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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL RELATÓRIO EXPERIMENTAL DEFLEXÃO DE VIGAS Feira de Santana 2019 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA ENGENHARIA CIVIL ÂNGELA TEREZINHA FERRREIRA VIEIRA IZABELA PINHO MACIEL MAIKE MATIAS DIAS Atividade Avaliativa apresentada na disciplina TEC 149 – Resistência dos Materiais I do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de Santana. Docente: Prof. Geraldo José Belmonte dos Santos Feira de Santana 2019 Reitor da UEFS Prof. Evandro do Nascimento Silva Diretor do Departamento e Tecnologia Prof. Paulo Roberto Lima Lopes Coordenador do Laboratório de Resistência dos Materiais Prof. Marcelo Pedreira Professor Responsável pela Disciplina de Resistência dos Materiais I Prof. Gerado José Belmonte dos Santos ( UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Tecnologia Laboratório de Resistência dos Materiais Relatório de Aulas Práticas / DTEC – UEFS. Feira de Santana, 2019. 1v. Conteúdo: v.1 – Descrição das Aulas Práticas e Resultados Experimentais Alcançados – Disciplina Resistência dos Materiais I E. ) LISTA DE FIGURA Figura 1 Dispositivo para Experimento de Deflexão de Vigas 8 Figura 2. Pesos Utilizados 10 Figura 3 . Pesos Aplicados sobre a viga 10 Figura 4.Viga com apoio simples 16 Figura 5.Representação da viga, linha elástica e deflexão máxima 20 LISTA DE TABELAS Tabela 1.Conversão das cargas de grama para Newton 11 Tabela 2. Aço 11 Tabela 3.Deflexões do Aço 11 Tabela 4.Latão 12 Tabela 5.Deflexões do Latão 12 Tabela 6.Alumínio 12 Tabela 7.Deflexões do Alumínio 12 Tabela 8.Alumínio 17 Tabela 9. Deflexão da Viga 17 Tabela 10.Deflexão da Viga 18 Tabela 11.Deflexão da viga 22 Tabela 12.Alumínio 23 Tabela 13.Deflexões Teóricas 23 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 7 OBJETIVO 7 METODOLOGIA 7 3.1 Descrição do Equipamento 7 EXPERIMENTOS 8 EXPERIMENTO I - DEFLEXÃO DE UMA VIGA ENGASTADA 8 Objetivos 8 Material Utilizado 8 Procedimentos 9 Memorial de Cálculo 10 EXPERIMENTO II – DEFLEXÃO DE UMA VIGA SIMPLISMENTE SUPORTADA 15 4.2.1 Objetivos 15 Material Utilizado 15 Procedimentos 16 Memorial de Cálculo 17 EXPERIMENTO III – A FORMA DE UMA VIGA DEFLETIDA 21 Objetivos 21 Material Utilizado 21 Procedimentos 21 Memorial de Cálculo 22 REFERÊNCIAS 26 1 INTRODUÇÃO Vigas são elementos estruturais, projetados para suportar carregamentos aplicados perpendicularmente ao seu eixo longitudinal. As vigas também devem ser projetadas para limitar as deflexões. Devido ao carregamento, as vigas ficam solicitadas por força cortante e momento fletor que, em geral, variam de ponto a ponto ao longo do eixo (HIBBELER, 2004). O interesse em se determinar a deflexão máxima, em uma viga sujeita a um determinado carregamento, está no fato de que, geralmente, as especificações do projeto incluem um valor máximo admissível para esta deflexão (BEER & JOHNSTON, 1982) A análise de vigas visa determinar as tensões e deformações produzidas pelas cargas atuantes. Na engenharia, especificações de projeto limitam a deflexão máxima que uma viga pode sofrer, uma vez que deformações excessivas podem alterar a eficiência da estrutura. Para a Engenharia Civil, o domínio sobre as construções das mais variadas estruturas é fundamental para utilização funcional e segura das mesmas. Muitas vezes é preciso limitar o grau de deflexão que uma viga ou eixo pode sofrer quando submetido a uma carga. Neste trabalho tem-se um estudo de deflexão de viga engastada, deflexão de uma viga simplesmente suportada, viga defletida e reações de suporte de um feixe simplesmente suportado, usando-se os métodos da Resistência dos Materiais. 