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Farmacologia dos Anti-histamínicos

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Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
 
Os principais alérgenos encontrados no meio ambiente são ácaros, fungos, polens, alguns alimentos, pelos de animais, 
medicamentos, veneno dos himenópteros (vespas, abelhas, formigas e marimbondos), látex, cosméticos e níquel. 
Estes alérgenos entram em contato com a mucosa e acabam desencadeando ativação de linfócitos T, e produção de 
citocinas através das células Th2. A ativação de células Th2 e mudança de classe para IgE nos linfócitos B, ligação de 
IgE nos mastócitos, a exposição repetida ao alérgeno, ativa os mastócitos liberando mediadores. 
Exemplo de mediadores são: aminas vasoativas, mediadores químicos e citocinas. – Reação de hipersensibilidade 
imediata e tardia. 
O que é histamina? É uma amina biogênica vasodilatadora envolvida em processos bioquímicos de respostas 
imunológicas, tais como extravasamento de plasma que acarreta o aparecimento de edemas, vermelhidão, coceira 
dentre outros. Exerce também função reguladora na fisiologia intestinal além de atuar como neurotransmissor. 
Produzida por mastócitos, basófilos e outras células enterocromafim. 
Está na degranulação dos mastócitos – conteúdos liberados, histamina, proteases e fatores quimiotáticos. 
Receptores: 
❖ H1 – células endoteliais e musculares lisas (inflamação e alergias); 
o Acoplado a proteína G 
❖ H2 – células parietais da mucosa gástrica (secreção de ácido), musculo cardíaco, mastócitos; 
❖ H3 – neurônios histaminérgicos pré-sinápticos no SNC e células ECL no estomago; 
❖ H4 – mastócitos, eosinófilos e basófilos (quimiotaxia de mastócitos e produção de leucotrienos). 
Tecido Efeito da histamina Manifestações clínicas Subtipo de receptor 
Pulmões Broncoconstrição Sintomas semelhantes aos da 
asma 
 
H1 
Músculo liso vascular Dilatação (arteríolas e 
vênulas pós-capilares); 
Venoconstrição 
Eritema 
 
H1 
Endotélio 
 
Aumento da permeabilidade 
vascular 
Edema, pápulas H1 
Nervos periféricos 
 
Sensibilização das 
terminações nervosas 
aferentes 
Prurido, dor 
 
H1 
Coração 
 
Pequeno aumento em 
frequência e contratilidade 
Irrelevantes H2 
Estômago Aumento da secreção de HCl Doença ulcerosa péptica, 
pirose 
H2 
SNC Neurotransmissor Ritmos circadianos, estado de 
vigília 
H3 
 
Anti-histamínicos 
São considerados agonistas inversos, se liga ao receptor pré ativado e então passar ao estado de repouso. Possuem 
efeitos farmacológicos musculares (diminui a constrição dos brônquios, dos bronquíolos e do útero), cardiovasculares 
(diminui a permeabilidade das vênulas pós-capilares, através do bloqueio nos receptores H1, diminui a frequência 
cardíaca devido a inibição dos receptores cardíacos H2) e gástricos (inibe a secreção do ácido gástrico pela ação dos 
receptores H2). Efeitos na pele de controle do prurido – hipersensibilidade tipo 1. 
Anti-H1 
Inibem mecanismos inflamatórios e alérgicos, usados em casos de rinite, urticária, 
alergia a alimentos e outros. Surgiu com o passar do tempo fármacos de 1ª 
geração (sedativos) e de 2ª geração (não sedativos). 
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
1ª geração: 
❖ Exemplos de fármacos: Difenidramina (mais comum nas preparações para dormir), dimenidrinato e 
prometazina (famoso fenergan); 
❖ Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores H1; 
❖ Efeito farmacológico: bloqueiam o aumento da permeabilidade vascular necessário para formação de edemas 
e pápulas; 
❖ Utilização clínica: rinite alérgica, anafilaxia, urticaria (tópico), prurido (tópico), conjuntivite, insônia e cinetose; 
❖ Atividade anticolinérgica significativa. 
Local de ação Efeitos colaterais 
Receptor H1 em SNC; Sedação e diminuição da atenção, cognição, aprendizagem, 
memória e desempenho psicomotor 
Receptor muscarínico colinérgico Secura da boca e olhos, retenção urinaria, taquicardia sinusal, 
midríase e constipação intestinal 
Receptor de serotonina Aumento de apetite e ganho de peso 
Receptor alfa-adrenérgico Tonturas e hipotensão 
Canais iônicos cardíacos Aumento do intervalo QT e arritmia ventricular 
 
2ª geração 
❖ Exemplos de fármacos: Loratadina, desloratadina (única que ajuda a redução da congestão nasal), ebastina, 
fexofenadina e cetirizina (causa maior incidência de fadiga e sonolência); 
❖ Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores H1; 
❖ Efeito farmacológico: bloqueiam o aumento da permeabilidade vascular 
necessário para formação de edemas e pápulas, porém, são menos 
lipossolúveis, portanto, não atravessam a barreira hematoencefálica, menos 
efeitos sedativos; 
❖ Utilização clínica: rinite alérgica, também chamada de doença do feno. 
Principalmente vantagem é a baixa sedação nas doses recomendadas, além de mínimos 
efeitos anticolinérgicos. Afinidade diminuída por receptores adrenérgicos e 
serotoninérgicos. 
Atenção aos descongestionantes nasais + anti-histamínicos – causam vasoconstrição (alfa-1) – uso de tempo curto 
pois tem efeito rebote sobre a congestão nasal, o que gera dependência além do aumento da pressão arterial. 
Local de ação Efeitos colaterais 
Trato GI Náuseas, perda de apetite, constipação ou diarreia. 
Coracao Taquicardia 
SNC Hiperatividade 
 
