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APTIDÃO FÍSICA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA pronto

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APTIDÃO FÍSICA NA INFÂNCIA E 
ADOLESCÊNCIA 
 
Acadêmicos¹ Gabriela de Ramos Souza 
Leandro Della Giustina 
Murilo Uliano 
Associação Educacional Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI 
Educação Física Bacharelado 
Tutor Externo² Mário Henrique Leite Souza 
 
Resumo 
O estudo da aptidão física relacionada à saúde (ApFRS) em crianças e 
adolescentes é justificado pelo fato de seus componentes terem relação com 
várias doenças. Dessa forma, havendo um diagnóstico precoce da debilidade de 
um ou mais de seus componentes, existe a possibilidade, mediante ações 
efetivas, de o indivíduo voltar a ter níveis satisfatórios de aptidão física no que 
diz respeito à saúde. A presente pesquisa possui caráter exploratório e 
qualitativo com enfoque na interpretação de estudos acadêmicos de área. O 
estudo do tema delimitado foi conduzido pelo método de investigação 
bibliográfica e documental. Assim, a partir dos estudos realizados, podemos 
considerar que existe a necessidade de se criar estratégias para facilitar a 
frequência de atividades físicas estruturadas para crianças e adolescentes, e 
estas se mostram necessárias para a prevenção dos efeitos deletérios que o 
estilo de vida sedentário pode desencadear na aptidão física e na prática de 
atividade física ao longo da vida. 
Palavras chaves: Aptidão Física, Saúde, crianças, adolescentes 
 
1. INTRODUÇÃO 
No Brasil, de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente (1990), considera-
se criança a pessoa com até doze anos de idade incompletos, e aquela pessoa 
entre os doze e dezoito anos, é compreendida como adolescente. Já para a 
World Health Organization (WHO, 1986) a adolescência é o período entre os 10 
e 19 anos, sendo que até os 10 anos, é considerado criança. O crescimento 
humano inicia-se a partir da fecundação, podendo ser dividido em diversas fases, 
sendo que nas duas primeiras décadas de vida, tempo que abrange a transição 
da infância para a adolescência e dessa para a fase adulta, é notável a grande 
evolução bio-psico-sócio-cultural. Conforme Guedes (2011), nos primeiros 20 
anos de vida, o organismo tem como principais funções crescer e desenvolver-
se. O mesmo autor conceitua crescimento e desenvolvimento de forma que o 
primeiro é o processo que resulta da multiplicação e diferenciação celular, 
provocando progressões em dimensões do corpo ou em segmentos específicos 
em relação ao tempo. Já o desenvolvimento se caracteriza por modificações 
evolutivas que induzem ao aperfeiçoamento de suas funções, como por exemplo 
a habilidade de coordenação. Outro importante aspecto presente nessas 
primeiras décadas é a maturação, que é definida por Gallahue (1989 apud 
TOURINHO FILHO; TOURINHO, 1998, p. 72) como as mudanças qualitativas 
que proporcionam que o organismo possa progredir a altos níveis de 
funcionamento, alcançando o seu estágio final de maturidade, sendo 
determinada pela genética e ainda resistente à ações e influências do meio 
ambiente. 
Na infância, compreendida pelo período desde a concepção até a adolescência, 
o ser humano se desenvolve em diversas capacidades físicas, psicológicas e 
motoras e ao crescer, segundo Malina (2003 apud KNORR, 2011, p. 48), “as 
crianças se tornam mais altas e pesadas, devido ao aumento do tecido magro e 
gorduroso”, além dos órgãos que aumentam de tamanho, assim como as demais 
substâncias. Nesta etapa, o critério cronológico é um referencial muito utilizado 
para a prática e inclusão das crianças em determinados esportes ou pesquisas, 
sendo que a idade cronológica corresponde entre a diferença de um determinado 
dia e o dia do nascimento. Porém a idade biológica também deve ser levada em 
consideração, já que é determinada pelo nível de maturação dos órgãos que 
compõem o organismo humano (TOURINHO FILHO; TOURINHO, 1998). 
A adolescência é um período da vida do ser humano em que ocorrem inúmeras 
transformações, sejam elas mentais, físicas e/ou sociais. Dependendo da cultura 
do povo ela recebe tratamentos diferentes, mas em todas elas, essa é uma fase 
de desenvolvimento, de transição entre a infância e a vida adulta que, de acordo 
com Eisenstein (2005), se inicia com as mudanças corporais da puberdade e 
encerra-se quando consolidado o crescimento e personalidade do indivíduo. 
A puberdade é caracterizada por diversas mudanças morfológicas e fisiológicas, 
evidenciada pelo desenvolvimento de caracteres sexuais secundários (pelos, 
genitais, gônadas) sendo manifestada, basicamente, por um rápido crescimento, 
desenvolvimento e mudanças na composição corporal, apresentados e em 
diferentes estágios em indivíduos da mesma idade, correspondendo a 
momentos distintos do processo de crescimento (TOURINHO FILHO; 
TOURINHO, 1998). 
Conforme Carvalho et al. (1996, p. 79), “a saúde e a qualidade de vida do homem 
podem ser preservadas e aprimoradas pela prática regular de atividade física”, 
melhorando aspectos funcionais e psicológicos, além de influenciar de forma 
positiva no estilo de vida da pessoa. 
Nas últimas décadas a atividade física tem atraído os olhares da mídia, 
pesquisadores e da saúde pública pelo mundo, sendo uma característica 
inerente ao ser humano e definida como qualquer movimento corporal produzido 
pela musculatura esquelética, resultando em um gasto energético acima dos 
níveis de repouso (NAHAS, 2013). 
A atividade física, de acordo com o Conselho Federal de Educação Física 
(CONFEF, 2002, p. 134): 
é todo movimento corporal voluntário humano, que resulta num gasto 
energético acima dos níveis de repouso, caracterizado pela atividade 
do cotidiano e pelos exercícios físicos. Trata-se de comportamento 
inerente ao ser humano com características biológicas e sócio-
culturais. 
 
