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Atividade Fibras - Artigos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
DISCIPLINA DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA PARA ADULTOS E IDOSOS
DISCENTE: Ana Beatriz Silva de Lemos
Fibra DIETÉTICA - consolidação de estudos (Atividade Avaliativa 1B)
1. Ler o artigo sobre Fibras e Metabolismo (BERNAUD, Fernanda Sarmento Rolla; RODRIGUES, Ticiana C. Fibra alimentar: ingestão adequada e efeitos sobre a saúde do metabolismo. Arq Bras Endocrinol Metab, São Paulo, v. 57, n. 6, p. 397- 405, Aug. 2013), com a seguinte orientação de leitura: 
1.1 Distinguir definições, componentes e fontes de fibras, relacionando-as à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, com destaque para Obesidade e Diabetes Melitus. (1,0) 
As fibras podem ser classificadas em fibras solúveis ou fibras insolúveis. As fibras solúveis são aquelas que tem maior facilidade de fermentação no cólon, são mais viscosas, são capazes de formar gel pois se dissolvem em água e participam da formação do bolo fecal. Já as fibras insolúveis têm participação limitada na fermentação no cólon, participam do aumento do volume do bolo fecal e formam massa. Não tem a capacidade de formar géis.
Também existem outros tipos de classificação:
Fibras do tipo polissacarídeos não amido: sua composição principal é a celulose (variam em quantidade para grãos/frutas e vegetais/oleaginosas), suas principais fontes são os vegetais e os farelos. Hemicelulose (compostas por arabinogalactanos, B-glicanos, arabinoxilanos, glicuronoxilanos, xiloglicanos, galactomananos), onde suas principais fontes são a cevada, aveia, abobrinha, vagens, abacaxi, maçã com a casca, oleaginosas e grãos integrais); gomas e mucilagens (compostas por galactomananos, goma guar, goma locusta, goma karaya, goma tragacanto, alginatos, agar, carragenas e psyllium), suas principais fontes são os extratos da sementes de alfarroba, sementes de locusta, exsudatos de plantas, algas e psyllium. E para finalizar esse tipo de fibra, temos o grupo das pectinas, que tem como componente a pectina e pode ser encontrado principalmente em frutas, hortaliças, batatas, açúcar de beterraba. 
Oligossacardídeos: seu grupo principal são os frutanos, e tem como composição a inulina e o frutooligossacarídeos, mais conhecido como FOS, estão presentes na cebola. Yácon, chicória, alho, banana e tupinambo.
Carboidratos análogos: são do grupo do amigo resistente e matodextrina resistente. Fazem parte da sua composição o amido juntamente de produtos que são obtidos da degradação de amido que não são absorvidos pelo intestino humano saudável, e tem como principais fontes as leguminosas, sementes, batata crua e batata cozida, além de grãos integrais, banana verde e polidextrose. 
Lignina: ela possui ligação com a hemicelulose na parede celular, e é a única fibra estrutural não polissacarídeo. É facilmente obtida na camada externa de grãos de cereais e aipo. 
Substâncias associadas aos polissacarídeos não amido: são componentes que estão associados a fibra alimentar que vai conferir um potencial de ação antioxidante a essa fração de fibra, seus principais grupos são os compostos fenólicos, proteínas da parede celular, oxalatos, fitatos, ceras. São encontrados em cereais integrais, frutas e hortaliças. 
Fibras de origem não vegetal: tem como componentes os fungos, leveduras e invertebrados, e são encontrados em cogumelos, casca de camarão, leveduras, invertebrados e frutos do mar. Seus principais grupos são a quitina, quitosana, colágeno e condroitina. 
De acordo com o estudo, aqueles indivíduos que têm um maior consumo de fibras e este consumo é regular em sua alimentação, tem menores chances de desenvolverem alguns tipos de doenças crônicas não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares, associado também a uma menor prevalência dessas doenças nesse público. O consumo dessas fibras é mais comum através da adição de farelos integrais em suas refeições ou através do consumo de grãos integrais. A ingestão de vegetais e frutas também contribui para menores riscos de DCV’s.
Para a prevenção da obesidade, as fibras podem ser usadas de formas estratégicas para substituir as calorias dos alimentos ingeridos, isso porque elas ocupam o mesmo lugar das calorias e nutrientes da dieta. Elas também aumentam a mastigação, promovendo o aumento da saciação e da saciedade, elas também reduzem a eficiência da absorção de outros alimentos no intestino. A adição e o consumo de fibras mostraram-se eficientes contra o excesso de peso corporal, ajudando assim na prevenção da obesidade. Já para a diabetes mellitus, o consumo de fibras do tipo solúvel pode ter influência na redução da resposta glicêmica pós-prandial, quando as refeições feitas são ricas em carboidratos. A participação das fibras solúveis retarda a absorção dos macronutrientes (por esse motivo também aumenta o tempo de saciedade) e retarda o esvaziamento gástrico, porém, em contrapartida, as fibras insolúveis também vêm sendo associado a redução dos riscos de desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2. Em estudos que foram realizados, o consumo de fibras de cereais integrais e variedades de frutas e vegetais, estão diretamente associados a redução de risco para diabetes. 
1.2 Fazer leitura complementar sobre Fibras e Modulação Intestinal (sugestão de artigos anexos ao tópico de aula), tecendo comentários sobre o respectivo tema (0,6).
