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PLANO DE ESTUDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Apresentação das grandezas escalares e vetoriais e sua notação. • Conceituação de força e apresentação dos seus processos de medida. • Conceituação de peso e massa e apresentação dos seus processos de medida. • Apresentação do conceito e o método de obtenção da resultante das forças que agem em um corpo. • Apresentação do Princípio da Inércia. • Apresentação do Princípio Fundamental da Dinâmica para o movimento retilíneo. Conceito e medida de forças Peso e massa Princípio da inércia ou primeira Lei de Newton Princípio Fundamental da Dinâmica para o movimento retilíneo Resultante de um sistema de forças Luis Ricardo Arruda de Andrade Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo Conceito e Medida de Forças O movimento de um corpo é influenciado pelos corpos à sua volta. Por exemplo, o movimento de um carro freando é influenciado pelas con- dições da pista. A trajetória da bola de bilhar se altera quando ela se choca com a borda da mesa. A influência de um corpo sobre outro tanto pode ser no sentido de ajudar o movimento como de opor-se a ele ou, até mesmo, de impedi-lo. Em qualquer um desses casos, dizemos que um corpo age sobre o outro ou, na linguagem da Física, um corpo aplica uma força sobre o outro. Entretanto, ao descrever uma força, ou seja, a ação de um corpo sobre outro, não basta dizer o quanto, temos de dizer para onde. A ação de um corpo sobre outro pode ser, por exemplo, em- purrá-lo horizontalmente ou levantá-lo. Portanto, para descrever a força e inúmeras outras gran- dezas da Física, foi necessária a criação de uma outra classe de grandezas físicas, denominadas grandezas vetoriais. 67UNIDADE 3 Grandezas Escalares e Vetoriais Há grandezas, denominadas escalares, que ficam determi- nadas quando se conhece a sua intensidade, que é um número acompanhado de uma unidade. Informalmente, podemos dizer que uma grandeza escalar fica determinada quando se sabe quanto ela vale. Tempo e volu- me são exemplos de grandezas escalares. Outras grandezas, denominadas vetoriais, exigem para sua determinação, além do quanto, uma orientação espacial, que é dada pela direção e pelo sentido. Um exemplo de grandeza vetorial é o deslocamento. Sabendo-se que um corpo está na posição A e se desloca 10 m, não temos dados suficientes para determinar a posição final. Para isso, precisaríamos saber, além do quanto, para onde o corpo se desloca. Uma reta define uma direção. Qualquer reta paralela a ela possui a mesma dire- ção. Logo, um feixe de retas paralelas apresenta uma única direção. A cada direção correspondem dois possíveis sentidos. Por exemplo, podemos percorrer uma reta vertical em dois sentidos: para cima ou para baixo: A B Figura 2 - Direção e sentido. (A) Um feixe de retas paralelas apresenta uma mesma direção. (B) A cada direção correspondem dois sentidos Fonte: o autor. Uma grandeza vetorial fica determinada pela intensidade, que é um número positivo, acompanhado de uma unidade, e por uma orientação espacial, que é dada pela direção e pelo sentido. 10 10 A B C Figura 1 - Deslocamento é uma grandeza vetorial Fonte: o autor. 68 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo Por exemplo, se dissermos que um corpo que está em um ponto A se desloca 10 m para o Norte, seu deslocamento está determinado. N E S W NW NE SESW 20 40 60 80 100 120 140 1601802 00 22 0 24 0 26 0 28 0 30 0 32 0 340 0 B 10 A Figura 3 - Deslocamento é uma grandeza vetorial Fonte: o autor. Notação de Grandezas Vetoriais Podemos representar grandezas escalares por letras arbitrariamente escolhidas. Em qualquer um desses casos, a letra representa um número acompanhado de unidade. Para distinguir as grandezas vetoriais das escalares, foi proposto que grandezas ve- toriais fossem representadas por uma letra qualquer, grega ou latina, maiúscula ou minúscula, sobre a qual se coloca uma seta. Quando queremos nos referir apenas à intensidade da grandeza, utilizamos a mesma letra sem a seta. Se um corpo vai de A para B, seu deslocamento, que vamos chamar de D1, apresenta intensidade 3 m, direção vertical e sentido para a cima. Se um outro corpo se desloca de X para Y, dizemos que seu deslocamento, que vamos chamar de D2, foi 3 m horizontal para a direita. Se um terceiro corpo se desloca 3 m na direção horizontal para a esquerda, seu deslocamento, que vamos chamar de D3, foi 3 m horizontal para a esquerda. Os três deslocamentos têm a mesma intensidade, mas não são iguais. D1 tem direção diferente de D2 e de D3. Quanto a D2 e D3 apresentam a mesma intensidade, a mesma