2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é a avaliação teórica dos resultados obtidos a partir do cálculo de deflexão. Sendo assim é possível determinar a equação da curva de deflexão e também encontrar deflexões em pontos específicos ao longo do eixo da viga. 3 METODOLOGIA 3.1 Descrição do Equipamento A figura 1 mostra o a estrutura do equipamento utilizado para realização dos experimentos sobre deflexão de vigas. Ele consiste de um suporte, com escala graduadas em milímetros, onde se monta um relógio indicador digital, para medição de deflexão, os suportes da viga (apoios simples e de engasgamento) e a própria viga. Figura 1 Dispositivo para Experimento de Deflexão de Vigas Fonte: Autor (2019) O relógio indicador de deflexão desliza sobre um guia que permite posicioná-lo em qualquer ponto ao longo da viga. Tem – se ainda, para posicionamento da viga dois apoios rígidos de engastamento e de dois apoios simples com as quais pode-se posicionar a viga em diversas configurações. As escalas pintadas na parte superior e inferior ajudam a posicionar, com precisão, o relógio digita (medidor de deflexão) e a posição dos apoios, respectivamente. O experimento de deflexão de vigas é montado sobre uma estrutura (pórtico de testes) através de parafusos. 4 EXPERIMENTOS 4.1 EXPERIMENTO I - DEFLEXÃO DE UMA VIGA ENGASTADA 4.1.1 Objetivos O presente experimento tem como objetivo examinar a deflexão de uma viga engastada e livre submetida a um carregamento pontual crescente. O experimento será repetido para cada viga de material diferente para que possa verificar se as propriedades de deflexão ocorrerão variações. 4.1.2 Material Utilizado · Aparato para medida de deflexão em vigas · Medidor digital de deflexão (relógio comparador) com precisão de 0,01 mm · 03 Vigas metálicas de diferentes materiais: aço, alumínio e latão · 01 Adaptador (apoio rígido de engastamento) para suporte de haste metálica · 01 adaptador de apoio de engastamento · 01 haste metálica para aplicação da carga sobre viga · Jogo com 50 pesos de 10 g · Régua metálica de 600 mm · Paquímetro 4.1.3 Procedimentos Experimentalmente, montou -se um aparato composto de uma viga metálica flexível simplesmente engastada em uma base fixa, com um medidor digital a 200 mm do engaste, fixando o mesmo nesta posição. Após posicionar o medidor de deflexão, fez- se necessário posicionar sobre a viga o fixador de cargas. O sistema foi excitado através de uma ação manual para que possa assim zerar o medidor digital de deflexão. Em sequência foi aplicado os pesos de 100, 200, 300, 400 e 500 g sobre a viga, verificando como se comporta sua deflexão para ambos os pesos. O mesmo procedimento foi realizado para as vigas de aço, alumínio e latão como mostra a figura 2 e 3. Figura 2. Pesos Utilizados Fonte: Autor (2019) Figura 3 . Pesos Aplicados sobre a viga Fonte: Autor (2019) 4.1.4 Memorial de Cálculo As deflexões teóricas da viga foram calculadas seguindo a equação de deslocamento abaixo: 𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑃 𝑥 𝐿 ³ 3 𝑥 𝐸𝑥 𝐼 Onde: P = Carga (N) L= Distância do ponto de aplicação da carga de apoio (m) E= Módulo de Young do material da viga (N/m²) I= Momento de Inércia da viga (m^4) 𝐼 = 𝑏 𝑥 ℎ³ 12 Na tabela abaixo, temos a conversão das cargas Tabela 1.Conversão das cargas de grama para Newton TABELA 1 Massa(g) Carga (N) 100 0,98 200 1,96 300 2,94 400 3,92 500 4,9 ( Comprimento (m) 0,2 ) MATERIAL 1 Tabela 2. Aço Material: Aço Valor de E (N/m²): 2,1E+11 e(m): 3,10E-03 I (m^4): 4,59E-11 b(m): 1,85E-02 Tabela 3.Deflexões