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@medxu (Glicólise, via das pentose-fosfato e metabolismo de mono/dissacarídeos) GLICÓLISE ou via glicosídica • Processo anaeróbio, mas que contribui para processos anaeróbios (fermentação lática – oxidação acaba no piruvato) e aeróbios (ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa – oxidação continua até a formação de CO2). • Ocorre no citosol. • Fonte exclusiva de ATP para hemácia e cérebro. • A glicose é oxidada a piruvato para a produção de ATP. • Equação geral: glicose + 2 ATP + 4 ADP + 2 Pi + 2 NAD+ → 2 Piruvato + 4 ATP + 2ADP + 2 NADH + 2 H+ + 2 H2O. • Possui 10 etapas: - Fases preparatórias = Da 1ª até a 5ª, utilizam ATP para aumentar entalpia; - Fases compensatórias = Da 6ª até a 10ª, quebra de moléculas para a produção de NADH e ATP. • Possui três reações irreversíveis (elas controlam a direção da via glicosídica): etapa 1, etapa 3 e etapa 10. Obs.: NAD+ e FAD são carregadores de elétrons, ao se reduzirem e virarem NADH e FADH2 recebem elétrons e podem se oxidar e liberar esses elétrons em outros processos. ETAPA 1 – FOSFORILAÇÃO DA GLICOSE (IRREVERSÍVEL) Enzima: Hexoquinase Substrato: Glicose Produto: Glicose-6-fosfato Co-fator: Mg 2+ ATP → ADP (Ao fosforilar a glicose, ela é aprisionada na célula) ETAPA 2 – ISOMERIZAÇÃO DA GLICOSE-6-FOSFATO Enzima: Fosfoglicoisomerase Substrato: Glicose-6-fosfato Produto: Frutose-6-fosfato Co-fator: Mg 2+ ETAPA 3 – FOSFORILAÇÃO DA FRUTOSE-6-FOSFATO @medxu (IRREVERSÍVEL) Enzima: Fosfofrutoquinase 1 (PFK-1) Substrato: Frutose-6-fosfato Produto: Frutose-1,6-bifosfato Co-fator : Mg 2+ ATP → ADP + H+ ETAPA 4 – CLIVAGEM DA FRUTOSE-1,6-BIFOSFATO Enzima: Aldolase Substrato: Frutose-1,6-bifosfato Produto: Di-hidroxiacetona fosfato + Gliceraldeído 3- fosfato Co-fator: - (Só o gliceraldéido pode continuar na via glicolítica) ETAPA 5 – ISOMERIZAÇÃO DA DI-HIDROXIACETONA Enzima: Triosefosfatoisomerase Substrato: Di-hidroxiacetose Produto: Gliceraldeído 3-fosfato Co-fator: - ETAPA 6 – OXIDAÇÃO DO GLICERALDEÍDO 3-FOSFATO Enzima: Gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase Substrato: (2) Gliceraldeído 3-fosfato Produto: (2) 1,3 - bifosfoglicerato Co-fator: 2 Pi → 2 NAD+ → 2NADH + 2H+ ETAPA 7 – SÍNTESE DE 3-FOSFOGLICERATO COM PRODUÇÃO DE ATP Enzima: fosfoglicerato quinase Substrato: (2) 1,3 - bifosfoglicerato Produto: (2) 3-fosfoglicerato Co-fator: Mg 2+ 2 ADP → 2 ATP ETAPA 8 – TROCA DO FOSFATO DE C3 PARA C2 Enzima: fosfoglicerato mutase Substrato: (2) 3-fosfoglicerato Produto: (2) 2-fosfoglicerato Co-fator: Mg 2+ @medxu ETAPA 9 – DESIDRATAÇÃO DO 2-FOSFOGLICERATO Enzima: Enolase Substrato: (2) 2-fosfoglicerato Produto: (2) Fosfoenolpiruvato Co-fator: → H2O ETAPA 10 – FORMAÇÃO DE PIRUVATO E ATP Enzima: Piruvato quinase Substrato: (2) Fosfoenolpiruvato Produto: (2) Piruvato Co-fator: Mg 2+ e K+ 2 ADP + 2H+ → 2 ATP • Regulação da via glicolítica: - Regulação alostérica: Glucagon/ Insulina → (inativa/ativa) → PFK-2 → Faz com que a frutose 6-fosfato se torne frutose 2,6-bifosfato → (ativa) → PFK-1 → (inativa) → produção de ATP • EXTRAS: - Hexoquinase = Glicoquinase, porém essa atua em tecidos como fígado e possui maior Km e Vmax. - Acidose lática = excesso de lactato no sangue. - Arsênio (veneno) = atrapalha a glicólise, destaque etapa 6. - Anemia hemolítica = deficiência de piruvato quinase e/ou glicose 6-fosfato desidrogenase (hemácias dependem exclusivamente da glicólise). - Transporte de glicose para a célula: através de insulina e proteína transportadora ou co-transporte ativo de glicose-Na+ (túbulos renais, epitélio intestinal e plexo coroide). VIA DAS PENTOSES-FOSFATO • Outra forma de oxidar a glicose: reduz o NADP e forma carboidratos importantes para outras vias metabólicas e para formação de DNA e RNA. • Ocorre quando há acúmulo de glicose 6-fosfato (altas concentrações de ATP e Citrato que inibem a PFK-1). • Essa glicose 6-fosfato em excesso pode seguir dois caminhos: glicogênese (formação de glicogênio) ou a via @medxu