direção, mas sentidos contrários. D1 = D2 = D3 Mas D D D1 2 3≠ ≠ 69UNIDADE 3 A B X D D DN M Y 1 2 3 1 m 1 m A X D D DN M Y 1D 2DD 3DD Figura 4 - Exemplos de deslocamentos Fonte: o autor. Conceito de Força Uma vez estabelecido o conceito e a notação de grandezas vetoriais, podemos apre- sentar o conceito de força. Força é uma grandeza vetorial que caracteriza a ação de um corpo sobre outro e que tem como efeito a deformação do corpo e/ou a alteração da velocidade do corpo sobre o qual ela está sendo aplicada. Empregamos, para forças, a notação usual para grandezas vetoriais: uma letra sobre a qual se coloca uma seta. Exemplos: F , f , T P, u ru r . Para indicar a intensidade da força, empregamos a mesma letra sem a seta. Exemplos: F, f, T, P. Observando as ações que ocorrem na natureza, verificamos que só existe força quando há dois corpos: um que aplica a força, e outro que sofre a ação. Não podemos falar em força do corpo, mas em força aplicada ou recebida pelo corpo. A força não é propriedade do corpo, mas de um par de corpos. 70 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo Dinamômetro No século XVII, Robert Hooke estabeleceu a lei da elasticidade, também conhecida como Lei de Hoo- ke, segundo a qual, as deformações sofridas pelos corpos são proporcionais às forças que são aplicadas sobre eles. Com base nela, foi possível criar o apa- relho, denominado dinamômetro, destinado à me- dida de forças. O dinamômetro, às vezes chamado erradamente de balança de molas, é constituído por uma mola associada a uma escala. Pela deformação da mola, determinamos a intensidade da força. A unidade de força é denominada newton, que será definida nesta unidade. Tipos de Força Vamos descrever apenas as forças aplicadas ou recebidas por corpos que estão no estado sólido. Essas forças se dividem em dois tipos: de contato e de campo. As forças de contato só existem enquanto há contato entre os corpos; portanto, em dado corpo, o número de forças de contato não pode superar o número de contatos. Essas forças estão presentes quando se empurra ou se puxa um corpo. As forças de campo existem mesmo que não haja contato entre os corpos. São exemplos de força de campo: a força elétrica (aplicada por corpos eletrizados), a força magnética (aplicada por ímãs) e a força peso ou força de atração gravitacional ou força da gravidade (aplicada por um planeta ou estrela sobre os outros corpos). No momento, entre as forças de campo, só nos interessa a força peso. As Principais Forças da Mecânica Em 1687, Isaac Newton formulou a hipótese de que todos os corpos se atraem mu- tuamente. A existência dessa atração, denominada gravitacional, é muito difícil de ser observada experimentalmente enquanto se opera com objetos comuns – duas pessoas, por exemplo – pois, nessas condições, ela é desprezível. No entanto, quando um dos objetos é um planeta, essa atração passa a ter intensidade considerável. Nessas condições, um corpo na superfície ou nas proximidades da Terra – ou de qualquer outro planeta – está submetido a uma força de atração gravitacional, tam- Figura 5 - Dinamômetro Fonte: o autor. 71UNIDADE 3 bém chamada força peso, exercidapelo nosso planeta sobre o corpo, e é a existência dessa força que explica, por exemplo, a queda dos corpos. A força peso é dirigida para o centro da Terra. Quando um corpo A puxa um corpo B, dizemos que A exerce sobre B uma for- ça de tração. Muitas vezes, a força de tração é transmitida por uma corda, por um cabo de aço ou por uma linha de costura. Esses elementos transmissores de força de tração são denominados fios. Para que exista força de tração, tem de haver um fio e tendência de separação. Quando um corpo está apoiado em uma superfície plana, recebe desta uma força, denominada força normal, ou simplesmente normal, que impede a penetração do corpo no apoio. Quando tentamos arrastar um corpo sobre uma superfície, aparece uma força, denominada força de atrito, que impede ou dificulta o escorregamento do corpo em relação à superfície. Essa força apresenta direção paralela à superfície de contato e sentido contrário ao escorregamento ou tendência de escorregamento. Um Exemplo Fundamental Considere o exemplo de um trator puxando uma pedra que está apoiada em uma super- fície horizontal. Vamos assinalar as forças que agem na pedra e descrever cada uma delas. Fa T N P Figura 6 - Forças que agem em uma pedra sendo puxada por um trator Fonte: o autor. r P: é o peso da pedra, ou seja, a força com que a Terra a atrai. r T : é a força de tração transmitida pelo fio do trator até a pedra. Tem a direção do fio e sentido de puxar. r N : é a força normal aplicada