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AFECÇÕES DA BOLSA ESCROTAL E SEU CONTEÚDO · Escroto agudo Condição clínica que se instala em curto período, comprometendo o escroto e ou estruturas do seu interior, com manifestações locais de dor, edema, aumento de volume e elevação da temperatura local. - Etiologias: Torção do cordão espermático, torção de apêndices testiculares, epididimite, orquite, abscesso testicular, traumatismo escrotal, parotidite e gangrena de Fournier. Menos frequentes: edema escrotal idiopático, púrpura de Henoch-Schoenlein e queimadura genital. · Torção do cordão espermático: Deve-se principalmente ao aumento rápido do volume testicular na adolescência, antes que ele se fixe adequadamente ao escroto, favorecendo sua rotação em torno do eixo do seu pedículo. - Classificação: Torção extravaginal e torção intravaginal - Quadro clínico: Dor escrotal que se inicia sem qualquer outro evento, intensifica-se rapidamente, em gera acompanhada de náuseas e vômitos, ausência de febre. - Exames subsidiários: USG escrotal com doppler vascular (ausência da irrigação arterial do testículo); cintilografia escrotal com radioisótopo (tecnécio 99m). - Tratamento: Reposição manual do testículo à sua posição normal (resolve a emergência cirúrgica); abordagem cirúrgica; incisão inguinal: exposição do funículo espermático, localização do ponto onde ocorreu a torção e incisão escrotal e fixação do testículo contralateral. · Torção de apêndices testiculares do epidídimo: Resquícios dos ductos de muller e Wolf, manifestam se clinicamente como afecção escrotal aguda, na palpação sente-se nódulo no polo superior que corresponde ao apêndice torcido - Diagnostico: Exame físico, USG escrotal com doppler vascular e cintilografia escrotal com radioisótopo. - Tratamento: Repouso, analgésicos e anti-inflamatórios. Tratamento cirúrgico quando restar alguma dúvida. · Gangrena de Fournier: Emergência cirúrgica caracterizada pela fascite aguda necrotizante da região perineal, perianal e ou genital. Propaga-se rapidamente pela fáscia perineal de colles, fáscia de scarpa e com a região de dartos. Atraso do diagnóstico interfere no prognóstico. É associada a desordens sistêmicas: diabetes, alcoolismo, tabagismo, uso crônico de corticosteroides e situações associadas a deficiências. – Etiologia: Poli microbiana, presenta de um ambiente de hipoxia, infecções ou traumas perineais e sinergismos de várias bactérias. - Diagnostico: Clínico: prurido, edema, desconforto local, hiperemia, flictenas e secreção fétida, crepitação e febre. - Tratamento: Imediata correção dos distúrbios hidroeletrolíticos, antibioterapia de largo espectro, oxigênio terapia hiperbárica, desbridamento cirúrgico repetitivo ate debelar todo tecido necrótico e colostomia pode estar indicada. - Diagnóstico: História clínica e exame físico - Diagnóstico diferencial: Hérnia inguinal encarcerada, hidroceles, varicoceles (dilatação dos vasos do plexo pampiniforme anterior) e tumores · Hernia inguino-escrotal: Descida do testículo no conduto inguinal. - Complicações: · Encarceramento: Saco herniaria não redutível, geralmente hérnias indiretas e crurais, anel inguinal estreito. · Estrangulamento: Saco não redutível com sofrimento vascular do seu conteúdo · Hernia inguinal: Manobra de valsava, espessamento do canal inguinal. · Gangrena de Fournier · Orquites · Abcesso do testículo · Hidrocele Aumento do volume da bolsa escrotal decorrente de líquido entre algumas camadas. Geralmente causado por orquites e epididimites. · Varicocele É uma dilatação das veias dos testículos que provoca o acúmulo de sangue. · Cisto de epidídimo · Tuberculose · Dor testicular crônica · Criptorquidia
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