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Unidade III CULTURAS DE LÍNGUA INGLESA Profa. Palma Rigolon Conteúdos As culturas diaspóricas: Índia; Nigéria; Jamaica (representando o Caribe) a partir da perspectiva do pós-colonialismo. Diáspora É importante explicar o significado desse verbete: Diáspora: a evasão de migrantes oriundos de países de uma determinada ex-colônia para a antiga metrópole e outros lugares. Na perspectiva de Stuart Hall (2008, p. 32-3), dentro dos estudos culturais, o termo se presta a dar conta especialmente dos fenômenos relativos a migrações humanas dos ex-países coloniais para as antigas metrópoles. Diáspora Para o teórico, “o conceito fechado de diáspora se apoia sobre uma concepção binária de diferença. Está fundado sobre a construção de uma fronteira de exclusão e depende da construção de um ‘outro’ e de uma oposição rígida entre o de dentro e o de fora. Porém, as configurações sincretizadas da identidade cultural requerem a noção derridiana de différance, uma diferença que não funciona através dos binarismos, fronteiras veladas que separam finalmente, mas são também places de passage e significados que são posicionais e relacionais, sempre em deslize ao longo de um espectro sem começo nem fim.” Pós-colonialismo O termo “[...] ‘pós-colonial’ está ainda bem empregado, como esteve na nossa primeira edição, para se referir à pós-colonização. Esse é um processo no qual sociedades participam sob um longo período de tempo, através de diferentes fases e modos de engajamento com o poder colonizador, durante e após o período real do controle colonial direto” (ASCROFT apud HALL, 2009, p. 195). Índia Capital: Nova Delhi Moeda: Rúpia indiana Principais cidades: Mumbai, Calcutá, Nova Delhi, Madras, Bangalore Colonização britânica na Índia Em 31 de dezembro de 1600, a Rainha Elizabeth I da Inglaterra outorgou uma carta real à Companhia Inglesa das Índias Orientais para comerciar com o oriente. Os primeiros navios da companhia chegaram à Índia em 1608, aportando em Surat (atualmente, Guzarate). Quatro anos mais tarde, comerciantes ingleses derrotaram os portugueses numa batalha naval e com isso ganharam a simpatia do Imperador mongol Jahangir. Colonização britânica na Índia Em 1615, o Rei James I enviou um embaixador à corte mongol, negociando- se então um tratado de comércio pelo qual a companhia poderia erguer postos comerciais na Índia em troca de bens europeus. A companhia comerciava itens como algodão, seda, salitre, índigo (planta) e chá. Em meados do século XVII, a companhia havia estabelecido postos comerciais nas principais cidades indianas, como Bombaim, Calcutá e Madras, além da primeira feitoria em Surat, erguida em 1612. Colonização britânica na Índia Em 1670, o Rei Charles II outorgou à companhia o direito de adquirir território, formar um exército, cunhar moeda e exercer jurisdição em áreas sob seu controle. No final do século XVII, a companhia se havia tornado um “país” no subcontinente indiano, com considerável poder militar, e administrava três “presidências” (administrações coloniais regionais). Colonização britânica na Índia Os britânicos estabeleceram uma base territorial no subcontinente pela primeira vez quando tropas financiadas pela companhia derrotaram o Nababo bengalês Siraj Ud Daulah na batalha de Plassey, em 1757. As riquezas bengalesas foram expropriadas, o comércio local foi monopolizado pela companhia e a Bengala tornou-se um protetorado sob controle direto britânico. Colonização britânica na Índia A fome de 1769 a 1773, causada pela exigência de que os fazendeiros e artesãos bengaleses trabalhassem por remuneração irrisória, matou dez milhões de pessoas. Catástrofe semelhante ocorreu quase um século depois, quando o Reino Unido estendeu o seu controle sobre o subcontinente: 40 milhões de indianos morreram de fome em meio ao colapso da indústria local. Colonização britânica na Índia A importante contribuição da Índia aos esforços do Império Britânico durante a Primeira Guerra Mundial estimulou os indianos a exigir maior voz no governo. O Partido do Congresso Nacional Indiano e a Liga Muçulmana acordaram propor uma reforma constitucional que incluía o conceito de eleitorados separados e a exigência de autogoverno. Em 1919, o