do Aço TABELA - MATERIAL 01 Massa (g) Deflexão real (mm) Deflexão teórica(mm) 0 0 0,00 100 0,34 0,27 200 0,75 0,55 300 1,13 0,82 400 1,45 1,10 500 1,79 1,37 MATERIAL 2 ( M a t e r i a l : L a t ã o Valor de E (N/m²): 1,1E+11 e(m): 3,00E-03 I (m^4): 4 , 2 5 E - 1 1 b(m): 1 , 8 9 E - 0 2 )Tabela 4.Latão Tabela 5.Deflexões do Latão TABELA - MATERIAL 02 Massa (g) Deflexão real (mm) Deflexão teórica(mm) 0 0 0,00 100 0,76 0,59 200 1,45 1,17 300 2,11 1,76 400 2,79 2,34 500 3,43 2,93 MATERIAL 3 Tabela 6.Alumínio Material: Aluminio Valor de E (N/m²): 6,90E+10 e(m): 3,10E-03 I (m^4): 4,59E-11 b(m): 1,85E-02Tabela 7.Deflexões do Alumínio TABELA - MATERIAL 03 Massa (g) Deflexão real (mm) Deflexão teórica(mm) 0 0 0,00 100 0,91 0,82 200 1,69 1,65 300 2,5 2,47 400 3,22 3,30 500 4,1 4,12 ( Deflexão (mm) ) ( Deflexão Real Deflexão Teórica Linha de Tendência Linear (Real) Linha de Tendência Linear (Teórica) 600 500 400 300 Massa (g) 0 100 200 y = 0,0027x R² = 1 y = 0,0036x + 0,0057 R² = 0,9985 2 1,8 1,6 1,4 1,2 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 DEFLEXÃO X MASSA MATERIAL - AÇO ) ( Deflexão (mm) )Gráfico 1. Deflexão x Carga ( Deflexão Real Deflação Teórica Linha de Tendência Linear (Real) Linha de Tendência Linear (Teórica) 600 500 400 300 Massa (g) 200 100 0 1,5 1 0,5 0 y = 0,0059x R² = 1 2,5 2 y = 0,0068x + 0,0495 R² = 0,9993 4 3,5 3 DEFLEXÃO X MASSA MATERIAL - LATÃO )Gráfico 2. Deflexão x Carga Gráfico 3. Deflexão x Carga Questionamento Sobre o Experimento I 1) Comente a relação obtida entre a carga e deflexão. Ao analisar o comportamento dos ensaios realizados acima, em ambos os materiais se notou uma relação de linearidade, ou seja, a medida que a carga era deslocada a deflexão aumentava. Sendo assim é possível identificar que a deflexão é diretamente proporcional a carga a qual pode-se afirmar, principalmente, através das equações (progressão linear) e o R² é obtido tanto no resultado teórico como experimental. 2) Existe relação entre o gradiente do gráfico e módulo de elasticidade (E) do material? Sim. Ao analisar o gradiente do gráfico, notou-se uma relação entre a inclinação das retas com o módulo de elasticidade de cada material. O aço que tem maior E, tem sua reta menos inclinada do que o alumínio que tem E menor dentro os materiais, essa relação pode ser notada através da análise das retas de progressão linear geradas pelos dados obtidos de forma experimental. 3) A equação teórica prediz o comportamento da viga? Justifique. Sim, ao analisar os gráficos é possível notar que teoria prediz com o comportamento da viga, principalmente em virtude dos valores experimentais estarem bem próximos dos teóricos 4) Por que é interessante bater levemente no pórtico antes de fazermos a leitura da deflexão, logo após a aplicação da carga? Para que torne a medida mais precisa. Batendo levemente no pórtico estaremos reduzindo a tensão existente entre a ponto do leitor e a barra, deixando-os mais aderidos um ao outro, fazendo com que a deflexão medida tenha uma precisão maior. 5) Enumere pelo menos três aplicações práticas para as vigas engastadas. Atribuir as vinculações de vigas em um projeto é de suma importância, visto que têm influência direta nos esforços, deslocamentos e na própria estabilidade global da edificação. Desta forma, podemos destacar algumas aplicações onde o engastamento é interessante: · Mezzanino de edificações · Laje em balanço Varandas de apartamentos com mais de um pavimento 4.2 EXPERIMENTO II – DEFLEXÃO DE UMA VIGA SIMPLISMENTE SUPORTADA 4.2.1 Objetivos O objetivo principal deste experimento é examinar a deflexão de uma viga simplesmente suportada submetida a carga pontual com valores crescentes. Usando um único material, o alumínio, será explorado também o comportamento apresentado pela viga quando a distância entre os apoios varia. 