Farmacocinética e farmacodinâmica 
 
Nome Absorção (t/max) (h) Início/duração de ação 
(h) 
½ vida eliminação 
(h) 
Interação com outras 
drogas 
Anti-H1 de primeira geração 
Clorfeniramina 2,8 ± 0,8 3/24 27,9 ± 8,7 Possível 
Hidroxizina 2,1 ± 0,4 2/24 20 ± 4,1 Possível 
Anti-H1 de segunda geração 
Loratadina 1,2 ± 0,3 2/24 7,8 ± 4,2 Incomum 
Desloratadina 1 – 3 2-2,3/ >24 27 Incomum 
Fexofenadina 2,6 1-3/24 11-15 Incomum 
Ebastina 2,5 – 5,7 2/24 10,3-19 Possível 
Cetirizina 1,0 ± 0,5 2/24 6,5 – 10 Incomum 
 
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
❖ Após a administração oral atingem níveis máximos em cerca de 2 a 3 horas e perduram até 6 a 24h, 
dependendo do agente; 
❖ As formulações injetáveis são uteis como complemento da epinefrina para hipersensibilidades 
medicamentosas graves e tratamento de emergência da anafilaxia; 
❖ Quando utilizados para tratar alergias, os efeitos sedativos são geralmente indesejados, mas existem situações 
em que esse efeito é requerido; 
❖ Apesar de inibirem o aumento da permeabilidade vascular e do broncoespasmo in vivo, esses efeitos, porém, 
são de pouco valor no caso de broncoespasmos alérgicos. 
Formas de administração: tópica (spray nasal, tópico ocular), via oral, via endovenosa. 
Anti-H2 
❖ Exemplos de fármacos: Cimetidina, ranitidina, nizatidina e famotidina; 
❖ Mecanismo de ação: antagonistas dos receptores H2; 
❖ Efeito farmacológico: diminuição da secreção gástrica; 
❖ Utilização clínica: úlcera péptica, doença do refluxo gastresofágico, azia e síndromes de hipersecreção de 
ácido; 
❖ Efeitos colaterais: hipotensão, cefaleia e diarreia; 
❖ Cimetidina: inibe muitas enzimas P450, e por esse mecanismo, causa interações medicamentosas. 
Questões para fixação do assunto: 
1. A principal utilização de bloqueadores de receptores de histamina H1 de segunda geração é o tratamento de 
qual das seguintes queixas? 
 
a) Tosse associada à gripe 
b) Febre do feno 
c) Doença do movimento (cinetose) 
d) Insônia 
 
2. Você̂ examina um homem de 43 anos de idade, motorista de caminhão de longa distância, que se queixa de 
rinite alérgica grave. Qual dos seguintes medicamentos seria o melhor anti-histamínico para prescrever? 
 
a) Difenidramina 
b) Fexofenadina 
c) Meclizina 
d) Prometazina 
 
3. Qual das seguintes afirmações é mais precisa? 
 
a) Os agentes anti-histamínicos usados para rinite alérgica têm atividade antagônica, tanto contra receptores H1 
como H2. 
b) Os agentes anti-histamínicos são geralmente úteis no tratamento da asma. 
c) Os anti-histamínicos são preferidos no tratamento de anafilaxia aguda. 
d) Os anti-histamínicos de segunda geração têm menos efeitos anticolinérgicos do que os anti-histamínicos de 
primeira geração. 
 
4. A histaminaé um potente autacoide com ação diversa em diversos sistemas orgânicos; portanto, os 
receptores da histamina são alvos óbvios para o desenvolvimento de fármacos. Em relação à farmacologia 
envolvendo a histamina, assinale a afirmativa correta. 
 
a) São reconhecidos atualmente dois subtipos de receptores para histamina, os chamados H1 e H2. 
b) Os fármacos ditos anti-histamínicos H1 são utilizados no tratamento da constipação. 
c) Como exemplo de fármaco anti-histamínico tem-se o salbutamol. 
d) Os fármacos que agem nos receptores H2 da histamina são utilizados no tratamento da úlcera gástrica, por 
exemplo. 
e) O alopurinol, utilizado no tratamento da gota, é um exemplo de fármaco anti-histamínico. 
Farmacologia | P5 | @study.sarahs | MEDICINA – FITS 
 
 
5. Os anti-histamínicos H1 são fármacos que interagem com os receptores de histamina do tipo 1, com o objetivo 
de reduzir a atividade produzida pela estimulação desse ligante. Essa interação reduz a atividade constitutiva 
do receptor, compete com a histamina pelo sítio de ação e desloca o receptor para a conformação inativa. 
Considerando a interação fármaco-receptor, esses fármacos são classificados como 
 
a) agonistas inversos. 
b) agonistas parciais. 
c) antagonistas competitivos. 
d) antagonistas não competitivos. 
e) antagonistas funcionais. 
 
 
 
 
 
 
RESPOSTAS 
1. B. Os anti-histamínicos de primeira geração que causam sedação têm 
sido utilizados como auxiliares para o sono, e alguns têm efeitos 
antieméticos. 
2. B. Os outros anti-histamínicos são sedativos. 
3. D. Os anti-histamínicos de segunda geração têm menos efeitos colaterais 
sedativos e anticolinérgicos do que os de primeira geração. 
4. D 
5. A

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