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Heloiza Bernardes Anatomia Anatomia da visão - Os ossos do viscerocrânio circundam os olhos. - A órbita apresenta margem medial, lateral, inferior e superior. - A órbita é formada por 7 ossos frontal, zigomático, maxila, esfenóide, lacrimal, etmóide e palatino. - Fossa da glândula lacrimal (situada na parte súpero-lateral do osso frontal): é onde a glândula lacrimal fica armazenada. - Sulco infraorbital comunica com a fissura orbital inferior. Pela fissura orbital inferior, o ramo maxilar do n trigêmeo passa pelo sulco infraorbital, invade o seio maxilar e sai pelo forame infraorbital. - Fissura orbital superior divide a asa maior da asa menor do esfenóide. - Nervos troclear, abducente, oculomotor, ramo oftálmico do nervo trigêmeo (V1) tem origem aparente craniana na fissura orbital superior. - Ducto lacrimo-nasal a secreção lacrimal sai do olho pelo ducto lacrimo-nasal e chega até o meato nasal inferior para umedecer o ar inspirado e manter a drenagem líquida da conjuntiva (buscando evitar congestão). - Palatino fica na parte posterior da maxila e faz parte da órbita com a lâmina perpendicular. Juntamente com a fissura orbital inferior, a lâmina perpendicular faz a órbita comunicar com a boca. - A parede óssea mais vulnerável a traumas é a etmoidal, pois apresenta lâmina medial pneumática. Traumas nasais podem induzir a fratura de parede medial da órbita. Componentes da órbita: - Bulbo do olho; - Músculos extrínsecos do olho: m reto medial – inervado pelo n oculomotor, faz adução da pupila (olhar para a linha mediana); m reto lateral – inervado pelo n abducente, faz abdução da pupila (olhar para a lateral); quem faz a integração dos pares de nervos cranianos que movimentam o olho é o fascículo longitudinal medial – ele determina a movimentação conjugada dos olhos – enquanto um faz abdução, o outro faz adução; m reto inferior e reto superior – inervados pelo n oculomotor, fazem movimentação conjugada ou individual. O movimento de olhar para cima: olho faz elevação e rotação. O m reto superior eleva e aduz a pupila, o m reto inferior abaixa e aduz a pupila; m oblíquo inferior – é inervado pelo n oculomotor, faz movimento de elevação e abdução da pupila (olhar para cima e para fora); m oblíquo superior – n troclear, faz movimento de abaixamento e abdução da pupila (olhar para baixo e para fora); ÓRBITA DO OLHO Heloiza Bernardes Anatomia m levantador da pálpebra superior – é inervado pelo n oculomotor, tem inserção no tarso (estrutura de proteção do olho formada por TC fibroso). - Tecido adiposo coxim adiposo da órbita; - Glândula lacrimal; - Artéria oftálmica e seus ramos; - Veia oftálmica e seus ramos; - Nervos cranianos: n óptico, n oculomotor, n troclear, ramo oftálmico do trigêmeo, ramo maxilar do trigêmeo, n abducente, n facial (faz inervação parassimpática da glândula lacrimal EVG), nn simpáticos (formados por neurônios pós-ganglionares que fazem sinapse no gânglio cervical superior – situado na bifurcação da carótida) que inervam m dilatador da pupila e glândula lacrimal. - Meninge: a dura máter invade a órbita. A dura máter é formada por camada periostal e meníngea. A camada periostal recobre os ossos da órbita e a camada meníngea acompanha o n óptico e envolve o bulbo do olho. - A barreira de proteção contra meningites, ocasionada por patologias oculares, é feita pela conjuntiva. - Periórbita: membrana meníngea-periostal. - Cápsula fibrosa: camada meníngea que é formada desde o n óptico até o bulbo do olho. M levantador de pálpebra M levantador de pálpebra Meninge periosteal Coxim adiposo da órbita M reto medial M oblíquo inferior M reto inferior M reto lateral M oblíquo superior M reto superior Glândula lacrimal Heloiza Bernardes Anatomia Componentes dos olhos: - Estruturas acessórias supercílios, pálpebras (glândulas tarsais, ciliares – sudoríparas modificadas e sebáceas; rima das pálpebras, carúncula lacrimal, m levantador da pálpebra, tarso), túnica conjuntiva (túnica conjuntiva palpebral que reveste a superfície interna da pálpebra; túnica conjuntiva bulbar que é uma dobra da conjuntiva palpebral que reveste a superfície anterior do olho), aparelho lacrimal (glândula