O conceito de exercício físico deverá ser mais restritivo do que atividade física 
(GUEDES; GUEDES, 2011), pois os exercícios físicos são formas de atividade 
física planejada, estruturada, repetitiva, com o objetivo de melhorar, manter ou 
desenvolver um ou mais componentes da aptidão física, além da reabilitação 
orgânico-funcional e/ou habilidades motoras (NAHAS, 2013). 
Desta forma, adquirir o hábito de praticar atividades físicas e/ou exercícios físicos 
se torna um fator importante para a promoção da saúde e prevenção de doenças 
crônicas, além de melhorar os riscos associados à estas doenças não 
transmissíveis como a hipertensão arterial, intolerância à glicose, resistência à 
insulina e dislipidemias (BRACCO et al., 2003). Adicionando-se a estes fatores 
positivos, Mello et al. (2005), verificam que o exercício físico sistematizado pode 
acarretar diversos benefícios tanto na esfera física quanto mental do ser 
humano, proporcionando uma melhor qualidade de vida, desde que exercidos 
de forma adequada. 
Com a prática de exercícios físicos habituais, pode-se otimizar a saúde através 
da melhoria da aptidão física (ApF) que Nieman (1999), define como uma 
condição na qual o indivíduo possui energia e vitalidade suficientes para 
conseguir realizar as tarefas diárias, além de participar de atividades recreativas 
sem a presença de fadiga excessiva. 
Para Mello et al. (2005), a ApF é representada por um conjunto de atributos que 
a pessoa já possui ou desenvolve, sendo determinado pela genética e 
estimulado pela ação ambiental, relacionado à habilidade de desempenhar uma 
atividade física qualquer. Já a WHO (1978, p. 3), conceitua a aptidão física de 
forma mais simples, sendo “a capacidade de realizar trabalho muscular de 
maneira satisfatória”. 
A ApF é um contínuo de múltiplas características que estendem-se desde o 
nascimento até a morte, apresentando componentes que compreendem fatores 
morfológicos, funcionais, motores, fisiológicos e comportamentais, devendo ser 
desenvolvida nas diversas fases da vida do ser humano, proporcionando-lhe um 
desempenho físico adequado para realizar as suas tarefas cotidianas (BÖHME, 
2003). Podendo ser dividida em: a) aptidão físicarelacionada à performance 
motora e; b) aptidão física relacionada à saúde (NAHAS, 2013), enquanto a 
aptidão física relacionada à performance motora abrange componentes 
necessários para a performance máxima esportiva como a velocidade, agilidade, 
resistência anaeróbica, ritmo, equilíbrio entre outras (NAHAS, 2013), no âmbito 
da aptidão física relacionada à saúde (AFRS) deve-se focar em componentes 
que visem a manutenção da saúde, prevenção e redução dos riscos de doenças, 
sendo a capacidade de resistência cardiorrespiratória, a aptidão músculo-
esquelética (força, resistência muscular localizada, flexibilidade) e a composição 
corporal (BÖHME, 2003). 
Böhme (2003) define a AFRS como a capacidade de realizar tarefas diárias com 
vigor demonstrando traços e características que estão associados com um baixo 
risco do desenvolvimento prematuro de doenças hipocinéticas. 
Para Nahas (2013), quando realizada em níveis adequados, a AFRS congrega 
características capazes de possibilitar energia extra para o lazer e o trabalho, 
além de proporcionar a diminuição do risco de desenvolver doenças ou 
condições crônico-degenerativas que estão relacionadas a níveis baixos de 
atividade física cotidiana. 
Conforme ACSM (1996 apud ALMEIDA, 2008) que define a AFRS como a 
capacidade que os sistemas do organismo (coração, pulmões, vasos 
sanguíneos e músculos) têm de funcionar de modo eficiente para resistir a 
doenças e ser capaz de participar de várias atividades sem se cansar 
excessivamente, um melhor índice em cada um dos seus componentes está 
associado com um menor risco para o desenvolvimento de doenças e/ou 
incapacidades funcionais (1996 apud ALMEIDA, 2008). 
A aquisição de hábitos que sejam positivos referentes a prática de atividade 
física no período da infância pode repercutir positivamente na ApF e na saúde 
durante a vida adulta (BÖHME, 2003) e avaliar a ApF em jovens se mostra uma 
forma interessante de mensurar índices satisfatórios relacionados com a 
proteção e inibição ao desenvolvimento de doenças crônico degenerativas 
(NAHAS, 2013). 
O processo de avaliar uma determinada atividade, seja ela física ou não, se torna 
fundamental para se obter conhecimento acerca das informações que são 
apresentadas com os resultados, permitindo ao avaliador intervir e controlar de 
forma positiva. De acordo com o CONFEF (2002, p. 134) a intervenção de um 
profissional de Educação Física sobre a avaliação física tem sua importância por 
poder: 
Diagnosticar, planejar, organizar, supervisionar, coordenar, executar, 
dirigir, programar, ministrar, desenvolver, prescrever, orientar, 
identificar necessidades, desenvolver coleta de dados, entrevistas, 
aplicar métodos e técnicas de medidas e avaliação cineantropométrica, 
biomecânica, motora, funcional, psicofisiológica e de composição 
corporal, em laboratórios ou no campo prático de intervenção, com o 
objetivo de avaliar o condicionamento físico, os componentes 
funcionais e morfológicos e a execução técnica de movimentos, 
objetivando orientar, prevenir e reabilitar o condicionamento, o 
rendimento físico, técnico e artístico dos beneficiários. 
 
