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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS A.C. SIMÕES INSTITUTO DE FÍSICA CENTRO DE TECNOLOGIA CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL LARA DANNA MARQUES BORNE MACEIÓ/AL 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS A.C. SIMÕES INSTITUTO DE FÍSICA CENTRO DE TECNOLOGIA CAMPO A PARTIR DO POTENCIAL MACEIÓ/AL Relatório do experimento de Campo a partir do potencial, realizado sob a orientação do professor Marcos Vinícius Dias Vermelho como requisito avaliativo da disciplina de Laboratório de Física 1. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................4 2 OBJETIVOS ............................................................................................................... 6 3 MATERIAL UTILIZADO ........................................................................................ 6 3.1 MATERIAL ........................................................................................................6 4 ROCEDIMENTOS UTILIZADOS ........................................................................... 7 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................... 9 5.1 ELETRODO CILÍNDRICO ...........................................................................9 5.2 ANEL DE LATÃO ENTRE OS ELETRODOS .............................................9 5.3 PLACAS RETANGULARES..........................................................................10 6 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 12 4 1 Introdução Os corpos possuem a capacidade de serem atraídos ou repelidos. Isso se deve a presença de cargas elétricas nos mesmos, sejam ela positivas ou negativas. Essas cargas, quando aproximadas pode gerar repulsão ou atração. A atração e a repulsão são ocasionadas por uma força elétrica F, advinda da interação entre os corpos. A maneira como os corpos se relacionam é determinada pelo campo elétrico. Campo elétrico: uma partícula eletricamente carregada gera um campo que irá interferir na interação com outros corpos, e este campo pode ser representado pela equação 1 mostrada a seguir: ⃗𝐸 = ⃗𝐹𝑞0(1) Em que ⃗𝐸 é o campo elétrico, dado em N/C (Newtons por Coulomb), produzido por uma carga de prova 𝑞0 , dada em C (Coulomb) e ⃗𝐹 é a força elétrica, dada em N (Newtons). Para se representar o campo elétrico, utiliza-se de linhas, conhecidas como linhas de campo elétrico. Elas servem para uma melhor visualização desse campo. Essas possuem algumas propriedades, tais quais: • Em qualquer ponto da linha de campo, a orientação da mesma é a orientação do campo elétrico ⃗𝐸 nesse campo. • As linhas de campo são colocadas de forma que o número de linhas por unidade de área é proporcional ao módulo de campo elétrico ⃗𝐸. Nas regiões de maior densidade de linhas, o campo elétrico é maior, e em regiões de densidade menor de linhas, o campo é menor. • As linhas de campo nunca se cruzam. • As linhas de campo se afastam das cargas positivas e se aproximam das cargas negativas, como pode ser mostrado na figura 2. 5 Figura 2 – A figura demonstra o afastamento das linhas de campo de cargas positivas e a aproximação de cargas negativas, além de mostrar a direção tangencial às linhas do campo elétrico. Potencial Elétrico: Quando uma força eletrostática age entre duas ou mais partículas de um sistema, pode-se associar uma energia potencial elétrica U ao sistema. Se o sistema muda de uma configuração inicial i para uma configuração inicial f, a força eletrostática exerce um trabalho W, sobre as partículas: ∆𝐔 = 𝐔 𝐟 − 𝐔𝐢 = −𝐖. O potencial elétrico é a capacidade da força exercida pelo campo de realizar trabalho, ele é a energia potencial por unidade de carga. Ele não depende das cargas inseridas posteriormente, mas somente da carga de prova 𝑞0 geradora do campo elétrico na região. O potencial elétrico V pode ser definido: 𝑽 = 𝑉 𝑞0 . Entretanto, o