Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
APTIDÃO FÍSICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Acadêmicos¹ Gabriela de Ramos Souza Leandro Della Giustina Murilo Uliano Associação Educacional Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI Educação Física Bacharelado Tutor Externo² Mário Henrique Leite Souza Resumo O estudo da aptidão física relacionada à saúde (ApFRS) em crianças e adolescentes é justificado pelo fato de seus componentes terem relação com várias doenças. Dessa forma, havendo um diagnóstico precoce da debilidade de um ou mais de seus componentes, existe a possibilidade, mediante ações efetivas, de o indivíduo voltar a ter níveis satisfatórios de aptidão física no que diz respeito à saúde. A presente pesquisa possui caráter exploratório e qualitativo com enfoque na interpretação de estudos acadêmicos de área. O estudo do tema delimitado foi conduzido pelo método de investigação bibliográfica e documental. Assim, a partir dos estudos realizados, podemos considerar que existe a necessidade de se criar estratégias para facilitar a frequência de atividades físicas estruturadas para crianças e adolescentes, e estas se mostram necessárias para a prevenção dos efeitos deletérios que o estilo de vida sedentário pode desencadear na aptidão física e na prática de atividade física ao longo da vida. Palavras chaves: Aptidão Física, Saúde, crianças, adolescentes 1. INTRODUÇÃO No Brasil, de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (1990), considera- se criança a pessoa com até doze anos de idade incompletos, e aquela pessoa entre os doze e dezoito anos, é compreendida como adolescente. Já para a World Health Organization (WHO, 1986) a adolescência é o período entre os 10 e 19 anos, sendo que até os 10 anos, é considerado criança. O crescimento humano inicia-se a partir da fecundação, podendo ser dividido em diversas fases, sendo que nas duas primeiras décadas de vida, tempo que abrange a transição da infância para a adolescência e dessa para a fase adulta, é notável a grande evolução bio-psico-sócio-cultural. Conforme Guedes (2011), nos primeiros 20 anos de vida, o organismo tem como principais funções crescer e desenvolver- se. O mesmo autor conceitua crescimento e desenvolvimento de forma que o primeiro é o processo que resulta da multiplicação e diferenciação celular, provocando progressões em dimensões do corpo ou em segmentos específicos em relação ao tempo. Já o desenvolvimento se caracteriza por modificações evolutivas que induzem ao aperfeiçoamento de suas funções, como por exemplo a habilidade de coordenação. Outro importante aspecto presente nessas primeiras décadas é a maturação, que é definida por Gallahue (1989 apud TOURINHO FILHO; TOURINHO, 1998, p. 72) como as mudanças qualitativas que proporcionam que o organismo possa progredir a altos níveis de funcionamento, alcançando o seu estágio final de maturidade, sendo determinada pela genética e ainda resistente à ações e influências do meio ambiente. Na infância, compreendida pelo período desde a concepção até a adolescência, o ser humano se desenvolve em diversas capacidades físicas, psicológicas e motoras e ao crescer, segundo Malina (2003 apud KNORR, 2011, p. 48), “as crianças se tornam mais altas e pesadas, devido ao aumento do tecido magro e gorduroso”, além dos órgãos que aumentam de tamanho, assim como as demais substâncias. Nesta etapa, o critério cronológico é um referencial muito utilizado para a prática e inclusão das crianças em determinados esportes ou pesquisas, sendo que a idade cronológica corresponde entre a diferença de um determinado dia e o dia do nascimento. Porém a idade biológica também deve ser levada em consideração, já que é determinada pelo nível de maturação dos órgãos que compõem o organismo humano (TOURINHO FILHO; TOURINHO, 1998). A adolescência é um período da vida do ser humano em que ocorrem inúmeras transformações, sejam elas mentais, físicas e/ou sociais. Dependendo da cultura do povo ela recebe tratamentos diferentes, mas em todas elas, essa é uma fase de desenvolvimento, de transição entre a infância e a vida adulta que, de acordo com Eisenstein (2005), se inicia