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Gestação prolongada

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Tatiane Lira – MED UFPE
Gestação prolongada
· > 42s ou 294d de gestação.
· Incidência < 5%.
· Aumenta a mortalidade neonatal em 2x (provavelmente pela calcificação placentária).
· Pós-termo x Pós-datismo:
· Bb pós-termo: a partir de 42s.
· Pós-datismo é quando passa da data provável do parto.
· A etiologia + frequente é erro no cálculo da IG, por alterações do tempo de ovulação e concepção.
· Fatores de risco:
· Primiparidade.
· Gravidez prolongada em gestação anterior (risco de 50% em gestação futura).
· Anencefalia, hipoplasia da adrenal fetal.
· Trissomia do 16 ou do 18, ausência da pituitária fetal.
· Obesidade materna.
· História de infertilidade.
· Puberdade tardia.
· Até hoje não se conseguiu fechar uma teorias de porque a pcte entra em TP (chamava a atenção que casos de anencefalia não entravam em TP, então a pituitária fetal provavelmente interfere).
· Placenta cresce até 37s e a partir daí seu crescimento para e sua função começa a diminuir depois da 40s.
· Diagnóstico:
· Clínica por si só não esclarece nem da elementos p/ determinar o problema primordial: se o prolongamento da gravides é ou não ominoso p/ concepto.
○ Dados obtidos pela história e exame físico da grávida:
▪ Percepção de movimentos ativos fetais iniciam na 20s.
▪ Medição da altura de útero fetal:
☆ Relação quase que fidedigna dependendo do panículo adiposo da pcte.
☆ 16s: 16cm, nesse período há relação direta da medida de fundo uterino e IG.
☆ 24s: 24cm.
○ DUM: só é precisa se menstruação for conhecida e pcte tiver ciclo regular e previsível, não tem grande valor em pcte estava tomando pílula, pctes c/ ciclo longo.
· Exames complementares:
○ USG:
▪ 1° tri:
☆ Padrão ouro p/ cálculo da IG.
☆ Medida do comprimento cabeça-nádega.
☆ Acurácia +/- 5-7d.
☆ Se discrepância c/ DUM for > 7d, usar USG.
▪ 2° tri:
☆ Medida do diâmetro biparietal ou comprimento do fêmur.
☆ Acurácia +/- 10-14d.
☆ Se discrepância c/ DUM for > 10d, usar USG.
▪ Também avalia líquido amninótico:
☆ Pode diagnosticar oligo-hidramnia:
》Diâmetro vertical do maior bolsão de LA ≤ 2cm.
》Bom marcador no prognóstico fetal.
》Ocorre por redistribuição do DC, priorizando cérebro e coração fetal, em detrimento de outros territórios como rins.
》Riscos: compressão funicular, hipoxemia intermitente, passagem de mecônio e morte intrauterina.
☆ Pode encontrar líquido meconial:
》Ocorre devido maturidade da inervação do TGI.
》Sinal de sofrimento fetal.
· Diagnóstico precoce pelo beta HCG c/ correta estimativa da IG:
○ Deve-se excluir gravidez falsamente prolongada.
· Riscos no pós-datismo:
· Fetais:
○ Diminuição da função placentária:
▪ Redução do crescimento fetal.
▪ Oligoâmnio (placenta não consegue transfundir adequadamente o feto - quem produz o líquido amniótico; c/ risco aumentado de compressão do cordão).
▪ Presença de mecônio.
▪ Não progressão do parto.
○ Função placentária normal:
▪ Continuação do crescimento fetal (3% dos casos): leva a fetos macrossômicos.
· Perinatais:
○ Natimortos.
○ Anomalias.
○ Sofrimento fetal.
○ Aspiração de mecônio.
○ Instabilidade térmica.
○ Hipoglicemia.
○ Policitemia.
○ Sequelas.
○ Convulsões.
○ Baixo índice de Apgar.
○ Acidemia do sangue da a. umbilical.
· Maternos:
○ TP prolongado.
○ Operação cesariana (c/ maior risco de complicações como endometrite, hemorragia pós-parto e doença tromboembólica).
○ Macrossomia fetal, c/ risco de lesões no assoalho pélvico e distócia de ombros.
· Pós-parto:
○ Pode ocorrer síndrome da insuficiência placentária, disfunção placentária ou dismaturidade.
○ Escala de Clifford:
▪ Grau I de pós-maturidade:
》Pelo seca, apergaminhada, c/ descamação.
》Dobras cutâneas excessivas, principalmente nas nádegas e coxas (aspecto de perda de peso recente).
》Unhas longas.
》Cabelo abundante.
》Escassez ou ausência de lanugo.
》Ossos cranianos + duros que o habitual.
》Aspecto de vivacidade maior que o esperado.
▪ Grau II de pós-maturidade:
》Sinais anteriores.
》Líquido amniótico, pele, verniz caseoso, cordão umbilical e membranas amniocoriais corados de mecônio.
▪ Grau III de pós-maturidade:
》Sinais anteriores.
》Pele, unhas e cordão umbilical intensamente corados de amarelo.
· Manejo do pós-datismo:
· IG conhecida: interrupção da gestação c/ 41s.
· IG incerta: avaliação do bem-estar fetal a cada 3d e interrupção da gestação se exame alterado.
· Se tiver condições de alto risco, interromper c/ 38, 39s.
· Na pré-eclâmpsia, interromper: 
○ C/ sinais de gravidade: 34s.
○ S/ sinais de gravidade: 37s.
· Avaliação do bem-estar fetal em pós-datismo:
· Anteparto:
○ Perfil biofísico fetal (PBF):
▪ C/ ou s/ cardiotocografia (CTG):
☆ Analisar desacelerações, linha basal de frequência e variabilidade c/ leitura do traçado.
▪ Índice do líquido amniótico (ILA):
☆ Analisar volume do líquido amniótico.
○ Mobilograma:
▪ Teste de movimentação fetal.
▪ Normal: > 3 movimentos / 1h.
▪ Anormal: < 6 movimentos / 2h.
· Durante o parto:
○ CTG p/ avaliar qualquer modificação do ritmo cardíaco fetal:
▪ Linha de base c/ pouca variabilidade.
▪ Desacelerações.
▪ Diminuição da movimentação fetal.
· Indução do TP: 
· Ocitocina:
○ Exames de avaliação fetal normais e índice de Bishop > 6.
○ Se parar c/ ela, tem resposta imediata c/ parada das contrações.
· Misoprostol:
○ Via vaginal, a cada 6h.
○ Propedêutica fetal normal e índice de Bishop ≤ 6 (não pode só induzir, tem que amadurecer o colo).
○ Pode levar a hipertonia uterina e se parar c/ ele, continua tendo efeito duradouro.
· Cateter de foley.
○ Sonda vesical colocada passando do orifício interno do colo uterino.
○ Distente o balão entre 30-50mL de água e espera-se que ele caia quando o colo começa a dilatar.
○ É particularmente usado em pctes ex-cesariadas.
· Cesárea:
· Quando houver qualquer anormalidade nos testes de vitalidade fetal.

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