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ANATOMIA E FISIOLOGIA – OFTALMOLOGIA PARTE EXTERNA DO OLHO · PÁLPEBRAS: desempenham 2 principais funções: · Proteção do globo ocular; · Secreção, distribuição e drenagem da lágrima. Figura 1 pálpebra e bulbo ocular em corte sagital · DINÂMICA PALPEBRAL: · O espaço entre as pálpebras é chamado de “fissura” ou “abertura ocular”. · As fibras do músculo orbicular formam um anel ao redor da abertura palpebral e sua contração leva ao fechamento da mesma. · Abertura palpebral: músculo elevador da pálpebra superior, embora existam túnicas fibrosas que agem na retração da pálpebra inferior. Esse músculo elevador se origina no ápice da órbita, cursa anteriormente sobre o músculo reto superior e insere-se na placa tarsal e na pele da pálpebra superior. · As pálpebras são firmemente aderidas às margens da órbita pelos ligamentos palpebrais medial e lateral. · O movimento de piscar distribui a lágrima através da córnea, o que mantém uma superfície lisa, além de promover a retirada de debris. O reflexo palpebral do piscar é também importante fator de proteção. · VIA NERVOSA AFERENTE: trigêmeo (V); · VIA NERVOSA EFERENTE: fácil (VII). · Cílios: função protetora. · MÚSCULO DE MULLER (TARSAL SUPERIOR): origina-se na face inferior do músc levantador da pálpebra, responsável também pela abertura palpebral e tem papel na ptose da sínd de Horner e na retração palpebral da doença de Graves. · MÚSCULO DE HORNER (TENSOR DO TARSO): sua contração move a pálpebra medial, ao mesmo tempo, o saco lacrimal é distendido lateralmente a partir do ORBICULAR PRÉ-SEPTAL, criando uma pressão negativa dentro do saco que drena a lágrima a partir do canalículo. Mecanismo conhecido como BOMBA LACRIMAL – paralisia, enfraquecimento e frouxidão palpebral causam EPÍFORA em razão da perda de função da bomba. · MÚSCULO DE RIOLAN: se prolonga até o músc de Horner e ajuda a aproximar as bordas palpebrais. · SEPTO ORBITÁRIO: separa a órbita da pálpebra, constituindo uma barreira para o acesso posterior de hematomas ou infecções. · Na pálpebra superior, não se funde diretamente com o tarso e sim com o tendão do MÚSCULO LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR (MLPS). · O septo é composto por tec conectivo fibroso que pode adelgaçar-se com a idade, permitindo o prolapso de bolsas de gordura. · Os equivalentes ao MLPS e ao músc de Muller na pálpebra inferior são: FÁSCIA CAPSULOPALPEBRAL DO MÚSC RETO INFERIOR e o MÚSC TARSAL INFERIOR – retratores da pálpebra inferior. Durante a infraversão, a pálpebra inferior excursiona graças a esses músculos. · Qualquer 1 das glândulas palpebrais pode se tornar inflamada e edemaciada. Se os ductos das glândulas de Meibomius ficam obstruídos ou inflamados, desenvolve-se na pálpebra uma tumefação vermelha e dolorosa – HORDÉOLO. · O CALÁZIO é uma lesão inflamatória crônica, lipogranulomatosa e estéril, causada por obstrução dos orifícios das glândulas de Meibomius e pela estagnação das secreções sebáceas. · PELE E APÊNDICES · A pele das pálpebras é fina e frouxamente aderida aos tecidos subjacentes, o que permite, em situações de inflamação e sangramento, a formação de considerável edema. · Placa tarsal: faixa de tecido conjuntivo denso e situa-se, posteriormente, à pele e ao músculo orbicular, e anteriormente, à conjuntiva palpebral (tarsal). É nessa região que encontramos as GLÂNDULAS DE MEIBOMIUS – responsáveis pela produção da camada lipídica do filme lacrimal. Essa glândulas são alinhadas verticalmente na placa tarsal e se abrem junto à margem palpebral, onde pode notar seus orifícios. · As placas tarsais são contínuas perifericamente com o SEPTO ORBITÁRIO – uma fina, mas relevante estrutura divisória entre a pálpebra e a órbita. · No terço nasal, existe uma abertura – PONTO LACRIMAL – drenagem da lágrima. · Linha cinzenta: importante estrutura na reparação das lacerações palpebrais, situa-se entre os cílios e os orifícios meibomianos. · INERVAÇÃO · A inervação sensorial é originada do nervo trigêmeo (V), via divisão oftálmica (pálpebra superior) e divisão maxilar (pálpebra inferior). · Músculo orbicular é inervado pelo nervo facial (VII). · Músculo levantador da pálpebra superior é inervado pelo nervo oculomotor (III). Uma paralisia desse nervo leva a 1 queda da pálpebra superior – PTOSE. · NOTA-SE QUE TODOS OS NERVOS, EXCETO O FACIAL, SÃO ORIUNDOS DA ÓRBITA E ALCANÇAM A PÁLPEBRA. · IRRIGAÇÃO VASCULAR E DRENAGEM LINFÁTICA · As pálpebras são supridas por uma extensa malha avascular, a qual forma anastomoses entre ramos originados da artéria carótida externa (pela face) e da artéria carótida interna (pela