Desta forma, por abranger um maior número de pessoas, a avaliação da AFRS 
é um importante fator em qualquer programa de atividade física, servindo como 
parâmetro para verificar se os indivíduos avaliados estão aptos ou não 
fisicamente e McArdle et al. (1998 apud Ferreira, Paula e Cotta, 2007), 
consideram que a aptidão física proporciona resistência, força, razoável 
flexibilidade articular, uma composição corporal com peso sob controle e um 
sistema cardiovascular com um bom nível de capacidade aeróbica. 
Praticar uma atividade física ou exercício físico proporciona melhora em 
componentes físicos relacionados à saúde e Pate (1988 apud MELLO, 2005) 
define a aptidão física relacionada à saúde (AFRS) como a capacidade de 
realizar tarefas diárias com vigor demonstrando traços e características que 
estão associados com um baixo risco do desenvolvimento prematuro de doenças 
hipocinéticas. De forma a evitar doenças hipocinéticas e gerar uma boa aptidão 
física relacionada à saúde, Nieman (1999) descreve que o exercício físico 
prolonga a extensão e a qualidade de vida, alivia a ansiedade e depressão 
mental, diminui o risco de diabetes, doenças cardiovasculares e câncer de colo 
de útero em aproximadamente 50 por cento, diminui a pressão arterial, aumenta 
o tônus muscular e a função cardíaca. 
Nos últimos anos, uma grande quantidade de informações vem sendo 
levantadas com referência aos efeitos da atividade física na população jovem. 
Guedes e Guedes (2011), evidenciam a existência de lacunas sobre alguns 
programas de atividade física induzirem modificações morfológicas e funcionais, 
na mesma direção do que é esperado para o próprio processo de maturação 
biológica. 
Conforme Bracco et al. (2003), quanto mais cedo adquirir o hábito regular de 
uma atividade física, seja por uma prática esportiva ou exercício físico, melhores 
serão os efeitos sobre os componentes da aptidão física. De acordo com Lazzoli 
et al. (1998), um nível maior de atividade física em crianças e adolescentes 
promove melhora no perfil lipídico e metabólico, além de reduzir a prevalência 
da obesidade e, provavelmente, uma criança ativa fisicamente tem mais chances 
de se tornar um adulto também ativo. 
Levando em consideração que o estilo de vida começa a ser formado na infância, 
uma criança inativa fisicamente poderá apresentar um baixo nível de 
desenvolvimento motor e, possivelmente, transformar-se em um adulto 
sedentário (GUEDES; GUEDES, 2011). A prática desportiva é uma das mais 
evidentes manifestações da atividade motora, apresentando-se muitas vezes 
como mediadora e geradora de uma boa aptidão física por reunir diversos 
componentes necessários à qualidade de vida. 
Os programas de iniciação esportiva (escolinhas de esportes) também são 
considerados programas sistematizados de atividade motora, e quanto maiores 
forem os estímulos de habilidade motoras diferentes, melhores serão as 
condições para aprender habilidades específicas de uma determinada 
modalidade. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A construção desta pesquisa se dá por meio de métodos qualitativos, através de 
aportes bibliográficos, teses, e análise dos documentos de área vigente a fim de 
aprofundar o conhecimento acerca do tema em questão. 
Segundo Oliveira, sobre pesquisas qualitativas (2007, p.117): "busca-se 
descrever a complexidade de uma hipótese ou problema, analisar a interação de 
certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados 
por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudança, criação 
ou formação de opinião de determinado grupo permitir, em maior grau de 
profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou 
atitudes dos indivíduos". 
 