com as mudanças corporais da puberdade e encerra-se quando consolidado o crescimento e personalidade do indivíduo. A puberdade é caracterizada por diversas mudanças morfológicas e fisiológicas, evidenciada pelo desenvolvimento de caracteres sexuais secundários (pelos, genitais, gônadas) sendo manifestada, basicamente, por um rápido crescimento, desenvolvimento e mudanças na composição corporal, apresentados e em diferentes estágios em indivíduos da mesma idade, correspondendo a momentos distintos do processo de crescimento (TOURINHO FILHO; TOURINHO, 1998). Conforme Carvalho et al. (1996, p. 79), “a saúde e a qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física”, melhorando aspectos funcionais e psicológicos, além de influenciar de forma positiva no estilo de vida da pessoa. Nas últimas décadas a atividade física tem atraído os olhares da mídia, pesquisadores e da saúde pública pelo mundo, sendo uma característica inerente ao ser humano e definida como qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, resultando em um gasto energético acima dos níveis de repouso (NAHAS, 2013). A atividade física, de acordo com o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF, 2002, p. 134): é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento inerente ao ser humano com características biológicas e sócio- culturais. O conceito de exercício físico deverá ser mais restritivo do que atividade física (GUEDES; GUEDES, 2011), pois os exercícios físicos são formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, com o objetivo de melhorar, manter ou desenvolver um ou mais componentes da aptidão física, além da reabilitação orgânico-funcional e/ou habilidades motoras (NAHAS, 2013). Desta forma, adquirir o hábito de praticar atividades físicas e/ou exercícios físicos se torna um fator importante para a promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas, além de melhorar os riscos associados à estas doenças não transmissíveis como a hipertensão arterial, intolerância à glicose, resistência à insulina e dislipidemias (BRACCO et al., 2003). Adicionando-se a estes fatores positivos, Mello et al. (2005), verificam que o exercício físico sistematizado pode acarretar diversos benefícios tanto na esfera física quanto mental do ser humano, proporcionando uma melhor qualidade de vida, desde que exercidos de forma adequada. Com a prática de exercícios físicos habituais, pode-se otimizar a saúde através da melhoria da aptidão física (ApF) que Nieman (1999), define como uma condição na qual o indivíduo possui energia e vitalidade suficientes para conseguir realizar as tarefas diárias, além de participar de atividades recreativas sem a presença de fadiga excessiva. Para Mello et al. (2005), a ApF é representada por um conjunto de atributos que a pessoa já possui ou desenvolve, sendo determinado pela genética e estimulado pela ação ambiental, relacionado à habilidade de desempenhar uma atividade física qualquer. Já a WHO (1978, p. 3), conceitua a aptidão física de forma mais simples, sendo “a capacidade de realizar trabalho muscular de maneira satisfatória”. A ApF é um contínuo de múltiplas características que estendem-se desde o nascimento até a morte, apresentando componentes que compreendem fatores morfológicos, funcionais, motores, fisiológicos e comportamentais, devendo ser desenvolvida nas diversas fases da vida do ser humano, proporcionando-lhe um desempenho físico adequado para realizar as suas tarefas cotidianas (BÖHME, 2003). Podendo ser dividida em: a) aptidão físicarelacionada à performance motora e; b) aptidão física relacionada à saúde (NAHAS, 2013), enquanto a aptidão física relacionada à performance motora abrange componentes necessários para a performance máxima esportiva como a velocidade, agilidade, resistência anaeróbica, ritmo, equilíbrio entre outras (NAHAS, 2013), no âmbito da aptidão física relacionada à saúde (AFRS) deve-se focar em componentes que visem a manutenção da saúde, prevenção e redução dos riscos de doenças, sendo a capacidade de resistência cardiorrespiratória, a aptidão músculo- esquelética (força, resistência muscular localizada, flexibilidade) e a composição corporal (BÖHME, 2003). Böhme (2003) define a AFRS como a capacidade de realizar tarefas diárias com vigor demonstrando traços e características que estão associados com um baixo risco do desenvolvimento prematuro de doenças hipocinéticas. Para Nahas (2013), quando realizada em níveis adequados, a AFRS congrega características capazes de possibilitar energia extra para o lazer e o trabalho, além de proporcionar a diminuição do risco de desenvolver doenças ou condições crônico-degenerativas que estão relacionadas a níveis baixos de atividade física cotidiana. Conforme ACSM (1996 apud ALMEIDA, 2008) que define a AFRS como a capacidade que os sistemas do organismo (coração, pulmões, vasos sanguíneos e músculos) têm de funcionar de modo eficiente para resistir a doenças e ser capaz de participar de várias atividades sem se cansar excessivamente, um melhor índice em cada um dos seus componentes está associado com um menor risco para o desenvolvimento de doenças e/ou incapacidades funcionais (1996 apud ALMEIDA, 2008). A aquisição de hábitos que sejam positivos referentes a prática de atividade física no período da infância pode repercutir positivamente na ApF e na saúde durante a vida adulta (BÖHME, 2003) e avaliar a ApF em jovens se mostra uma forma interessante de mensurar índices satisfatórios relacionados com a proteção e inibição ao desenvolvimento de doenças crônico degenerativas (NAHAS, 2013). O processo de avaliar uma determinada atividade, seja ela física ou não, se torna fundamental para se obter conhecimento acerca das informações que são apresentadas com os resultados, permitindo ao avaliador intervir e controlar de forma positiva. De acordo com o CONFEF (2002, p. 134) a intervenção de um profissional de Educação Física sobre a avaliação física tem sua importância por poder: Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar, identificar necessidades, desenvolver coleta de dados, entrevistas, aplicar métodos e técnicas de medidas e avaliação cineantropométrica, biomecânica, motora, funcional, psicofisiológica e de composição corporal, em laboratórios ou no campo prático de intervenção, com o objetivo de avaliar o condicionamento físico, os componentes funcionais e morfológicos e a execução técnica de movimentos, objetivando orientar, prevenir e reabilitar o condicionamento, o rendimento físico, técnico e artístico dos beneficiários. Desta forma, por abranger um maior número de pessoas, a avaliação da AFRS é um importante fator em qualquer programa de atividade física, servindo como parâmetro para verificar se os indivíduos avaliados estão aptos ou não fisicamente e McArdle et al. (1998 apud Ferreira, Paula e Cotta, 2007), consideram que a aptidão física proporciona resistência, força, razoável flexibilidade articular, uma composição corporal com peso sob controle e um sistema cardiovascular com um bom nível de capacidade aeróbica. Praticar uma atividade física ou exercício físico proporciona melhora em componentes físicos relacionados à saúde e Pate (1988 apud MELLO, 2005) define a aptidão física relacionada à saúde (AFRS) como a capacidade de realizar tarefas diárias com vigor demonstrando traços e características que estão associados com um baixo risco do desenvolvimento prematuro de doenças hipocinéticas. De forma a evitar doenças hipocinéticas e gerar uma boa aptidão física relacionada à saúde, Nieman (1999) descreve que o exercício físico prolonga a extensão e a qualidade de vida, alivia a ansiedade e depressão mental, diminui o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e câncer de colo de útero em aproximadamente 50 por cento, diminui a pressão arterial, aumenta o tônus muscular e a função cardíaca. Nos últimos anos, uma grande quantidade de informações vem sendo levantadas com referência aos efeitos da atividade física na população jovem. Guedes e Guedes (2011), evidenciam a existência de lacunas sobre alguns programas de atividade física induzirem modificações morfológicas e funcionais, na mesma direção do que é esperado para o próprio processo de maturação biológica. Conforme Bracco et al. (2003), quanto mais cedo adquirir o hábito regular de uma atividade física, seja por uma