pelo solo na pedra. Tem a direção perpendicular à superfície e sentido de empurrar. r Fat : é a força de atrito aplicada pelo solo na pedra. Tem a direção tangente à su- perfície e sentido contrário ao deslizamento, ou tendência. Na Tabela 1, vemos uma tabela com as cotações de preços de diferentes produtos, nas quais se lê o preço de um saco de 60 kg de milho, o preço de um saco de 50 kg de arroz e o preço da arroba (@) de cacau. Na linguagem habitual, dizemos que o peso do saco de milho é 60 kg, de arroz é 50 kg e assim por diante. Porém, na Física, peso é uma força, a força com que a Terra atrai o corpo. No caso, o interesse não é por essa força, é pela quanti- dade de milho ou de arroz que se está negociando. Genericamente, o que importa é associar o preço à quantidade de matéria que está sendo negocia- da. Analogamente, no caso do medicamento, o que interessa é a quantidade de medicamento que está sendo ingerido e não o seu peso. Nas reações químicas, o que importa é o quanto de reagente participou da reação, daí Lavoisier, no enunciado de sua Lei, cita as massas dos reagentes e não o seu peso. Enfim, precisamos estabelecer uma grande- za física que meça a quantidade de matéria de um corpo. Essa grandeza física é a massa. Peso e Massa 73UNIDADE 3 Entretanto, ainda temos de resolver dois problemas: um processo de medida de massa e uma unidade. Tabela 1 - cotações de preços Produto Unidade Valor Milho SACA DE 60 KG 26,41 Arroz SACA DE 50 KG 45,00 Cacau ARROBA (@) 98,00 Fonte: o autor. Massa e sua Medida – Balança O primeiro problema é resolvido com uma balança de dois pratos com braços iguais. Esse tipo de balança só permanece em equilíbrio se nos dois pratos forem colocados corpos de mesma massa. Em princípio, a utilização de uma balança de dois pratos é bastante simples. Em um dos pratos, coloca-se o corpo cuja massa se quer determinar. No outro prato, colocam-se massas aferidas, até que se atinja o equilíbrio. Massas aferidas são corpos cuja massa é unitária, ou um múltiplo ou, ainda, um submúltiplo da unidade de massa. Figura 7 - Balança de dois pratos egípcia 74 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo O segundo problema é caracterizar o corpo que será empregado como unidade de massa, especificando o material de que é feito e suas dimensões. Assim como no caso da unidade de comprimento, houve inúmeras propostas para se utilizar obje- tos como unidade de massa – grãos de cereais, peças de bronze e muitas outras. Até que, em 1791, a Academia de Ciências de Paris definiu o quilograma (símbolo: kg, obrigatoriamente grafado em letras minúsculas), como sendo a massa de 1 dm3 de água a 4 °C. Atualmente, o quilograma é definido como sendo igual à massa do protótipo internacional do quilograma, que é um cilindro de uma liga de platina e irídio com 39 milímetros de diâmetro e 39 milímetros de altura, depositado no Bureau Inter- national de Poids et Mesures, em Sèvres, perto de Paris. Os principais múltiplos e submúltiplos do quilograma são apresentados na tabela a seguir. Tabela 2 - Múltiplos e submúltiplos do quilograma Nome da unidade Símbolo Relação com o kg Tonelada T (ou ton) 1 T = 103 kg Grama g 1 g = 10-3 kg Miligrama mg 1 = 10-6 kg Fonte: o autor. O Peso e a Relação entre Peso e Massa Como foi explicado, o peso de um corpo (P) é a força com que a Terra ou outro astro atrai o corpo. Tratando-se de uma força, sua medida é dada em newton, por meio de um dinamômetro. A massa (m) de um corpo, que é a quantidade de matéria do corpo, e sua medida é obtida em uma balança. Vamos imaginar que sejam levados diferentes corpos, arbitraria- mente escolhidos, para dado local da Terra. Com auxílio de uma balança, são determina- das as massas desses corpos e, com um dinamômetro, são determinados os seus pesos. Os resultados obtidos para a massa, em kg, e o peso, em N, estão na tabela a se- guir e permitem concluir que o quociente da intensidade do peso pela massa é uma constante que não depende nem de m nem de P. 75UNIDADE 3 Tabela 3 - Massas de diferentes objetos Objetos Massa (kg) Peso (N) P /m[N/ kg] Abajur 0,40 3,92 9,8 Miniatura de avião 0,25 2,45 9,8 Canivete suíço 0,19 1,862 9,8 Dicionário 1,25 12,25 9,8 Mamão 1,61 15,778 9,8 Saco de ração 2,30 22,54 9,8 Fonte: o autor. Se esse experimento fosse repetido em outros pontos do Universo, observaríamos que o quociente do peso pela massa continuaria sendo uma constante, que depende apenas do ponto escolhido. Essa constante é denominada intensidade do campo gravitacional do ponto considerado e é representada pela letra g. Para um ponto x qualquer, temos: P = mg Sendo que: • P é o peso do corpo