 
2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os programas escolares de educação física são um importante componente do 
processo global de educação e devem dar uma maior ênfase ao 
desenvolvimento e à manutenção de hábitos de exercício que durem por toda a 
vida, além de fornecer informações sobre como atingir e manter uma aptidão 
física adequada. A quantidade de exercício necessária para manter uma 
capacidade funcional e uma saúde ideais em diferentes faixas etárias ainda não 
foi precisamente definida. Até que evidências mais definitivas estejam 
disponíveis, as recomendações são que crianças e adolescentes realizem 20 a 
30 minutos de exercício intenso a cada dia. As aulas de educação física em geral 
direcionam o seu tempo para atividades de aptidão física, mas o tempo de aula 
é geralmente insuficiente para desenvolver e manter uma aptidão física ideal. 
Portanto, os programas escolares também devem dar uma maior atenção aos 
aspectos educacionais e de modificação do modo de agir para estimular a 
adesão a atividades adequadas fora da aula. Os aspectosrecreacionais e de 
diversão que os exercícios possuem devem ser enfatizados. 
As influências familiares são importantes e os pais devem ser estimulados a 
demonstrar interesse pela aptidão física como um fator importante que afeta a 
saúde e o bem-estar do seu filho. Os pais devem colaborar com os professores 
e funcionários das escolas para promover a aptidão física. Os pais devem se 
esforçar para serem modelos adequados na demonstração do papel da aptidão 
física. 
As oportunidades em nível comunitário para a realização de atividades ligadas à 
aptidão física e ao exercício devem ser expandidas. Existem diversas 
oportunidades para crianças interessadas em esportes como o beisebol, o 
basquete, o futebol americano, a natação, o futebol e a ginástica. Outras 
atividades, principalmente as de natureza individual e que podem ser mantidas 
por toda a vida, precisam estar disponíveis em maior escala e apresentadas de 
uma forma atraente. 
Os profissionais da área de saúde devem se envolver de. As autoridades 
médicas e de saúde pública devem encarar a aptidão física para crianças e 
adolescentes como parte da sua esfera de atuação e responsabilidade, em 
adição a outros assuntos tradicionais, como imunização e triagem para 
escoliose. Os médicos podem assumir papel mais importante na promoção e no 
apoio de programas de aptidão física para crianças e adolescentes. 
O teste de aptidão física é um componente muito importante dos programas de 
aptidão física. A escola e a comunidade, bem como as organizações em nível 
estadual e federal devem adotar uma abordagem lógica, consistente e 
cientificamente embasada para realizar o teste de aptidão física. A ênfase do 
teste de aptidão física deve ser dirigida aos aspectos de saúde, ao invés de 
realçar os aspectos atléticos. Características tais como velocidade, potência 
muscular e agilidade são importantes para obter sucesso como atleta e têm uma 
determinação principalmente genética. Estas características não devem ser 
avaliadas neste teste de aptidão física, embora professores de educação física 
e técnicos possam desejar fazê-lo com outros objetivos. A potência aeróbica, a 
composição corporal, a flexibilidade articular, bem como a força e endurance 
musculares são parcialmente influenciadas pela hereditariedade, mas podem ser 
modificadas de forma importante através de padrões adequados de atividade 
física. 
Programas de treinamento devem ser desenvolvidos e iniciados de modo a 
proporcionar aos professores das escolas o conhecimento e as habilidades 
necessárias para ajudar os seus alunos a atingir os objetivos cognitivos, afetivos 
comportamentais associados com o exercício, a saúde e a aptidão física. Os 
professores também precisam de auxílio para inserir outros aspectos da 
promoção de saúde (boa nutrição e não fumar, por exemplo) no contexto da 
instrução sobre o exercício e a aptidão física. Os componentes educacionais do 
teste de aptidão física, o ensino das atividades de aptidão física e o 
reconhecimento através de recompensas devem ser complementares um em 
relação ao outro e precisam ser bem coordenados para se realizar um programa 
abrangente. 
 
