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Sp4 1. Descreva sobre a dor visceral (vias, viscerorreceptores - localização, quadro clínico, fisiopatologia, diagnóstico, tratamento…) ● Dor visceral É a dor originada em diferentes vísceras do abdome e do tórax; geralmente, as vísceras têm receptores exclusivos para a dor. A principal diferença entre a dor superficial e a visceral é que os danos viscerais muito localizados, raramente vão causar dor grave; estímulos que ocasione estimulação difusa das terminações nervosas para a dor na víscera causa dor grave; exemplo: isquemia por oclusão do suprimento em grande área do intestino, estimula várias fibras dolorosas difusas ao mesmo tempo → dor visceral. Causas para dor visceral - isquemia: causa dor visceral da mesma forma que causa dor em outros tecidos; basicamente: formação de produtos metabólicos que estimulam terminações nervosas para dor - estímulos químicos: substâncias nocivas podem escapar do TGI para a cavidade peritoneal, exemplo: suco gástrico ácido proteolítico; pode escapar por úlcera gástrica ou duodenal perfurada → estimula digestão do peritônio visceral → estimula amplas áreas de fibras da dor - espasmo de víscera oca: espasmo de alça intestinal, vesícula biliar, ducto biliar, ureter, etc.; a dor é causada provavelmente pela estimulação mecânica das terminações dolorosas ou pela diminuição do fluxo sanguíneo para o músculo, o que combinado com o aumento das necessidade metabólicas do músculo para nutrientes, causa dor. Esse tipo de dor ocorre em forma de cólica (aumenta o grau e diminui), intermitente, uma vez a cada alguns minutos; exemplos em que ocorre: apendicite, gastroenterite, constipação, menstruação, parto, doenças da vesícula biliar ou obstrução ureteral. - distensão excessiva de víscera oca: o preenchimento excessivo também pode causar dor, talvez pela interrupção dos vasos sanguíneos que circundam a víscera. - vísceras insensíveis: parênquima do fígado e alvéolos pulmonares são quase que insensíveis à dor; cápsula hepática, ductos biliares, brônquios e pleura parietal são extremamente sensíveis à dor. → “DOR PARIETAL” causada por doença visceral Quando temos uma doença afetando a víscera, normalmente o processo doloroso se dissemina para o peritônio, pleura ou pericárdio parietal. O pericárdio parietal, assim como a pele, tem muita inervação dolorosa A dor visceral é transmitida por fibras do tipo C, então temos a via paleoespinotalâmica sendo usada aqui. A dor visceral verdadeira, é transmitida por fibras sensoriais para dor nos feixes nervosos autônomos, e as sensações são referidas para as áreas de superfície do corpo, geralmente longe do órgão doloroso O axônio de 2 ordem passam pela comissura anterior da medula, cruzam, ascendem para o encéfalo pela porção anterolateral e vão terminar, quase todas as fibras, nos núcleos reticulares do tronco cerebral; só 10 a 25% das fibras sobem até o tálamo, para que tenhamos percepção da dor no córtex. → Quadro clínico Dor visceral “verdadeira”: sensação vaga, difusa, e pobremente definível (baixa densidade receptores e extensa divergência das aferências sensoriais) Comumente sentida na linha média, ao nível do esterno inferior ou epigástrio, na fase inicial (mesmo quando origina-se sítios a distância como coração, esôfago, estomago, duodeno, vesícula, pâncreas. Compressão local não evoca piora da dor → DOR ONCOLÓGICA VISCERAL Causas de dor visceral relacionada ao câncer: Metástases hepáticas com extensão para a cápsula hepática, obstrução biliar Pancreatite, tumorações pancreáticas ou peripancreáticas obstrutivas Adenopatia retroperitoneal metastática 1 Obstrução de vísceras como vesícula, intestino delgado ou cólon Infiltração mesentérica e implantes no peritônio Complicações como perfuração ou intussuscepção. OBS: Muitos nociceptores viscerais são silenciosos e ativados apenas quando ocorre inflamação, distensão, torção ou isquemia visceral. A maioria das vísceras cervicais, torácicas e abdominais (rins, pelve renal, ureter, aparelho digestivo do esôfago até os 2/3 das mediais do cólon transverso) transmite parte dos estímulos nociceptivos pelo nervo vago para o núcleo do trato