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• A valva aórtica está na junção entre o VE e aorta asc → válvula ventrículo-arterial ou semilunar. • Durante a diástole a válvula se fecha, impedindo o refluxo de sangue da aorta para o VE • Durante a sístole ela se abre, permitindo a passagem do sangue sem resistência. • É constituída por um anel fibroso junto com três folhetos (ou cúspides) com formato de meia- lua → denominados conforme a sua relação com a origem das coronárias ❖ Na estenose aórtica → ocorre uma restrição da abertura dos folhetos valvares, tendo uma redução da área valvar aórtica (luz da valva) o Leva a uma formação de um gradiente de pressão sistólico entre o VE e a aorta. • Quando a valva aórtica se abre na sístole, o sangue possui área de passagem de 2,5-3,5 cm² → área valvar aórtica normal o Na estenose, essa área é diminuída → faz com que o VE tenha que ter mais pressão para retirada do sangue de dentro dele ❖ CLASSIFICAÇÃO QUANTO À GRAVIDADE → medida por meio da Área Valvar Aórtica (AVAo), que possui correspondência com a pressão média entre o VE e a aorta durante a sístole o Leve → Área valvar maior que 1,5 cm²; ▪ Gradiente médio menor que 25 mmHg ▪ Velocidade de ejeção menor que 3 metros por segundo o Moderada → Área valvar entre 0.8 a 1,5 cm²; ▪ Gradiente médio entre 25 a 40 mmHg ▪ Velocidade de ejeção entre 3 a 4 metros por segundo. o Grave → Área valvar menor que 0.8 cm²; ▪ Gradiente de pressão médio maior que 40 mmHg ▪ Velocidade de ejeção maior que 4 metros por segundo FASE COMPENSADA • A EA permite mecanismos compensatórios bem sucedidos nos primeiros anos → mantem o DC mesmo contra o aumento da pós-carga (dificuldade da ejeção ventricular) pela redução da área valvar • O principal é a hipertrofia ventricular concêntrica do VE, que concede duas vantagens 1. O aumento da contratilidade miocárdica → pelo maior número de unidades contráteis que garantem maior inotropismo o Mantém o débito sistólico mesmo na vigência de uma pós-carga elevada; 2. Redução da relação Raio da cavidade dividido pela espessura da parede → evita aumento excessivo da pós-carga, por diminuir o diâmetro cavitário e aumentar a espessura da parede. GRADIENTE DE PRESSÃO VE-AO • Na E.A., para manter o DC, o ventrículo aumenta a pressão sistólica conforme a resistência valvar → faz com que o fluxo transvalvar seja o próprio DC, que quanto maior for, maior será o gradiente pressórico. • É possível definir três tipos de gradientes pressóricos, sendo eles: 1. Gradiente pico a pico → mensurado pela distância entre os picos de P aórtico e ventricular 2. Gradiente máximo → mensurada pela maior distância entre as P aórtica e ventricular 3. Gradiente médio → mensurado pela área que separa as curvas de P aórtica e ventricular • Quando o DC está reduzido por disfunção VE, o gradiente pressórico diminui, mesmo que a área valvar aórtica se mantenha • A E.A. grave causa uma grande sobrecarga pressórica crônica sobre o miocárdio, que tem como primeira resposta a hipertrofia concêntrica. o Entretanto, o miocárdio sofre efeitos lesivos após anos de sobrecarga pressórica → inicia um processo insidioso de degeneração e apoptose dos miócitos, que leva a uma fibrose intersticial. o Além disso, a hipertrofia VE excessiva ocasiona uma redução da reserva coronariana pois comprime muito a microvasculatura de suprimento. • A partir de um tempo da doença, passa a existir uma transição da fase compensada e assintomática para a fase sintomática descompensada, ocorrendo por: ISQUEMIA MIOCÁRDICA • Ocorre pela diminuição da reserva coronariana associada ao aumento da demanda metabólica do miocárdio pela hipertrofia. • Geralmente essa isquemia ocorre no esforço físico, que aumenta acentuadamente a demanda metabólica e não pode ser acompanhada pelo aumento da perfusão coronariana o Devido a compressão da microvasculatura o Pelo prolongamento da fase sistólica o Pela redução da reserva coronariana → que já teve que aumentar em repouso para manter a demanda metabólica do miocárdio hipertrofiado. DÉBITO CARDÍACO FIXO • Na fase descompensada, a hipertrofia não é mais o suficiente para aumentar o débito → passa a ficar fixo mesmo durante o esforço, causando a síndrome do débito fixo. • No esforço, o DC é redirecionado para a musculatura esquelética → se o DC não aumentar, passa a ter uma baixa perfusão cerebral que leva a síncope. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA • A fibrose miocárdica associada a cronicidade da hipertrofia ocasiona a redução progressiva da complacência ventricular o Faz com que, para um determinado volume diastólico final, tenha-se uma maior pressão de enchimento ventricular. ▪ Ocorre um aumento da pressão atrial esquerda e venocapilar pulmonar, que pode ocasionar uma congestão pulmonar e dispnéia durante o esforço físico VALVA BICÚSPIDE CONGÊNITA • Causa mais comum de E.A. em menores de 65 anos → presente em 30% dos casos em idosos • Por meio de uma anomalia congênita, dois folhetos valvares se encontram fundidos → válvula funciona com apenas duas cúspides o Propensão à lesão crônica das cúspides pelo trauma constante do fluxo aórtico, que faz com que ocorra também uma regurgitação em cerca de 20% das valvas bicúspides. DEGENERAÇÃO CALCIFICADA • Causa mais comum de E.A. em idosos → faz com que seja a causa mais comum pra E.A • Certos indivíduos apresentam uma doença degenerativa das cúspides valvares → fazendo com que ocorra um extenso depósito de cálcio. o O cálcio aderido na porção aórtica das cúspides faz um “peso” excessivo → impede a abertura adequada da valva → o ventrículo exerce pressão maior para abrirem. CARDIOPATIA REUMÁTICA CRÔNICA • Comum de ocorrer em adolescentes e adultos. • O acometimento principal ocorre nas bordas dos folhetos → ocorre fusão das comissuras. OUTRAS CAUSAS • A E.A. congênita pode ocorrer precocemente (no recém-nato ou no lactente) → por defeito estrutural grave da valva aórtica, o defeito congênito ocasiona uma valva unicúspide • Doenças infiltrativas, metabólicas e inflamatórias podem comprometer os folhetos da valva aórtica, sendo os principais exemplos a artrite reumatoide e a ocronose. • Geralmente o pcte moderado a grave é assintomático por muito tempo → aparecimento de sintomas marca a fase descompensada da doença • A Estenose Aórtica possui uma tríade clássica de sintomas, sendo eles: • Angina → presente em 35% dos pctes moderada a grave, causada pela isquemia do miocárdio o Geralmente desencadeada pelo esforço físico. o Em geral, não responde bem a terapia antianginosa clássica • Síncope → normalmente desencadeada pelo esforço físico. o Pela síndrome do débito fixo → causa uma hipoperfusão cerebral no esforço. • Dispneia → sintoma inicial que marca o aparecimento da ICC. o Presente em 50% dos casos de E.A. grave o Mecanismo é a congestão pulmonar exacerbada pelo exercício. EXAME FÍSICO INSPEÇÃO E PALPAÇÃO • O pulso arterial normalmente alterado na E.A. grave → pesquisado no pulso carotídeo → ascensão lenta e sustentada (Pulsus Tardus), e uma amplitude fraca (Pulsus Parvus). o Possível notar no pulso carotídeo uma apresentação anacrônica (ascensão irregular) e com “sobressaltos” (Carotid Shudder). • A palpação do pulso arterial ajuda a diferenciar E.A. grave de outras causas de sopro sistólico. • O Ictus de VE normalmente é tópico, com caráter propulsivo e sustentado o Pode haver atraso do pulso arterial em relação ao ictus → impulso pré-sistólico palpável e visível. • Comum um frêmito sistólico no foco aórtico, borda esternal esquerda, carótidas e fúrcula. AUSCULTA CARDÍACA • Geralmente possível ouvir B4 proeminente, pela hipertrofia VE concêntrica → pela redução do relaxamento e da complacência ventricular, e da contração atrial que se dá com mais vigor • Na EA calcificada → ocorre hipofonese de A2, que é o componente aórtico deB2 o Com alto grau de calcificação, A2 se torna inaudível → na E.A. não calcificada, o componente A2 é audível, com desdobramento paradoxal de B2 o Caso a válvula não esteja muito calcificada, a vibração ao se abrir produz um ruído parecido com B1 → ruído de ejeção ▪ Semelhante ao desdobramento de B1, mais audível no foco aórtico e com ampla irradiação até o foco mitral • Comum na EA por valva bicúspide na criança ou adolescente ❖ SOPRO DA ESTENOSE AÓRTICA → sopro mesossistólico, mais intenso no meio da sístole. • Quanto maior a duração do sopro, maior é a gravidade da E.A • O foco de maior intensidade costuma ser o aórtico → pode irradiar para as carótidas, fúrcula esternal e para o foco mitral. • Tem sua intensidade aumentada com manobras que aumentem o retorno venoso e/ou contratilidade do VE (exercício, cócoras...), o inverso também é possível (valsalva) • Fenômeno de Gallavardin → quando o sopro se irradia para o foco mitral, podendo parecer que há uma insuficiência mitral também. o Para diferenciar esse fenômeno da insuficiência mitral, deve ser usadas manobras que aumentem/diminuam a intensidade do sopro → ou com ecocardiograma. • Embolia Sistêmica → depósitos de cálcio nos folhetos aórticos podem se soltar, indo para a circulação sistêmica, causando uma embolização vascular, que pode ocasionar um AVE, IAM.. • Endocardite Infecciosa → pela turbulência do fluxo transvalvar que predispõe a endocardite da face aórtica dos folhetos valvares. • Hemorragia Digestiva Baixa → pela angiodisplasia intestinal, que tem como manifestação clínica uma enterorragia (sangramento profundo). ECG → Inespecífico, porém costuma mostrar sinais de hipertrofia VE (em 85% dos casos) do tipo sobrecarga pressórica o Aumento da amplitude dos complexos QRS e padrão strain (infradesnível de ST com T negativa e assimétrica). • É possível ver sinais de sobrecarga AE, bloqueios de ramo e alterações isquêmicas RADIOLOGIA DE TÓRAX → Também inespecífico, pois geralmente a silhueta e o tamanho cardíaco não se alteram por conta da hipertrofia concêntrica. o Na fase descompensada, pode evoluir com cardiopatia dilatada, sendo possível ver • Em casos de calcificação da valva aórtica, é possível ver no raio-x ECOCARDIOGRAMA → Capaz de avaliar o aspecto da valva aórtica, se é bicúspide ou tricúspide, o grau de calcificação, sua mobilidade e se há outras doenças valvares associadas. • Pode também determinar a área valvar, útil para estabelecer a gravidade da estenose. Doppler → capaz de estimar com razoável precisão a gravidade da E.A., → determinada pelo gradiente pressórico VE-Ao. CATETERISMO CARDÍACO → Indicado quando existe uma discrepância entre o quadro clínico e os dados do ecocardiograma → e quando existem uma ou mais valvopatias associadas. • É o padrão-ouro para estimar o gradiente pressórico VE-Ao e quantificar a estenose aórtica. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA → Permite avaliar a gravidade por meio da medida do orifício valvar, da estimativa do gradiente VE-Ao, e análise de aspectos morfológicos que sugerem etiologia. • Permite medir a função ventricular, sendo útil para identificar sinais de lesão miocárdica incipiente • Possui duas fases clínicas divergentes do ponto de vista prognóstico ❖ Fase Assintomática → devido a eficácia dos mecanismos compensatórios • Possui bom prognóstico caso não se conversa para sintomática. • Chance de óbito súbito muito pequena (< 1%) o Caso pcte tenha hipotensão desencadeada na ergometria, disfunção sistólica VE, hipertrofia ventricular excessiva e/ou área valvar < 0.6 cm² → chance se eleva. ❖ Fase Sintomática → mau prognóstico caso não ocorra intervenção médica, com curva de sobrevida alterada drasticamente após o aparecimento dos sintomas. o Pacientes com angina têm sobrevida em média de cinco anos o Pacientes com síncope têm sobrevida média de três anos o Pacientes com dispneia tem uma sobrevida média de dois anos • Ocorre geralmente por conta da fibrilação ventricular → por conta de uma isquemia, precedida pelos sintomas clássicos da E.A. • O prognóstico de E.A. leve é bom → mais da metade não apresenta progressão ao longo de 3-9 anos o Em 40% dos casos, existe progressão do grau da estenose, com redução média da área valvar que varia entre 0.1 a 0.3 cm²/ano por conta da calcificação progressiva das cúspides. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Não existe tratamento medicamentoso para estenose aórtica sintomática. • A fase dilatada com insuficiência cardíaca sistólica pode receber tratamento paliativo com digitálicos e diuréticos • Vasodilatadores devem ser usados com cuidado, porque em excesso, causa queda da PA. • Drogas que diminuem a contratilidade são contraindicadas. • A fibrilação atrial deve ser tratada prontamente TRATAMENTO INTERVENCIONISTA ❖ TROCA VALVAR → cirurgia de escolha nos adultos • Se bem sucedida, permite sobrevida em dez anos de 75%. • Quase todos pctes têm uma melhora sintomática, com melhora hemodinâmica e uma reversão da hipertrofia ventricular concêntrica o Biopróteses → indicadas para pctes > 65 anos, tendo taxa de deterioração menor que 10% nos próximos 10 anos o Não necessita de anticoagulação permanente o Metálicas → indicadas para pctes < 65 anos, pois traz grande chance de o paciente necessitar de retroca valvar → em 15 anos, 50% estão disfuncionantes. o O maior problema é a trombose de valva protética, que pode ocorrer em 20% dos casos, se não for usado a terapia anticoagulante. ❖ VALVOPLASTIA CIRÚRGICA → geralmente em crianças e adolescentes com E.A. congênita • Se faz a lise das aderências comissurais e a liberação das cúspides que não estão calcificadas ❖ IMPLANTE DE BIOPRÓTESE POR CATETER → colocação de um stent autoexpansível na topografia do anel aórtico • É dotado de três folhetos internos que funcionam como as valvas semilunares. • Por ser menos invasiva, é melhor para idosos e com comorbidades • A valva mitral está na divisa entre o AE e VE → valva atrioventricular o Ela impede que ocorra refluxo sanguíneo para o átrio durante a sístole ventricular. • O aparelho valvar mitral é composto pelo anel mitral, junto de dois folhetos (cúspides) valvares que possuem ligação com as cordas tendíneas, ligadas ao músculo papilar → proeminências do músculo do miocárdio do VE o Na sístole, os músculos papilares se contraem → tensionando a corda tendínea que segura os folhetos mitrais → evita que sejam “empurrados” para o átrio esquerdo → permite o fechamento da válvula ❖ Quando a valva mitral se abre na sístole, o sangue possui uma área de passagem de 4 a 6 cm² → área valvar mitral normal → confere gradiente de pressão mínimo o Diz-se que a pressão do AE é igual a do VE no final da diástole → coração esquerdo funciona como uma câmera única • Estenose é quando há restrição da abertura dos folhetos valvares, causando redução da área valvar mitral → átrio precisa produzir maior pressão para forçar a passagem do sangue para o ventrículo → cria um gradiente de pressão diastólico entre o AE e o VE. o Para ocorrer a estenose mitral com gradiente pressórico AE-VE → a área valvar mitral deve ser inferior a 2,5 cm² ❖ CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE → medida pela área valvar mitral, tendo correspondência com o gradiente médio de pressão AE-VE na diástole o Leve → AVM entre 1,5 e 2,5 cm² ▪ Ou gradiente pressórico médio menor que 5 mmHg ▪ Ou pressão sistólica da artéria pulmonar menor que 30 mmHg o Moderada → AVM entre 1,0 e 1,5 cm² ▪ Ou gradiente pressórico médio entre 5 a 10 mmHg ▪ Ou pressão sistólica da artéria pulmonar entre 