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BIOSSEGURANÇA-APLICADA-A-INSTRUMENTAÇÃO-CIRÚRGICA

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA ......................................................... 5 
3 A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE ... 15 
3.1 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde ...................... 17 
3.2 Atividades de Risco ............................................................................ 18 
4 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA EPI ................................................. 20 
4.1 Certificados ........................................................................................ 22 
4.2 Competências .................................................................................... 22 
4.3 Não uso de EPI .................................................................................. 23 
4.4 Tipos de EPIs ..................................................................................... 23 
5 PERIODICIDADE DE TROCA DOS EPIS ................................................ 24 
6 IMPORTÂNCIA DO CENTRO CIRÚRGICO ............................................. 25 
6.1 Atitudes que evitam acidentes com materiais pérfurocortantes ......... 26 
7 LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS ... 27 
7.1 Limpeza .............................................................................................. 28 
8 PRECAUÇÕES CONTRA INFECÇÕES ................................................... 29 
9 INSTRUMENTAL CIRÚGICO ................................................................... 30 
9.1 Instrumentos De Diérese .................................................................... 30 
9.2 Cabo de bisturi ................................................................................... 31 
9.3 Bisturi elétrico ..................................................................................... 31 
9.4 Tesoura de Mayo-Stille....................................................................... 32 
9.5 Tesoura Metzembaum ........................................................................ 33 
9.6 Tentacânula ........................................................................................ 33 
10 CONTAGEM DE INSTRUMENTOS E DEMAIS MATERIAIS ................ 34 
10.1 Contagem de Objetos Cortantes ..................................................... 35 
10.2 Contagem de Instrumentos ............................................................. 35 
 
3 
 
10.3 Contagem Incorreta ........................................................................ 36 
11 CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO..................................... 36 
11.1 Métodos de esterilização................................................................. 37 
Mecanismo de ação: ................................................................................... 37 
12 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 39 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 PRINCÍPIOS DE BIOSSEGURANÇA 
O termo contenção é usado para descrever os métodos de segurança utilizados 
na manipulação de materiais infecciosos em um meio laboratorial onde estão sendo 
manejados ou mantidos, o objetivo da contenção é reduzir ou eliminar a exposição da 
equipe de um laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes 
potencialmente perigosos (FUMA, 2018). 
 
 
Fonte: queconceito.com.br 
 
A contenção primária, a proteção da equipe do laboratório e do meio de trabalho 
contra a exposição aos agentes infecciosos, é proporcionada por uma boa técnica de 
microbiologia e pelo uso de um equipamento de segurança adequado. O uso de 
vacinas pode fornecer um elevado nível de proteção pessoal. Já a contenção 
secundária, a proteção do meio ambiente externo ao laboratório contra a exposição 
aos materiais infecciosos, é proporcionada pela combinação de um projeto das 
instalações e das práticas operacionais. Dessa forma, os três elementos de contenção 
incluem a prática e a técnica laboratorial, o equipamento de segurança e o projeto da 
instalação. A avaliação do risco do trabalho a ser realizado com um agente específico 
determinará a combinação adequada desses três elementos (SAÚDE, 2006). 
Prática e Técnica Laboratorial: O elemento de contenção mais importante é a 
adesão rígida às práticas e às técnicas padrão de microbiologia, as pessoas que 
trabalham com agentes infecciosos ou com materiais potencialmente contaminados 
 
6 
 
devem se conscientizar dos riscos potenciais, devem ser treinadas e estar aptas a 
exercer as técnicas e práticas necessárias para o manuseio seguro dos materiais. 
Cabe ao diretor ou à pessoa responsável pelo laboratório a função de fornecer ou 
elaborar um treinamento adequado para os funcionários (FUMA, 2018). 
 
 
Fonte: biosseguranca-hospitalar.com.br 
Conforme FUMA (2018) cada laboratório deverá desenvolver ou adotar um 
manual de biossegurança ou de operações que identifique os riscos que podem ser 
encontrados e que especifique também as práticas e os procedimentos específicos 
para minimizar ou eliminar as exposições aos perigos, os funcionários devem receber 
informações sobre os riscos especiais, devem ler e seguir todas as práticas e os 
procedimentos solicitados. Um cientista treinado e com grande conhecimento das 
técnicas laboratoriais apropriadas, dos procedimentos de segurança e dos perigos 
associados ao manuseio de agentes infecciosos deve ser o responsável pela 
condução do trabalho envolvendo quaisquer agentes ou materiais infecciosos. 
Quando as práticas laboratoriais padrão não forem suficientes para controlar 
os perigos associados a um agente ou a um procedimento laboratorial em particular, 
medidas adicionais poderão ser necessárias, o diretor do laboratório será o 
responsável pela seleção das práticas adicionais de segurança, que devem estar 
relacionadas aos riscos associados aos agentes ou aos procedimentos, a equipe, as 
 
7 
 
práticas de segurança e as técnicas laboratoriais deverão ser complementadas com 
um projeto apropriado das instalações e das características da arquitetura, do 
equipamento de segurança e das práticas de gerenciamento ( FUMA, 2018). 
Equipamento de segurança (Barreiras Primárias): O equipamento de 
segurança inclui as cabines de segurança biológica (CSB), os recipientes adequados 
e outros controles da engenharia de segurança projetados para remover ou minimizar 
exposições aos materiais biológicos perigosos. A CSB é o dispositivo principal 
utilizado para proporcionar a contenção de borrifos ou aerossóis infecciosos 
provocados por inúmeros procedimentos microbiológicos. Três tipos de cabines de 
segurança biológica (classes I, II e III) usados em laboratórios de microbiologia(SAÚDE, 2014). 
As cabines de segurança biológica classes I e II, que possuem a frente aberta, 
são barreiras primárias que oferecem níveis significativos de proteção para a equipe 
do laboratório e para o meio ambiente quando utilizados com boas técnicas 
microbiológicas. A cabine de segurança biológica classe II também fornece uma 
proteção contra a contaminação externa de materiais (por exemplo, cultura de células, 
estoque microbiológico) que serão manipulados dentro das cabines. A cabine de 
segurança biológica classe III hermética e impermeável aos gases proporciona o mais 
alto nível de proteção aos funcionários e ao meio ambiente (SAÚDE, 2014). 
Um outro exemplo na visão de SAÚDE (2014) a barreira primária é o copo de 
segurança da centrífuga, um recipiente conectado à centrífuga projetado para evitar 
que aerossóis sejam liberados durante uma centrifugação. Para minimizarmos esse 
perigo, controles de contenção como as cabines de segurança biológica ou os copos 
da centrífuga deverão ser utilizados na manipulação de agentes infecciosos que 
possam ser transmitidos com a exposição aos aerossóis, o equipamento de 
segurança também pode incluir itens para a proteção pessoal, como luvas, aventais, 
gorros, proteção para sapatos, botas, respiradores, escudo ou protetor facial, 
máscaras faciais ou óculos de proteção. O equipamento de proteção pessoal 
frequentemente é usado em combinação com as cabines de segurança biológica e 
outros dispositivos que façam a contenção dos agentes, dos animais ou dos materiais 
 
8 
 
que estão sendo manipulados SAÚDE (2014). 
 
