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Farmacologia do Sistema Respiratório

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RAFAELLA BONFIM TXXIX 
Farmacologia do Sistema Respiratorio
OBJETIVOS 
• Conhecer os principais fármacos utilizados em patologias do 
sistema respiratório, como rinite alérgica, asma, DPOC e 
tosse 
• Reconhecer o emprego clínico, vantagens e desvantagens 
das diferentes classes de fármaco 
ASMA BRÔNQUICA 
 
 Fatores de risco 
✓ Histórico familiar 
✓ Atopia: indivíduo com altos níveis de IgE circulante 
(resposta alérgica exacerbada) 
✓ Infecções do trato respiratório 
✓ Exposição a alérgenos 
 Tipos de asma 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fisiopatologia da asma 
A asma é caracterizada pela inflamação das vias respiratórias, 
hiper responsividade do músculo liso das vias respiratórias e 
broncoconstrição sintomática (manifestação clínica mais 
proeminente) 
 
 Tratamento da asma 
Existem 2 categorias: 
• Broncodilatadores 
 Agonistas dos receptores B2 adrenérgicos 
 Antagonistas dos receptores muscarínicos 
 Antagonistas dos receptores de cis-LTs 
 Xantinas 
• Anti-inflamatórios 
 Glicocorticoides 
 Imunoterapia – anti-IgE e anti IL-5 
 Dispositivos inalatórios 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
 Classificação clínica e tratamento 
 
 Anti-inflamatórios 
• Glicocorticoides 
 Reduzem a ativação de LTH2 e induzem sua apoptose 
 Reduzem ativação de linfócitos B e a produção de IgE, ou 
seja, reduzem a sensibilização e desgranulação de 
mastócitos 
 Reduzem a produção de ILs e a ativação de eosinófilos, 
diminuindo a lesão epitelial 
 Supra regulam receptores B2 
o Principais compostos: 
 
 
 
1. Beclometasona 
2. Budesonida 
3. Fluticasona 
4. Mometasona 
o Efeitos adversos 
 Candidíase orofaríngea, disfonia 
 Broncodilatadores 
• Agonistas B2- adrenérgicos 
 Efeitos em β2; inibem liberação de mediadores em 
mastócitos; aumentam remoção do muco; potencializam 
efeitos dos glicocorticoides 
 ação curta (SABA): salbutamol, fenoterol (3/5h). 
 ação longa (LABA): formoterol e salmeterol (8/12h). 
 ação ultralonga: vilanterol (16/23h) 
Efeitos indesejáveis: tremor, taquicardia, vasodilatação 
periférica, arritmias. 
 
 Classificação clínica e tratamento 
 
 Broncodilatadores/ Anti-inflamatórios 
• Antagonistas dos receptores de cis-LTs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CisLT: mucosa respiratória e células inflamatórias 
infiltrativas. 
 Montelucaste (comprimido mastigável ou não, 
granulado) 
 Zafirlucaste (comprimido) 
o Ação: 
 Reduzem as frequências das exarcebações; inibem a asma 
induzida pelo exercício; relaxam as vias aéreas; ação aditiva 
B2; reduzem a eosinofilia do escarro; alternativa ao uso de 
corticoides no tratamento de controle da asma 
o Efeitos indesejáveis: 
 Cefaleia 
 Distúrbios gastrintestinais 
o Farmacocinética 
 Administração oral 
 Montelucaste – meia-vida 3/6h (comprimido, granulado) 
 Zafirlucaste – meia-vida 10h (comprimido) 
 
 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
o Classificação clínica e tratamento 
 
• Antagonistas muscarínicos 
Ipratrópio (SAMA): bloqueio M1 e M3; aumento da depuração 
mucociliar; mais usado para tosse em asmáticos 
 Via inalatória, 3/5h, poucos efeitos indesejáveis (distúrbios 
gastrintestinais e vasodilatação acentuada) 
Tiotrópio (LAMA): DPOC (etapa I) e asma (etapa V) 
o Classificação clínica e tratamento 
 
 Resumo classificação clínica da asma 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
Obstrução persistente das vias aéreas causada pelo enfisema 
e/ou pela bronquite crônica. 
Afeta as pequenas vias aéreas e o parênquima pulmonar 
Fator de risco – tabagismo; poluição ambiental e ocupacional 
Limitação crônica do fluxo de ar, dispneia, tosse e aumento da 
produção de muco. 
5ª causa de internação entre adultos no Brasil 
 Fisiopatologia da DPOC 
 