lacrimal), músculos extrínsecos do bulbo do olho. OLHOS Glândulas tarsais calázio. Glândulas ciliares terçol. Túnica conjuntiva conjuntivite. Trajetória do fluido lacrimal: passa pelos ductos excretores da glândula lacrimal até o saco conjuntival chega até a superfície do olho através do ato de piscar os olhos chega também até o ângulo medial onde está o ponto nasolacrimal do ponto nasolacrimal vai para o canalículo lacrimal dos canalículos o fluido lacrimal passa até o ducto lacrimonasal meato nasal inferior cavidade nasal. Tumor episcleral: desloca o bulbo do olho dentro da órbita. Estrabismo divergente a pupila posiciona-se lateralmente. Indica hiperatividade do m reto lateral. Estrabismo convergente a pupila posiciona-se medialmente. Indica hipoatividade do m reto lateral. Os casos de estrabismos ocorrem por degeneração ou afecções no nervo abducente. - O tampão utilizado nos olhos é utilizado no olho bom e no olho “ruim” em forma de ciclos para estimular a atividade do músculo. Heloiza Bernardes Anatomia - Os mm extrínsecos do bulbo ocular se originam na parede das órbitas e se inserem na superfície externa do bulbo. - Anatomia do bulbo ocular Segmento anterior e segmento posterior, túnica fibrosa, túnica vascular e retina. Lente divide o bulbo em anterior e posterior. Humor aquoso preenche o segmento anterior. Humor (corpo) vítreo preenche o segmento posterior. Esclera corresponde à túnica fibrosa que recobre 5/6 posteriores do olho. Córnea corresponde à túnica fibrosa do 1/6 anterior do olho. É transparente, fina e avascular. - Formada por coróide, corpo ciliar e íris. Coróide altamente vascularizada, reveste os 5/6 do olho na parte média, pigmentada. Corpo ciliar conjunto de mm ciliares que determinam a acomodação visual. Contém os processos ciliares que se aderem a lente por meio de fibrilas que formam a zônula ciliar. Íris é a parte colorida do olho que está entre a lente e a córnea. Além disso, está inserida no corpo ciliar e contém fibras circulares (musculares) lisas que formam os mm esfíncter e dilatador da pupila. - Formada pela retina e pelo n óptico. RETINA formada por dois estratos, o pigmentoso e o nervoso. Constrição pupilar (miose) fibras parassimpáticas. Dilatação pupilar (midríase) fibras simpáticas. Heloiza Bernardes Anatomia Estrato pigmentoso: contém melanina que é responsável por absorver a luz que adentra o olho e evitar que ela se disperse. Além disso, recicla o derivado de vitamina A que o estrato nervoso utiliza. Estrato nervoso: contêm células fotossensíveis. Estrato pigmentoso e nervoso da retina: - Tipos celulares (neuronais) mais importantes da retina: cones e bastonetes, células ganglionares e células bipolares. - Células amácrinas e horizontais são como interneurônios. - Conjunto de axônios das células ganglionares forma o n óptico que sai do bulbo ocular através do disco óptico. - Células ganglionares e bipolares geram PA que são transmitidos até o encéfalo. Isso ocorre após as células fotorreceptoras emitirem sinais. Cones são sensíveis a luz colorida e produzem imagem nítida, melhorando a acuidade visual. Bastonetes são mais numerosos e mais sensíveis a luz. Porém, permitem uma visão a meia-luz, produzindo imagens cinzentas e indistintas. Estrutura de cone e bastonete: - São formados por segmento externo unido ao segmento internopor um cílio de conexão. O segmento interno se une ao corpo nucleado por fibras externas. E o corpo nucleado é unido diretamente a célula bipolar por fibras internas. - O segmento externo fica imerso no estrato pigmentoso. - O segmento externo constitui-se de especializações de membrana (cílios) que dobram sobre si mesmas, formando discos que acumulam pigmentos responsáveis por absorver luz. - Os cones e os bastonetes não são células renováveis. Porém, eles reciclam seus discos ao longo do tempo, sendo que os discos senescentes são fagocitados na camada pigmentar da retina. Heloiza Bernardes Anatomia - Especializações da retina ora serrata (“boca em dente de serra”), mácula lútea e fóvea central. Ora serrata: a parte do estrato/camada nervosa da retina vai até a parte posterior do corpo ciliar, formando a junção chamada de ora serrata. (obs.: O estrato pigmentoso