solitário do bulbo. Os estímulos nociceptivos oriundos das vísceras pélvicas e de parte das vísceras cervicais, torácicas e abdominais são conduzidos pelos aferentes que acompanham as fibras do SNNS, penetram na medula espinal juntamente com as raízes dorsais e projetam- -se nas lâminas I, II, V e X do CDME, de onde, via tratos espinotalâmicos, espinorreticulares e pós-sinápticos do funículo posterior, alcançam a formação reticular do tronco encefálico, os núcleos grácil e cuneiforme e o tálamo, de onde as informações são transmitidas para os córtices SI, insular, pré-frontal e cingulado anterior e amígdala Os receptores mecânicos ou mecanorreceptores existentes na musculatura lisa de todas as vísceras ocas são do tipo Aδ e C, e respondem a estímulos mecânicos leves, tensão aplicada ao peritônio, contração e distensão da musculatura lisa. O trato gastrintestinal possui receptores químicos e mecânicos de adaptação lenta e rápida que são classificados em dois grupos: o grupo de receptores de alto limiar para estímulos mecânicos leves, e o grupo de baixo limiar para estímulos mecânicos que responde a estímulos agressivos e não agressivos. O primeiro grupo é encontrado no esôfago, sistema biliar, intestino delgado e cólon e o segundo, apenas, no esôfago e cólon. A relação entre a intensidade do estímulo e a atividade nervosa é somente evocada após a estimulação nociva 2. Diferencie dor referida de dor irradiada Dor referida - sensação de dor fica longe do local lesionado/ tecido causador - se manifesta em pele próxima ou distante de onde ocorre o estímulo doloroso - em muitas doenças, o único sinal clínico é a dor referida - na medula espinal temos uma convergência de sinais de dor: sinais que vêm da pele e das vísceras, cruzam e acabam estimulando o mesmo neurônio de segunda ordem - o sistema nervoso reconhece o estímulo mais conhecido, no caso o da dor cutânea Quando a dor visceral é referida para uma superfície do corpo, a pessoa, em geral, a localiza no segmento dermatômico de origem do órgão visceral no embrião, e não necessariamente no local do órgão visceral As regiões em que temos a dor referida → corresponde a regiões de origem embrionária dos órgãos 2 Dor irradiada Pode ser chamada dor radicular, pode ser causada pela compressão, torção, estiramento ou irritação de uma raiz espinhal. Trata-se de uma dor aguda e muito intensa, que na maioria das vezes se inicia em uma região mais central, próxima à coluna e se dirige para uma extremidade inferior ex: síndrome lombossacral radicular (SLR) dor radicular em uma perna, com ou sem outros sinais irritativos e sintomas neurológicos da raiz do nervo na região lombossacral afetada. SLR é frequentemente acompanhada de dor lombar, mas a dor nas pernas está em primeiro plano. Típico para a dor radicular é a irradiação em uma das pernas até a região abaixo do joelho, do tipo pontada/agulhada na área de abrangência da raiz do nervo afetado (padrão dermatomal). A causa da SLR é a irritação ou compressão sobre a raiz do nervo, geralmente por uma hérnia de disco. 3. Descreva sobre a dor somática (entender e diferenciar da dor visceral) ● dor somática - localizada mais facilmente pelo paciente, associada a traumatismo ou atividade física - pode originar-se em músculos, articulações, ligamentos ósseos, tendões e fáscia ● dor visceral - se origina a partir da estimulação de nociceptores mais profundos - pode ter origem nas cavidade torácica, abdominal, pélvica ou craniana - localização imprecisa, difícil identificação, muitas vezes é referida em outras áreas do corpo; dor em cólica, pressão intensa, profunda Ocorre em doentes que sofrem traumatismos, doenças reumáticas, doenças degenerativas do sistema musculoesquelético, câncer, etc. e decorre da sensibilização neuronal, apoptose dos neurônios inibidores, ativação SNNVS, apoptose dos interneurônios inibidores, , fenômenos neuroplásticose reorganização sináptica anormal do SNC, dentre outros mecanismos. Caracteriza-se pela presença de hiperalgesia e alodínia primárias e secundárias e adoção de comportamentos anormais 4. Entender o mecanismo de ação dos AINES, anti-espasmódicos e antiemético ● Antiespasmódicos