que depende do corpo e do local. É medido com dina- mômetro. • m é a massa do corpo que depende do corpo. É medido com balança. • g é a intensidade do campo gravitacional que depende do local. O valor de g é aproximadamente 9,8 N/kg para qualquer local da Terra. Como foi explicado, o movimento de um corpo é influenciado pelas ações dos corpos vizinhos. Essas ações podem favorecer um movimento ou se opor a ele. A ação de cada um desses corpos vizinhos sobre aquele corpo cujo movimento está sendo estudado é uma força. O conjunto de forças que agem num corpo é denominado sistema de forças. Muitas vezes, ao estudarmos o movimento de um corpo, temos mais interesse no efeito total que o sistema de forças causa no movimento do que no efeito de cada força separadamente. Nesses casos, aplicamos o conceito de resultante do sistema. Conceito de Resultante Um sistema de forças age sobre um corpo. Pode ser, por exemplo, um veículo percorrendo uma estrada, um corpo em queda livre, uma nave es- pacial ou uma pedra sendo puxada por um trator. Esse corpo está sujeito a várias forças, como peso, tração e assim por diante. Resultante de um Sistema de Forças 77UNIDADE 3 Considerações Experimentais O primeiro a ter a ideia de obter uma força equivalente a um sistema de forças foi Simon Stevin, engenheiro, físico e matemático flamengo, nascido em Bruges. Na Figura 8, a seguir, é mostrada uma versão moderna da mesa de forças utilizada por Stevin para estudar o problema. Pesos conhecidos são pendurados e os fios que os sustentam são presos a um anel. Na Figura 8, está ilustrada uma situação com três pesos, mas podemos utilizar quantos pesos quisermos. Um transferidor permite determinar os ângulos entre as forças. O anel é mantido em equilíbrio por um outrofio, no qual se intercala um dinamômetro preso a um ponto fixo. A leitura do dinamômetro indica a intensidade da força equivalente ao sistema. Figura (a) Figura (b) K G F Intensidade da força equivalente ao sistema Sistema de forças Figura (a) Figura (b) K G F Intensidade da força equivalente ao sistema Sistema de forças Figura 8: a) Mesa de forças, b) Sistema de forças aplicadas ao anel Fonte: o autor. Experimentando com diferentes sistemas de forças e por um processo de tentativa e erro, Stevin descobriu que a força equivalente poderia ser determinada graficamente pelo método da linha poligonal explicado a seguir. A resultante de um sistema de forças é uma força que substitui o sistema, produzindo o mesmo efeito. Forças opostas 78 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo O método da linha poligonal O método da linha poligonal consiste em representar cada força que age no corpo com a origem na extremidade de uma anterior. A resultante tem a origem na origem da primeira e extremidade coincidindo com a extremidade da última. Observe que a soma vetorial é comutativa. Sistema de forças Linha poligonal Resultante K K K G G G R R R F F F Figura 9 - Método da linha poligonal Fonte: o autor. Considerações sobre o Método da Linha Poligonal 1. Como acabamos de ver, se K , G e F são forças agindo em um corpo, a re- sultante R, ou seja, a força equivalente ao sistema, é obtida pela linha poligonal. Contudo suponha que K , G e F sejam deslocamentos. Nesse caso, R seria o deslocamento equivalente aos três. Pode parecer estranho que o método de obter o deslocamento vetorial e o de obter a resultante seja o mesmo. Não estranhe! O método da linha poligonal se aplica a qualquer grandeza vetorial. 2. A aplicação do método da linha poligonal fica muito facilitada se as grande- zas vetoriais forem representadas sobre um fundo quadriculado, no qual o lado do quadradinho representa uma unidade da grandeza em estudo. Veja o exemplo na Figura 10. A B C A B u u C S = 14u S Figura 10 - Aplicação do método da linha poligonal sobre um fundo quadriculado Fonte: o autor. 79UNIDADE 3 Componentes Ortogonais de uma Força Em alguns casos, pode ser mais conveniente uma operação inversa: determinar um sistema, em geral, com duas forças, que seja equivalente a uma dada força. Essas forças são chamadas componentes da força dada. Merece atenção especial o caso em que as componentes têm direções perpendiculares entre si, sendo, por isso, chamadas componentes ortogonais. Vamos aplicar o método da decomposição de forças obtendo a resultante do sistema anteriormente apresentado. As componentes de cada uma dessas grandezas são (acompanhe a descrição a seguir com a Figura 10): A: Ax = 4 unidades para a direita; Ay = 5 unidades para cima. B: Bx = 6 unidades para a direita; By = 1 unidade para baixo. C: Cx = 4 unidades para a direita; Cy = 4 unidade para