Fonte: agencia.fiocruz.br 
Em alguns casos nos quais torna-se impossível trabalhar em cabines de 
segurança biológica, o equipamento de segurança pessoal deve formar a barreira 
primária entre os trabalhadores e os materiais infecciosos, os exemplos incluem certos 
estudos e necropsias de animais, atividades de produção do agente em grande escala 
e atividades relacionadas à manutenção, aos serviços ou ao suporte de instalação do 
laboratório. 
Projeto e Construção das Instalações (Barreiras secundárias): O 
planejamento e a construção das instalações contribuem para a proteção da equipe 
do laboratório, proporcionando uma barreira de proteção para as pessoas que se 
encontram fora do laboratório e para as pessoas ou os animais da comunidade contra 
agentes infecciosos que podem ser liberados acidentalmente pelo laboratório. A 
gerência do laboratório deve zelar para que as instalações estejam de acordo com o 
funcionamento do mesmo e com o nível de biossegurança recomendado para os 
agentes que forem ali manipulados (HERNANDES, 2015). 
As barreiras secundárias recomendadas dependerão do risco de transmissão 
dos agentes específicos. Por exemplo, o risco das exposições para grande parte dos 
trabalhos laboratoriais em dependências de níveis de biossegurança 1 e 2 será o 
contato direto com os agentes ou as exposições inadvertidas por intermédio de um 
meio de trabalho contaminado. As barreiras secundárias nos laboratórios podem 
incluir o isolamento da área de trabalho para o acesso público, a disponibilidade de 
 
9 
 
uma dependência para descontaminação (por exemplo, uma autoclave) e as 
dependências para lavagem das mãos (HERNANDES, 2015). 
 
 
Fonte: euroamerica.net.com 
 
 
Quando o risco de contaminação por meio de exposição aos aerossóis 
infecciosos estiver presente, níveis mais elevados de contenção primária e barreiras 
de proteção secundárias poderão ser necessários para evitar que agentes infecciosos 
escapem para o meio ambiente. Essas características do projeto incluem sistemas de 
ventilação especializados em assegurar o fluxo de ar uni direcionado, sistemas de 
tratamento de ar para descontaminação ou remoção do ar liberado, zonas de acesso 
controlado, câmaras pressurizadas, entradas de laboratório separadas ou módulos 
para isolamento do laboratório (HERNANDES, 2015). 
Os engenheiros responsáveis pelo projeto devem levar em consideração as 
recomendações específicas para ventilação, como as encontradas no Manual de 
Aplicações para Calefação, Ventilação e Refrigeração (Applications Handbook for 
Heating, Ventilation and Air-Conditioning – HVAC), publicado pela Sociedade 
Americana de Engenheiros de Calefação, Refrigeração e Condicionamento de Ar 
 
10 
 
(American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers – 
ASHRAE) (HERNANDES, 2015). 
Níveis de Biossegurança: Os quatro níveis de biossegurança (NB) estão 
descritos a seguir e consistem em combinações de práticas e técnicas de laboratório, 
equipamentos de segurança e instalações do laboratório. Cada combinação é 
especificamente adequada para operações realizadas, vias de transmissões 
documentadas ou suspeitas de agentes infecciosos e funcionamento ou atividade do 
laboratório (HERNANDES, 2015). 
 
 
Fonte: biosseguranca.com.br 
 
Os níveis de biossegurança recomendados para os organismos representam 
as condições nas quais o agente pode ser manuseado com segurança, o diretor do 
laboratório é o responsável pela avaliação dos riscos e pela aplicação adequada dos 
níveis de biossegurança recomendados. Geralmente, o trabalho com agentes 
desconhecidos deve ser conduzido em um nível de biossegurança recomendado. 
Práticas mais (ou menos) rígidas poderão ser adotadas quando temos uma 
informação específica disponível que possa sugerir a virulência, a patogenicidade, os 
padrões de resistência aos antibióticos e às vacinas e a disponibilidade de tratamento 
ou outros fatores significativamente alterados (HERNANDES, 2015). 
 
11 
 
Nível de Biossegurança 1: As práticas, os equipamentos de segurança e o 
projeto das instalações são apropriados para o treinamento educacional secundário 
ou para o treinamento de técnicos e de professores de técnicas laboratoriais. Esse 
conjunto também é utilizado em outros laboratórios onde é realizado o trabalho com 
cepas definidas e caracterizadas de microrganismos viáveis, conhecidos por não 
causarem doenças em homens adultos e sadios (HERNANDES, 2015). 
 
Fonte: leticiavalim.com.br 
O Bacillus subtilis, o Naegleria gruberi, o vírus da hepatite canina infecciosa e 
os organismos livres sob as Diretrizes do NIH de DNA Recombinantes são exemplos 
de microrganismos que preenchem todos os requisitos descritos. Muitos agentes que 
geralmente não estão associados a processos patológicos em homens são, 
entretanto, patógenos oportunos que podem causar uma infecção em jovens, idosos 
e indivíduos imunosupressivos ou imunodeprimidos, as cepas de vacina que tenham 
múltiplas passagens in vivo não deverão ser consideradas não-virulentas 
simplesmente por serem cepas de vacinas (HERNANDES, 2015). 
O nível de biossegurança 1: representa um nível básico de contenção que se 
baseia nas práticas padrão de microbiologia sem uma indicação de barreiras primárias 
ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das mãos. 
Nível de Biossegurança 2: As práticas, os equipamentos, a planta e a 
construção das instalações são aplicáveis aos laboratórios clínicos, de diagnóstico, 
laboratórios-escola e outros laboratórios onde o trabalho é realizado com um maior 
 
12 
 
espectro de agentes nativos de risco moderado, presentes na comunidade e que 
estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Com boas 
técnicas de microbiologia, esses agentes podem ser usados de maneira segura em 
atividades conduzidas sobre uma bancada aberta, uma vez que o potencial para a 
produção de borrifos e aerossóis é baixo (HERNANDES, 2015). 
O vírus da hepatite B, o HIV, a salmonela e o Toxoplasma spp são exemplos 
de microrganismos designados para esse nível de contenção. O nível de 
biossegurança 2 é adequado para qualquer trabalho que envolva sangue humano, 
líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias em que a presença 
de um agente infeccioso pode ser desconhecida. Os laboratoristasque trabalham com 
materiais humanos devem consultar o livro Padrão de Patógenos Transmitidos pelo 
Sangue, da OSHA (OSHA Bloodborne Pathogen Standard), para as precauções 
específicas necessárias (HERNANDES, 2015). 
Conforme Freire (2021) os perigos primários em relação aos funcionários que 
trabalham com esses agentes estão relacionados com acidentes percutâneos das 
exposições da membrana mucosa ou com a ingestão de materiais infecciosos. Deve-
se tomar um extremo cuidado com agulhas contaminadas ou com instrumentos 
cortantes. Embora os organismos rotineiramente manipulados em um nível de 
biossegurança 2 não sejam transmitidos por aerossóis, os procedimentos envolvendo 
um alto potencial para a produção de salpicos ou aerossóis que possam aumentar o 
risco de exposição desses funcionários devem ser conduzidos com um equipamento 
de contenção primária ou com dispositivos como a CSB ou os copos de segurança da 
centrífuga. Outras barreiras primárias, como os escudos para borrifos, as proteções 
faciais, os aventais e as luvas, devem ser utilizadas de maneira adequada. 
As barreiras secundárias, como pias para higienização das mãos e instalações 
para descontaminação de lixo, devem existir com o objetivo de reduzir a contaminação 
potencial do meio ambiente. 
Nível de Biossegurança 3: As práticas, os equipamentos de segurança, o 
planejamento e a construção das dependências são aplicáveis para laboratórios 
clínicos, de diagnósticos, laboratórios escola, de pesquisa ou de produções. Nesses 
locais, realiza-se o trabalho com agentes nativos ou exóticos que possuam um 
potencial de transmissão via respiratória e que podem causar infecções sérias e 
potencialmente fatais. O Mycobacterium tuberculosis, o vírus da encefalite de St. Louis 
e a Coxiella burnetii são exemplos de microrganismos determinados para esse nível. 
 
