Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELEMBRANDO DA ANATOMIA: • Função: filtrar e excretar resíduos da atividade metabólica das células; • RE – Caudal a grande curvatura do estomado e medial ao baço, cranialmente contato com lobo esquerdo do pâncreas, borda medial próxima a artéria aorta, borda mediocranial próxima a adrenal esquerda; • RD – cranialmente localizado na fossa renal do lobo caudado do fígado, borda medial próxima a veia cava caudal, borda mediocranial próxima a adrenal direita e ventralmente ao duodeno descendente e lobo direito do pâncreas. OBJETIVO DA AVALIAÇÃO: • Topografia; • Dimensões (vesícula cheia tem parede fina, em cistite pode ficar grossa mesmo cheia); • Forma; • Arquitetura; • Condições da parede vesical; • Aspecto da urina; • Alteração de ureteres (dilatações); • Correlação com órgãos adjacentes. CARACTERÍSTICAS ULTRASSONOGRÁFICAS • Anecogênico→ preto; • Hiperecogênico→ branco; • Cortical mais hiperecóica que a medular; • Ecogenicidade cortical semelhante ao fígado; • Rim direito mais cranial que o esquerdo; • Tamanho: cães → 3,5 a 9cm Gatos → 3,8 a 4,4 cm • Limitação → urografia excretora e bioquímicos são superiores na avaliação da função; • Ureter é muito difícil de ser visualizado; • 12h de jejum para cães; • Menor período de jejum em gatos → risco de hipoglicemia; A- Rim hiperecogenico; B - Região corticomedular bastante marcada; C- Dilatação de pelve e má definição da região corticomedular; D- Aumento de líquido na cápsula (hidronefrose) – sugerir punção renal e pedir função renal. TÉCNICA DO EXAME • Corte longitudinal craniocaudal; • Usar transdutor linear para melhor visualização do corte dorsal ou coronal; • Na rotina é usado o microconvexo corte transversal. ALTERAÇÕES QUE LEVAM A INSUFICIÊNCIA RENAL • Aguda – necrose tubular aguda, necrose cortical, nefrite intersticial aguda, doenças glomerulares; • Crônica – rins policísticos, glomerulonefrite, pielonefrite crônica, diabetes mellitus, doenças auto-imunes, nefrotoxinas; • Obs.: medicações anestésicas levam até 2 anos para causar lesão renal; • Obs.: Ficar atento a tratamentos – ex.: doxiciclina tem metabolização hepática e no exame ultrassonográfico pode causar alteração (repetir o exame trinta dias após o término do tratamento). ALTERAÇÕES DETECTADAS NO US • Congênitos (displasia renal\ agenesia); • Trauma; • Abcessos\hematoma; • Calcificações\mineralizações; • Urolitíase; • Infarto – região de triângulo mais hiperecogênica: • Hidronefrose; • Cisto – possui conteúdo anecogênico: o Diagnóstico diferencial: Nódulo possui ecogenicidade mista; • Neoplasia; • Dioctophyma renale - hiperecogênico • Dilatação do ureter: • Perda da definição da arquitetura interna do órgão (região medular deformada) – nefrite (OBS.: Na imagem também possui cisto) CARACTERÍSTICAS ULTRASSONOGRÁFIAS DOS URETERES • Normalmente não visualizados (trajeto); • Avaliação porção proximal junto ao rim e porção distal junto com bexiga; • Em casos de dilatação deve-se rastrear todo trajeto; • Em casos de dilatação, rastrear o trajeto através da urografia excretora (introdução de contraste); • Obs.: o ureter desemboca no trígono. ALTERAÇÕES DOS URETERES • Obstrução (congênita); • Obstrução (litíase); • Ruptura (trauma); • Ureterocele (dilatações congênitas); • Limitações: alças intestinais (conteúdo gasoso, peristaltismo e conteúdo fecal podem sobressair o ureter). BEXIGA URINÁRIA • Janela acústica para melhor visualização de cólon, útero, próstata e linfonodos ilíacos; • Órgão oco, piriforme formado pelas regiões: trígono vesical, polo cranial; • Técnica do exame: avaliação longitudinal e transversão; • Transdutor: convexo ou microconvexo (5-7,5 em pequenos animais); • Artefatos: reverberação e lobo lateral (simulação de alteração); • Balotamento – fazer pressão na bexiga para melhor visualização dos artefatos; • Ideal repleção moderada; • Histologicamente formada por 4 camadas (serosa, 03 camadas musculares e submucosa) – difícil definição; • Características: parede deve ser lisa, tendo sua espessura variando de acordo com distenção (sem consenso em relação as medidas); • Relações anatômicas: dorsalmente a cérvice e corpo uterino em fêmeas e colon descendente nos machos, cranialmente com intestino delgado, caudalmente com próstata nos machos e ventralmente com parede abdominal quando distendida. ANORMALIDADES DA BEXIGA • Cistite (polipoide, enfisematosa) o parede com vilosidades hiperecogênicas) o cistite enfisematosa – inflamada com conteúdo gasoso (formação de gás de fermentação bacteriana) • Coágulos e hemorragias murais o se estiver em movimento, é sugestivo de coágulo, se estiver aderido a parede suspeitar de neoplasia); • Cálculos – presença de artefato • Corpos estranhos • Ruptura • Neoplasia – mais comum carcinoma de cels de transição, hemangioma e papiloma • Divertículo vesical – protusão da parede contendo fluido anecogênico • Animais jovens – persistência do úraco – comunicação bexiga e saco alantóide fetal • Bexiga normal parcialmente repleta com parede mais espessa: • Bexiga repleta: • Sedimentos: • URETRA • Uretra pélvica – em machos trajeto prostático; • Uretra peniana – para detecção de cálculos precisamos de transdutor de alta frequência -> RX; • Lúmen normalmente não visualizado; • Alterações: tumores, cálculos (outros meios de diagnóstico).
Compartilhar