prática esportiva ou exercício físico, melhores serão os efeitos sobre os componentes da aptidão física. De acordo com Lazzoli et al. (1998), um nível maior de atividade física em crianças e adolescentes promove melhora no perfil lipídico e metabólico, além de reduzir a prevalência da obesidade e, provavelmente, uma criança ativa fisicamente tem mais chances de se tornar um adulto também ativo. Levando em consideração que o estilo de vida começa a ser formado na infância, uma criança inativa fisicamente poderá apresentar um baixo nível de desenvolvimento motor e, possivelmente, transformar-se em um adulto sedentário (GUEDES; GUEDES, 2011). A prática desportiva é uma das mais evidentes manifestações da atividade motora, apresentando-se muitas vezes como mediadora e geradora de uma boa aptidão física por reunir diversos componentes necessários à qualidade de vida. Os programas de iniciação esportiva (escolinhas de esportes) também são considerados programas sistematizados de atividade motora, e quanto maiores forem os estímulos de habilidade motoras diferentes, melhores serão as condições para aprender habilidades específicas de uma determinada modalidade. MATERIAIS E MÉTODOS A construção desta pesquisa se dá por meio de métodos qualitativos, através de aportes bibliográficos, teses, e análise dos documentos de área vigente a fim de aprofundar o conhecimento acerca do tema em questão. Segundo Oliveira, sobre pesquisas qualitativas (2007, p.117): "busca-se descrever a complexidade de uma hipótese ou problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação ou formação de opinião de determinado grupo permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos". 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os programas escolares de educação física são um importante componente do processo global de educação e devem dar uma maior ênfase ao desenvolvimento e à manutenção de hábitos de exercício que durem por toda a vida, além de fornecer informações sobre como atingir e manter uma aptidão física adequada. A quantidade de exercício necessária para manter uma capacidade funcional e uma saúde ideais em diferentes faixas etárias ainda não foi precisamente definida. Até que evidências mais definitivas estejam disponíveis, as recomendações são que crianças e adolescentes realizem 20 a 30 minutos de exercício intenso a cada dia. As aulas de educação física em geral direcionam o seu tempo para atividades de aptidão física, mas o tempo de aula é geralmente insuficiente para desenvolver e manter uma aptidão física ideal. Portanto, os programas escolares também devem dar uma maior atenção aos aspectos educacionais e de modificação do modo de agir para estimular a adesão a atividades adequadas fora da aula. Os aspectosrecreacionais e de diversão que os exercícios possuem devem ser enfatizados. As influências familiares são importantes e os pais devem ser estimulados a demonstrar interesse pela aptidão física como um fator importante que afeta a saúde e o bem-estar do seu filho. Os pais devem colaborar com os professores e funcionários das escolas para promover a aptidão física. Os pais devem se esforçar para serem modelos adequados na demonstração do papel da aptidão física. As oportunidades em nível comunitário para a realização de atividades ligadas à aptidão física e ao exercício devem ser expandidas. Existem diversas oportunidades para crianças interessadas em esportes como o beisebol, o basquete, o futebol americano, a natação, o futebol e a ginástica. Outras atividades, principalmente as de natureza individual e que podem ser mantidas por toda a vida, precisam estar disponíveis em maior escala e apresentadas de uma forma atraente. Os profissionais da área de saúde devem se envolver de. As autoridades médicas e de saúde pública devem encarar a aptidão física para crianças e adolescentes como parte da sua esfera de atuação e responsabilidade, em adição a outros assuntos tradicionais, como imunização e triagem para escoliose. Os médicos podem assumir papel mais importante na promoção e no apoio de programas de aptidão física para crianças e adolescentes. O teste de aptidão física é um componente muito importante