 
3. CONCLUSÃO 
A infância é sem dúvida uma fase muito importante para o desenvolvimento de 
habilidades e comportamentos que podem acompanhar as pessoas ao longo da 
vida. A partir dela, constrói-se o alicerce para as outras fases da vida, podendo 
tal fase influenciar de forma positiva ou negativa. 
Às crianças deve-se dar a oportunidade de um desenvolvimento adequado. Com 
um bom desenvolvimento motor, estimulação das habilidades motoras e 
intelectuais. Além disto, um bom convívio social e afetivo com os pais, 
professores e demais pessoas de sua convivência. 
No Brasil a prevalência de sobrepeso, obesidade e sedentarismo esta 
aumentando, sendo os principais pontos relevantes neste contexto é os avanços 
tecnológicos, propagandas de comidas industrializadas e a inatividade física. 
Devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e 
acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e 
profissionais de educação física. 
O levantamento do nível de conhecimento e a importância da prática de atividade 
física na infância fazem-se necessário, pois muitas crianças deixam de brincar 
de correr, pular, jogar adequadamente por até anos e ficam horas e horas em 
frente à televisão, jogando vídeo game ou navegando na internet, muitas das 
vezes rumo ao nada culminando com o aumentando do índice de inatividade 
física na infância. 
A atividade física em crianças, além de ser importante na aquisição de 
habilidades psicomotoras, é também importante para o desenvolvimento 
intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor 
convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de 
escape para a energia “extra normal” das crianças, ou seja, sua hiperatividade. 
Todas as pessoas necessitam de atividades físicas para o seu desenvolvimento, 
tanto no aspecto biológico quanto para o conhecimento do corpo, para criar 
habilidades de controle e coordenação, equilíbrio e harmonia, força e agilidade, 
em diferentes atividades. Há atividades físicas para todos os gostos e faixas 
etárias. Mas a atividade nunca deve ser imposta pelos pais e sim o que a criança 
deseja. Conheçam algumas modalidades esportivas e tire o máximo de proveito. 
Sendo assim, a atividade física deve ser assegurada e promovida durante toda 
a vida das pessoas, criando, assim, um estilo de vida ativo, assegurando saúde, 
disciplina e lazer. 
Em virtude dos fatos mencionados anteriormente, considera-se através deste 
paper, que o simples fato de se manter uma infância ativa, não é garantia de 
saúde na vida adulta, mas já é um começo, pois é possível despertar o gosto por 
uma vida ativa, além de ajudar no crescimento, desenvolvimento físico e social 
além de ensinar as crianças o valor de hábitos saudáveis e comportamentos que 
levem ao crescimento de suas potencialidades. 
 
REFERÊNCIAS 
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