30 a 50 mmHg o Grave → AVM menor que 1,0 cm² ▪ Ou gradiente pressórico médio maior que 10 mmHg ▪ Ou pressão sistólica da artéria pulmonar maior que 50 mmHg • Quase sempre a causa é doença cardíaca reumática; FR • Ocasionalmente, a calcificação intensa do anel mitral pode levarà estenose mitral; • 3x mais em mulheres; 40-50 anos; • 40% é IM combinada; • FR causa deposito de trombos de fibrina e plaqueta. • Em crianças é rara, e aparece mais em lactentes e crianças pequenas; o Px idosos pode resultar de calcificação do anel mitral; CONGESTÃO PULMONAR • Na estenose mitral, há uma obstrução fixa da passagem de sangue do átrio para o ventrículo no enchimento ventricular → passa a ocorrer aumento da pressão interna no átrio esquerdo o Acontece para que o fluxo se mantenha adequado apesar da obstrução → criando um gradiente de pressão transvalvar • O aumento da pressão AE causa o mesmo ao leito venocapilar pulmonar → dificulta o retorno venoso do pulmão → promove o extravasamento capilar de líquido → congestão pulmonar o Uma pressão venocapilar > 18 mmHg (normal 12) já promove isso • Porém, o aumento de pressão é lento e gradual → estimula mecanismo de adaptação da vasculatura pulmonar → permite que o indivíduo tolere até 25 mmHg sem sintomas ❖ A congestão pulmonar é o principal sintoma de estenose mitral → manifesta como dispneia aos esforços e ortopneia • O esforço físico aumenta o gradiente de pressão transvalvar → súbita elevação da pressão AE e venocapilar pulmonar → piora aguda da congestão. o O pulmão congestionado fica pesado e dificulta a respiração e a troca gasosa → a dispneia é pelo maior trabalho dos mm respiratórios e estímulo dos receptores J pulmonares pelo edema • Isso é determinado pelo aumento do DC e FC no esforço Se o DC aumentar, o retorno venoso também aumenta → chega mais sangue ao AE, aumenta a pressão AE e o gradiente de pressão transvalvar, piorando a congestão A taquicardia reduz o tempo da diástole → dificultando o esvaziamento atrial pela válvula estenosada → aumentando a pressão atrial esquerda HIPERTENSÃO PULMONAR • O aumento crônico da pressão venocapilar pulmonar acaba dificultando a passagem do sangue, → que pode causar um aumento da pressão no leito arterial pulmonar. o Com o passar dos anos acabam entrando em processo de fibrodegeneração → ocasiona obliteração crônica e progressiva do leito capilar. • Com isso, passa a ocorrer consequências da hipertensão pulmonar sobre o VD → precisa vencer a resistência vascular pulmonar para ejetar o sangue na sístole o Pode levar a insuficiência VD caso a PA pulmonar sistólica atinja valores 50-60 mmHg + BAIXO DÉBITO CARDÍACO • Em geral o DC não é prejudicado no início da estenose mitral → quanto mais avançada, principalmente quando há disfunção VD associada, o débito cardíco se torna limitado • 95% das estenoses mitrais são causadas pela cardiopatia reumática crônica o ⅔ dos casos são do sexo feminino. • A degeneração fibróticas seguida da fibrocalcificação, acomete os folhetos, reduzindo sua mobilidade e fundindo as comissuras das valvas, causando a aparência de “boca de peixe”. • Os outros 5%, são causadas por endocardite infecciosa, endocardite de Liebman-Sacks, Amiloidose, Síndrome de Hunter-Hurler ou causas congênitas • A estenose mitral reumática é uma doença endêmica no Brasil → os números de febre reumática também são significativos, fazendo com que se tenha uma prevalência de E.M. o É comum que a estenose mitral ocorra em adolescentes e adultos jovens (20-40 anos) pela febre reumática. • Principal sintoma é a dispneia aos esforços → podendo se associar, em fases avançadas, à síndrome de baixo débito • Causa fadiga, cansaço e tontura. • Pode se manifestar de formas peculiares → tosse com hemoptise, emagrecimento, dor torácica de caráter anginoso por conta da hipertensão pulmonar • Se o átrio esquerdo aumentar muito, pode causar uma compressão do nervo laríngeo contra o brônquio fonte, acarretando rouquidão. EXAME FÍSICO INSPEÇÃO E PALPAÇÃO • Pulso arterial é geralmente normal, podendo estar com amplitude reduzida na E.M. crítica. • Na palpação do precórdio, é possível encontrar um ictus de VE fraco ou impalpável. • Em casos de sobrecarga de VD, coração pode sofrer uma rotação horária → Ictus de VD palpável e proeminente no lugar do ictus de VE. AUSCULTA • É possível encontrar uma hiperfonese de B1 → caso a valva possua uma mobilidade razoável e pouca calcificação. • Pode ocorrer hiperfonese de P2 (componente pulmonar de B2) → hipertensão pulmonar • Pode ser encontrado um quadro de estalido de abertura → válvula se abre com seus folhetos tensos, tendo o som logo após B2 → som “seco” e mais audível no foco tricúspide e mitral ❖ Sopro Da Estenose Mitral → chamado de Ruflar diastólico, característico da EM • Mais audível no foco mitral • Pode ser de pequena duração ou ser holossistólico. o Quanto maior a duração, pior é o quadro da estenose mitral. • Caso o sopro seja muito intenso, pode se irradiar para axila e para o foco tricúspide • Diminui com a inspiração e com a manobra de Valsalva e aumenta com o exercício 1. FIBRILAÇÃO ATRIAL → ocorre pela dilatação atrial progressiva e crônica, que leva a alteração da eletrofisiologia do miocárdio atrial que predispõe a fibrilação atrial • Ocorre em 30-50% dos pacientes. • O débito cardíaco fica reduzido, e pode ocasionar fenômenos tromboembólicos que complicam a doença valvar. 