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AA ccoonncceeppççããoo ddoo aappaarreellhhoo ppssííqquuiiccoo nnaa pprriimmeeiirraa ttóóppiiccaa ffrreeuuddiiaannaa estabelece-se sobre a ideia de um aparelho psíquico formado por instâncias ou sistemas: ICS, Pré-Cs, CS. Essa tópica pretende expressar o sentido progressivo-regressivo do funcionamento do aparelho psíquico, apontando que o aparelho é formado por sistemas cujas posições relativas se mantêm constantes de modo a permitir um fluxo orientado num determinado sentido: aa)) IICCSS –– PPrroocceessssoo pprriimmáárriioo –– PPrriinnccííppiioo ddee pprraazzeerr O núcleo do ICS consiste em representantes instintuais que procuram descarregar sua catexia; isto é, consiste em impulsos carregados de desejo. Sendo assim, o processo primário, procura estabelecer uma identidade perceptiva com a primeira experiência da busca por satisfação prazerosa e a evitacão do desprazer, passando da extremidade sensitiva para a motora. O Elemento inconsciente, em algum momento foi consciente e foi recalcado, por isso ele fornece instância psíquica - ICS. Esse fluxo orientado num determinado sentido seria da consciência para o inconsciente, e o contrário também. Há sempre um conflito entre o princípio do prazer com o princípio da realidade. O processo psíquico primário é marcado por dois processos psíquicos considerados distintivos: o processo de deslocamento, em que o ICS pode ceder uma ideia a outra toda sua quota de catexia; e o processo de condensação, onde o ICS pode apropriar-se de toda a catexia de várias outras ideias. Vale lembrar que a catexia é a quantidade de energia que um objeto emocional incide sobre do individuo. As pulsões são regidas pelos mesmos mecanismos do inconsciente. bb)) PPCCSS//CCss –– PPrroocceessssoo sseeccuunnddáárriioo –– PPrriinnccííppiioo ddee rreeaalliiddaaddee O processo secundário se dá quando o desejo da satisfação das pulsões é submetido ao princípio da realidade, essa realidade impede que as pulsões sejam satisfeitas de forma imediata, mas as adiam, as preparam para que seja satisfeita de forma adequada, mais interessante e em um momento oportuno. O princípio da realidade incide sobre o princípio do prazer, que são as funções inconscientes, agindo de forma a estabelecer limites. Há sempre um conflito entre o príncipe da satisfação do prazer imediato e o princípio da realidade, porque o Libido e Pulsão Resumo Psicanálise processo secundário vai depender e agir conforme as exigências da realidade, do que seria apropriado à realidade. A instância perceptiva qual temos acesso, estabelece inscrições no aparelho mnêmico e vai se constituir no ICS, só se tem acesso a isso pelo PCS e a sua relação com a memória. Na medida em que temos as percepções pela Cs, memórias irão se inscrever em lugares psíquicos distintos. Esses lugares psíquicos em que as memórias, lembranças e traços vão fazer suas inscrições, estão em inter-relação entre si em contínuo fluxo, em algum momento o que foi Cs e foi recalcado, fornece instância psíquica – ICS. EEmmooççõõeess ee ooss aaffeettooss -->> ssuuaass mmaanniiffeessttaaççõõeess aappaarreellhhoo ppssííqquuiiccoo ((nnoo IICCSS oouu nnaa CCSS)) –– TTeexxttoo ““OO IInnccoonnsscciieennttee””.. O afeto diz respeito de como um indivíduo é tocado, afetado pelo outro ou pelo mundo e como ele formula dentro de si representações que são as emoções, todas elas, tanto boas como ruins. Sendo assim, os afetos referem-se a uma gama de emoções e são caracterizados pelos sentimentos. A descarga do sistema ICS passa a inervação somática, leva ao desenvolvimento do afeto. Quando desenvolvido no sistema ICS, o afeto sempre tem a natureza de ansiedade, pela qual são trocados todos os afetos ‘reprimidos’. Sendo assim, o impulso instintual tem de esperar até que encontre uma ideia substitutiva no sistema Cs. O desenvolvimento do afeto pode então provir desse substituto consciente e a natureza desse substituto determina o caráter qualitativo do afeto, ou seja, o tipo de afeto. Segundo Freud, por serem qualitativos, os afetos incidem sobre a consciência e não há afetos ou emoções inconscientes. O afeto não é recalcado, é reprimido, o que seria a transformação de um afeto em outro afeto, acontece uma modulação e se a repressão for contínua tem-se a manifestação de angústia. TTeeoorriiaass ddaa sseexxuuaalliiddaaddee iinnffaannttiill –– tteexxttoo ““OOss ttrrêêss eennssaaiiooss ssoobbrree aa tteeoorriiaa ddaa sseexxuuaalliiddaaddee”” –– ddeeffiinniiççããoo ee aa ee eellaabboorraaççããoo ddooss ccoonncceeiittooss ddee lliibbiiddoo ee ppuullssããoo.. “Os Três ensaios sobre a teoria da sexualidade” (1905) devem ser considerados como o discurso da pulsão. Não é da pulsão em geral que Freud fala neste texto, mas, da pulsão sexual em particular. Segundo Freud, a sexualidade humana não está baseada em instinto, mas, baseia-se na pulsão, ela tem uma fonte, que é sempre corporal, ligada às membranas corporais e ao contato com o outro através dessas membranas. Ele afirma a existência de uma origem/fonte para a pulsão e que ela se dirige a um objeto, que seria o objeto da pulsão, sua meta que é sempre a satisfação de forma ativa ou passiva. Essa pulsão se dá quando a libido expande-se através das zonas erógenas. Vale ressaltar que as pulsões são inconscientes, só se tem acesso às representações pulsionais. Libido é a energia que movimenta a pulsão sexual, o investimento de uma carga energética. Em determinadas zonas, o aumento de carga energética provoca determinada tensão, levando ao desprazer/insatisfação e precisa ser descarregada. Inicialmente, a criança busca a satisfação com o próprio corpo, depois a libido vai se desprendendo do próprio corpo da criança e vai se dirigindo ao outro, a formação do “eu” depende de que a libido seja desinvestida do próprio corpo e dirigida ao outro, é considerar o outro na nossa vida e no nosso modo de satisfação. Freud dividiu a fase do desenvolvimento libidinal em quatro fases, sendo três, pré-genital: a fase oral; a fase anal; a fase fálica que se caracterizavam por um modo de relação objetal (autoerótica, narcísica, objeto parcial etc.). E a última é a fase genital, onde ocorre uma escolha de objeto que não é mais um objeto parcial, mas uma pessoa (ou algo que funcione como um objeto total). Referências: Freud, S., & Salomão, J. (1997). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (Vol. 7, pp. 117- 231). Edição'Livros do Brasil'. Garcia-Roza, L. A. (1987). Freud e o inconsciente. Zahar.