Antiespasmódicos, que diminuem o tônus da musculatura lisa. Os principais opioides usados para alívio sintomático de diarreia são codeína (um congênere da morfina), difenoxilato e loperamida (ambos congêneres da petidina que não atravessam com facilidade a barreira hematencefálica e são usados somente por suas ações no intestino). Todos podem ter efeitos adversos, inclusive constipação intestinal, cólicas abdominais, sonolência e tonturas. Pode ocorrer também a perda completa da motilidade intestinal (íleo paralítico). Por essas razões, não devem ser usados em crianças com menos de 4 anos de idade. A loperamida é o fármaco de primeira escolha para a diarreia do viajante e é componente de vários antidiarreicos patenteados. Tem uma ação relativamente seletiva sobre o trato GI e sofre recirculação êntero-hepática significativa, além de reduzir a frequência das cólicas abdominais, diminuir a eliminação de fezes e abreviar a duração da doença. O difenoxilato também não apresenta atividade semelhante à da morfina no SNC, embora grandes doses (25 vezes mais altas) produzam efeitos opioides típicos. As preparações do fármaco, em geral, também contêm atropina. Codeína e loperamida têm ações antissecretoras, além de seus efeitos sobre a motilidade intestinal. Os “opioides endógenos”, as encefalinas (ver Capítulo 43), também têm um papel na regulação da secreção intestinal. A racecadotrila é um profármaco do tiorfan, um inibidor da encefalinase. Ao prevenir a quebra das encefalinas, ele reduz a 3 secreção intestinal em excesso, que ocorre durante episódios de diarreia. É usado também em combinação com terapia de reidratação. Os agonistas dos receptores canabinoides também reduzem a motilidade intestinal em animais, muito provavelmente diminuindo a liberação de ACh dos nervos entéricos. Tem havido relatos esporádicos de um efeito benéfico da Cannabis contra disenteria e cólera. Os fármacos que reduzem a motilidade GI também são úteis na síndrome do intestino irritável e na doença diverticular. Antagonistas dos receptores muscarínicos (ver Capítulo 14) usados para esse propósito incluem atropina, hioscina, propantelina e dicicloverina. Considera-se que esta última possa ter certa ação relaxante direta adicional sobre o músculo liso. Todos produzem efeitos colaterais antimuscarínicos, como secura da boca, visão embaçada e retenção urinária. A mebeverina, um derivado da reserpina, tem ação relaxante direta sobre o músculo liso GI, e são poucos os efeitos adversos. ● Antiemético As náuseas e os vômitos são efeitos colaterais indesejáveis de muitos fármacos clinicamente úteis, notadamente os usados para quimioterapia, no câncer, mas também os opioides, anestésicos gerais e digoxina. Eles também ocorrem na cinetose,6 durante o início da gravidez e em inúmeras doenças (p. ex., enxaqueca), bem como em infecções bacterianas e virais. Existem três centros importantes localizados na medula. A zona do gatilho quimiorreceptora (ZGQ), o centro do vômito e os núcleos vestibulares. O centro do vômito recebe estímulos da ZGQ, do trato gastrintestinal (GI), por meio de conexões aferentes vagais, e dos centros corticais superiores, além de coordenar o ato físico da êmese. Os aferentes vagais vindos do trato GI também se juntam diretamente à ZGQ, bem como aos estímulos do núcleo vestibular, que, por sua vez, recebe estímulos do labirinto → fármacos - antagonistas dos receptores H1 (histamina) Os mais comumente empregados são: cinarizina, ciclizina e prometazina. No entanto, nenhum é muito eficaz contra substâncias que atuam diretamente sobre a ZGQ. indicações: - eficazes contra náuseas e vômitos originados de muitas causas, incluindo cinetose e agentes irritantes no estômago; usada para náuseas matinais da gravidez (nas raras ocasiões em que o estado nauseoso é tão grave a ponto de justificar tratamento com fármacos) e tem sido utilizada pela NASA para o tratamento da cinetose do espaço efeitos adversos: sonolência e sedação → betaistina tem efeitos complexos na ação da histamina, antagonizando os receptores H3, mas com uma atividade agonista fraca nos receptores H1. É usada no controle das náuseas e da vertigem associadas à doença de