das pentoses-fosfato. Obs.: NADP (reduz) ≠ NADH (oxida) Glicose 6-fosfato ↓ Enzima: Glicose 6-fosfato desidrogenase/ Cofator: NADP+ →NADPH Glicose δ–lactona 6-fosfato ↓ Enzima: Lactonase/ Cofator: H2O → H+ 6- fosfogliconato ↓ Enzima: 6-fosfogliconato desidrogenase/ Cofator: NADP+ →NADPH ↓ → CO2 Ribulose 5-fosfato (acima fase oxidativa, abaixo fase não oxidativa) ↓ Caminho da enzima: Epimerase ↓ Caminho da enzima: Isomerase Xilulose 5-fosfato Ribose 5- fosfato Interconversões após essas fases: Enzima TRANSCETOLASE Xilulose 5-fosfato ↔ Gliceraldeído 3-fosfato Xilulose 5- fosfato ↔ Sedoeptulose 7-fosfato Ribose 5-fosfato ↔ Gliceraldeído 3-fosfato Eritrose 4-fosfato ↔ Frutose 6- fosfato Enzima TRANSALDOLASE Sedoeptulose 7-fosfato ↔ Frutose 6-fosfato Gliceraldeído 3-fosfato ↔ Eritrose 4-fosfato EXTRA: • A fase não oxidativa produz carboidratos importantes para a síntese de ácidos nucleicos, sendo muito utilizada em células de rápida regeneração (medula óssea, bulbo capilar, mucosa intestinal). • Deficiência da enzima glicose-6-fosfato –desidrogenase: gera anemia hemolítica, pois não há formação de @medxu NADHP e os eritrócitos não mantém a glutonina reduzida, levando a morte da célula (intoxicação). • NADPH é importante para muitas células: - Auxilia na síntese de esteroides no córtex adrenal. - Auxilia na neutralização dos ROS nos eritrócitos, células da córnea, do cristalino, das gônadas, do fígado, do tecido adiposo, etc. METABOLISMO DE MONO E DISSACARÍDEOS FRUTOSE (mono) • Não promove secreção de insulina = entra na célula sem ajuda do hormônio. • Metabolismo rápido = pula etapa reguladora da PFK-1. • Grandes doses geram ↑Acetil-CoA ↑gordura no fígado. • Doenças relacionadas: - Deficiência de frutocinase: doença benigna e assintomática, comum em judeus. - Deficiência de aldolase B (intolerância hereditária à frutose): grave, afeta rins e fígado, gera hiperuricemia, ↑frutose 1- fosfato, ↓ ATP e Pi. • Frutocinase (menor Km e maior afinidade) e hexocinase (maior Km e menor afinidade). • Frutose ↓ Enzima: frutocinase/ Cofator: ATP → ADP Frutose 1-fosfato ↓ Enzima: aldolase B Di-hidroxicetona + Gliceraldeído MANOSE (mono) • Epímero C2 da glicose. • Pouca quantidade na dieta, mas é encontrada em glicoproteínas. • Manose ↓ Enzima: hexocinase Manose 6-fosfato ↓ Enzima: fosfomanose isomerase Frutose 6-fosfato @medxu GALACTOSE (mono) • Seus produtos são utilizados em outras vias metabólicas, como na formação de lactose, glicogênio, glicosaminoglicanos, glicolipídeos e glicoproteínas. • Galactose ↓ Enzima: galactocinase Galacto 1-fosfato + UDP- glicose ↓ Enzima: galactose 1 –fosfato/ uridiltransferase Glicose 1-fosfato + UDP-galactose ↓ Enzima: UDP-hexose 4-epimerase UDP-glicose • Doenças relacionadas: - Deficiência de galactocinase: causa galactosemia e galactosúira, leva ao acúmulo de galactitol. - Deficiência de uridiltransferase (galactosemia clássica): doença autossômica recessiva, diagnóstico pré-natal, dieta sem lactose, leva ao acúmulo de galacto 1-fosfato e galactitiol. • EXTRA: Galactose ↓ Enzima: aldolase redutase/ Cofator: NADPH → H+ Galactitol - Essa enzima é presente e faz o processo no fígado, rins, retina, cristalino, tecido nervoso, vesícula seminal e ovários. - Altos níveis de galactose levam ao processo. - Altos níveis de galactitol levam à catarata. LACTOSE (di) • UDP-galactose + glicose ↓ Enzima: lactose-sintase UDP + lactose EXTRA: CONVERSÃO DE GLICOSE EM FRUTOSE VIA SORBITOL • Hiperglicemia leva à alta formação de sorbitol, que se acumula na célula, deixando ela túrgida e levando ao dano celular. • Esse processoocorre em diversos locais, com destaque para as vesículas seminais. @medxu • Glicose ↓ Enzima: aldose-redutase/ Cofator: NADPH + H+→ NADP+ Sorbitol ↓ Enzima: sorbitol-desidrogenase Frutose REFERÊNCIAS - Bioquímica Ilustrada - 5ª Ed. Autor, Harvey, Richard A.; Champe, Pamela C.; Ferrier, Denise R., Ph.d. - Não pertenço (exceto desenho) nenhuma das imagens!
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