13 
 
Os riscos primários causados aos trabalhadores que lidam com esses agentes 
incluem a auto inoculação, a ingestão e a exposição aos aerossóis infecciosos. 
No nível de biossegurança 3, enfatizamos mais as barreiras primárias e 
secundárias para protegermos os funcionários de áreas contíguas, a comunidade e o 
meio ambiente contra a exposição aos aerossóis potencialmente infecciosos. Por 
exemplo, todas as manipulações laboratoriais deverão ser realizadas em uma cabine 
de segurança biológica (CSB) ou em um outro equipamento de contenção, como uma 
câmara hermética de geração de aerossóis. As barreiras secundárias para esse nível 
incluem o acesso controlado ao laboratório e sistemas de ventilação que minimizem 
a liberação de aerossóis infecciosos do laboratório (FREIRE, 2021). 
Nível de Biossegurança 4: As práticas, os equipamentos de segurança, o 
planejamento e a construção das dependências são aplicáveis para trabalhos que 
envolvam agentes exóticos perigosos, que representam um alto risco por provocarem 
doenças fatais em indivíduos. Esses agentes podem ser transmitidos via aerossóis e, 
até o momento, não há nenhuma vacina ou terapia disponível. Os agentes que 
possuem uma relação antigênica próxima ou idêntica aos dos agentes do nível de 
biossegurança 4 também deverão ser manuseados nesse nível. Quando possuímos 
dados suficientes, o trabalho com os agentes deve continuar neste nível ou em um 
nível inferior. Os vírus, como os de Marburg ou da febre hemorrágica Criméia-Congo, 
são manipulados no nível de biossegurança 4 (FREIRE, 2021). 
Os riscos primários aos trabalhadores que manuseiam agentes do nível de 
biossegurança 4 incluem a exposição respiratória aos aerossóis infecciosos, a 
exposição da membrana mucosa ou da pele lesionada às gotículas infecciosas e a 
auto inoculação. Todas as manipulações de materiais de diagnóstico potencialmente 
infecciosos, substâncias isoladas e animais naturalmente ou experimentalmente 
infectados apresentam um alto risco de exposição e infecção aos funcionários de 
laboratório, à comunidade e ao meio ambiente (FREIRE, 2021). 
O completo isolamento dos trabalhadores de laboratório em relação aos 
materiais infecciosos aerossolizados é realizado primariamente em cabines de 
segurança biológica classe III ou com um macacão individual suprido com pressão de 
ar positivo. A instalação do nível de biossegurança 4 é geralmente construída em um 
prédio separado ou em uma zona completamente isolada com uma complexa e 
especializada ventilação e sistemas de gerenciamento de lixo que evitem uma 
liberação de agentes viáveis no meio ambiente (FREIRE, 2021).
 
14 
O diretor do laboratório é primariamente e especificamente responsável pela 
operação segura do laboratório, o conhecimento e o julgamento dele são críticos para 
a avaliação dos riscos e para a aplicação adequada destas recomendações. O nível 
de biossegurança recomendado representa as condições sob as quais o agente pode 
ser manipulado com segurança. As características especiais dos agentes utilizados, 
o treinamento, a experiência dos empregados e a natureza da função do laboratório 
poderão posteriormente influenciar o diretor quanto à aplicação destas 
recomendações (FREIRE, 2021). 
Laboratórios Clínicos: Os laboratórios clínicos, especialmente aqueles 
situados em clínicas e hospitais, recebem amostras clínicas requisitando uma grande 
variedade de diagnósticos e serviços de apoio clínico. Geralmente, a natureza 
infecciosa do material clínico é desconhecida e as amostras são frequentemente 
submetidas a uma ampla solicitação de exames microbiológicos em relação aos 
múltiplos agentes (por exemplo, o escarro pode ser submetido a uma cultura de 
“rotina”, ácido resistente e cultura fúngica. É responsabilidade do diretor do laboratório 
estabelecer procedimentos padrão no laboratório que, de fato, direcionem a questão 
do perigo da infecção imposto pelas amostras clínicas (FREIRE, 2021). 
Como descrito por Freire (2021) com exceção de circunstâncias extraordinárias 
(por exemplo, suspeita de uma febre hemorrágica), o processamento inicial de uma 
amostra clínica e a identificação sorológica de substâncias isoladas poderão ser 
realizados de forma segura em um nível de biossegurança 2, o nível recomendado 
para o trabalho com patógeno do sangue, como o vírus da hepatite B e o HIV. Os 
elementos de contenção descritos no nível de biossegurança 2 deverão estar de 
acordo com o padrão da OSHA, “Exposição Ocupacional aos Patógenos Transmitidos 
através do Sangue”, 3, 4 publicado pela Administração de Saúde e Segurança 
Ocupacional. Isso requer o uso de precauções específicas para todas as amostras 
clínicas de sangue ou outros materiais potencialmente infecciosos (Precauções ou 
Padrões Universais). Além disso, outras recomendações específicas para laboratórios 
clínicos podem ser obtidas com o Comitê Nacional de Padrões para Laboratórios 
Clínicos (National Committee for Clinical Laboratory Standard). 
As recomendações para o nível de biossegurança 2 e os requerimentos da 
OSHA enfocam a prevenção à exposição por contato da pele e das mucosas com 
materiais clínicos. Barreiras primárias, como as cabines de segurança biológica 
(classes I e II), devem ser usadas em procedimentos que causam gotejamento, 
 
15 
pulverização e salpicos de gotas. As cabines de segurança biológica também devem 
ser usadas no início da manipulação de espécimes clínicos, cuja natureza do teste o 
requerer, ou em presença de um agente que reconhecidamente transmita infecções 
por aerossóis (por exemplo, M. tuberculosis) ou quando o uso de uma cabine de 
segurança biológica (classe II) for indicado para proteger a integridade do espécime 
Freire (2021). 
A segregação das funções de um laboratório clínico e o acesso limitado ou 
restrito a essas áreas são de responsabilidade do diretor da instituição. É 
responsabilidade também do diretor estabelecer um padrão e procedimentos por 
escrito que direcionem os riscos p Freire (2021) potenciais e os cuidados ou as 
precauções necessárias a serem implantadasImportação e expedição Interestadual de Certos Materiais Biomédicos: A 
importação de vetores e agentes etiológicos de patologias humanas está sujeita aos 
regulamentos da Public Health Service Foreign Quarentine. Os regulamentos do 
Serviço de Saúde Pública e do Departamento de Transportes especificam os 
requisitos necessários para a embalagem, a rotulagem e o embarque de agentes 
etiológicos e amostras para diagnósticos expedidos para o comércio interestadual 
Freire (2021). 
3 A IMPORTÂNCIA DAS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA NA SAÚDE 
 