2. FENÔMENOS TROMBOEMBÓLICOS → cerca de 10-20% dos pacientes • Como geralmente o átrio está dilatado, a estase sanguínea predispõe a formação de trombo intracavitário 3. ENDOCARDITE INFECCIOSA → a turbulência do fluxo transvalvar permite a formação de pequenos trombos aderidos à face ventricular da valva mitral • Podem servir de “abrigo” para bactérias caso ocorra um episódio de bacteremia. ELETROCARDIOGRAMA • Inespecífico, porém importante para determinar se o pcte está em ritmo sinusal ou fibrilação • Pode ser usado para revelar sinais de aumento atrial → onda P larga e bífida em D2, além do índice de morris em V1 (porção negativa de P aumentada) • E se há sobrecarga de VD, com desvio do eixo para direita. RADIOLOGIA DE TÓRAX • É possível avaliar se houve deslocamento posterior do esôfago, demonstrando aumento de AE • Sinais como duplo contorno da silhueta direita do coração, sinal da bailarina (deslocamento superior do brônquio fonte esquerdo) e abaulamento do terceiro arco cardíaco esquerdo. ECOCARDIOGRAMA • Usado para avaliar as características e a mobilidade dos folhetos mitrais, o diâmetro do AE, a função ventricular, a presença de insuficiência mitral associada. • Usado também para realizar o escore de wilkins block, que avalia os seguintes critérios o O grau da calcificação valvar o O grau de espessamento o A mobilidade das cúspides o O acometimento do aparelho subvalvar Escore < 8 → valva pouco comprometida e não calcificada, com excelente resposta à plastia Escore = ou > que 12 → valva considerada bastante degenerada e muito calcificada. • É usado betabloqueadores como drogas primárias para tratar sintomas → pois causam redução da FC → auxilia no esvaziamento do átrio, melhora a dispneia e outros sintomas. o Caso o pcte não possa usar, é possível dar antagonista do cálcio (verapamil e diltiazem). • Diuréticos podem ser associados para facilitar a compensação do quadro. • A anticoagulação é indicada para pacientes que tem estenose mitral associada com fibrilação atrial recorrente, persistente ou permanente. • Antibioticoterapia indicada para profilaxia de FR se for o caso • Feita em todos os pacientes que apresentam sintomas e/ou sinais de gravidade 1. Área valvar reduzida 2. Alto gradiente de pressão 3. Hipertensão pulmonar grave VALVOPLASTIA PERCUTÂNEA COM BALÃO • Feita através de um cateterismo do AD → transpassa-se o septo interatrial com o cateter pelo forame oval, chegando até a valva mitral. o Na extremidade do cateter há um balão que é insuflado no anel valvar → faz com que a fusão das comissuras seja desfeita → aumentando a área valvar mitral“a força” • Sucesso primário > 90%, complicações < 2% e taxa de reestenose de 10-20% em 5 anos. o A sobrevida em 10a está entre 80-90% COMISSUROTOMIA CIRÚRGICA • A valva mitral estenosada é “aberta” cirurgicamente (fusão das comissuras é desfeita) o Comissurotomia Fechada → AE é incisado e o dedo ou com um dilatador força a valva mitral para desfazer a fusão. o Comissurotomia Aberta → realizado após a visualização da valva, pela abertura do coração em circulação extracorpórea TROCA VALVAR • É o procedimento de escolha para pacientes com escore de Wilkins maior que 12. • A prótese valvar pode ser biológica ou mecânica • A valva tricúspide posiciona-se entre o AD e o VD → valva atrioventricular; • Na diástole, a valva se abre → esvaziamento do átrio direito e o enchimento ventricular direito, sem oferecer resistência à passagem de sangue. o Na sístole, a valva se fecha, um pouco depois da mitral → impede refluxo de sangue do VD para o AD. ❖ O aparelho valvar tricúspide é composto por → um anel ou ânulo tricúspide, três folhetos ou cúspides valvares – anterior, posterior e septal o Cordoália tendíneas, e músculos papilares do VD. • A Área da Valva Tricúspide tem 4-6 cm2 → confere resistência desprezível ao fluxo sanguíneo diastólico no coração direito; ❖ A estenose acontece quando há redução da área valvar tricúspide pela restrição à abertura dos folhetos valvares → formação degradiente de pressão diastólico entre o AD e VD; o Para ser uma estenose a área Valvar Tricúspide deve ser < 2,0-2,5 cm2 • Não se gradua, já que qualquer pequena alteração na pressão média do AD-VD traz grandes repercussões hemodinâmicas, fazendo surgir as manifestações clínicas; • Quase todos os casos são pela cardiopatia reumática crônica. • Causas raras de ET são: mixoma atrial direito, atresia congênita, síndrome carcinoide. • A insuficiência tricúspide é bem mais comum que a estenose. o A estenose tricúspide isolada está quase sempre associada à estenose mitral, sendo também mais comum no sexo feminino. • Um gradiente de pressão AD-VD diastólico ≥ 5 mmHg já é suficiente para levar à síndrome de congestão sistêmica, pelo aumento da pressão venosa central; o O pcte evolui com turgência jugular patológica, hepatomegalia congestiva, ascite e