baixo. S: Sx = 4 + 6 + 4 = 14 unidades para a direita. Sy = 5 – 1 – 4 = 0. Observe que uma força que tenha as componentes Sx = 14 unidades para a direita e Sy = 0 coincide com a soma vetorial obtida pela linha poligonal Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. Para acessar, use seu leitor de QR Code. Quando estamos aplicando o método da linha poligonal ou o da decomposição, estamos realizando a operação denominada soma vetorial. Portanto, a resultante de um sistema de forças que agem em um corpo é a soma vetorial das forças que agem no corpo. Em símbolos, sendo R a resultante das forças que agem no corpo: r R =∑ F r Cuidado! A soma vetorial não é a soma das intensidades. A soma vetorial é obtida pelo método da linha poligonal ou da decomposição. FF Fx y Figura 11 - Componentes de uma Força Fonte: o autor. O propósito da dinâmica é relacionar o movi- mento de um corpo com as forças que agem sobre ele. Para começar o tema, vamos tentar descobrir como esse corpo se comportaria caso nenhuma força agisse; ou, o que é equivalente, tentaremos definir qual é o movimento do corpo quando a resultante das forças que agem sobre ele é nula. Para Aristóteles, o estado natural do corpo era o repouso. Em consequência, um corpo só se manteria em movimento se uma força o obrigasse a isso. O movimento cessaria tão logo a força deixasse de agir. A experiência mostra que um corpo, inicialmente em repouso, tende a permanecer nesse estado, en- quanto um corpo em movimento em uma mesa diminui sua velocidade até parar. Por isso, à primeira vista, a hipótese aristotélica parece satisfatória. Coube a Galileu mostrar a falha dessa hipótese. Na verdade, a razão pela qual o corpo diminui sua velocidade até parar é o atrito com o corpo em que se apoia. Não se trata, portanto, de uma tendência natural do corpo, mas do resultado da ação de outro corpo (a mesa). O corpo não para por uma tendência natural, ele é obrigado a parar por conta de forças que se opõem ao movimento. Princípio da Inércia ou Primeira Lei de Newton 81UNIDADE 3 O problema do Referencial Um cuidado que se deve ter ao aplicar o Princípio da Inércia é a escolha do referencial. Só podemos dizer se um corpo está em movimento ou em repouso depois de esta- belecer o referencial adotado. Para o estudo da Dinâmica, pelo menos por enquanto, o referencial que adotaremos é a Terra. Enunciado do Princípio da Inércia e Algumas Conclusões Se um corpo está em repouso em relação à Terra, ele tende a permanecer em repouso em relação à Terra. Se um corpo está em movimento a uma determinada velocidade em relação à Terra, ele tende a permanecer em movimento retilíneo uniforme com a mesma velocidade em relação à Terra. A tendência de se manter em repouso ou em movimento retilíneo uniforme é chamada de inércia. Por isso, quando um corpo está a certa velocidade, pode-se dizer que sua tendência é continuar com ela, por inércia. Algumas Consequências do Princípio da Inércia 1. Para que um corpo em repouso inicie o movimento, é preciso aplicar a ele uma ou mais forças, de modo que a resultante do sistema seja não nula, pois a tendência do corpo em repouso é permanecer nesse estado. 2. Para que um corpo em movimento diminua ou aumente a velocidade, é pre- ciso aplicar a ele uma ou mais forças, de modo que a resultante do sistema seja não nula, pois a tendência do corpo em movimento é permanecer em MRU. 3. Para que um corpo em movimento faça uma curva, é preciso aplicar a ele uma ou mais forças, de modo que a resultante do sistema seja não nula, pois a tendência do corpo em movimento é permanecer em MRU. Exemplos de aplicação do princípio da inércia 1. Por que se recomenda o uso do cinto de segurança? Por que alguns carros vêm equipados com o sistema denominado airbag? Por que a maioria dos veículos atuais tem, sobre o encosto do banco, um apoio para a cabeça? Suponha que um veículo esteja se movimentando e que sua velocidade sofra redução rápida, causada por uma freada ou por uma colisão. Constitui grave erro de Física dizer que, nessas condições, o passageiro é lançado para a frente. A explicação correta 82 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo é que, de acordo com o Princípio da Inércia, o passageiro do veículo tende a continuar em mo- vimento e, em consequência, tende a chocar-se contra algum obstáculo rígido à sua frente. Tanto o cinto de segurança como o air-bag impedem que esse choque aconteça. Suponha, agora, que um veículo, inicialmente em repouso, sofra uma colisão traseira. Se o carro é empurrado para frente, o passageiro é empur- rado para a frente pelo encosto do banco. Caso não houvesse o apoio para a cabeça, ela tenderia, por inércia, a permanecer em repouso enquanto o corpo se movimenta, poderia causar uma lesão no pescoço. 