Fonte: luisfernandobastos 
 
16 
Os profissionais da saúde estão constantemente expostos aos mais diversos 
riscos em seus locais de trabalho, por isso, devem seguir sempre as ações impostas 
pela Biossegurança, a Biossegurança hospitalar, é um conjunto de medidas que 
procura reduzir ao máximo, ou até erradicar, os riscos característicos de determinadas 
atividades, esses riscos não são apenas aqueles que afetam o profissional que 
desempenha uma função, mas sim todos aqueles que podem causar danos ao meio 
ambiente e à saúde das pessoas (PEREIRA, 2017). 
 Na opinião de Pereira (2017) quando falamos sobre profissionais de saúde, 
sabemos que os riscos são ainda maiores, e neste caso, a biossegurança é aplicada 
principalmente em instalações laboratoriais e aos agentes biológicos aos quais o 
profissional pode estar exposto, é importante lembrar que todos os profissionais de 
saúde, como médicos, biólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, 
osteopatas, fonoaudiólogos, dentistas, psicólogos, biomédicos, farmacêuticos, 
enfermeiros, entre outros. 
 Qualquer profissional que trabalhe em ambiente hospitalar precisa ficar atento 
a todas as regras, a importância se deve ao fato de que nestes locais, todos os 
envolvidos, são frequentemente expostos a agentes patogênicos, além de riscos 
físicos e químicos, apesar disso, ainda existem muitos profissionais que consideram 
as normas de biossegurança fatores que dificultam a execução de seu trabalho 
(PEREIRA, 2017). 
Mas são as coisas simples que deixamos de fazer por conta da correria do dia 
a dia que podem prejudicar por demais os processos, alguns erros comuns são: 
Excesso de confiança e consequente falta de atenção; 
Negligências à medidas de prevenção; 
Negligência das condições de armazenamento; 
Falta de instrução sob o as versões de novos produtos; 
Uso incorreto do equipamento de esterilização; 
Falta de limpeza do final do dia; 
Falta de fiscalização; 
Falta de manutenção nos equipamentos. 
Devido a lista apresentada acima que a Biossegurança é tão importante, 
problemas ocasionados por esses erros são prejudiciais até mesmo para a saúde da 
sua instituição e, são estes os princípios que irão garantir a saúde e bem-estar do 
profissional, e automaticamente, do restante da população, o não cumprimento das 
 
17 
normas básicas de biossegurança pode acarretar problemas como transmissão de 
doenças e até mesmo epidemias, a biossegurança vai muito além de ações básicas 
como os sistemas de esterilização do ar ou câmaras de desinfecção das roupas de 
segurança (PEREIRA, 2017). 
As medidas que devem atuar prevenindo a contaminação do profissional, que 
é, inclusive, uma das principais causas de acidentes dentro do ambiente hospitalar, 
nele, os funcionários podem sofrer acidentes e até mesmo terem a saúde prejudicada 
por causa de algumas condições de trabalho erradas, e isso acomete desde 
equipamentos, estrutura até o contato com agentes que oferecem risco à saúde, por 
isso, a higienização frequente e correta das mãos, o descarte de resíduos realizados 
corretamente, entre outras normas de segurança, tem grande impacto positivo na 
segurança e no dia a dia dos profissionais de uma instituição de saúde (PEREIRA, 
2017). 
3.1 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde 
Foram estabelecidos na norma regulamentadora (NR 32) os requisitos mínimos 
e os critérios básicos para a adoção de medidas de proteção aos funcionários dos 
serviços de saúde em seu ambiente profissional, esta norma engloba trabalhadores 
de todos os tipos de instituição de saúde, como: hospitais, clínicas, laboratórios, 
ambulatórios, unidade de complementação diagnóstica e terapêutica e serviços 
médicos empresariais, além disso, ela também se dirige a profissionais que atuam nas 
atividades de promoção e recuperação de saúde, ensino e pesquisa em saúde em 
qualquer nível da área (PEREIRA, 2017). 
Precauções Padrões 
As precauções padrões, são algumas das normas de biossegurança que 
devem ser sempre seguidas, elas interferem na tomada de decisão por todo 
trabalhado de saúde frente a qualquer paciente, com o objetivo padrão de reduzir os 
riscos de transmissão de agentes infecciosos (PEREIRA, 2017). 
Principalmente pelos que são veiculados por sangue e fluidos corpóreos (líquor, 
líquido pleural, peritoneal, pericárdico, sinovial, amniótico, secreções e excreções 
respiratórias, do trato digestivo e geniturinário) ou contidos em lesões de pele, 
mucosas, restos de tecidos ou de órgãos. Para o cumprimento das precauções 
 
18 
padrões, faz-se necessário o uso simultâneo de vários equipamentos que servem 
como bloqueio para a contaminação (PEREIRA, 2017). 
3.2 Atividades de Risco 
Segundo a NR 32, são atividades de risco as atividades profissionais capazes 
de proporcionar dano, doença ou morte para os indivíduos citado abaixo pelo autor 
Pereira (2017). 
Risco ambiental 
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos 
que existem nos ambientes de trabalho e que, por conta de sua natureza, 
concentração ou intensidade, podem causar danos à saúde do trabalhador 
(GOELZER, 2019). 
Risco à saúde 
O risco à saúde são as possibilidades de acontecerem efeitos adversos à saúde 
relacionados à exposição do indivíduo aos agentes físicos, químicos ou biológicos 
citados acima, em que uma pessoa exposta a um desses agentes apresente doença, 
agravo ou até mesmo a morte dentro de um período determinado de tempo ou idade 
(GOELZER, 2019). 
Classificação dos riscos 
Para que os riscos fossem melhor organizados, eles foram todos mapeados em 
cinco categorias e são sinalizados com cores distintas, gestores hospitalares devem 
ficar atentos: todas devem ser adotadas no ambiente da instituição de saúde, seja ela 
qual for (GOELZER, 2019). 
 
Seguindo a norma, os riscos foram classificados da seguinte maneira: 
 
Riscos físicos – Grupo 1 (cor verde) 
Radiações, campos elétricos, umidade, equipamentos que geram calor, frio ou 
que operam sob pressão, dentre outros. Como exemplos, podem ser citados 
aparelhos de raios-X, radionuclídeos, autoclaves, nitrogênio líquido, câmaras frias, 
centrífugas, estufas, etc (GOELZER, 2019). 
 
Riscos químicos – Grupo 2 (cor vermelha) 
 
19 
Produtos químicos em geral, sob as diferentes formas e apresentações (líquida, 
sólida, vapor, fumaça, etc). Alguns exemplos: ácidos, bases, reagentes oxidantes, 
reagentes redutores, colas, tintas, gases, pesticidas, formol, medicamentos, metais 
presentes em lâmpadas, pilhas, baterias, e uma infinidade de outros produtos 
químicos (GOELZER, 2019). 
 
Riscos biológicos – Grupo 3 (cor marrom) 
Agentes biológicos tais como microrganismos, geneticamente modificados ou 
não; as culturas de células; os parasitas; as toxinas e os príons fazem parte do grupo 
de risco biológico (GOELZER, 2019). 
 
Riscos ergonômicos – Grupo 4 (cor amarela) 
Esforço repetitivo, postura inadequada, levantamento de peso, rotina intensa 
de trabalho, jornada prolongada, outras situações causadoras de estresse físico e 
psíquico, etc (GOELZER, 2019). 
 
Riscos de acidentes – Grupo 5 (cor azul) 
Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, iluminação 
inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio e explosão, animais peçonhentos, 
outras situações que podem provocar acidentes, etc (GOELZER, 2019). 
Com o aparecimentode problemas como o citado acima, a preocupação com 
o meio ambiente e com a saúde dos profissionais é crucial para os ambientes de 
saúde. 
 