anasarca cardiogênica. • A limitação ao fluxo diastólico tricúspide reduz o retorno venoso ao coração esquerdo e o DC → o débito não consegue se elevar fisiologicamente durante o exercício; • A estenose tricúspide pode reduzir a congestão pulmonar da estenose mitral → diminui o fluxo de sangue para os pulmões o Um paciente com EM grave pode não se queixar de dispneia ou ortopneia simplesmente por apresentar uma ET associada; • Principais sintomas são os de baixo débito → fadiga, cansaço aos esforços o E os de congestão sistêmica → “aumento do pescoço”, aumento do volume abdominal e edema de mmii • Exame físico mostra turgência jugular patológica, ascite, hepatomegalia e edema de mmii o Os últimos 3 são regra • O exame do precórdio revela um ruflar diastólico (semelhante ao da EM) → aumenta de intensidade durante a inspiração (manobra de Rivero-Carvalho). • O reforço pré-sistólico e o estalido de abertura tricúspide podem estar presentes. o O ruflar diastólico e o estalido são mais audíveis na borda esternal esquerda baixa (foco tricúspide). ELETROCARDIOGRAMA • Revela sinais de aumento atrial direito → onda P apiculada e de amplitude elevada • Em V1, o aumento do AD provoca uma redução da amplitude do QRS. • Pela estenose mitral associada, é comum sinais de aumento atrial esquerdo (P mitrale). RADIOGRAFIA DE TÓRAX • Discreto aumento da área cardíaca à custa do aumento AD pode ser observado. • O critério do aumento do AD é uma distância entre o centro da coluna vertebral e a borda cardíaca direita superior a 5,5 cm. ECOCARDIOGRAMA • Confirma o diagnóstico. • A valva tricúspide vai estar com seus folhetos espessados e abertura em cúpula. o O átrio direito está sempre com diâmetro aumentado. • Doppler → gradiente diastólico AD-VD superior a 5 mmHg, com uma AVT inferior a 2 cm2. o A pressão na artéria pulmonar estará sempre inferior ao esperado pelo grau de estenose mitral associada. • A base do tratamento é usar Betabloqueadores o A redução da frequência cardíaca favorece o fluxo transvalvar → pela maior duração da diástole → aumentando o enchimento do ventrículo; • Diuréticos podem ser associados para combater os sinais e sintomas de congestão • A valvoplastia com balão é uma boa opção, exceto se houver IT grave associada. • A cirurgia tricúspide (plastia ou troca valvar) costuma ser indicada para os casos de estenose importante → prefere-se as próteses biológicas o Não se deve corrigir uma estenose tricúspide sem que seja feita a correção de uma estenose mitral → aumento de fluxo ao coração esquerdo pode acarretar aumento das pressões do AE e desencadear ou agravar a congestão pulmonar do paciente. • Condição em que ocorre refluxo de sangue aórtico para o VE durante a diástole ventricular → devido a incompetência do mecanismo de fechamento valvar aórtico. • Na diástole, a valva aórtica evita o refluxo de sangue da aorta para o VE → evita a queda acentuada da PA diastólica, garantindo a perfusão orgânica necessária para o ciclo cardíaco. ❖ CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE • Medida pela Fração Regurgitante → percentual do débito sistólico total que reflui para o VE • Para ocasionar uma repercussão hemodinâmica, a I.A. deve ser pelo menos moderada. o Mínima → FR menor que 20% o Leve → FR entre 20 e 40% o Moderada → FR entre 40 e 60% o Grave → FR maior que 60% – • A insuficiência aórtica ocorre de forma lenta e progressiva, permitindo que o ventrículo se adapte ao volume extra de sangue que reflui da aorta durante a diástole AUMENTO DA COMPLACÊNCIA VENTRICULAR ESQUERDA • Ocorre em resposta a sobrecarga volumétrica → a parede ventricular se torna mais elástica para acomodar o volume extra sem elevar as pressões de enchimento • Isso faz com que o ventrículo esquerdo cresça, mas sem desenvolver insuficiência cardíaca. AUMENTO DA PRÉ-CARGA • Ocorre por conta da sobrecarga de volume que gera um aumento do diâmetro cavitário do VE -→ passa a trabalhar com um grande volume diastólico final. • O maior volume de enchimento leva ao maior débito sistólico. HIPERTROFIA DO VE EXCÊNTRICA • A sobrecarga volumétrica grave ocasiona um aumento da pós-carga • Para evitar a elevação excessiva na pós-carga, ocorre a hipertrofia excêntrica → aumenta o diâmetro cavitário junto do aumento da espessura da parede ventricular. • Após muitos anos com I.A. Crônica grave assintomática, a sobrecarga de volume começa a produzir lesão do miocárdio ventricular o O miocárdio vai progressivamente se degenerando e diminuindo sua contratilidade. • A FE pode estar elevada mesmo quando há disfunção sistólica do VE → porque o cálculo se baseia no débito sistólico total, que na IA está alto. • A fase descompensada é marcada por sintomas de ICC e isquemia miocárdica → por conta do aumento das pressões de enchimento ventricular o Levam a síndrome congestiva pulmonar, com dispneia e ortopneia. o E a síndrome de baixo débito (fadiga e tontura), pois o débito sistólico efetivo está baixo nessa fase. EFEITO DA BRADICARDIA • A bradicardia é prejudicial na IA grave → aumenta o período diastólico, fazendo com que tenha mais tempo para ocorrer o refluxo. • Em casos