governo britânico ampliou a autoridade dos Conselhos Legislativos central e provinciais, mas o governador- geral continuou a ser responsável perante Londres, apenas. Colonização britânica na Índia Em 1935, uma revisão da situação constitucional indiana manteve a separação dos eleitorados e estabeleceu a autonomia das províncias, transformando os Conselhos Legislativos em Assembleias Legislativas eleitas (apenas alguns poucos assentos continuaram a ser preenchidos mediante indicação), perante as quais eram responsáveis todos os ministros. Índia: a independência Na primeira metade do século XX, o nacionalismo indiano passou por um processo de amadurecimento que se personificou na figura do “Mahatma” (“grande alma”) Gandhi. Este, baseando- se nos princípios da “não violência” e da “resistência passiva”, mobilizou milhões de seguidores e causou grandes transtornos aos dominadores ingleses. Índia: a independência Gandhi era hinduísta, mas seu sonho nacionalista visava à criação de uma Índia independente, onde todas as etnias e religiões convivessem pacificamente. Contudo, seu ideal não era compartilhado pelos radicais hinduístas (que o assassinariam em 1948) e menos ainda pelos muçulmanos. Hinduísmo e islamismo, para os indianos, eram muito mais que duas religiões antagônicas. Índia: a independência Hinduísmo: nascido no próprio país há milhares de anos, possuía uma espantosa multidão de deuses e criara uma sociedade de castas, baseada na desigualdade absoluta entre os indivíduos. Islamismo: de origem árabe e introduzido na Índia por conquistadores vindos da Ásia Central, é monoteísta e considera todos os homens iguais perante Deus. A diversidade entre as duas crenças produziu diferenças de comportamento e de organização social, bem como visões de mundo conflitantes. Interatividade Assinale a alternativa que apresenta a definição de diáspora. a) Evasão de migrantes oriundos de países de uma determinada ex-colônia para a antiga metrópole e outros lugares. b) O mesmo que pós-colonização. c) União de países que administram o Reino Unido. d) Um processo aprendido que acontece na interação com os membros da comunidade. e) Imposição de algumas formas culturais em detrimento de outras. Resposta Assinale a alternativa que apresenta a definição de diáspora. a) Evasão de migrantes oriundos de países de uma determinada ex-colônia para a antiga metrópole e outros lugares. b) O mesmo que pós-colonização. c) União de países que administram o Reino Unido. d) Um processo aprendido que acontece na interação com os membros da comunidade. e) Imposição de algumas formas culturais em detrimento de outras. Índia: a independência O Congresso Nacional foi fundado por Gandhi e passou a ganhar força. Em 15 de agosto de 1947, dentro do processo de descolonização que se seguiu à II Guerra Mundial, surgiram dois Estados independentes: a Índia e o Paquistão (“país dos puros”). Este último, implantado nas áreas majoritariamente muçulmanas, compreendia duas porções distintas, separadas por 1600 km de território indiano: o Paquistão Ocidental e o Paquistão Oriental (situado no Golfo de Bengala). Índia: a independência Mas as diferenças entre os dois (geográficas, econômicas, étnicas e culturais) eram insuperáveis; em 1971, apoiado pela Índia, o Paquistão Oriental proclamou sua independência e se transformou em Bangladesh (“Estadode Bengala”, em língua bengali). Cultura indiana O cinema indiano é muito popular. Atores como Amitabh Bachchan são verdadeiros ídolos para o povo e de fato, vários atores, entre eles, Bachchan, Ramachandran ou Rama Rao, têm passado ao mundo da política com bastante sucesso. Os temas dos filmes costumam ser moralistas, ou então o bem sempre vence, como se pode comprovar nos filmes dirigidos por Manmohan Desai, um dos diretores preferidos pelo público. Símbolos da Índia Deepak (a lamparina): é tradicionalmente feita de cerâmica e representa o corpo humano: assim como o barro, também viemos da terra. O óleo é queimado nela como um símbolo do poder da vida. Uma simples lamparina, quando imbuída desta simbologia, chama-se deepak e nos dá a mensagem de que toda e qualquer pessoa no mundo deve remover a escuridão da ignorância fazendo o seu próprio trabalho. Nos templos, sempre se oferece uma