20 
4 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA EPI 
 
Fonte : prometalepis 
 O Equipamento de Proteção Individual - EPI é todo produto utilizado como 
ferramenta de trabalho, de uso individual, destinado à proteção do trabalhador, 
minimizando riscos que ameaçam a segurança e a saúde no trabalho, o uso de EPI é 
uma exigência da legislação trabalhista brasileira por meio de suas Normas 
Regulamentadoras. Para EPI a Norma Regulamentadora é a NR 6, contida na Portaria 
3.214/78 do Ministério do Trabalho. O não cumprimento da NR poderá acarretar aos 
infratores ações de responsabilidade cível e penal, além de multas (ALVES, 2013). 
O EPI tem a função de proteger individualmente cada empregado de possíveis 
lesões quando da ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
Portanto, o EPI não evita os acidentes em si, mas protege o empregado quando o 
risco estiver ligado à função ou ao cargo do trabalhador e à exposição ao agente, o 
risco está ligado ao tipo e à quantidade do agente, ao tempo de exposição e à 
sensibilidade do organismo do trabalhador (ALVES, 2013). 
A adoção de equipamento de proteção individual será realizada pela Unidade 
nas seguintes circunstâncias: 
a. sempre que as medidas de proteção coletiva (EPC) não oferecerem 
completa proteção contra os riscos de acidentes no trabalho ou de doenças 
 
21 
profissionais. São exemplos de EPC: sistemas de ventilação ambiental, proteção 
contra incêndio e explosão, chuveiro de emergência, lava-olhos; 
 b. enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; 
 c. em situações de emergência; 
 d. quando a atividade do empregado apresentar risco ocupacional em função 
do tipo de agente (químico, físico ou biológico), quantidade e tempo de exposição do 
empregado ao agente, sensibilidade individual do empregado e toxicidade do agente. 
Alguns exemplos de riscos no ambiente de trabalho: 
a. físicos: ruídos, radiações ionizantes e não-ionizantes, frio, calor, pressões 
anormais, umidade; 
b. químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, substâncias, compostos 
ou produtos químicos em geral; 
c. biológicos: bactérias, fungos, vírus, etc; 
d. ergonômicos: movimentos repetitivos, postura inadequada, etc. 
Pode-se exemplificar a presença de riscos de acidentes por: 
a. arranjo físico inadequado; 
b. máquinas e equipamentos sem proteção; 
c. iluminação inadequada; 
d. eletricidade; 
e. probabilidade de incêndio ou explosão; 
f. armazenamento de produtos de forma inadequada, como os agentes tóxicos 
ou resíduos químicos; 
g. presença de animais peçonhentos. 
 
Para agentes tóxicos, como caracteriza Alves (2013) a característica que não 
pode ser modificada pelo empregado, o uso de EPI é a única maneira concreta de 
reduzir o risco, aliado à diminuição da exposição. Nesse caso, não basta apenas usar 
o EPI, mas também é necessário manusear o agente tóxico com cuidado, bem como 
utilizar equipamentos para sua aplicação. É o caso de atividades rurais, nas quais se 
utiliza defensivos agrícolas. Independentemente da atividade que necessita uso de 
EPI, o empregado deverá receber informações gerais como: 
 a. riscos ou danos que pode sofrer se não usar o EPI; 
 b. conhecer as finalidades e o modo de uso de cada EPI recomendado; 
 c. conhecer a forma de limpeza e conservação do EPI; 
 
22 
 d. conhecer o tempo de vida útil do EPI; 
 e. conhecer outras especificações do EPI; 
 f. denunciar a falta de EPI no local de trabalho, a não utilização ou a má 
utilização por parte dos empregados. 
4.1 Certificados 
Como os EPIs existem para proteger a saúde do trabalhador, devem ser 
testados e aprovados pela autoridade competente para comprovar sua eficácia. O 
Ministério do Trabalho atesta a qualidade de um EPI por meio da emissão obrigatória 
do “Certificado de Aprovação” (C.A.). Outro certificado emitido pelo Ministério do 
Trabalho visando cadastrar os fabricantes de EPIs é o “Certificado de Registro de 
Fabricante” (C.R.F.) (ALVES, 2013). 
 O Ministério do Trabalho permite a importação de EPIs de outros países que 
são comercializados no Brasil, por meio do Certificado de Registro de Importação 
(C.R.I.). Toda empresa deve cobrar esses certificados como forma de garantia da 
qualidade do EPI adquirido e da seriedade do fabricante. Na Embrapa Pecuária 
Sudeste, a Segurança do Trabalho trabalha com o Setor de Patrimônio e Suprimentos 
no sentido de exigir tais certificados nos editais dos processos de aquisição de EPIs 
(ALVES, 2013). 
4.2 Competências 
Compete ao Setor de Gestão de Pessoas da Unidade, por meio da Segurança 
do Trabalho: 
 a. indicar o EPI adequado ao risco existente em cada atividade; 
b. elaborar e fornecer o catálogo de distribuição de EPI por cargo/ função/setor; 
c. avaliar o uso geral dos EPI por função/setor na Unidade; 
d. proporcionar e avaliar treinamentos para uso de EPI; 
e. avaliar acidentes de trabalho relacionados à falta de EPI ou a sua não 
utilização na Unidade; 
 f. avaliar as medidas administrativas e outras intervenções realizadas no 
âmbito da segurança dos empregados relacionados ao uso de EPI. 
 
23 
O diagnóstico dos ambientes e processos de trabalho faz parte do PPRA, 
sendo que a equipe destinada para esse serviço constitui o elo com os empregados 
no sentido de recomendar o EPI. O próprio trabalhador, no entanto, tendo 
conhecimento prévio da necessidade de uso para um processo de trabalho previsto, 
pode solicitar o EPI, desde que a Segurança do Trabalho tome ciência dessa situação 
para avaliação e atualização do PPRA, fazendo intervenções necessárias para 
garantir a segurança do empregado (ALVES, 2013, p. 1). 
4.3 Não uso de EPI 
Caso o trabalhador se recuse, sem justificativa, a usar o EPI fornecido pela 
Unidade ou por empresa contratada por essa, estará sujeito à punição estabelecida 
em lei (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT). A Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes – CIPA deve orientar o trabalhador quanto à obrigatoriedade do uso de 
EPI e comunicar o supervisor a falta da utilização do mesmo. Cabe ao Supervisor 
imediato orientar o trabalhador e tornar obrigatório o uso do EPI, bem como tomar 
ações corretivas, se necessário (ALVES, 2013). 
4.4 Tipos de EPIs 
Existem vários tipos de EPIs, refere Alves (2013) cada qual com sua finalidade 
e modo de usar, com especificações muito particulares dependendo da atividade 
laboral a ser executada. Citam-se aqui alguns exemplos gerais: 
a. luvas: destinadas à proteção das mãos, dedos e braços contra riscos 
mecânicos, térmicos e químicos. São confeccionadas em vários materiais, dependo 
da proteção desejada. 
b. calçados, botas e botinas: destinados à proteção dos pés, dedos, e pernas 
contra riscos térmicos, umidade, produtos químicos, quedas e animais peçonhentos. 
c. aventais, capas, calças e blusas: destinados à proteção do corpo em geral 
contra calor, frio, produtos químicos e umidade. 
d. óculos: destinados à proteção dos olhos contra partículas, luz intensa, 
radiação e respingos de produtos químicos. e. cintos de segurança: proteção contra 
quedas com diferença de nível. 
 