graves, pode resultar no equilíbrio completo da pressão aórtica com a pressão ventricular esquerda (10 mmHg) ISQUEMIA MIOCÁRDICA BRADICARDICO-DEPENDENTE • Uma das maiores consequências da IA crônica → resulta na queda acentuada da PAD o Cai à medida que o sangue contido na aorta, responsável por manter a pressão no interior do vaso, reflui para o ventrículo. ▪ Com isso, a perfusãocoronariana que ocorre principalmente na diástole, passa a ser prejudicada → pois não há PA suficiente para fazer a perfusão do miocárdio. • O maior número de sarcômeros, devido a hipertrofia ventricular, ocasiona aumento da demanda metabólica miocárdica, que faz com que o coração precise mais ainda de sangue. • Se trata de uma emergência médica → o VE não consegue albergar um volume regurgitante maior que 50-60% do débito sistólico, sem elevar excessivamente suas pressões de enchimento. • Além disso, ocorre a hipotensão arterial, que pode eventualmente levar ao choque cardiogênico. • A insuficiência Aórtica Crônica pode ser causada por doenças que lesam diretamente a valva aórtica ou por doenças que provocam a dilatação excessiva da raiz da aorta ascendente CAUSAS QUE ACOMETEM A RAIZ DA AORTA ASCENDENTE: • Aterosclerose da Aorta Ascendente → uma das causas mais comuns de IA crônica em adultos, tendo como fatores de risco a HAS e a hipercolesterolemia. o Leva ao enfraquecimento da parede da aorta, que cede aos poucos ao efeito crônico da Pa sistólica elevada que a dilata. • Necrose Cística da Média → devido a mecanismos genéticos, a camada média da aorta sofre degeneração cística, que enfraquece a parede arterial que permite a dilatação da aorta. • Outras Causas → pode ocorrer também a Aortite sifilítica, que é um componente da sífilis terciária que se manifesta 20 a 30 anos após a infecção. o A arterite de Takayasy também leva ao comprometimento da aorta ascendente → quadro de IA associada a isquemia de mmss e sintomas gerais de vasculite sistêmica. CAUSAS QUE ACOMETEM A VALVA AÓRTICA: • Cardiopatia Reumática Crônica → ocorre quando as cúspides ficam espessadas, perdendo sua mobilidade, passando a sofrer retração. • Degeneração Mixomatosa → quando o tecido valvar fica “frouxo” e redundante, facilitando o prolapso de uma ou mais cúspides. o Ocorre uma doença hereditária que afeta o colágeno, afetando a valva aórtica → síndrome de marfan, síndrome de Ehlers-Danlos e a Pseudoxanthoma elasticum. • Valva Bicúspide Congênita → anomalia que predispõe a estenose aórtica, porém em alguns casos pode resultar na falha do fechamento da aórtica ou prolapso de uma das cúspides, • Durante a fase compensada se mantem assintomática • Em alguns casos pode ocorrer um leve aumento acentuado da pressão de pulso (PAs menos PAd) que pode gerar alguns sintomas o Desconforto de sentir os batimentos cardíacos, ou palpitações muito fortes, principalmente quando deitado ou bradicardico. • Quando aparecem sintomas da fase descompensada, geralmente há disfunção ventricular decorrente do baixo débito cardíaco efetivo → causa fadiga e tontura o Junto com síndrome congestiva pulmonar → dispneia aos esforços e ortopneia. o Outro sintoma comum é a angina noturna bradicardia-dependente. EXAME FÍSICO • Os sinais periféricos resultam de um mesmo mecanismo de elevação da pressão de pulso. • Esses pctes costumam ter uma hipertensão sistólica com redução considerável da PAD → faz com que os sons de Korotkoff sejam auscultados até 0 mmHg. • No pulso arterial → é possível encontrar elevação ampla e colapso abrupto → aspecto palpatório de “pulso em martelo d’água” (Pulso de Corrigan). o Outra característica frequente é o aspecto de pulso de bisferiens → ocorre dois picos sistólicos, como se o pulso subisse em dois tempos. • O paciente com I.A. crônica grave possui a palpação facilitada em vários locais do corpo, dando característica de vários sinais. PALPAÇÃO • Palpação do precórdio → possível encontrar Ictus de VE globoso, hiperdinâmico, desviado para esquerda e inferiormente. o É possível encontrar impulso protodiastólico e frêmito sistólico nos focos da base ou fúrcula → e até um frêmito diastólico proveniente da própria IA. AUSCULTA • B2 geralmente hipofonetica → podendo estar até ausente o O desdobramento pode ser imperceptível → pelo desaparecimento do componente A2 ou do obscurecimento do componente P2 pelo sopro. • Pode aparecer um ruído de ejeção aórtico, audível na borda esternal esquerda e no foco mitral → pelo volume extra de sangue sistólico que distende a aorta ascendente • B3 frequentemente presente, mas não significa insuficiência cardíaca → por sobrecarga volumétrica. • Sopro da Insuficiência Aórtica → sopro protodiastólico aspirativo ou holossistólico, com duração proporcional à gravidade da IA. o Pode diferenciar de acordo com a causa da I.A. → por acometimento valvar, o sopro é mais intenso no foco aórtico acessório (borda esternal esquerda média). ▪ Na IA por dilatação da aorta ascendente → é mais audível no foco aórtica • Sopro Sistodiastolico e Sopro de Austin-Flint • Endocardite Infecciosa → por conta da turbulência do fluxo regurgitante aórtico que predispõe a endocardite da