potencial elétrico não é muito utilizado, mais sim a diferença entre os potenciais de dois pontos, conhecida como diferença de potencial (d.d.p.): ∆V = V f − V i = v f 𝑞0 − v i 𝑞0 ou . ∆V = V f − V i = − W 𝑞0 Portanto, a diferença de potencial entre dois pontos é o trabalho (com sinal negativo) realizado pela força eletrostática para deslocar uma carga unitária de um ponto para o outro. Por fim, têm-se as superfícies equipotenciais. Essas superfícies são caracterizadas por apresentarem mesmo potencial elétrico em diferentes pontos e qualquer ponto nessa superfície forma um ângulo reto com o corpo elétrico ⃗𝐸. 6 2 Objetivos Observar o comportamento do campo eletrostático a partir da determinação experimental de linhas equipotenciais em meios condutores líquidos. 3 Material Utilizado Material Quantidade Cuba eletrolítica (pirex) com papel milimetrado; 1 Multímetro; 1 Ponteiras (fixa e móvel); 2 Cabos para ligações (banana-jacaré); 2 Cabos para ligações (banana-banana); 2 Eletrodos cilíndricos de cobre; 2 Placas retangulares de cobre; 2 Anel de latão; 1 Fonte de tensão (0 – 12V DC); 1 Solução de Sulfato de Cobre (CuSO4). 7 4 Procedimento 1. Monte o experimento conforme mostra a figura 1, onde A e B representam as pontas fixa e móvel respectivamente, imersas em solução eletrolítica (CuSO4) contida na cuba. Também na cuba, C e D, representam os eletrodos que estarão ligados à fonte. O Multímetro (M) se encontra ligado entre as pontas. Use uma folha de papel milimetrado por baixo da cuba para poder identificar os pontos característicos do espaço que serão mapeados. Figura 1: Montagem para investigação das linhas de campo entre eletrodos circulares. 2. Efetue inicialmente o movimento da ponteira móvel para observar o comportamento da corrente em função da d.d.p. estabelecida entre as ponteiras. 3. Obtenha pelo menos oito pontos (bem distribuídos) de mesmo potencial com a finalidade de mapear uma linha equipotencial. Efetue no total o mapeamento de pelo menos 6 (seis) linhas equipotenciais diferentes, sendo que 3(três) tendendo para um eletrodo e as outras 3 (três) para o outro, distribuídas de forma a facilitar a visualização das linhas do campo. 4. Trace algumas linhas de campo em função das equipotenciais obtidas. Comente o resultado. 5. Coloque um anel na cuba entre os eletrodos e observe o comportamento do potencial na região de fora, próxima e em seu interior. Qual comportamento se pode atribuir ao campo? 6. Repita o experimento usando placas metálicas como eletrodos (figura 2). 8 Figura 2: Montagem para investigação das linhas de campo entre placas retangulares paralelas. Questões 1) a) Por que aparecem correntes nos dois sentidos quando se desloca o ponteiro móvel de um eletrodo para outro? b) Se convencionarmos o eletrodo negativo como o de potencial nulo e colocarmos aí a ponteira fixa, o que observamos nas variações de potencial com o deslocamento da ponteira móvel? 2) Existe alguma contradição em estarmos efetuando eletrostática em uma região onde estarão ocorrendo correntes iônicas (na solução eletrolítica)? 3) O anel colocado no item 5 do procedimento experimental constitui-se numa perfeita blindagem eletrostática? Justifiquesua resposta. 4) Por que dizemos na prática que os dois polos de uma bateria ou de uma pilha expostos ou “ligados” apenas ao ar atmosférico se encontram isolados (isto é, estas fontes não estão sendo usadas)? 