A nossa microbiota intestinal é uma das mais ricas e diversas, composta por micro-organismos simbióticos e comensais que são adquiridos e definidos geneticamente ou em decorrência de eventos acontecidos desde o momento do parto, e por esses e outros motivos vem sendo estudada como um alvo bem promissor de intervenções para melhorias e avanços na saúde, tendo em vista que sua composição pode ter uma predisposição favorável ou desfavorável para doenças. Os micro-organismos colonizadores são em sua grande maioria de ordem benéfica, poucos são os micro-organismos patogênicos. Desde o momento do nascimento e durante o decorrer da vida, a microbiota intestinal vai passando por diversas modificações que vão formando (fortalecendo ou enfraquecendo), dependendo da alimentação, estilo de vida adotado, estado patológico etc. Estudos realizados verificaram que existe diferença entre a microbiota de pessoas magras e pessoas obesas, ou seja, a obesidade também vai ter forte influência nos processos de formação da microbiota, principalmente aqueles relacionados a processos inflamatórios. 
Em nosso organismo existe uma forte ligação entre o eixo intestino-cérebro, ou seja, essa influência pode colaborar ou não para a manutenção da nossa microbiota. A dieta adotada pelo indivíduo tem grande influência na composição e formação da microbiota, e isso começa desde os primeiros dias de vida através do aleitamento materno, onde os hábitos alimentares adotados podem contribuir beneficamente ou maleficamente. Uma dieta rica em lipídeos e pobre em fibras pode levar a uma menor produção pela microbiota de produtos que agem como imunomoduladores, que são considerados essenciais. Nossa microbiota é responsável por participar de mecanismos que interferem no processo saúde-doença, ela vai interferir diretamente na nossa saúde, imunidade inata, metabolismo e no nosso apetite, por isso é importante a inclusão de alimentos na nossa alimentação que favoreça a composição (fibras, probióticos, prebióticos, chás, alimentos funcionais etc). A ação da microbiota é essencial pois ela nos fornece capacidade de fermentar alguns substratos que não são digeríveis, como as fibras dietéticas e o muco intestinal endógeno
Existem alguns fatores que podem diminuir a biodiversidade da nossa microbiota, entre eles podemos destacar alguns tipos de doenças que vão afetar diretamente (ex. doença de Crohn, obesidade, pessoas que são fumantes), por isso as pessoas que são portadoras de alguma doença são mais susceptíveis a algum tipo de infecção, principalmente relacionada ao trato digestório. Pessoas saudáveis e que tem uma microbiota diversa e fortalecida, são menos susceptíveis, ouseja, uma microbiota diversa pode ser sinal de um intestino mais saudável, porém, deve-se ter cuidado, principalmente na ingestão de fibras, pois como os micro-organismos têm funções específicas, eles podem ficar “sobrecarregados” com essa função e acabarem “estacionando” por um tempo, por isso é sempre necessária uma dieta equilibrada. 
Diante do exposto, é bem perceptível como a nossa alimentação tem uma influencia direta na nossa saúde intestinal, e consequentemente na nossa saúde, principalmente se tratando do consumo adequado de fibras. Uma dieta equilibrada, saudável, ingestão adequada de água e hábitos de vida que também colaborem para isso, trazem bastantes benefícios para uma boa modulação intestinal. 
2. Considerando-se a Instrução Normativa ANVISA Nº 75/2020, 08.10.2020, a qual estabelece os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional nos alimentos embalados, o Alimento Fonte de Fibras deve apresentar no mínimo de 2,5 g de fibras por porção; e o Alimento com Alto Conteúdo de Fibras, o mínimo de 5,0 g por porção.
 - Eleger 4 alimentos fontes de fibras que integram o seu consumo habitual; estimar a quantidade por porção consumida e 100g; e classificá-los, conforme a categorização em questão. (0,4)
Todas as informações nutricionais foram retiradas da TBCA. 
MAMÃO PAPAIA 
Porção usualmente consumida (g) – 310g (uma unidade média)
Fibras na porção consumida – 3,20g – considerado fonte de fibras
Fibras por 100g – 1,03g – não é considerado fonte de fibras porque tem quantidade menor que 2,5g por porção. 
CUSCUZ 
Porção usualmente consumida (g) – 160g (4 colheres de arroz cheias)
Fibras na porção consumida – 3,28g – o alimento é considerado como fonte de fibras
Fibras por 100g – 2,05g - não é considerado fonte de fibras porque tem quantidade menor que 2,5g por porção.
FEIJÃO CARIOCA
Porção usualmente consumida (g) – 80g (concha rasa)
Fibras na porção consumida – 5,47g – considerado alimento com alto teor de fibras pois ultrapassa os 5,0g por porção. 
Fibras por 100g – 6,84g – considerado Alimento com alto teor de fibras pois ultrapassa os 5,0g por porção. 
VITAMINA DE MAMÃO COM AVEIA EM FLOCOS FINOS
Porção usualmente consumida (g) – 260mL vitamina (1,40g de fibras) + 1cs de aveia em flocos fino (1,43g de fibras)
Fibras na porção consumida – 2,83g – alimento considerado fonte de fibras
Fibras por 100g vitamina – 0,54g – não é considerada fonte de fibras
Fibras por 100g aveia – 9,50g – considerado com alto conteúdo de fibras

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