2. Em certas máquinas de lavar roupa, a se- cagem é feita por “centrifugação”. No que consiste a centrifugação? A roupamolha- da é colocada no interior de um cilindro com pequenos furos laterais. O cilindro é colocado para girar. Constitui grave erro de Física dizer que, nessas condições, a água é lançada para fora do cilindro. Para que isso acontecesse, deveria existir uma força para fora do cilindro, que muitos insistem em chamar de força centrífuga. Se essa força existisse, teríamos de identificar o corpo que a aplica. Como esse corpo não existe, essa explicação não é correta. O correto seria dizer que a roupa seca por inércia. Tanto a roupa quanto a água tendem, por inércia, a se manter em movimento retilí- neo uniforme, mas a água consegue passar pelo furo e a roupa, não. 83UNIDADE 3 O propósito desta unidade é estudar a dinâmica do movimento retilíneo. Já vimos que a tendência do corpo, que está a uma certa velocidade, é man- ter-se em MRU nessa velocidade. Em consequên- cia, para que um corpo em movimento diminua ou aumente a velocidade, é preciso aplicar a ele uma ou mais forças, de modo que a resultante do sistema não seja nula. Em outras palavras, se um corpo está em mo- vimento retilíneo acelerado ou retardado, a resul- tante das forças que agem sobre ele não é nula. O propósito deste capítulo é estudar a relação entre a resultante das forças que agem sobre o corpo e a aceleração que ele adquire no caso particular do movimento retilíneo. Essa relação é conhecida como o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo, ou Segunda Lei de New- ton, para o caso particular do movimento retilíneo. Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo 84 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo Aumentando a Velocidade de um Corpo Suponha que se deseje movimentar um corpo inicialmente em repouso em um plano horizontal. Sabemos, por experiência própria, que isso exige a aplicação de uma força F , que, por simplicidade, vamos imaginá-la horizontal. Sabemos, também, pela nossa experiência do dia a dia, que empurrar um guarda roupa é mais difícil do que empurrar uma cadeira e que isto se deve ao atrito com o chão ( fat ). Sabemos, ainda, que nossa tarefa é facilitada se contarmos com a ajuda de um amigo que apli- ca uma força H na mesma direção e sentido de F . A conclusão é que, para o aumento da velocidade de um corpo em movimento retilíneo, a resultante ( R ) das forças que agem no corpo tem de ter a direção e o sentido do movimento. N F R H P fat Sentido do Movimento Figura 12 - Aumentando a velocidade de um corpo Fonte: o autor. Conclusão 1: para aumentar a velocidade de um corpo, precisamos aplicar nele um sistema de forças cuja resultante seja no sentido do movimento. Também podemos imaginar que, quanto maior a aceleração desejada, maior a resultante necessária. Diminuindo a Velocidade de um Corpo Vamos, agora, estudar um movimento retilíneo retar- dado. Como exemplo, vamos imaginar um carro se movi- mentando para a direita e freando. A causa da diminui- ção e velocidade do carro é a combinação das forças de atrito e de resistência do ar. N Resf F P ar at Sentido do movimento Figura 13 - Diminuindo a velocidade de um corpo Fonte: o autor. 85UNIDADE 3 A conclusão é que, para a diminuição da velocidade de um corpo em movimento retilíneo, a resultante ( R ) das forças que agem nele tem de ter a mesma direção, mas o sentido contrário ao do movimento. Também podemos imaginar que, quanto maior a aceleração desejada, maior a resultante necessária. Freadas bruscas exigem forças de maior intensidade. O Efeito da Massa É claro que frear um caminhão é mais difícil do que frear um carro. Entenda-se por mais difícil o que exige uma força de maior intensidade. Isto se deve à massa do veículo. Portanto, a massa, que foi apresentada como uma medida da quantidade de matéria, tem um outro significado: é uma medida da dificuldade que o corpo oferece para ser acelerado. Daí se dizer que a massa é a medida da inércia, ou seja, é a medida da tendência do corpo em se manter em repouso ou MRU. Princípio Fundamental da Dinâmica do Movimento Retilíneo Toda essa discussão a respeito das forças que agem sobre o corpo e o movimento que ele realiza pode ser resumida do seguinte modo: A resultante das forças que agem sobre um corpo em movimento retilíneo apresenta as seguintes características: Intensidade: R = m|a| Direção: a mesma da trajetória Sentido: o mesmo do movimento, no caso deste ser acelerado. Contrário ao movimento, no caso deste ser retardado. 