9 5 Resultados e Discussões 5.1 Eletrodo Cilíndrico PONTO VOLTAGE M(V) PONTO VOLTAGE M(V) X Y X Y - 5,3 0 1,25 -3,2 0,0 0,90 - 6,3 2,2 1,25 - 4,9 1,9 0,90 - 7,5 4,2 1,25 - 7,2 9,1 0,90 - 11,4 6,2 1,25 6,0 7,0 0,90 - 6,4 - 2,2 1,25 - 4,1 - 3,9 0,90 - 8 - 5 1,25 - 5,9 - 7,1 0,90 12,5 - 7,1 1,25 - 4,9 1,9 0,90 PONTO VOLTAGE M(V) X Y - 1,90 0,0 0,45 - 2,00 3,0 0,45 - 2,00 2,8 0,45 - 2,80 - 5,8 0,45 - 2,00 - 3,8 0,45 - 1,90 - 6,2 0,45 Com os dois eletrodos em forma cilíndrica, as superfícies equipotenciais forma círculos concêntricos em torno dos dois eletrodos, até que na região próxima ao ponto médio entre eles, essas superfícies começam a achatar sua forma circular. As tensões nas superfícies equipotenciais são maiores nas superfícies próximas ao eletrodo negativo e diminuem gradativamente com a aproximação do eletrodo positivo. As linhas de campo elétrico saem radiais do eletrodo positivo, corta todas as superfícies equipotenciais perpendicularmente, exibindo (exceto as linhas sobre a linha que liga o centro dos dois eletrodos) uma forma curva até chegar de radialmente ao eletrodo negativo. 4.2 Anel de latão entre os eletrodos • Fora do anel As linhas de campo são normais às superfícies metálicas. PONTO VOLTAGE M(V) X Y - 4,0 0,0 1,15 - 6,5 3,0 2,10 - 5,8 - 4,2 2,00 5,5 3,1 - 1,44 10 • Dentro do anel Dentro de um condutor elétrico o campo elétrico é nulo e por isso o potencial elétrico é constante. As superfícies equipotenciais próximas ao eletrodo cilíndrico são linhas circulares concêntricas ao eletrodo (positivo), à medida que se afasta deste eletrodo, os círculos aumentam e a parte que conseguimos “visualizar” (através da medição das tensões) começa a ficar mais achatada. As tensões, novamente são maiores próximas ao eletrodo negativo e menores próximos ao eletrodo positivo. As linhas de campo saem radialmente de um eletrodo exibem uma forma curva (exceto as linhas sobre a linha que liga o centro dos dois eletrodos) até chegarem radialmente no outro eletrodo. 4.3 Placas retangulares PONTO VOLTAGE M(V) X Y - 4,0 - 2,0 0,72 5,2 - 1,0 - 0,91 - 7,1 - 5,9 0,10 8,6 - 3,6 - 2,36 4,0 - 6,0 - 1,04 - 8,9 5,9 1,96 No primeiro caso, quando apenas os eletrodos estavam presentes, as linhas equipotenciais apresentam formas arredondadas e maior valor quanto mais próximas estavam dos eletrodos, além de se repelirem e deformarem quanto ao padrão arredondado quando mais próximas ao eixo y. No segundo caso, quando o anel de cobre estava presente, as linhas equipotenciais pareciam ser repelidas quanto mais próximas dele. Os valores dos potenciais elétricos dentro do anel, considerando a margem de erro, foram 0 (zero). Já no último caso, quando foram usadas as placas retangulares de cobre, as linhas equipotenciais se mostraram lineares e perpendiculares entre as placas, no entanto fora das placas, elas voltam a se curvarem proporcionalmente ao valor de seus potenciais. 11 6 Conclusões Com o experimento realizado, pode-se extrair alguns fatos, entre eles: a relação diretamente proporcional do potencial elétrico com o campo elétrico (quanto maior a d.d.p. maior o campo elétrico) e a relação inversamente pro proporcional entre as distâncias dos eletrodos e o campo elétrico. Também foi observado através das marcações realizadas que as superfícies equipotenciais possuem a mesma forma dos eletrodos em ambas as etapas do experimento. Pode-se observar que o campo é perpendicular à superfície e acompanha a direção das linhas do campo. As linhas equipotenciais se dispõem de forma perpendicular às linhas de força do campo elétrico. As linhas foram distorcidas perto do eixo y, pois foram influenciadas pela outra presente. O anel de cobre foi responsável pela chamada blindagem eletrostática, assim repelindo as linhas equipotenciais em seu exterior e mantendo o potencial elétrico nulo em seu interior. Quando duas placas condutoras planas e iguais se dispõem paralelamente, é formado um campo elétrico uniforme que por sua vez faz com que as linhas de força sejam lineares de uma placa para outra, assim, já que as linhas equipotenciais são perpendiculares às linhas de força, elas são paralelas às placas e lineares. 12 Referência Halliday, David – Fundamentos de Física Vol. 3 – eletricidade e magnetismo, 8ª ED. Riao de Janeiro, TLC, 2009. Sears e Zemasnky’s, Física III – eletromagnetismo, 12ª ED, São Paulo, Addison Wesley, 2009
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