24 
f. máscaras: proteção da face contra partículas, respingos de produtos 
químicos e ainda proteção respiratória contra poeiras, névoas, gases e vapores. 
g. capacetes: proteção do crânio contra impacto, choque elétrico e combate a 
incêndio. 
h. gorros: proteção dos cabelos contra respingos de produtos químicos e 
proteção do ambiente contra partículas do cabelo. 
i. capuz: proteção do crânio contra riscos térmicos, respingos de produtos 
químicos e contato com partes móveis de máquinas. 
j. cremes diversos: proteção da pele contra a ação de produtos químicos em 
geral. 
5 PERIODICIDADE DE TROCA DOS EPIS 
 
Fonte: occupare 
Como descrito por Alves(2013) não há norma que indique o tempo de validade 
de EPIs, pois como é um item de proteção, a qualquer momento pode sofrer alguma 
alteração oriunda de um acidente. Assim, o EPI pode fazer seu papel, mesmo com 
minutos de utilização. Os Equipamentos de Proteção como luvas, calçados, aventais, 
capas de chuva, óculos sofrem desgaste natural decorrente do uso e muitas vezes, 
basta um exame visual para se notar que precisam ser trocados. Todo EPI deve 
passar por testes visuais que devem ser realizados diariamente; se apresentar 
 
25 
qualquer deterioração que possa prejudicar seu desempenho e segurança, deve ser 
solicitada sua substituição junto à área de Segurança do Trabalho. 
6 IMPORTÂNCIA DO CENTRO CIRÚRGICO 
 
Fonte: intelectah 
 Para entendermos como funciona o fluxo do centro cirúrgico e sua 
importância, podemos demarcá-lo como o setor mais importante do hospital, que atrai 
a evidência dos resultados, pois é visto como uma das áreas mais complexas por 
causa da dramaticidade das operações e com o dever demonstrativo dos resultados 
das cirurgias. Podemos citar o autor Possari (2004 apud OLIVEIRA, 2006), que expõe 
diversos tópicos da real importância e das características da assistencialidade e do 
aspecto físico e funcional do centro cirúrgico. 
 Ser o local onde o paciente deposita toda a esperança de cura. 
 Necessitar de tecnologia de ponta para prestar assistência a clientela. 
 Ser praticamente o local mais caro do hospital. 
 Ao grande número de profissionais que ali trabalham, dentre eles 
cirurgião, anestesiologista, enfermeiro, técnico e auxiliar de 
enfermagem, instrumentador cirúrgico etc. 
 Ao grande número de alunos que ali estagiam. 
 
26 
 Aos aspectos específicos, principalmente em sua construção, 
relacionados ao controle de infecção. 
 A utilização racional dos recursos humanos e materiais com vistas à 
otimização de custos tanto para o paciente quanto para a instituição. 
 A necessidade de controle de assepsia para minimizar o risco de 
infecção da ferida operatória. 
6.1 Atitudes que evitam acidentes com materiais pérfurocortantes 
Algumas normas são de extrema relevância e devem ser plenamente definidas 
com base nas normas e métodos de limpeza definido pela empresa de serviços de 
limpeza FUTURA (2005 apud OLIVEIRA, 2006), podemos destacar diversos atitudes 
que devem ser tomadas para que se evite acidentes com materiais que ofereçam 
riscos à saúde e possam causar um risco de contaminação. 
UNIFORMES: obrigatoriamente protegido com avental de mangas longas, 
fechado na frente e longo (abaixo dos joelhos). 
 - CABELOS: permanentemente presos na sua totalidade. 
- SAPATOS: exclusivamente fechados. Não deve ser permitido o uso de 
sandálias dentro de áreas hospitalar e laboratorial. 
- JÓIAS E BIJUTERIAS: deve-se usar o mínimo possível. 
- MAQUIAGEM E PERFUME: a maquiagem é uma grande fonte de partículas 
na área hospitalar, partículas estas que significam perigo, como também os perfumes 
devem ser evitados em ambientes do centro cirúrgico. 
 - UNHAS: devem ser curtas e bem cuidadas. 
 -ROUPAS PROTETORAS: avental exclusivamente de manga longa, 
permanentemente fechado. 
 - ÓCULOS: devem ser usados para todas as áreas as atividades de risco. - 
MÁSCARAS: devem ser usadas sempre que manipuladas substâncias químicas como 
alto teor de evaporação. 
 - LUVAS: obrigatórias na manipulação de qualquer material biológico, e com 
determinados produtos químicos. 
 Abordados sob forma de tópicos pelo autor Deffune (2006 apud OLIVEIRA, 
2006), orientações e recomendações sobre biossegurança baseadas em resumo de 
literatura internacional, principalmente nas publicações da OMS, CDC - Atlanta e CEE. 
 
27 
• Todo material biológico é por princípio contaminado. 
• Todo material químico é por princípio prejudicial à saúde; 
• As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez 
ao dia, e sempre após o respingo de qualquer material, sobretudo material biológico. 
O laboratório deve ser mantido limpo e livre de todo e qualquer material não 
relacionado às atividades nele executadas. 
• Sempre após a manipulação de material biológico ou antes de deixar o 
laboratório, os técnicos devem lavar as mãos. 
 • Todos os procedimentos devem ser conduzidos com máximo cuidado, 
visando evitar a formação de aerossóis. 
• Todo material biológico, sólido ou líquido, deve ser descontaminado antes da 
lavagem ou do descarte. O material deve ser descontaminado fora da área de 
atividades do laboratório. 
• Deverá ser colocado em um recipiente a prova de vazamento e devidamente 
fechado antes do seu transporte. 
7 LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
 
Fonte: avatarsolucoes 
 Os instrumentos cirúrgicos representam um elevado investimento, tanto 
em hospitais como clínicas e se manuseados de maneira inadequada podem ter sua 
durabilidade afetada, comprometendo sua vida útil, causando prejuízos ao comprador 
(MACOM, 2008 apud NETO et al., 2018). 
 
28 
 Um dos grandes problemas da cirurgia é o risco de infecção, por isso, a 
equipe cirúrgica deve atentar as regras rígidas de limpeza e esterilização do material 
envolvido nas operações que teve uma maior atenção, principalmente com a 
descoberta do vírus da AIDS e outros agentes patogênicos (MARGARIDO, 1999; 
MACOM, 2008 apud NETO et al., 2018). 
7.1 Limpeza 
O processo pode ser mecânico manual ou por máquina de lavar, por limpador 
ultrassônico de instrumentos, este procedimento tem como finalidade remover 
qualquer substância que possa interferir na eficácia da degerminação, especialmente 
quando existe mancha de sangue, gorduras, pus e outras secreções (MARGARIDO, 
1999 apud NETO et al., 2018). 
Os procedimentos de limpeza devem ter uma padronização adequada, a fim de 
evitar a disseminação de contaminação e danos ao instrumental. Para manter a 
integridade e durabilidade Erwin Guth (1998 apud NETO et al., 2018), em seu catálogo 
de Instrumentos cirúrgicos recomenda: 
• Separar os instrumentos mais delicados e em pequenas quantidades. Esta 
separação é necessária visando à preservação desses instrumentos. Colocá-los em 
cestos furados e nunca devem estar misturados com instrumentos mais pesados, 
deve-se levar em conta que os instrumentos que estão embaixo não devem ser 
pressionados com o peso dos demais. 
• Utilize escova com cerdas naturais e macias para a limpeza de cremalheiras 
e serrilhas. 
• No processo de lavagem os instrumentos articulados devem ser colocados 
em posição aberta e os afastadores desmontáveis devem ser desmontados para 
efetuar a lavagem e limpeza dos mesmos. 
 • Limpe atentamente o encaixe dos instrumentos, são nestes locais que se 
acumulam as principais sujeiras. • Sempre lave e limpe o instrumento imediatamente 
após a utilização. 
• Lave os instrumentos somente com sabão neutro à 1% ou detergente 
enzimático neutro (pH 7). Soluções com pH diferente podem causar manchas e 
corrosão. 
 • Use sempre água destilada ou desmineralizada para enxágue final. 
 