 Tratamento da DPOC 
 
 Terapia farmacológica da DPOC 
• β2 -agonistas: 
○ Curta duração (SABA): salbutamol, fenoterol 
○ Longa duração (LABA): formoterol, salmeterol, indacaterol 
• Anticolinérgicos: 
 Curta duração (SAMA): ipratrópio 
 Longa duração (LAMA): tiotrópio, glicopirrônio, umeclidinio 
• Corticoides inalatórios (CI) 
 Beclometasona, budesonida, fluticasona, mometasona 
• Roflumilaste: 
 iniibidor da fosfodiesterase-4 (PDE4). Dose única diária 
 Aumento de AMPc intracelular = reduz liberação de 
mediadores inflamatórios, expressão de marcadores de 
superfícies em células e a apoptose 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
TOSSE 
É um reflexo protetor que retira material estranho e secreções 
dos brônquios e bronquíolos. 
Existem 2 tipos: seca e produtiva 
 Fármacos 
o Antitussígenos 
o Expectorantes 
✓ Mucolíticos 
✓ Fluidificantes 
Sempre que possível trate a causa subjacente e não a tosse 
• Antitussígenos 
 
Utilizados em casos de: 
 tosse não produtiva e de curta duração 
 doentes sem patologia crônica de base 
 que interfira com o sono 
 que provoque/agrave irritação brônquica 
 que represente risco para o doente 
 antes, durante ou após procedimentos diagnósticos ou 
intervenções terapêuticas no torax, bronquios ou pleura 
 Após extubação 
• Expectorantes 
Mucolíticos - Diminuem a viscosidade das secreções 
 Acebrofilina (Brondilat®) – broncodilatador e mucolítico 
 Ambroxol (anabron®, mucosolvan®) 
 Acetilcisteína (fluimucil®) 
 Carbocisteína (mucofan®, mucolit®) 
 Hedera helix (abrilar®) - fitoterápico broncodilatador e 
mucolítico 
 
 
 
 
Fluidificantes 
 Guaifenesina (Xarope vick de guaifenesina®, Dimetapp®) 
 
 
 
 
ANTI HISTAMÍNICOS E FÁRMACOS PARA RINITE 
 Rinite 
Reação alérgica caracterizada por: 
✓ Rinorreia (corrimento nasal) 
✓ Espirros 
✓ Coceira nos olhos, nariz, garganta e ouvido 
Por ser um processo alérgico é mediado principalmente por 
histamina, mas pode apresentar outros mediadores 
inflamatórios, como leucotrienos C4 e D4 
Histamina 
É o principal mediador de inflamação, anafilaxia e produção de 
secreção gástrica 
 É também um neurotransmissor de ação central 
Todos os tecidos contém histamina (histo= tecido), ela fica 
armazenada em grânulos secretórios, em mastócitos (nos 
tecidos) e basófilos (no sangue) 
Depois de esgotados, os grânulos podem levar semanas até 
serem repostos 
Qualquer histamina administrada via oral é rapidamente 
metabolizada e degradada 
o Processo de liberação de Histamina 
Existem 2 formas de liberação de histamina: 
A. O alérgeno – substância que causa alergia - (1º contato) é 
reconhecido por um plasmócito (Linfócito B) que produz 
imunoglobulinas E. Os mastócitos/basófilos capturam os 
grânulos de histamina IgE e colocam nas membranas dos 
seus receptores. Quando há o segundo contato com o 
alérgeno, ocorre a liberação de histamina + leucotrienos e 
outros mediadores inflamatórios 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
 Receptores de Histamina 
H1 – Receptor acoplado à proteína Gq 
Músculo liso; células endoteliais; SNC 
H2 – Receptor acoplado a proteína Gq 
Células parietais da mucosa gástrica (secreção de ácido); 
músculo liso; mastócitos (feedback negativo); SNC 
H3 – Receptor acoplado à proteína Gi 
Neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL 
no estômago 
H4 – Receptor acoplado à proteína GI 
Células hematopoiéticas; mastócitos, eosinófilos e basófilos 
(quimiotaxia de mastócitos e produção de leucotrienos) 
 Efeitos da estimulação de receptores H1 no músculo liso e 
células endoteliais 
✓ Relaxamento da musculatura lisa de vasos (arteríolas pré-
capilares) 
✓ Vermelhidão 
✓ Redução da resistência periférica 
✓ Redução da PA 
✓ Contração da musculatura lisa de vasos (vênulas pós 
capilares) 
✓ Aumento da permeabilidade vascular (abertura das junções 
de oclusão) 
✓ Extravasamento de albumina para os tecidos 
✓ Edema 
✓ Estimulações das terminações nervosas sensitivas 
✓ Coceira 
✓ Dor 
✓ Secreção de mucosa nasal 
✓ Contração da musculatura lisa de brônquios (ASMA) e 
intestino 
 Efeitos da estimulação de receptores H1 no SNC 
✓ Estimulação de neurôniosno núcleo tuberomamilar no 
hipotálamo posterior 
✓ Regulação do ciclo de vigília sono 
 