chama, significando que tudo que fizermos é para agradar a Deus. Deepak Símbolos da Índia Om: representa o poder de Deus, pois é o som da criação, o princípio universal, entoado no começo de todos os mantras. Diz-se que os primeiros iogues o ouviram em meditação, e esse som permeia o cosmos. É o número um do alfabeto, é o zero que dá valor aos números, é o som da meditação. Flor de lótus: presente em muitas imagens porque o fato de crescer na água pantanosa e não ser afetada por ela representa que devemos ficar acima do mundo material apesar de viver nele. As centenas de pétalas do lótus representam a cultura da “unidade na diversidade”. Flor de lótus Símbolos da Índia As divindades, com seus muitos braços, cada um deles carregando objetos ou armas, símbolos em si, como o lótus e o livro, indicam as direções; a maioria representa os quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Qualquer poder do espírito supremo é chamado deus ou deusa, apesar de Deus ser Uno e Absoluto. Por isso são tantos, pois são muitas as manifestações de Deus. Símbolos da Índia Ganesha significa “senhor de todos os seres”. É filho de Shiva e Parvati. É o mestre do conhecimento, da inteligência e da sapiência. É aquele que proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o grande removedor dos obstáculos, guardião da riqueza, da beleza, da saúde, do sucesso, da prosperidade, da graça, da compaixão, da força e do equilíbrio. Ganesha Contribuições da Inglaterra A contribuição da Inglaterra foi principalmente a introdução da língua inglesa, que permite que haja uma língua comum falada em todos os estados, cada qual com sua língua nativa. Introduziram o sistema de trens, que cobre todo o país, o telégrafo e toda a modernização nas comunicações. Após a independência pacífica, graças a Mahatma Gandhi, o líder mobilizou a população a produzir os próprios tecidos, para mostrar que não precisavam depender da Inglaterra; por isso vemos sempre seu retrato com uma roca. Contribuições da Inglaterra Isso tornou-se um símbolo e hoje a produção e tecidos é um dos setores mais prósperos. A marcha do sal tinha a mesma intenção: provar que a Índia podia ser autossuficiente. Ciência e tecnologia A matemática do modo como entendemos hoje em dia deve à Índia todo o seu fundamento, pois todo o sistema de numeração é indo-arábico, ou seja, os árabes buscaram na Índia e difundiram os algarismos que usamos até hoje. A fórmula de Bhaskara, que foi criada na Índia, é usada para resolver todas as equações de segundo grau. Ciência e tecnologia A grande contribuição para o mundo além da filosofia, que faz parte da vida de todos os indianos, são os avanços na tecnologia da informação, pois a Índia hoje tem exportado PhDs na área de softwares, principalmente para a Europa e EUA. Aqui no Brasil, o Departamento de Microeletrônica da Universidade de São Paulo (USP), o nosso Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN) contam com profissionais indianos em cargos importantes. Ciência e tecnologia No campo da pesquisa espacial, o telescópio Chandra, da NASA, que leva o nome do físico indiano, é superior em tecnologia ao Hubble, mais conhecido por ser responsável por telecomunicações. Outra área importante é a biotecnologia, campo que a Índia domina em muitos países. Nigéria Moeda: Naira Língua oficial: inglês Governo: Federação, Presidencialismo, República Federal Capital: Abuja Nigéria Interatividade Assinale a alternativa que apresenta contribuições da Inglaterra para a Índia. a) Matemática, filosofia, softwares em geral e biotecnologia. b) Língua inglesa como língua comum, biotecnologia e telégrafo. c) Sistema de trens, telégrafo e matemática. d) Filosofia, sistema de trens e telégrafo. e) Língua inglesa como língua comum, sistema de trens, telégrafo e todo o sistema de telecomunicações. Resposta Assinale a alternativa que apresenta contribuições da Inglaterra para a Índia. a) Matemática, filosofia, softwares em geral e biotecnologia. b) Língua inglesa como língua comum, biotecnologia e telégrafo. c) Sistema de trens, telégrafo e matemática. d) Filosofia, sistema de trens e telégrafo. e) Língua inglesa como língua comum, sistema de trens, telégrafo e todo o sistema de telecomunicações. Nigéria O nome “Nigéria” foi criado