dos programas de aptidão física. A escola e a comunidade, bem como as organizações em nível estadual e federal devem adotar uma abordagem lógica, consistente e cientificamente embasada para realizar o teste de aptidão física. A ênfase do teste de aptidão física deve ser dirigida aos aspectos de saúde, ao invés de realçar os aspectos atléticos. Características tais como velocidade, potência muscular e agilidade são importantes para obter sucesso como atleta e têm uma determinação principalmente genética. Estas características não devem ser avaliadas neste teste de aptidão física, embora professores de educação física e técnicos possam desejar fazê-lo com outros objetivos. A potência aeróbica, a composição corporal, a flexibilidade articular, bem como a força e endurance musculares são parcialmente influenciadas pela hereditariedade, mas podem ser modificadas de forma importante através de padrões adequados de atividade física. Programas de treinamento devem ser desenvolvidos e iniciados de modo a proporcionar aos professores das escolas o conhecimento e as habilidades necessárias para ajudar os seus alunos a atingir os objetivos cognitivos, afetivos comportamentais associados com o exercício, a saúde e a aptidão física. Os professores também precisam de auxílio para inserir outros aspectos da promoção de saúde (boa nutrição e não fumar, por exemplo) no contexto da instrução sobre o exercício e a aptidão física. Os componentes educacionais do teste de aptidão física, o ensino das atividades de aptidão física e o reconhecimento através de recompensas devem ser complementares um em relação ao outro e precisam ser bem coordenados para se realizar um programa abrangente. 3. CONCLUSÃO A infância é sem dúvida uma fase muito importante para o desenvolvimento de habilidades e comportamentos que podem acompanhar as pessoas ao longo da vida. A partir dela, constrói-se o alicerce para as outras fases da vida, podendo tal fase influenciar de forma positiva ou negativa. Às crianças deve-se dar a oportunidade de um desenvolvimento adequado. Com um bom desenvolvimento motor, estimulação das habilidades motoras e intelectuais. Além disto, um bom convívio social e afetivo com os pais, professores e demais pessoas de sua convivência. No Brasil a prevalência de sobrepeso, obesidade e sedentarismo esta aumentando, sendo os principais pontos relevantes neste contexto é os avanços tecnológicos, propagandas de comidas industrializadas e a inatividade física. Devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. O levantamento do nível de conhecimento e a importância da prática de atividade física na infância fazem-se necessário, pois muitas crianças deixam de brincar de correr, pular, jogar adequadamente por até anos e ficam horas e horas em frente à televisão, jogando vídeo game ou navegando na internet, muitas das vezes rumo ao nada culminando com o aumentando do índice de inatividade física na infância. A atividade física em crianças, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, é também importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia “extra normal” das crianças, ou seja, sua hiperatividade. Todas as pessoas necessitam de atividades físicas para o seu desenvolvimento, tanto no aspecto biológico quanto para o conhecimento do corpo, para criar habilidades de controle e coordenação, equilíbrio e harmonia, força e agilidade, em diferentes atividades. Há atividades físicas para todos os gostos e faixas etárias. Mas a atividade nunca deve ser imposta pelos pais e sim o que a criança deseja. Conheçam algumas modalidades esportivas e tire o máximo de proveito. Sendo assim, a atividade física deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das pessoas, criando, assim, um estilo de vida ativo, assegurando saúde, disciplina e lazer. Em virtude dos fatos mencionados anteriormente, considera-se através deste paper, que o simples fato de se manter uma infância ativa, não é garantia de saúde na vida adulta, mas já é um começo, pois é possível despertar o gosto por uma vida ativa, além de ajudar no crescimento, desenvolvimento físico e social além de ensinar as crianças o valor de hábitos saudáveis e