estende-se até a parte anterior do corpo ciliar e forma o epitélio pigmentado da íris). Mácula lútea: situada no pólo posterior do olho, constitui uma região amarelada que possui cones e bastonetes. Fóvea central: é uma pequena depressão na região da mácula que contém apenas cones. - O disco do n óptico é chamado de ponto cego porque não tem células fotossensíveis. - Suprimento sanguíneo da retina o 1/3 externo da retina é irrigado pelos capilares coroideos. Já os 2/3 internos são irrigados pela artéria da retina e drenados pelas veias da retina que entram e saem do olho pelo disco do n óptico. - M orbicular do olho possui uma parte que forma as pálpebras sup e inf. A ação do m orbicular é fechar a rima palpebral quando contrai. - A inervação do m orbicular é feita pelo n facial. - M levantador da pálpebra superior tem função de abrir o olho e abrir a rima palpebral/ do olho. - Componentes estruturais da pálpebra: Pele, tecido subcutâneo, músculo e tecido conjuntivo sup e inf (tarso). - O tarso reforça a pálpebra e promove uma barreira mecânica contra trauma. - A conjuntiva envolve externamente o olho e a face posterior da pálpebra. - Fórnice da conjuntiva: é o espaço onde os cílios estão implantados. - O fluido lacrimal mantém a conjuntiva úmida. - Região superolateral da órbita: É uma região chamada de fossa da glândula lacrimal onde está a glândula lacrimal. - A glândula lacrimal é inervada pelo n facial. - Hidratante de conjuntiva – casos de paralisia facial; conjuntiva deixa de estar úmida. As ramificações dos vasos sanguíneos retinais são observadas pelo oftalmoscópio para casos de hipertensão arterial e diabetes. ANOTAÇÕES COMPLEMENTARES Heloiza Bernardes Anatomia - O choro é drenado, pelo aparelho lacrimal (ângulo medial), para a cavidade nasal. - Ângulo lateral é levemente mais inferior que o ângulo medial, por isso, a lágrima escorre primeiro pela lateral. - Glândulas tarsais possuem secreção mucosa e ela é produzida em maior quantidade duante a noite. Os óstios que estão na margem ciliar podem ser obstruídos e ocasionar tarsite. - O tarso superior possui o m tarsal que se fixa no septo da pálpebra junto com o m levantador de pálpebra superior. - Mm da íris: m esfíncter da pupila e dilatador da pupila. - Gânglio ciliar: é onde acontecem as sinapses para que ocorra a inervação dos mm intrínsecos do olho (esfíncter e dilatador). - Ligamento suspensor do cristalino. Músculo ciliar: - Quando o m ciliar relaxa ele aumenta a tensão sobre o cristalino para produzir imagens de objetos distantes com isso, o cristalino fica mais plano. - Quando o m ciliar contrai ele diminui a tensão sobre o cristalino para produzir imagens de objetos próximos com isso, o cristalino fica mais curvado. Via da visão: - Córnea e cristalino: são estruturas de refração. - Retina nasal: recebe imagens do campo visual temporal. - Retina temporal: recebe imagens do campo visual nasal. - Retina nasal os IN seguem pelo nervo óptico e cruza o quiasma óptico. - Retina temporal os IN seguem pelo nervo óptico, passando pelo trato óptico. - Sinapses que vão para o colículo superior: Acontecem no corpo geniculado lateral. Essas sinapses ocorrem para que haja reflexo de fotorreagência consensual. - Lesão de nervo óptico (A) provoca cegueira. - Lesão de quiasma óptico (B) provoca hemianopsia heterônima bitemporal (perda da visão dos dois campos visuais temporais). OBS.: Tumor de hipófise lesão de quiasma óptico. - Lesão de 50% do nervo óptico (C) provoca hemianopsia nasal de olho direito (perda da visão do campo visual nasal que chega na retina temporal). - Lesão de trato óptico direito (D) ocasiona perda de campo visual temporal do lado esquerdo e perda de campo visual nasal do lado direito afeta retina nasal esquerda e retina temporal do lado contralateral (direito) hemianopsia homônima esquerda. Heloiza Bernardes Anatomia - Lesão de 50% da radiação óptica (E) Quadrantoanopsia homônima superior esquerda. - Lesão de radiação óptica (F) ocasiona o mesmo que a lesão de trato óptico, ou seja, hemianopsia homônima esqueda, porém não afeta os reflexos como ocorre na lesão de trato óptico. Pode ocorrer por aneurisma.
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