a partir de uma fusão das palavras niger (termo inglês para “negro”) e area (termo inglês para “área”), que se referiam ao Rio Níger, na proximidades da Nigéria. Esse nome foi criado por Flora Shaw, administradora colonial britânica, no final do século XIX. Nigéria: colonização britânica A Companhia Real do Níger foi criada pelo governo britânico em 1886. Em 1900, foram criados os protetorados britânicos do norte e do sul. Estes protetorados foram fundidos em 1914 para formar a colônia da Nigéria. Em resposta ao crescimento do nacionalismo nigeriano ao final da Segunda Guerra Mundial, o governo britânico iniciou um processo de transição da colônia para um governo próprio com base federal, concedendo a independência total em 1960, tornando- se a Nigéria uma federação de três regiões, cada uma contendo uma parcela de autonomia. Nigéria: colonização britânica Em 1966, dois golpes sucessivos por diferentes grupos militares deixaram o país sob uma ditadura militar. Os líderes do segundo golpe tentaram aumentar o poder do governo federal e substituíram os governos regionais por doze governos estaduais. Os igbos, grupo dominante etnicamente na região leste, declararam independência como a República de Biafra em 1967, iniciando uma sangrenta guerra civil que terminou com sua derrota. Nigéria: colonização britânica 1975: um golpe pacífico levou Murtala Ramat Mohammed ao poder, que prometeu um retorno ao estado civil. Entretanto, ele foi morto em seguida, tendo como sucessor Olusegun Obasanjo. Uma nova constituição foi promulgada em 1977 e as eleições foram realizadas em 1979, tendo como vencedor Shehu Shagari. A Nigéria retornou ao governo militar em 1983, através de um golpe que estabeleceu o Supremo Conselho Militar como o novo órgão regulamentador do país. Nigéria Depois das eleições de 1993, que foram canceladas pelo governo militar, o general Sani Abacha subiu ao poder. Quando ele morreu subitamente em 1998, Abdulsalami Abubakar tornou-se o líder do Conselho, agora conhecido como o Conselho Provisório de Regulamentação. Anulou a suspensão da Constituição de 1979 e, em 1999, a Nigéria elegeu Olusegun Obasanjo como presidente nas suas primeiras eleições em dezesseis anos. Obasanjo e seu partido também ganharam as turbulentas eleições de 2003. Nollywood O cinema da Nigéria tem crescido nos últimos anos e, emboraseja um mercado extremamente informal, teve uma grande explosão de produção nos últimos anos que tem chamado a atenção mundial por suas características únicas. Todas as produções são realizadas em vídeo. Sua produção é tamanha que já lhe rendeu o apelido de “Nollywood’, pode ser considerada a terceira maior indústria de produção de cinema do mundo, atrás apenas de Hollywood e Bollywood. Nollywood O sucesso desta indústria reside principalmente no fato de a temática dos filmes ter um apelo direto ao público local, por tratar de preocupações, conflitos e realidades que frequentam o noticiário e o imaginário da população local. Os temas mais frequentes são: AIDS, corrupção, prostituição, religião e ocultismo. Jamaica: a maior ilha do Caribe Capital: Kingston Língua oficial: inglês Governo: Monarquia Constitucional Moeda: Dólar jamaicano O nome Jamaica deriva do termo “xamayca”, cujo significado é “terra de madeira e água”. A ilha foi batizada assim pelos nativos arawak, que viviam no atual território da Jamaica desde o ano 1000. Jamaica Jamaica Jamaica Foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1494. Até então, a ilha era habitada pelo povo arauaque (arawak). Em 1509, com a chegada dos colonos espanhóis, os índios acabaram desaparecendo devido à doença trazida pelos homens brancos. A partir de 1655, a ilha passou a ser governada pelos espanhóis. A ausência de ouro na região levou os espanhóis a dedicarem pouca atenção à ilha, utilizando-a sobretudo como base de abastecimento para colonos de outras áreas americanas. Jamaica Os nativos da ilha foram exterminados, o que deu início à importação de escravos negros da África. Devido à localização da ilha nas rotas de comércio, os ingleses ficaram bastante interessados e, em 1655, a Jamaica foi dominada pelo almirante William Penn e pelo general Robert Venables. Cinco anos depois, todos os espanhóis tinham sido expulsos pelos