face ventricular dos folhetos valvares o E no endocárdio ventricular, onde o jato regurgitante eventualmente atinge. • Instabilidade Hemodinâmica → pode ocorre na I.A. aguda grave, em que o pcte tem quadro de edema agudo de pulmão que eventualmente causa um choque cardiogênico. ELETROCARDIOGRAMA → inespecífico, útil para mostrar sinais de hipertrofia ventricular do tipo sobrecarga de volume de Cabrera. RADIOLOGIA DE TÓRAX → inespecífico, com capacidade de identificar cardiomegalia associada ao alargamento da silhueta aórtica ECOCARDIOGRAMA → capaz de avaliar a etiologia da I.A., diferenciando o acometimento valvar da dilatação da raiz aórtica. • É possível dimensionar o diâmetro aórtico pelo eco unidimensional → normal até 2,6 cm. • Necessário para o acompanhamento semestral dos pacientes com I.A. crônica grave. DOPPLER → permite estimar a gravidade da I.A., sendo capaz de detectar até uma IA mínima • Usa de parâmetro a relação o percentual entre o comprimento do jato regurgitante e o comprimento do trato de saída do VE. • Relações maior ou igual a 65% são consideradas graves. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Em pacientes assintomáticos hipertensos ou com sintomas de I.A. → vasodilatadores para reduzir o refluxo aórtico • Preferência para IECA em casos de disfunção sistólica. • Em pacientes com I.A. aguda → internados em unidades intensivas e tratados com inotrópicos de ação rápida, e vasodilatadores de fácil titulação por conta da instabilidade hemodinâmica. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Indicado para todos os pacientes com I.A. crônica grave com sintomas limitantes e/ou disfunção sistólica (FE menor que 50%). • A cirurgia é a troca valvar, que possui resultados positivos em pacientes sem disfunção de VE, tendo os sintomas melhorados e o diâmetro ventricular reduzido já no primeiro mês pós- operatório. • A regurgitação tricúspide é quando existe um refluxo de sangue do VD para o AD durante a sístole, causada por uma incompetência do mecanismo de fechamento tricúspide • Na maior parte dos casos é secundária à disfunção sistólica do VD • A dilatação do anel tricúspide e o afastamento entre a valva e os músculos papilares contribuem para a incapacidade de fechamento valvar. o A IT dilata ainda mais a cavidade do VD → piora a insuficiência da valva (IT causa + IT ▪ A IVD na maioria das vezes é secundária a uma HAP primária ou secundária. • A IT primária decorre de um processo que acomete diretamente a valva → como síndrome do prolapso de valva tricúspide (ou degeneração mixomatosa). o A doença reumática crônica → tricúspide é a terceira valva a ser acometida, geralmente com uma dupla lesão tricúspide ou IT isolada. o Outras → endocardite infecciosa (usuários de drogas endovenosas), síndrome carcinoide, anomalia de Ebstein, síndrome de Marfan e endomiocardiofibrose tropical. • A IT traz uma sobrecarga de volume ao AD e VD • Na ausência de HAP, costuma ser bem tolerada → se presente, a regurgitação tende a agravar • A sobrecarga de volume das câmaras direitas provoca/agrava a síndrome da congestãosistêmica (IVD), e reduz o DC • São os sintomas da congestão sistêmica → turgência jugular patológica, hepatomegalia, anasarca cardiogênica o Aliados ao baixo débito → fadiga, cansaço aos esforços • O pulso venoso de uma IT grave pode ser visto até de longe → O pescoço pulsa bilateralmente → às vezes o pulso jugular direito fica mais proeminente que o esquerdo. • O exame do precórdio revela B3 de VD, que aumenta com a inspiração o O sinal mais característico é o sopro holossistólico no foco tricúspide → que aumenta de intensidade com a inspiração profunda (sinal de Rivero-Carvalho +) ▪ E com a inspiração contra a glote fechada (sinal de Mueller +) • Quando a sobrecarga volumétrica do VD é grande → manobras respiratórias podem não aumentar o sopro durante a posição supina → pode ser percebido na posição ortostática. • O hiperfluxo pela valva tricúspide pode levar ao surgimento de um ruflar diastólico → semelhante ao da estenose tricúspide (mas sem o estalido de abertura). • A hiperfonese de P2 é comum → HAP participa geralmente na gênese da IT secundária. ECG → revela sinais de aumento AD e sobrecarga do VD do tipo BRD incompleto ou HVD. • A fibrilação atrial é muito comum. RADIOGRAFIA DE TÓRAX → aumento da área cardíaca é comum, geralmente pelo aumento AD e VD (“coração em bota”). • O abaulamento do segundo arco esquerdo da silhueta cardíaca é comum → HAP ECOCARDIOGRAMA → é o exame que confirma o diagnóstico e a etiologia da IT. • O refluxo tricuspídeo pode ser facilmente visualizado e quantificado pelo Doppler • É comum utilizar o gradiente de pressão VD-AD sistólico para estimar a PAS na artéria pulmonar (normal até 25 mmHg). • Diuréticos e a restrição de sódio; • IT moderada secundária → anuloplastia do tipo De Vega indicada o Sutura do ânulo sem colocação do anel de Carpentier • IT grave secundária → anel de Carpentier pode ser utilizado na plastia tricúspide. • Bioprótese é indicada apenas em IT primária com impossibilidade de correção pela plastia.
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