4.2.2 Material Utilizado · Aparato para medida de deflexão em vigas · Medidor digital de deflexão (relógio comparador) com precisão de 0,01 mm · 01 Viga metálica de alumínio · 02 suportes de apoio simples · 01 Adaptador (apoio rígido de engastamento) para suporte de haste metálica · 01 haste metálica para aplicação da carga sobre viga · Jogo com 50 pesos de 10 g · Régua metálica de 600 mm · Paquímetro 4.2.3 Procedimentos Para início dos procedimentos deste experimento, foram feitas as verificações das dimensões da base e altura da barra. Os dados citados são essenciais para o cálculo do momento de inércia da seção da barra. Junto ao pórtico, devem ser fixados os apoios, distando entre si 400 mm. O medidor de deflexão deve ser posicionado entre os apoios, na parte central. A cada nova análise, deve ser fornecido uma leve batida no pórtico. A execução se divide em duas partes. No primeiro momento, devem ser aplicados os pesos de 100, 200, 300, 400 e 500g sobre a vida, verificando com se comporta a deflexão para cada peso. No segundo momento, a distância entre os apoios deve diminuir, sendo reduzida para 200 mm, transportando o medidor para a metade da distância total. Os passos devem ser refeitos para essa nova configuração. Como pode ser observado na figura 4. Figura 4.Viga com apoio simples Fonte: Autor (2019) 4.2.4 Memorial de Cálculo O material da barra utilizada detém as seguintes características: Tabela 8.Alumínio Material Aluminio E (N/m²) 6,90E+10 base(m) 1,85E-02 I (m4) 4,59278E-11 espessura(m) 3,10E-03 Devem ser anotados os dados fornecidos pelo medidor a cada nova carga aplicada. Tal experimento nos fornece: A Deflexão teórica deve ser calculada utilizando a seguinte equação: 𝐷𝑒𝑠𝑙𝑜𝑐𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑃 ∗ 𝐿3 48 ∗ 𝐸 ∗ 𝐼 Onde: P = Carga (N) L= Distância do ponto de aplicação da carga de apoio (m) E= Módulo de Young do material da viga (N/m²) I= Momento de Inércia da viga (m^4) Tabela 9. Deflexão da Viga PARTE 01 MASSA (g) DEFLEXÃO REAL (mm) DEFLEXÃO TEÓRICA (mm) 0 0,00 0,00 100 0,43 0,41 200 0,79 0,82 300 1,17 1,24 400 1,58 1,65 500 1,95 2,06 Tabela 10.Deflexão da Viga PARTE 02 COMPRIMENTO ENTRE APOIS (m) DEFLEXÃO REAL (mm) DEFLEXÃO TEÓRICA (mm) 200 0,27 0,26 250 0,50 0,50 300 0,84 0,87 350 1,29 1,38 400 1,66 2,06 450 2,69 2,94 500 3,61 4,03 Com os dados obtidos experimentalmente e de forma teórica foram plotados dois gráficos relacionando as duas partes do experimento. ( Linha de Tendência Linear (Real) Linha de Tendência Linear (Teórica) Deflexão (Teórical) Deflexão (Real) Massa (g) -0,50 600 500 400 300 200 100 0 0,50 0,00 y = 0,0039x + 0,0167 R² = 0,9995 1,50 1,00 y = 0,0041x - 4E-16 R² = 1 2,50 2,00 DEFLEXÃO X MASSA ) ( Deflexão (mm) )Gráfico 4. Deflexão x Carga Aplicada No gráfico 1, a relação existente entre a deflexão da viga está diretamente ligada com a massa aplicada. Quando ocorria o aumento da massa, de forma proporcional, a deflexão tendia a ser acrescida. Esse dado pode ser comparado com as deflexões teóricas, seguindo uma mesma tendência. ( DEFLEXÃO X COMPRIMENTO 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 379 1,00 0,50 0,00 0 100 200 300 Comprimento (m) 400 500 600 Deflexão (Real) Deflexão (Teórical) Linha de Tendência Pilinomial (Real) Linha de Tendência Polinomial (Teórica) ) ( Deflexão (mm) )Gráfico 5. Deflexão x Comprimento y = 3E-08x3 + 1E- 17x2 - 6E-15x + 1E -12 R² = 1 y = 7E-08x3 - 4E-0 5x2 + 0,0141x - 1,3 R² = 0,996 No segundo gráfico, foi relacionado a deflexão e a distância entre os apoios, plotando tanto as deflexões obtidas de forma experimental quanto as teóricas. Questionamento sobre o Experimento II 1) Comentar a relação obtida entre a carga e deflexão. Pela linha de tendência gerada é possível notar um comportamento linear diretamente proporcional, sendo assim quanto maior a carga maior será a deflexão. 