86 Forças e o Princípio Fundamental da Dinâmica para o Movimento Retilíneo Definição da Unidade de Força no Sistema Internacional A partir da expressão R = m|a|, podemos definir a unidade de força do SI: o newton (N) é a força necessária para acelerar um corpo de massa 1 kg com uma aceleração de 1 m/s2. Em símbolos: 1 N = 1 kg.m/s2 Um corpo de massa 3,0 kg, apoiado, inicialmente, em repouso em uma superfície plana horizontal, recebe, a partir do instante t = 0, a ação de força F horizontal para a direita de intensidade 6,0 N. Sabendo-se que o atrito entre o corpo e o apoio tem intensidade f = 2,4 N, determinar o instante em que a velocidade do corpo é 3 m/s. f = 2,4 N F = 6,0 N N P Aplicando-se o Princípio Fundamental da Dinâmica para o movimento retilíneo, obtemos: R = ma → F – f = ma 6,0 – 2,4 = 3 ⋅ a → a = 1,2 m/s2 Como a aceleração é constante, o movimento é uniformemente variado, a velocidade em cada instante pode ser determinada pela expressão: V = V0 + at → 3,0 = 0 + 1,2 t t = 2,5 s A finalidade desta unidade pode ser resumida em uma linha: Em um movimento retilíneo: R = m|a| No entanto, para entender essa expressão e saber utilizá-las nas diferentes situações, precisamos percorrer um longo caminho que começa pelo conceito e medida de forças. 01 EXEMPLO Força é uma grandeza vetorial que caracteriza a ação e um corpo sobre o outro. De um modo informal, porém correto, podemos dizer que a ação de um corpo sobre outro pode ser um puxão, empurrão, esfregação, atração ou repulsão. Foi dado um destaque especial ao conceito de força peso, ou simplesmente peso: é a força com que a Terra, ou um astro qualquer, atrai o corpo. Lembrar que, normalmente, um corpo está sob ação de diversas forças, e para estudar o efeito de um sistema de forças, foram apresentados o conceito e o método de obtenção da resultante que é a força equivalente ao sistema: método da linha poligonal e o método da decomposição das forças. Foi apresentado o conceito de massa, que é uma característica do corpo, não do local, que mede a quantidade de matéria do corpo. A unidade no Sistema Interna- cional é o kg. Até aqui apareceram duas ideias. Uma relacionada ao corpo, que é a sua massa, e a outra relacionada às ações sobre o corpo, é a resultante das forças que agem sobre ele. A expressão R = m|a| estabelece a relação entre as causas do movimento e a ace- leração que o corpo adquire no caso particular do movimento retilíneo. 88 Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução. 1. Certas palavras de uso corrente ganham significados específicos no âmbito da Física, e um exemplo desse processo de especialização de significado é o que acontece com força. Na linguagem habitual, são aceitáveis as expressões “fazer força”, tanto com sentido real de puxar ou empurrar um objeto como no sentido figurado, com o significado de esforçar-se. A palavra força também é empregada como sendo uma propriedade do corpo: o acidente foi grave porque o carro veio com muita força. Para a Física, força é: a) Uma grandeza escalar. b) Medida em quilograma. c) A causa da velocidade. d) A grandeza que caracteriza a ação de um corpo sobre outro. e) A grandeza física que indica sempre o sentido do movimento do corpo. 2. São comuns as situações nas quais o corpo está sob ação de várias forças e, em tais casos, é conveniente substituir o sistema de força por uma única que seja equivalenteao sistema, ou seja, que cause o mesmo efeito. Sobre a resultante de um sistema de forças ( F 1, F 2, F 3), seguem as afirmações: I. Pode ser obtida pela soma vetorial R = F 1 + F 2 + F 3 . II. É equivalente ao sistema de forças. III. É a soma das intensidades das forças que constituem o sistema. Estão corretas as afirmações: a) I e II. b) Apenas I c) Apenas II. d) I e III. e) II e III. 89 3. No caso de um corpo ser transportado para um planeta X, de características muito diferentes da Terra, podemos afirmar que: a) A massa do corpo muda, pois muda o local no qual ele se encontra. b) A massa do corpo muda, pois sempre que o peso muda, a massa muda também de modo que o quociente entre os dois se mantenha constante. c) O peso do corpo continua o mesmo, pois se trata de uma propriedade do corpo, não do local. d) Tanto o peso quanto a massa do corpo sofrem alterações, mas o quociente entre os dois se mantém constante. e) A massa permanece a mesma, pois se trata de uma propriedade do corpo, não do local. 