Ménière - antagonistas de receptores muscarínicos Hioscina (escopolamina) indicação: profilaxia e tratamento de cinetose; VO ou adesivo transdérmico efeitos adversos: boca seca, visão embaçada, sonolência (menos que os histamínicos) - antagonistas dos receptores de 5-HT3 (serotonina) A granisetrona, a ondansetrona e a palonosetrona são particularmente valiosas na prevenção e no tratamento de vômitos e, em menor proporção, de náuseas comumente observados no pós-operatório ou causados por radioterapia ou administração de fármacos citotóxicos como a cisplatina. O local primário de ação desses fármacos é a ZGQ VO ou parenteral 4 efeitos adversos: cefaléia, desconforto GI - antagonistas da dopamina Antagonistas da dopamina Os antipsicóticos fenotiazínicos, como clorpromazina, perfenazina, proclorperazina e trifluoperazina, são antieméticos eficazes comumente usados para tratar as manifestações mais intensas de náuseas e vômitos associados a câncer, radioterapia, citotóxicos, opióides, anestésicos e outros fármacos. VO, IV, supositório Atuam, principalmente, como antagonistas dos receptores D2 da dopamina na ZGQ, mas também bloqueiam receptores de histamina e muscarínicos. efeitos adversos: sedação, hipotensão e sintomas extrapiramidais Outros fármacos antipsicóticos, como o haloperidol, o composto relacionado droperidol e a levomepromazina, também atuam como antagonistas D2 na ZGQ e podem ser usados para êmese aguda induzida por quimioterapia A metoclopramida é um antagonista do receptor D2 e é estreitamente relacionada com o grupo dos fenotiazínicos, atuando centralmente sobre a ZGQ e tendo ação periférica sobre o próprio trato GI, aumentando a motilidade do esôfago, do estômago e do intestino. Isso não somente é acrescentado ao efeito antiemético, mas também explica seu uso no tratamento do refluxo gastroesofágico e dos distúrbios hepáticos e biliares efeitos adversos: distúrbios do movimento (mais comuns em crianças e adultos jovens), cansaço, inquietação motora, torcicolo espasmódico (torção involuntária do pescoço) e crises oculógiras (movimentos oculares involuntários para cima). Além disso, estimula a liberação de prolactina, causando galactorreia e distúrbios menstruais. A domperidona é um fármaco semelhante, usado para tratar vômitos causados por citotóxicos, bem como sintomas GI. De modo diferente da metoclopramida, não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e, por consequência, tem menos propensão a produzir efeitos colaterais centrais. efeitos adversos: aumento do risco de ações adversas cardíacas graves (estando seu uso restrito na atualidade) Ambos os fármacos são administrados por via oral, têm meia-vida plasmática de 4 a 5 h e são eliminados na urina. - antagonistas do receptor NK1 A substância P causa êmese quando injetada intravenosamente e é liberada pelos nervos aferentes vagais GI, assim como pelo próprio centro do vômito. O aprepitanto bloqueia os receptores da substância P (receptores NK1) na ZGQ e no centro do vômito. VO, eficaz no controle da fase tardia da êmese causada por fármacos citotóxicos, com poucos efeitos adversos significativos. O fosaprepitanto é um profármaco do aprepitanto e é administrado por via intravenosa. Evidências esparsas originalmente sugeriram a possibilidade de usar canabinoides (ver Capítulo 19) como antieméticos (Pertwee, 2001). Verificou-se que o canabinol sintético nabilona diminui os vômitos causados por agentes que estimulam a ZGQ e, algumas vezes, é eficaz quando outros fármacos falham. O efeito antiemético é antagonizado pela naloxona,o que significa que os receptores opioides podem ser importantes no mecanismo de ação. A nabilona é administrada por via oral, sendo bem absorvida no trato GI e metabolizada em muitos tecidos. Sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 120 min, e seus metabólitos são eliminados na urina e nas fezes. São comuns os efeitos adversos, especialmente sonolência, tonturas e boca seca. Alterações do humor e hipotensão postural também são razoavelmente frequentes. Alguns pacientes apresentam alucinações e reações psicóticas, que fazem lembrar o efeito de outros canabinoides. Os glicocorticóides em altas doses (particularmente a dexametasona) também podem controlar a êmese, em especial quando causada por fármacos citotóxicos; entretanto, o mecanismo de ação não é claro. A dexametasona é normalmente administrada em combinação com a metoclopramida ou com a ondansetrona em pacientes que estejam recebendo citotóxicos ou com náuseas e vômitos no pós-operatório. 