29 
 • Seque completamente o instrumento antes de qualquer procedimento. 
 • Lubrifique as partes móveis de pinças hemostáticas, porta-agulhas e 
tesouras, bem como todas as junções dos demais instrumentos com lubrificante (não 
oleoso, não pegajoso e sem silicone). 
 • Não lavar os instrumentos com solução fisiológica, pois esta é corrosiva 
(FULLER, 2000 apud NETO et al., 2018). 
8 PRECAUÇÕES CONTRA INFECÇÕES 
Segundo a portaria do Ministério da Saúde 2616/98, a IH é adquirida após a 
admissão do paciente e se manifesta durante a internação ou após a alta, e está 
relacionada à internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL, 1998 apud SOUZA; 
COUTINHO, 2014). Na atualidade, a IH consiste em problema de Saúde Pública de 
primeira ordem em todos os hospitais do mundo e a instituição de medidas de controle 
pode auxiliar na diminuição das infecções.O controle da contaminação ambiental no CC é considerado necessário para 
reduzir a incidência da IH e é determinado pela aplicação de medidas de controle, 
como: a degermacão e a paramentacão, estas medidas visam, por meio da 
conscientização coletiva, reduzir os índices de infecções a níveis aceitáveis para a 
realização dos procedimentos cirúrgicos. A preocupação com infecções é constante 
em todo o ambiente hospitalar, sendo ponto primordial entre todos os profissionais. 
Deve-se lembrar que as infecções oneram os custos das instituições e dos serviços, 
ao aumentar o período de hospitalização ou por retardar o retorno às atividades 
cotidianas do paciente (SOUZA; COUTINHO, 2014, p. 1). 
Para o autor acima cada membro da equipe cirúrgica deve ter compreensão da 
natureza das características dos principais microrganismos patogênicos e não 
patogênicos encontrados no ambiente hospitalar relacionadas as práticas e os 
materiais mais utilizados como dispositivo de proteção individual, equipamentos estes 
que estão diretamente ligados a importância da proteção da pele, vias respiratórias e 
mucosas do profissional que os utiliza. 
 
30 
9 INSTRUMENTAL CIRÚGICO 
 
Fonte: segurancadopaciente 
Instrumental cirúrgico é definido como o material utilizado na intervenção 
cirúrgica, exames, tratamentos e curativos (ROSA, 2009 apud SOUZA; COUTINHO, 
2014) é entendido como utensílio, objeto ou aparelho, em geral metálico, que constitui 
agente mecânico que serve para efetuar ou auxiliar um procedimento cirúrgico. Para 
que se entre em detalhes quanto ao uso dos instrumentais, é necessário o 
conhecimento quanto aos tempos cirúrgicos usados no decorrer de uma intervenção. 
9.1 Instrumentos De Diérese 
Os principais instrumentais de diérese são, como já descritos, bisturis, 
tesouras, serras e agulhas, trépano, ruginas entre outros instrumentos capazes de 
separar os tecidos com fim operatório (CIRINO, 2006 apud SOUZA; COUTINHO, 
2014). 
 
31 
9.2 Cabo de bisturi 
 
Fonte: dentalcremer 
É utilizado para incisões ou dissecções de estruturas, caracterizado por um 
cabo reto, com uma extremidade mais estreita (colo), no qual é acoplada uma 
variedade de lâminas descartáveis e removíveis, o tamanho e o formato das lâminas 
e dos colos dos cabos dos bisturis são adaptados aos diversos tipos de incisões, 
sendo principalmente utilizados os cabos de número 3 e 4, o cabo nº 3 é destinado 
para lâminas pequenas, (10 a 15), em incisões mais delicadas, já o cabo número 4 é 
destinado para lâminas maiores (20 a 25) cabos tipo 3L e 4L completam a categoria 
e apresentam-se mais longos com o objetivo de cortes profundos (TOLOSA, 
PEREIRA, MARGARIDO, 2005 apud SOUZA; COUTINHO, 2014). 
9.3 Bisturi elétrico 
 
Fonte: dentalcremer 
 
32 
Utilizado para complementar ou substituir o uso dos bisturis convencionais 
durante os procedimentos cirúrgicos, com o objetivo de realizar corte ou coagulação 
dos tecidos de maneira hemostática, rápida e segura, a este aparelho somam-se três 
acessórios indispensáveis: pedal, caneta e placa dispersiva (SOUZA; COUTINHO, 
2014). 
9.4 Tesoura de Mayo-Stille 
 
 
Fonte: fibracirurgica 
As tesouras de Mayo-Stille de ponta romba são comumente utilizadas na 
Cirurgia Geral para desbridar e cortar tecidos mais densos, como: fáscia e músculos. 
Podem ser retas ou curvas e, também, usadas para cortar fios cirúrgicos e bandagens, 
entretanto, não são indicadas para o corte de fio de aço (TOLOSA, PEREIRA, 
MARGARIDO 2005; TUDURY, POTIER, 2009 apud SOUZA; COUTINHO, 2014). 
 
 
33 
9.5 Tesoura Metzembaum 
 
Fonte: centermedical 
É uma tesoura cirúrgica utilizada para cortar tecidos delicados. Existem de 
diversos tamanhos, podendo suas lâminas ser retas ou curvas, com tamanhos que 
variam de 14 a 26 cm. A principal característica é a proximidade da articulação com a 
ponta, em que a haste ocupa mais de 50% do total do comprimento. Seu criador foi 
Myron Metzenbaum, cirurgião americano que foi referência para cirurgia reconstrutiva 
(ALMEIDA, ALMEIDA, 2005; TOLOSA, PEREIRA, MARGARIDO, 2005 apud SOUZA; 
COUTINHO, 2014). 
9.6 Tentacânula 
 
 
 
34 
 
Fonte: cfernandes 
Instrumento de 15 cm de comprimento, com grande variedade de utilidade. Sua 
fenestração, por exemplo, auxilia na liberação de “freios” da língua; a outra 
extremidade (em forma de calha) pode ser utilizada em operações sobre as unhas 
(MARQUES, 2005 SOUZA; COUTINHO, 2014 apud SOUZA; COUTINHO, 2014). 
10 CONTAGEM DE INSTRUMENTOS E DEMAIS MATERIAIS 
A contagem de compressa, instrumentos e demais materiais devem estar de 
acordo com o estabelecido pelas políticas e procedimentos do CC, também devem 
ser definidos o momento quando serão contados e os registros necessários 
(CONNER, 1994 apud SOUZA; COUTINHO, 20) dependendo da prática 
estabelecida, a contagem dos três tipos de itens é necessária e a cargo do 
instrumentador e do auxiliar circulante, que devem fazer a contagem em voz alta, com 
voz calma, enquanto o instrumentador faz a conferência manual dos itens. Se houver 
dúvida na contagem, ela deve ser interrompida e repetida, o circulante deve registrar 
imediatamente a contagem correta em relatório, além da anotação do nome do 
circulante e instrumentador que realizaram a atividade, esta contagem faz-se 
importante ao proporcionar o controle administrativo de materiais, de gastos cirúrgicos 
e evitando o extravio de itens. Entretanto, pacientes em urgência, às vezes, 
necessitam da omissão da contagem, devendo ser anotado o fato em relatório 
 
