venda. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=FJzIlaTx1ss>.Acesso em 17 abr. 2021. 
PORTAL DE AUDITORIA. Perdas. Disponível em: 
<https://portaldeauditoria.com.br/definicao-de-custo-despesa-e-perdas-auditoria-de-
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PORTAL DE CONTABILIDADE. Métodos de Custeio. Disponível em: 
<http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/metodosdecusteio.htm>. Acesso 
em: 01/05/2021. 
 
ROCHA, Liliane. Como calcular o preço de venda do produto ou serviço? . Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=ECZgh2ShdAo>. Acesso em 11 abr. 2021. 
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