2) Analisar a equação teórica da deflexão da viga biapoiada com carregamento central. Para vigas com carregamento central utilizamos a seguinte formulação para encontrar sua deflexão máxima, localizada no ponto central entre os apoios. Figura 5.Representação da viga, linha elástica e deflexão máxima 3) Comentar resultado do gráfico obtido. Analisando os gráficos obtidos, pode-se notar a precisão do experimento com relação ao modelo teórico utilizando a linha de tendência gerada para os dados experimentais e a equação da reta gerada pelos dados teóricos. A partir de tais resultados pode-se realizaruma comparação mais precisa do comportamento da viga, tanto para a parte 1 que apresentou um resultado mais próximo do teórico, analisando o gráfico 4 é obtido um coeficiente de inclinação para reta de tendência 0,0041 para os dados experimentais e um coeficiente de 0,0039 para os dados obtidos de forma teórica. A proximidade entre os coeficientes demonstra o quão próximo o comportamento da viga ensaiada está do modelo teórico. 4) Encontrar a relação entre o comprimento da viga e a deflexão. A relação encontrada foi obtida através da progressão polinomial a qual está representada no gráfico 5. 5) Indicar um exemplo onde esse tipo de flexão é desejado e um onde não é desejado. Este tipo de flexão serve como princípio para a criação de amortecedores de veículos pesados. Ela pode ser um incomodo em vigas por exemplo, já que a norma de desempenho estabelece uma flecha central máxima para as vigas. 4.3 EXPERIMENTO III – A FORMA DE UMA VIGA DEFLETIDA 4.3.1 Objetivos O presente experimento tem como objetivo mostrar como a deflexão de uma viga carregada varia ao longo do seu comprimento. A viga se apoia por apoios simples com uma carga fixa de 500g. Os valores de deflexão são obtidos a partir das leituras da viga com e sem o carregamento. Por fim, a comparação entre os dados obtidos é essencial para o sucesso desse experimento. 4.3.2 Material Utilizado · Aparato para medida de deflexão em vigas · Medidor digital de deflexão (relógio comparador) com precisão de 0,01 mm · 01 viga de alumínio · 02 suportes de apoio simples · 01 adaptador de carga para suporte da haste metálica · 01 haste metálica para aplicação da carga sobre viga · Jogo com 50 pesos de 10 g · Régua metálica de 600 mm · Paquímetro 4.3.3 Procedimentos Para a realização do experimento, incialmente verificamos os materiais descritos para a sua realização, como descrito nos materiais utilizado (presentes no roteiro da prática). Em seguida foram fixados apoios simples, mantendo uma distância entre os suportes de 400 mm, de forma que tornasse possível a leitura pelo medidor digital de deflexão (relógio comparador) pelos seus 600mm, o que corresponde a toda a extensão da viga. Seguindo com a montagem do equipamento, foi posicionado o medidor de deflexão na posição inicial zero sobre a viga, usando o botão “±” para fixar a deflexão para cima como negativa. Em sequência foi posicionado a viga o fixador de cargas na posição a 200mm do apoio da esquerda, no centro dos apoios. É importante salientar que antes de fazer anotação da leitura das medidas fornecidas pelo