ingleses. Jamaica Porém, a Inglaterra teve de lidar com a oposição dos antigos escravos dos colonos espanhóis, que se refugiaram nas montanhas do interior e aos quais se juntaram, posteriormente, os escravos que fugiam da dominação inglesa, conseguindo resistir às tropas invasoras durante 150 anos. De 1661 a 1670, a ilha foi ocupada por bucaneiros (piratas que infestavam as Antilhas) com o consentimento da Inglaterra, já que durante esse período aqueles prestaram uma preciosa ajuda na defesa da ilha perante os sucessivos ataques de navios espanhóis. Jamaica Com a assinatura do Tratado de Madri, em que a Espanha reconhecia a soberania da Inglaterra sobre a Jamaica, os piratas passaram a ser perseguidos até sua extinção. A colônia tornou-se muito valiosa por causa da produção de açúcar e cacau. Em 1672, a Jamaica se converteu em um dos maiores centros de tráfico negreiro para a América do Sul e foi considerada a maior produtora de açúcar do século XVIII. Jamaica Em 1807, devido à supressão do tráfico negreiro e da escravidão na década de 1830, todas as explorações agrícolas existentes na ilha entraram em crise, já que a escassez de mão de obra implicou um aumento brutal dos custos de produção, que não eram cobertos pelos baixos preços do açúcar e do cacau. O processo de decadência econômica, iniciado com a crise da produção de açúcar, se transformou em crise aguda quando a revogação dos privilégios aduaneiros (1846) causou a derrocada dos preços dos produtos das colônias britânicas. Interatividade O cinema na Nigéria tem se tornado mais conhecido. Qual a sua denominação? a) Hollywood Nigeriano. b) Bollywood. c) Nollywood. d) Cinema da Nigéria. e) Nigéria movies. Resposta O cinema na Nigéria tem se tornado mais conhecido. Qual a sua denominação? a) Hollywood Nigeriano. b) Bollywood. c) Nollywood. d) Cinema da Nigéria. e) Nigéria movies. Jamaica Em 1866, o Parlamento Britânico estabeleceu no país o governo de poder único, Executivo e Legislativo. O novo governador, Sir John Peter Grant, iniciou um projeto de reestruturação política, administrativa e econômica que colocou a ilha em vias de desenvolvimento, salientando-se a introdução da cultura da banana (1870) que rapidamente tornou-se o principal produto de exportação. As reformas políticas e administrativas tinham como objetivo a constituição gradual de um governo representativo que atuaria sob a égide da Coroa Britânica. Jamaica Por volta de 1930, época da Grande Depressão, houve um sentimento de desagrado generalizado perante o domínio inglês, o que levou à formação, em 1938, de um movimento pela independência da ilha. Este movimento foi importante para as modificações constitucionais de 1944 e 1953 que, primeiro, instituíram uma assembleia de representantes eleitos por sufrágio universal, e, mais tarde, deram responsabilidades departamentais aos ministros eleitos, embora salvaguardassem a existência de um Conselho Legislativo e de um Conselho Executivo (neste estavam presentes também os ministros eleitos), ambos nomeados pela Inglaterra. Jamaica A independência aconteceu em 6 de agosto de 1962. O país combina diversas nacionalidades: a maioria negra, uma minoria europeia e uma crescente população mestiça, além de imigrantes da Índia e da China. A antiga comunidade judaica expandiu-se e comerciantes árabes chegaram à ilha. Esta fusão de diversas nações formou a base do lema nacional da Jamaica: “Out of many, one people” (“Resultado de muitos, um só povo”). Jamaica: aspectos culturais Rastafári é uma palavra do aramaico, que foi a primeira língua da Etiópia. Ras significa príncipe e tafari quer dizer paz. Portanto, rastafári significa “príncipe da paz”. Há quem confunda essa cultura com religião por ter forte ligação com a espiritualidade. Os rastas não frequentam cultos em templos ou igrejas. São seguidores de Rastafari Makonnen, nome de batismo do Imperador etíope Haile Selassie I, que pregava a paz e a unidade entre os povos africanos e de todas as outras nações. Jamaica: aspectos culturais A cultura rastafári tem uma ligação muito forte com a natureza; por essa razão, os rastas são naturalistas e vegetarianos. Reggae: primeiramente, foi somente tocada por tambores e cantada, nas montanhas, chamando-se nyabinghy – palavra que