4. Considere um dirigível se movimentando em trajetória retilínea com velocidade constante V a uma altura constante. Sobre o balão, atuam as seguintes forças: o peso P, o empuxo E, a resistência do ar R e a força M , u ruu que é devida à propulsão dos motores. Assinale a alternativa que apresenta o diagrama de forças em que estão mais bem representadas as forças que atuam sobre esse dirigível. V 90 a) R E M P b) R E M P c) R E M P d) R E M P e) R E M P 91 5. Um cubo de massa 4,0 kg está inicialmente em repouso sobre um plano hori- zontal sem atrito. Durante 3 s, aplica-se sobre o cubo uma força constante F horizontal, fazendo com que ele sofra um deslocamento retilíneo de 9 m. Nes- se intervalo de tempo, conforme representado no desenho a seguir, a intensi- dade da força F aplicada no corpo é: F a) 2 N. b) 4 N. c) 8 N. d) 16 N. e) 32 N. 6. Duas forças perpendiculares entre si e de intensidades 3,0 N e 4,0 N atuam sobre um objeto de massa 10 kg. A intensidade da aceleração do objeto, em m/s2 é: a) 0,13. b) 0,36. c) 0,4. d) 0,45. e) 0,5. 7. Sobre uma caixa de massa 120 kg, atua uma força horizontal constante F de intensidade 600 N. A caixa encontra-se sobre uma superfície horizontal em um local no qual a aceleração gravitacional é 10 m/s2. Para que a aceleração da caixa seja constante, com módulo igual a 2 m/s2, e tenha a mesma orientação da força F , a intensidade da atrito cinético entre a superfície e a caixa deve ser de: a) 120 N. b) 240 N. c) 300 N. d) 360 N. e) 400 N. 92 Fundamentos de Física - volume 1 - Mecânica Autor: Halliday, David; Resnick, Robert; Walker, Jearl Editora: LTC Sinopse: o item 3.1 e 3.2, do capítulo 3 do livro descrito, apresenta uma boa abordagem do tema vetores e é acompanhada de muito bons exemplos. Re- comendamos que a leitura se restrinja aos itens citados. O item 3.3 não tem interesse nessa fase do nosso curso. LIVRO 93 GUIMARÃES, O.; CARRON, W. As faces da Física. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006. HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. Volume 1 - Mecânica. 10. ed. Rio de Ja- neiro: LTC, 2016. SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. Física para Cientistas e Engenheiros. Volume I - Mecânica. São Paulo: Cengage Larning, 2012. TIPLER, P. A. Física Conceitual. Bookman; Porto Alegre: LTC, 2016. TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. Volume I - Mecânica e Ondas, Termodi- nâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2016. 94 1. D. De acordo com a teoria apresentada, força é uma grandeza vetorial que caracteriza a ação de um corpo sobre outro e que tem como efeito a deformação do corpo ou a alteração da velocidade do corpo sobre o qual ela está sendo aplicada. 2. A. A resultante das forças que agem em um corpo é uma força equivalente ao sistema e, matematicamente, é obtida pela soma vetorial das forças que agem sobre o corpo. 3. E. A massa de um corpo é uma propriedade do corpo relacionada à quantidade de matéria do corpo. O peso é uma característica do corpo e do local. 4. B. Se o dirigível está se movimentando em trajetória retilínea com velocidade constante V, de acordo com o Princípio da Inércia, a resultante é nula. 5. C. O corpo está sob a ação das 3 forças indicadas na figura. N P F O deslocamento do corpo é horizontal. Em consequência, as forças N e P se equilibram. Portanto, a resultante das forças que agem no corpo é F . R = F Como essa força é constante, a aceleração também será e, portanto, o movimento do corpo é uniforme- mente variado. Podemos, então, escrever que: ∆S = V0t + ½ at 2 Como o corpo está inicialmente em repouso, V0 = 0: ∆S = 0 + ½ at 2 Como se desloca 9 m em 3 s: 9 = ½ a 32 → a = 2 m/s2 Aplicando o Princípio Fundamental para o movimento retilíneo, vem: R = F = ma F = 8 N 95 6. E. De acordo com o Princípio Fundamental para o movimento retilíneo: R = ma Sendo R a resultante das forças que agem no corpo. De acordo com o enunciado, o corpo está sob ação exclusivamente de duas forças, que vamos denominar F e G , de intensidades, respectivamente, 3,0 N e 4,0 N, podemos construir a figura que se segue, sem preocupação de escala: F G R Aplicando-se o Teorema de Pitágoras, vem: R F G� �� 2 2 Efetuando-se as devidas operações matemáticas, obtemos: R = 5 N De acordo com o Princípio Fundamental para o movimento retilíneo: R = ma Sendo R = 5 N a resultante das forças que agem no corpo e m = 10 kg, obtemos: a = 0,5 m/s2 96 7. D. N P F fat O deslocamento do corpo é horizontal. Em consequência, as forças N e P se equilibram. Portanto, a resultante das forças que agem no corpo é: R = F - fat De acordo com o Princípio Fundamental para o movimento retilíneo: R = ma Logo: ma = F - fat → 120 2. � = 600 - fat Efetuando-se as devidas transformações algébricas, vem: fat = 360 �N 97 98 99 100 Button 7:
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