medidor, foram fornecidas leves batidas no pórtico. Esse procedimento foi feito repetidas vezes a cada mudança de posição do medidor para as posições 0, 20, 40, 60, 80, 100, 150, 200, 250, 300, 350, 400, 450, 500, 550 e 600 mm. 4.3.4 Memorial de Cálculo A tabela 11, fornece os dados obtidos no experimento III. Foram realizadas duas leituras para cada posição, sendo uma a leitura inicial sem a presença da carga e a leitura com a carga de 500g na posição central. A deflexão foi determinada pela diferença entre as leituras feitas pelo medidor. Tabela 11.Deflexão da viga Experimental Posição (mm) Leitura Inicial (mm) Leitura com carga(mm) Deflexão (mm) 0 0 -1,28 1,28 20 -0,21 -1,24 1,03 40 -0,3 -1,06 0,76 60 -0,38 -0,87 0,49 80 -0,52 -0,71 0,19 100 -0,6 -0,45 -0,15 150 -0,64 0,16 -0,8 200 -0,76 0,66 -1,42 250 -0,67 1,13 -1,8 300 -0,73 1,27 -2 350 -0,7 1,1 -1,8 400 -0,75 0,63 -1,38 450 -0,73 0,06 -0,79 500 -0,75 -0,65 -0,1 550 -0,86 -1,5 0,64 600 -0,63 -1,92 1,29 As deflexões teóricas da viga foram calculadas seguindo as seguintes equações de deslocamento abaixo: Para as cargas utilizadas no experimento a deflexão da viga pode ser encontrada utilizando a seguinte equação: 𝑃𝑏(𝐿2 − 𝑏2)3/2 − 9√3𝐸𝐼𝐿 Fig. 5. Representação da viga, linha elástica e deflexão máxima para viga com carga aplicada no vão. Com o intuito de servir de base para a plotagem do gráfico, com a intenção de comparar os valores encontrados entre a deflexão prática e a deflexão teórica os cálculos encontrados serviram para determinação dos dados da tabela 12. Tabela 12.Alumínio Material Aluminio E (N/m²) 6,90E+10 base(m) 1,85E-02 I (m4) 4,593E-11 espessura(m) 3,10E-03 Tabela 13.Deflexões Teóricas Téorico Posição (mm) Deflexão (mm) 100 0,00 150 -0,77 200 -1,44 250 -1,90 300 -2,06 350 -1,90 400 -1,44 450 -0,77 500 0,00 Questionamento Sobre o Experimento III 1) Por que é importante, para cada medida, obter os valores sem carregamento nesse experimento? A carga inicialmente, sem a presença do carregamento, apesar de não ter um elemento fixo fornecendo um esforço diretamente, sofre com os esforços do meio externo que atuam sobre a viga, sendo eles influenciados pela gravidade local, como também a temperatura no momento do experimento, dentre outros fatores externos. Sendo assim é necessário conhecer o estado inicial de repouso da vida para que então os efeitos gerados por cargas acidentais venham a ser excluídas no cálculo final da deflexão. 2) Qual a forma que a viga terá nas extremidades externas aos apoios? Essa análise pode ser realizada com base no gráfico 3, onde é possível verificar a deflexão x posição ao longo da viga. ( DEFLEXÃO X POSIÇÃO 1,5 1 = -2E-10x 4 + 2E- 0,5 0 0 100 200 300 400 500 600 700 -0,5 -1 -1,5 -2 1,05 -2,5 Posição (mm) Deflexão (Real) Deflexão (Teórica) Linha de Tendência Polinomial Ordem 4(Real) Linha de Tendência Polinomial Ordem 4 (Teórico) 1x 2 - 0,0025x + 4E-07x 3 - 0,000 R² = 1 y = -3E-10x 4 + R² = 0,9996 8 0,0106x + 1,267 07x 3 - 6E-05x 2 - y ) ( Deflexão (mm) )Gráfico 6. Deflexão x Posição 3) O método adotado prediz com precisão a forma da viga deformada? Sim. Com base no gráfico 6, temos que tanto a deflexão experimental quanto deflexão teórica são satisfeitas, apresentando apenas pequenas variações nos valores, porém, a forma como se expressa o traçado da função que as representam é muito similar. REFERÊNCIAS BEER, F.P. e JOHNSTON, JR., E.R. Resistência dos Materiais, 5.º Ed., Makron Books,1995 HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais, 3.º Ed., Editora Livros Técnicos e Científicos, 2004.
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