comportamentos que levem ao crescimento de suas potencialidades. REFERÊNCIAS ALMEIDA, L. F. O. de. Níveis de atividade e aptidão física relacionados à saúde em colegiais de 10 a 17 anos do município de Capela/SE. 2008. Disponível em: <http://www.cdof.com.br/ARTIGOS/Luis%20Fernandes%20- %20Artigo%20_08-2008%20atualizado%20em%2021-05-2011_.pdf>. Acesso em: 18/04/2021. BÖHME, M. T. S. Relações entre aptidão física, esporte e treinamento esportivo. Rev. Bras. Ci. e Mov., Brasília, v. 11, n. 3, p. 97-104, jul./set. 2003. Disponível em: <http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/517/542>. Acesso em: 11/05/2021. BRACCO, M. M. et al. Atividade física na infância e adolescência: impacto na saúde pública. Rev. Ciênc. Med., Campinas, v. 12, n. 3, p. 89-97, jan./mar. 2003. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/13384/1/ARTIGO_AtividadeFisicaInfa ncia.pdf>. Acesso em: 11/05/2021. BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Brasília: 1990. CARVALHO, T. de et al. Posição oficial da sociedade brasileira de medicina do esporte: atividade física e saúde. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v. 2, n. 4, p. 79- 81, out./dez. 1996. Disponível em: <http://www.sbrate.com.br/pdf/artigos/atifissaude.pdf>. Acesso em: 14/05/2021. CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Resolução CONFEF nº 046/2002, de 18 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre a Intervenção do Profissional de Educação Física e respectivas competências e define os seus campos de atuação profissional. Disponível em: <http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/conteudo.asp?cd_resol=82>. Acesso em: 17/04/2021. EISENSTEIN, E. Adolescência: definições, conceitos e critérios. Rev. Adolesc. Saúde, Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 6-7, jun. 2005. Disponível em: <http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=167>. Acesso em: 10/05/2021. FERREIRA, A. D.; PAULA, A. H. de; COTTA,D. O. Identificação e comparação do perfil de aptidão física em atletas de voleibol por posição de jogo. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, v. 11, n. 106, mar.2007. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd106/perfil-de- aptidao-fisica-ematletas-de-voleibol.htm>. Acesso em: 20/04/2021. GUEDES, D. P. Crescimento e desenvolvimento aplicado à Educação Física e ao Esporte. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v. 25, n. esp., p. 127- 140, dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v25nspe/13.pdf>. Acesso em: 09/05/2021. KNORR, M. L. E. P. da L. et al. Indicadores de níveis de aptidão física em crianças e adolescentes de um projeto de iniciação ao tênis de campo. Lecturas, Educación Física y Deportes, Revista Digital, Buenos Aires, v. 13, n. 123, ago. 2008. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd123/niveis-de- aptidao-fisica-emcriancas- e-adolescentes-tenis-de-campo.htm>. Acesso em: 10/05/2021. LAZZOLI, J. K. et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v. 4, n. 4, p. 107-109, jul./ago. 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v4n4/a02v4n4.pdf>. Acesso em: 11/05/2021. MELLO, M. T. de et al. O exercício físico e os aspectos psicobiológicos. Rev. Bras. Med. Esporte, Niterói, v. 11, nº 3, p. 203-207, mai./jun. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v11n3/a10v11n3.pdf>. Acesso em: 19/04/2021. NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 6 ed. Londrina: Midiograf, 2013. NIEMAN, D. C. Exercício e Saúde. 1 ed. Barueri: ManoleLtda, 1999. OLIVEIRA, S. L.. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 2007. TOURINHO FILHO, H.; TOURINHO, L. S. P. R. Crianças, adolescentes e atividade física: aspectos maturacionais e funcionais. Rev. Paul. Educ. Fís. São Paulo, v. 12, n. 1, p. 71-84, jan./jun. 1998. Disponível em: <http://saudeemovimento.net.br/wpcontent/uploads/bsk-pdf-manager/93_2014- 07-06.PDF>. Acesso em: 19/04/2021. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Young people’s health – a challenge for society. Geneva, 1986. Disponível em: <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/41720/1/WHO_TRS_731.pdf?ua=1>. Acesso em: 10/05/2021.
Compartilhar