35 
cirúrgico. A contagem exata de compressas, instrumentos cortantes ou outros 
materiais são essenciais para a proteção do paciente, da equipe e do próprio hospital. 
10.1 Contagem de Objetos Cortantes 
Simultânea à contagem de compressas, os instrumentos cortantes ainda são 
contados pelo instrumentador e circulante em todos os procedimentos cirúrgicos, 
dentre os objetos cortantes, incluem-se agulhas com e sem fio, bisturi, lâminas 
eletrocirúgicas, agulhas hipodérmicas e pinos de segurança, o instrumentador é 
responsável pela verificação da quantidade de agulhas no momento de abertura de 
pacotes, além disso, conta continuadamente o número de agulhas em campo e as 
transfere ao cirurgião na base de troca. Segundo MEEHER e ROTHROK, (2008 apud 
SOUZA; COUTINHO, 2014 apud SOUZA; COUTINHO, 2014) após o uso o circulante 
deve ensacar as agulhas e etiquetá-las com o número de agulhas e o nome de quem 
as contou. Entretanto, isto não é visto na rotina hospitalar, sendo as agulhas 
descartadas após todo o procedimento em recipiente apropriado para descarte, do 
mesmo modo que as compressas, as agulhas nunca devem sair da sala cirúrgica 
durante todo o procedimento cirúrgico, por qualquer razão, as agulhas quebradas 
devem ser estimadas e deixadas à parte para contagem final. 
10.2 Contagem de Instrumentos 
Muitos hospitais recomendam a contagem somente quando uma grande 
cavidade do corpo é acessada ou a ferida é muito profunda, pois pode ocorrer de o 
instrumental ser acidentalmente deixado no paciente o material deve ser contado 
inicialmente em pré-operatório, na Central de Materiais, onde são montadas as caixas 
cirúrgicas, antes do começo da cirurgia e antes do fechamento de acordo com a rotina 
cirúrgica, durante a contagem de instrumentos, além da percepção do número de 
peças, é importante a observação da qualidade delas, materiais desarticulados e 
quebrados não devem fazer parte da cirurgia, devem ser separados para posterior 
reparo da mesma forma que as compressas e as agulhas, os demais materiais nunca 
devem sair da sala cirúrgica durante todo o procedimento cirúrgico, por qualquer razão 
(MEEHER, ROTHROK, 2008 apud SOUZA; COUTINHO, 2014). 
 
36 
10.3 Contagem Incorreta 
Como já comentado, se não houver concordância entre o número de materiais 
descritos pelo circulante e o número verificado pelo instrumentador, o procedimento 
serárefeito imediatamente, se persistir a incorreção, o circulante precisa informar ao 
cirurgião a incompatibilidade de números ou de instrumentos a partir daí, inicia-se uma 
busca do item por parte de toda a equipe cirúrgica, se não houver sucesso, um filme 
de raios X é feito, se o filme não apresentar resultado positivo, a contagem é registrada 
como incorreta e o filme de raios X é notificado em relatório para a comprovação 
(MEEHER, ROTHROK, 2008 apud SOUZA; COUTINHO, 2014 ). 
11 CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
 
Fonte: encore.com.br 
No dizer de Ramos et al. (2000) a esterilização é o processo de destruição de 
todas as formas de vida microbiana: bactérias, fungos, vírus e esporos mediante a 
aplicação de agentes físicos, químicos ou físico-químicos: 
Físicos: 
Vapor saturado /autoclaves 
Calor seco/estufa Raios 
Gama/cobalto 60 
Físico-químicos: 
Esterilizadoras a Óxido de Etileno (ETO) 
 
37 
Plasma de Peróxido de Hidrogênio 
Vapor de Formaldeído 
Químicos: 
Glutaraldeído 
Formaldeído 
Ácido peracético 
11.1 Métodos de esterilização 
Físicos Esterilização por meio físico consiste na utilização do calor, em suas 
várias formas, e alguns tipos de radiação. 
Esterilização por vapor saturado sob pressão: É o processo que oferece maior 
segurança no meio hospitalar. Sendo o método preferencial para o processamento de 
material termo resistente, destruindo todas as formas de vida em temperaturas entre 
121°C a 132°C. A esterilização a vapor é realizada em autoclaves. Vale lembrar que 
o vapor saturado é um gás e, portanto, está sujeito às leis dos gases da física. Não se 
pode obter uma redução na 36 temperatura do vapor saturado sem correspondente 
diminuição da pressão e vice-versa. Em regiões de altitude elevada como Brasília, é 
necessário usar maiores pressões do vapor para se obter a mínima variação de 
temperatura para esterilização. Isto ocorre porque a pressão atmosférica varia com a 
altitude (RAMOS et al., 2000). 
 
Mecanismo de ação: 
 Os microrganismos são destruídos pela ação combinada da temperatura, 
pressão e umidade que promovem a termo coagulação e a desnaturação das 
proteínas da estrutura genética celular. 
 
Fases do ciclo de esterilização: 
 
• drenagem do ar na câmara de esterilização – possibilita a penetração do 
vapor; 
• período de exposição – começa a ser marcado no instante em que a câmara 
atinge a temperatura previamente estabelecida demonstrada pelo termômetro. 
Compreende três tempos: 
 
38 
• da penetração do vapor: é o intervalo necessário para que a carga atinja a 
temperatura da câmara; 
• da esterilização: é o menor intervalo necessário para a destruição de todas as 
formas de vida microbiana em uma determinada temperatura; 
• da confiança: é um período adicional, geralmente igual à metade do tempo de 
esterilização, adotado na autoclavação de artigos em que a penetração do calor é, ou 
poderá ser, retardada ou variável. O excesso na margem de segurança é uma prática 
antieconômica, pois as combinações do custo de energia com a deterioração dos 
materiais por excessiva exposição ao calor aumentam as despesas. 
• exaustão do vapor – realizado por uma válvula ou condensador; 
• secagem da carga –obtida pelo calor das paredes da câmara em atmosfera 
rarefeita. 
 
Recomendações de uso: por se tratar de um aparelho extremamente sensível 
são fundamentais os seguintes passos para evitar abortamento do ciclo: - Limpeza 
com remoção completa de resíduos orgânicos; - Secagem completa; - Embalagem e 
selagem adequadas. OBS: Não é indicada a esterilização de instrumentos com 
lumens longos e estreitos e de fundo fechado. Riscos ocupacionais: O processo de 
esterilização foi concebido de forma a evitar o contato direto com o peróxido de 
hidrogênio líquido, na forma de vapor ou plasma, independentemente da fase em que 
o processo se encontre. O material não necessita aeração pois os resíduos finais do 
processo são água e ar, portanto, é seguro para o meio ambiente e o trabalhador 
(RAMOS et al., 2000, p. 1). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
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