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MÉTODO EM CIÊNCIA E EM PSICOLOGIA

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MÉTODOS E TÉCNICAS DA PESQUISA PSICOLÓGICA
MÉTODO EM CIÊNCIA E EM PSICOLOGIA
Método:
 “Etapas de raciocínio para se chegar a um objetivo, conhecer alguma  coisa ou realidade”. (DI DOMENICO; CASSETARI, 2002);
Conjunto de procedimentos ordenados que nos possibilita chegar ao conhecimento/ objetivo da pesquisa;
É um conjunto de princípios gerais que norteiam, orientam a conduta do pesquisador durante o decorrer de sua pesquisa. É através do método que se garante a validade do conhecimento descoberto. (CAMPOS, 2008, p.45).
MÉTODO EM CIÊNCIA E EM PSICOLOGIA
  Critérios para que o método seja científico :
1°Verificação Empírica: passível de ser mensurado,
observável.
2°DefiniçãoOperacional : Clareza e precisão;
3° Observação Controlada: controle das variáveis
envolvidas(coleta e análise dos dados).
4°GeneralizaçãoEstatística : Condição desentendera
validade da pesquisa/conhec. Descoberto para outros
grupos.
5°ConfirmaçãoEmpírica : possibilidade de replicara
pesquisa.
MÉTODO EM CIÊNCIA E EM PSICOLOGIA
 Tipos de Pesquisa:
- Descritiva: Busca conhecer, interpretar e descrever a realidade sem nela interferir; 
- Experimental: O pesquisador interfere na realidade, faz Experimento através do controle e manipulação das variáveis afim de estabelecer relações de causa-efeito.
Variáveis: fatores observáveis ou mensuráveis de um fenômeno.
Ex.: Física: massa, peso, velocidade, energia, força, impulso, atrito, entre outras.
  Ciências sociais : inteligência, classe social, sexo, salário, idade, ansiedade, preconceito, motivação, agressão, frustração e muitas outras.
 Economia: custo, tempo, qualidade, produtividade, eficiência, desempenho, entre outras.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A RELAÇÃO EXPRESSA
VARIÁVEL É aquela que é fator determinante para que
- INDEPENDENTE ocorra um determinado resultado; é a condição ou causa para um determinado efeito ou consequência; é o estímulo que condiciona uma resposta.(Manipulada pelo pesquisador).
- VARIÁVEL DEPENDENTE - É aquele fator ou propriedade que é efeito, resultado, consequência ou resposta de algo que foi estimulado; não é manipulada, mas é o efeito observado como resultado da manipulação da variável independente.
- VARIÁVEL DE CONTROLE - São as características comuns aos grupos que fazem parte do experimento, se mantém de forma neutra, visando não interferir na relação entre a variável independente e a dependente.
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O TIPO:
VARIÁVEIS QUALITATIVAS - São caracterizadas pelos seus atributos ou aspectos qualitativos e relacionam aspectos não somente mensuráveis, mas também definidos descritivamente. Exemplos: sexo, estado civil, raça, nacionalidade, entre outros.
VARIÁVEIS QUANTITATIVAS -  São determinadas em relação aos dados ou proporção numérica; são os atributos ou aspectos que podem ser quantificados. As variáveis quantitativas são sempre resultado de um processo de contagem ou mensuração. Exemplos: peso, altura, idade, temperatura, renda familiar, etc.
Validade da pesquisa:
 -Validade Interna: Relação de causa–efeito de Forma precisa. Não existência de hipóteses rivais plausíveis( Pesquisa experimental ).
-Validade Externa: Quando pode-se generalizar os resultados da pesquisa para outras populações o contextos sociais (pesquisa descritiva). 
Tempo:
 Estudos Longitudinais: Avaliação de uma mesma variável em um mesmo grupo de sujeitos, ao longo de um período de tempo.
Estudos Transversais: Avaliação de uma mesma variável em grupos que estão em momentos diferentes.
Origem dos dados:
 Documental: Coloca o pesquisador em contato direto com tudo o que foi dito, escrito ou filmado sobre Determinado assunto;
Ex.: jornais, revistas, diários, documentos públicos, publicações especializadas.
  Fases:
1 –Identificação do material existente;
2- Localização desse material;
3- Recuperação do material;
4- Leitura e compilação;
5- Fichamento dos documentos e materiais analisados.
Origem dos dados:
Campo: Utiliza a realidade social com o local de coleta dos dados, indo até o local em que o fenômeno acontece.
  Fases:
-Verificação do estado da arte;
- Modelo teórico;
- Plano metodológico;
- Tipo de Técnica(Instrumentais);
- Quantidade de participantes(Amostra);
- Registros dos dados.
Pesquisa de campos podem ser:
Qualitativa-descritivas: analisa as características de um determinado fenômeno;
• Exploratórias: visa oferecer informações sobre um determinado fenômeno e orientar a formulação de hipóteses.
• Experimentais: Relações de causa e efeito em um 
campo experimental mais próximo possível ao ambiente natural.
Origem dos dados:
 Laboratório: Descreve e analisa o que acontece em situações e ambientes controlados pelo pesquisador. Existe o controle e manipulação das variáveis.
• Exige instrumental especifico, preciso e ambientes adequados;
• Recintos fechados ( casas, laboratórios, salas etc.), ou ao ar livre (campos experimentais);
• Alguns aspectos importantes da conduta humana não podem ser observados em situações idealizadas em laboratório.
Quantitativa: mensuração das variáveis pré-determinadas,  buscando verificar e explicar sua existência, relação ou influência sobre outra variável.
 + Ideal para grandes amostras populacionais;
 - Pouco aprofundamento dos dados;
Qualitativa: não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão do objeto investigado.
 + Aprofundamento dos dados pesquisados;
 - Risco de envolvimento do pesquisador / Interpretação subjetiva/ Resultados nem sempre podem ser generalizados.
“ Do ponto de vista epistemológico, nenhuma das duas abordagens é mais científica do que a outra. De que adianta ao investigador utilizar instrumentos altamente sofisticados de mensuração quando estes não se adequam à compreensão de seus dados ou não respondem a perguntas fundamentais? (...) No entanto, se a relação entre quantitativo e qualitativo, entre objetividade e subjetividade não se reduz a um continuum, ela não pode ser pensada como oposição contraditória. Pelo contrário, é de se desejar que as relações sociais possam ser analisadas em seus aspectos mais “ecológicos” e “concretos” e aprofundadas em seus significados mais essenciais. Assim, o estudo quantitativo pode gerar questões para serem aprofundadas qualitativamente, e vice-versa”. (MINAYO; SANCHES, 1993, p. 247).
REFERÊNCIAS:
CAMPOS, Luiz Fernando de Lara. Métodos e técnicas de 
pesquisa em Psicologia. 2. ed. Campinas, SP: Alínea, 2001.
MINAYO, M.; SANCHES, O. Quantitativo-qualitativo:
oposição ou complementaridade? Cad. Saúde
Pública [online].1993,vol.9,n. 3,pp.237-248.

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