significa liberdade. Com o passar dos tempos, foram surgindo outros ritmos e variações do reggae. O mais conhecido é o reggae roots ou reggae de raiz, em que o mais importante é o sentimento. Não há regras, cada um compõe como quiser, dependendo unicamente da inspiração individual. Os temas das músicas, na sua grande maioria, são a paz, união e amor. Jamaica: aspectos culturais O reggae deu origem a grandes artistas, sendo o maior deles Robert Nesta Marley, ou apenas Bob Marley, como é mundialmente conhecido. Sua música é conhecida mundialmente até mesmo depois de sua morte precoce, em 1981. A Jamaica ainda apresenta outros artistas famosos como: Jimmy Cliff, Beenie Man, Bounty Killa. A folk music também é importante na Jamaica. Dizem que sua origem é o oeste da África, sendo então considerada africana e jamaicana. Jamaica: vestimenta A vestimenta também é um reflexo da diversidade cultural entre as pessoas. A vestimenta jamaicana é uma fusão do vestuário ocidental com a vestimenta tradicional. Os jamaicanos usam cores vibrantes e turbantes. Jamaica: vestimenta As mulheres tradicionalmente usam saia, um top leve e turbante, feitos de algodão local (calico). A identidade caribenha Hall afirma que “a migração tem sido um tema constante na história do Caribe” e, devido ao processo da diáspora, a ela relacionado, as “identidades tornam-se múltiplas”. Davies (2010) afirma que “os processos migratórios globais têm introduzido novas identidades à medida que têm criado histórias paralelas. Existe ainda uma série de outras identidades – sexual, religiosa, étnica, de classe, de gênero – que opera de forma tectônica”. A identidade caribenha O pós-colonialismo proporciona o encontro com várias culturas diferentes introduzidas pelo processo migratório, que geram novas identidades. O que se percebe então, segundo Davies (2010), é que há muitas identidades híbridas no espaço caribenho. Davies aponta que, nos Estados Unidos, uma identidade caribenho-americana foi formalmente reconhecida em 1996, tendo sua oficialização sido celebrada com a designação do mês caribenho-americano em junho. A identidade caribenha Ainda segundo a autora, no Reino Unido, uma identidade afro-caribenha foi aceita formalmente dentro de – e às vezes em oposição a – uma formação identitária britânica negra mais abrangente. Hall afirma que as identidades tidas como fixas e estáveis estão se desmantelando em virtude de uma diferenciação que se reproduz continuamente. A identidade caribenha Em todo o mundo, os processos das chamadas migrações livres e das forçadas estão mudando a composição e diversificando as culturas, bem como pluralizando as identidades culturais das antigas nações hegemônicas, dos antigos centros imperiais, e, na verdade do próprio globo. Os fluxos não regulados de povos e culturas são tão vastos e irrefreáveis quanto os fluxos de capital e tecnologia promovidos pelos mercados mundiais. A identidade caribenha Terminamos aqui com a afirmação de Hall (2003) acerca do que o autor chama de pertencimento cultural: “A alternativa não é apegar-se a modelos fechados, unitários e homogêneos de pertencimento cultural, mas abarcar os processos mais amplos – o jogo da semelhança e da diferença que estão transformando a cultura no mundo inteiro. Esse é o caminho da diáspora, que é a trajetória de um povo moderno e de uma cultura moderna. Interatividade Leia as afirmações a seguir, sobre a Jamaica, e assinale a alternativa verdadeira. I. Sua capital é Kingston. II. As cores de sua bandeira são verde, amarelo e preto. III. É a maior ilha caribenha. IV.Foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1494. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) Apenas a III está correta. d) A IV está incorreta. e) Todas estão corretas. Resposta Leia as afirmações a seguir, sobre a Jamaica, e assinale a alternativa verdadeira. I. Sua capital é Kingston. II. As cores de sua bandeira são verde, amarelo e preto. III. É a maior ilha caribenha. IV.Foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1494. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a II está correta. c) Apenas a III está correta. d) A IV está incorreta. e) Todas estão corretas. ATÉ A PRÓXIMA!
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