 
 Fármacos antagonistas de Receptores H1 (Agonistas 
inversos) 
 
Revertem todos os efeitos da estimulação dos receptores pela 
histamina 
Possuem ação anticolinérgica (em receptores muscarínicos) – 
apenas fármacos de segunda geração 
Promovem a sonolência (fármacos 1ª geração) , reduzindo 
estado de alerta, lentidão de reflexos 
o Orais 
Primeira geração (atravessam a barreira hematoencefálica) 
 
Difenidramina , Hidroxizina, (Dex)Clorfeniramina e Prometazina 
Segunda geração (não atravessam a barreira hematoencefálica 
- ionizados e ligados a albumina) 
 
Loratadina, Desloratadina, Cetirizina, Fexofenadina 
RAFAELLA BONFIM TXXIX 
 Uso clínico dos anti-histamínicos clássicos anti H1 
✓ Tratamento de rinite alérgica, urticária e conjuntivite 
alérgica (principalmente fármacos de segunda geração) 
 Não são eficazes no tratamento da ASMA em monoterapia 
 Em caso de choque anafilático ou angioedema o tratamento 
de escolha é a adrenalina 
 Em casos de prurido/dermatite atópica, os corticóides são a 
primeira escolha. 
 Não são úteis em casos de resfriados (quadros não 
alérgicos) 
✓ Tratamento de cinetose e vertigem 
✓ Indução do sono/Sedação (esquema "M1" em cuidados 
paliativos) Apenas os fármacos de primeira geração 
✓ Antiemético 
✓ Ansiolítico 
o Efeitos Adversos (proporcionais à dose) 
 Sedação (Apenas os fármacos de primeira geração). 
 Atenção em pacientes geriátricos. 
 Confusão/Queda 
 Incapacidade de dirigir e operar máquinas 
 Efeitos anticolinérgicos muscarínicos (Apenas os fármacos 
de primeira geração) 
 Boca seca, visão turva, retenção urinária, constipação, olhos 
secos. 
 Outros fármacos que podem ser usados na rinite 
o Anti-inflamatórios Glicocorticoides 
Usados apenas como spray nasal tópico para minimizar os 
efeitos sistêmicos e potencializar a ação local. 
 Por serem de venda livre podem ser usados em doses muito 
maiores que as recomendadas! 
 Se uma prescrição for feita por escrito, indicar um spray 
nasal por narina por dia! 
 Não dá alívio imediato dos sintomas. O efeito máximo pode 
demorar uma semana para se manifestar. 
São imunossupressores e inibem a resposta inflamatória em 
diversos pontos. 
 Reduzem o recrutamento e influxo de células inflamatórias, 
principalmente mastócitos 
 Reduzem secreção de leucotrienos 
 Reduzem ativação de plasmócitos e produção de IgE 
 Reduzem ativação de linfócitos T 
São metabolizados por CYP ́s 
 
o Agonistas Alfa Adrenérgicos ("Descongestionantes") 
Usados apenas como spray/solução nasal tópico para minimizar 
os efeitos sistêmicos e potencializar a ação local. 
 Por serem de venda livre podem ser usados em doses muito 
maiores que as recomendadas! 
 Se uma prescrição for feita por escrito, indicar um spray 
nasal por narina por dia! 
 Dá alívio imediato dos sintomas. 
São vasoconstritores periféricos e revertem os efeitos vasculares 
da histamina e/ou gripes/resfriados comuns. 
 Reduzem o edema. 
 Reduzem a rinorreia. 
Tem potencial de abuso e são considerados "doping" em diversas 
modalidades esportivas 
o Cromoglicato 
Estabiliza membrana de mastócitos 
 Impede liberação de histamina e leucotrienos. 
 Suprime ativação e quimiotaxia de neutrófilos, eosinófilos e 
monócitos nas vias aéreas. 
 Inibe reflexo da tosse. 
Tem baixa eficácia para o alívio dos sintomas, por isso é pouco 
usado. 
Usado profilaticamente também na asma pós-exercício 
Administrado via spray nasal 
 Tratamento da Rinite 
• Anti-histamínicos (principalmente de segunda geração). 
ex: Azelastina 
• Corticoides (tópicos/solução nasal) 
ex: Ciclesonida 
• Antagonista de receptor de leucotrieno 
ex: Montelucast 
• Agonista alfa adrenérgico 
ex: nafazolina 
• Estabilizador de Mastócito 
ex: Cromoglicato (único representante da classe)

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