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FURG 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE INSTITUTO DE 
CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS E CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Economia Brasileira II 
Milagre econômico e II PND 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vanessa Campello Mendes 
 56808 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio Grande 2020 
Milagre econômico 
 
Denominado milagre brasileiro, foi implementado no período entre as décadas de 1960 e 1970, 
marcado por um forte aumento no produto interno bruto, beirando a casa de 13% aa. 
A economia se expandiu com o incentivo a indústria nacional, por meio de subsídios e 
benefícios fiscais, mas o governo mantinha um elevado nível de gastos para implementar 
mudanças na indústria, infraestrutura e produção de energia, o governo se utilizou de grandes 
quantias de capital estrangeiro vindo basicamente dos Estados Unidos. 
O aquecimento no setor industrial, resultou na ampliação do mercado interno brasileiro, com 
o aumento do consumo da população e o acesso a espaços do mercado externo. A vinda das 
linhas de montagem de automóveis para exportação, as indústrias multinacionais foram 
beneficiadas pelo baixo custo de insumos e material humano, o que gerou oferta de emprego, 
porém desigualdade na distribuição de renda, altos índices de inflação e baixos investimentos 
em saúde e educação. Como o crescimento econômico foi bancado com dinheiro emprestado, 
esta internacionalização gerou um aumento drástico na dívida externa brasileira e forte 
dependência do capital estrangeiro, minimizado pelas baixas taxas de juros internacional e 
pelo crescimento econômico. 
Pontos positivos do Milagre Econômico Brasileiro: 
Crescimento da industrialização; 
Incentivo à indústria da construção civil; 
Grandes obras, como a usina de Itaipu e a ponte Rio-Niterói. 
Ponto negativo: 
Uso de capital estrangeiro, gerando dependência; 
Desvalorização da moeda; 
Pouco investimento em áreas como saúde e educação; 
Inflação maior; 
Pouco poder de compra do trabalhador; 
Dívida externa. 
 
Fim do milagre econômico: 
A partir de 1973, quando houve o primeiro choque do petróleo, os países produtores pararam 
de ofertar este insumo, o valor do barril subiu muito o que afetou e trouxe grandes prejuízos a 
produção industrial. 
Com a desaceleração econômica, o Brasil parou de receber empréstimos e começou a pagar 
juros estratosféricos da dívida externa, houve uma consequente diminuição do poder 
aquisitivo da população, desvalorização cambial e salários cada vez mais baixos. 
O governo então passa a exportar mais e impor taxas pesadas de importação, o resultado foi o 
sucateamento da indústria, pois com as taxas altas de importação o empresário não conseguia 
mais importar maquinário e insumos, desta forma perdendo competitividade no mercado. 
 
PND II: 
O II PND foi posto em prática entre 75 e 79, este plano de desenvolvimento dá ênfase as 
indústrias básicas notadamente as de bens de capital e consumo, desta forma os insumos 
básicos seriam produzidos no país com o objetivo de substituir as importações. 
Os bens de produção, seriam os setores que alavancariam o setor industrial brasileiro, a 
política de ajustamento vai tentar corrigir os problemas causados pela escassez do petróleo e o 
início da evolução industrial. 
Um dos objetivos do II PND era terminar com a dependência externa, causada pelo 
desequilíbrio intersetorial, por isso o aumento nos investimentos no setor de capital e de bens. 
Porém, para implementar estes investimentos seriam necessários recursos financeiros, eles 
vieram do mercado financeiro internacional. O país se transformou no maior tomador de 
recursos, os chamados petrodólares, visando diminuir a fronteira entre o desenvolvimento e o 
subdesenvolvimento estes recursos foram direcionados para os pontos de estrangulamento, ou 
seja, aqueles que vinham limitando a expansão do capitalismo brasileiro: infraestrutura, bens 
de produção (capital e insumos), energia e exportação. O II PND, elevou a economia 
brasileira, colocando a mesma em níveis melhores e concluindo o processo de substituição de 
importações, elevando a capacidade produtiva do país. 
Porém o maior ônus do II PND foi o aumento no endividamento externo, que contribuiu 
significativamente para os graves desequilíbrios enfrentados pelo Brasil nas décadas 
seguintes.

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