5 Rang & Dale Farmacologia 5. Exames complementares: urina e MINTI e exame físico de Giordano positivo. Minti A dor visceral é causada por alterações internas de órgãos ocos e cápsula de vísceras sólidas, ex: estômago, rim, bexiga, vesícula biliar, cápsula hepática e intestinos Não existe, ainda, um protocolo bem estabelecido para a determinação de estratégias diagnósticas e condutas terapêuticas, no paciente com dor visceral. Etapas que podem ser adotadas na condução clínica desse paciente: 1. Realizar anamnese completa do paciente, enfocando: - Dor (especificar): a) localização; b) início; c) irradiação; d) intensidade; e) periodicidade; f) duração; g) se desperta o paciente durante o sono; h) fatores precipitantes, de melhora ou piora (tosse, espirro, ingesta alimentar (tipo), ingesta alcoólica, eliminação de flatus ou fezes, urina, movimentos, esforço físico, trauma abdominal, cicatrizes abdominais); i) modificação do padrão da dor ou dos sintomas associados (obstipação, diarréia); - Medicamentos em uso (inibidores da angiotensina, beta-bloqueadores, antibióticos, agentes quimioterápicos, inibidores de bomba de próton ou AINH podem causar dor abdominal e diarréia); - Período do ciclo menstrual; - História de doença sexualmente transmissível; - Sinais e sintomas associados: a) Sistêmicos: perda ponderal significativa (mais de 10 kg em 6 meses), febre, anemia, adinamia, síncope, adenomegalias e massas abdominais; b) Digestivos: náuseas, vômitos, diarréia, obstipação, distensão abdominal, eructações, pirose, saciedade precoce, empachamento pós-prandial, anorexia, sinais ou sintomas de colestase (icterícia, colúria, acolia e prurido), massa abdominal, hemorragia digestiva (hematêmese, melena, enterorragia, hematoquesia), hepato-esplenomegalia; c) Extra-digestivos: artrite/artralgia, dor pleural símile, urgência miccional, micção noturna, dispareunia, dismenorreia, dor lombar, dorsalgia, fraqueza dos membros, enxaqueca; d) Estresse: palpitações, insônia, cansaço fácil, aumento ou redução do apetite; 2. Exame físico completo, incluindo toque retal, vaginal e pesquisa de pontos de gatilho 3. Caso não haja evidência de uma doença específica, podemos utilizar para avaliação diagnóstica inicial os seguintes exames de imagem e/ou endoscópicos: - Radiografias de tórax e coluna torácica (para dores no abdômen superior), de abdômen em ortostase (se dor em cólica, difusa ,associada a vômitos, e/ou diarréia, e/ou obstipação) e radiografia de coluna lombar (se dor lombar associada); - Ultrassonografia abdominal total: para dores em hipocôndrios e epigástrio com ou sem irradiação, para afastar doenças biliopancreáticas; para dores em mesogástrio ou difusas mal definidas, sem sintomas digestivos associados, para afastar aneurismas ou tumorações, para dores pélvicas, para afastar afecções ginecológicas ou urológicas (ultrassonografia pélvica). Se interposição gasosa impedir a visualização do pâncreas ou rins e vias urinárias ou qualquer outra víscera, solicitar tomografia computadorizada abdominal (superior, renal, pélvica ou total, respectivamente); - Ultrassonografia dos rins e vias urinárias: para dor em flancos ou região lombar; - EDA (endoscopia digestiva alta): para dor ou desconforto em epigástrio (não inclui hipocôndrios); - Colonoscopia com múltiplas biópsias (para afastar colite microscópica em pacientes com diarreia), principalmente íleo terminal: para dor em fossas ilíacas ou difusa associada à alteração do trânsito intestinal em pacientes com idade > 45 anos e/ou sinais de alarme e/ou história familiar de câncer colorretal ou polipose familiar e/ ou mudança no padrão da dor ou das alterações do trânsito intestinal e/ou sintomas intensos ou incapacitantes e/ou história de curta duração (< 2 anos). 6
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