órbita). ISSO FORNECE EXCELENTE RECUPERAÇÃO DESSA REGIÃO NO PÓS-TRAUMA. · O fluido linfático das pálpebras superiores é drenado p/ linfonodos pré-auriculares e das pálpebras inferiores p/ os linfonodos submandibulares. · Linfadenopatia é um sinal comum de infecção das pálpebras e das conjuntivas (principalmente por vírus). · CONJUNTIVA · É uma membrana mucosa que reveste posteriormente as pálpebras e cobre a superfície anterior do olho até a córnea. Na reflexão superior e inferior, entre o globo ocular e as pálpebras, a conjuntiva forma um fundo de saco – FÓRNICE. · A conjuntiva é firmemente aderida às pálpebras, frouxamente aderida ao globo ocular e encontra-se livre na região dos fórnices. Portanto, inflamações podem causar edema (QUEMOSE) na região dos fórnices e da conjuntiva bulbar (GLOBO OCULAR). · É composta de uma camada epitelial e de um estroma subjacente. · Camada epitelial: células caliciformes, responsáveis pela secreção de mucina (importante componente do filme lacrimal). · Outras glândulas conjuntivais contribuem ainda na formação das camadas aquosa e lipídica do FILME LACRIMAL. · A conjuntiva facilita o livre movimento do globo ocular e promove uma superfície lisa para que as pálpebras deslizem sobre a córnea. · INERVAÇÃO SENSORIAL: divisão oftálmica do nervo trigêmeo (V). · Vascularização é predominantemente originada de ramos orbitários com presença de anastomoses do sistema facial. · Conjuntiva tem importante papel na proteção do olho contra microorganismos. · CÓRNEA E ESCLERA · CÓRNEA + ESCLERA = superfície esférica que compõe a parede externa do globo ocular. Embora as 2 sejam muito similares, a estrutura corneana é unicamente modificada p/ transmitir e refratar a luz. · ESCLERA: · Fibras colágenas. · Avascular, apesar de ter vasos na superfície. · Relativamente acelular. · Apesar de fina, dá suporte p/ inserção dos músculos extra-oculares. · Perfurada posteriormente pelo nervo óptico e também por vasos e nervos (sensoriais e motores) ao longo do globo ocular. · Córnea + esclera = limbo. · TÚNICA FIBROSA OU EXTERNA: córnea + esclera + limbo. · CÓRNEA: · Formada por 5 camadas: epitélio / bowman / estroma (+ espessa) / membrana de Descemet / endotélio (camada única de células hexagonais). · Extremamente sensível ao toque devido a fibras nervosas (trigêmeo). · Exposto quando há quebra do epitélio corneano (desepitelização) – causando muita dor. · Avascular, nutrida pelo humor aquoso, filme lacrimal e difusão de vasos do limbo. · A isquemia do limbo pode levar a 1 afilamento corneano periférico (melting) e a restrição da oxigenação através do filme lacrimal (uso de lentes de contato, pro ex) pode resultar em ULCERAÇÃO CORNEANA. · Funções: proteção contra invasão de microorganismos e transmissão / refração da luz. · Refração da luz ocorre pq a superfície de curvatura corneana possui índice refracional > que o do ar. A superfície é transparente devido ao arranjo das fibras de colágeno do estroma, as quais mantém um estado de desidratação. Isso é conseguido através de uma bomba de íons encontrada no endotélio (do estroma -> câmara anterior). · A perda severa de células endoteliais (perda de bomba iônica tbm) leva a uma hidratação excessiva (edema) e à perda da transparência corneana. · PRODUÇÃO E DRENAGEM LACRIMAL · GLÂNDULA LACRIMAL: · Secreta a > parte com componente aquoso do filme lacrimal. · Repousa na REGIÃO SÚPERO-ANTERIOR da órbita anterior. · Lobo anterior pode ser visto ALGUMAS VEZES noFÓRNICE CONJUNTIVAL SUPERIOR. · Inervada por fibras parassimpáticas carreadas pelo nervo facial. · A lágrima corre em 1 menisco na margem palpebral inferior, é espalhada através da superfície ocular pelo movimento do piscar e é drenada nos pontos lacrimais superior e inferior (situados no CANTO NASAL PALPEBRAL). · Os canalículos de cada ponto lacrimal se unem p/ formar o canalículo comum que termina no saco lacrimal. Finalmente, a lágrima passa pelo DUCTO NASOLACRIMAL e alcança a cavidade nasofaríngea através do MEATO INFERIOR. Isso explica o desconfortável sabor que se segue após a adm de certos colírios. · Ao nascimento o ducto nasolacrimal pode não estar totalmente desenvolvido, causando lacrimejamento constante – EPÍFORA. Na maioria dos casos o seu completo desenvolvimento se dá em 1 ano de vida. · A obstrução adquirida do ducto nasolacrimal é uma importante de epífora em adultos. Pode ser causada por infecção aguda do saco lacrimal, a qual se manifesta por edema da região da medial palpebral. Figura 2 produção e drenagem lacrimal · PARTE INTERNA DO OLHO · A função das estruturas oculares internas: · Refinar a imagem vinda da córnea; · Converter a energia luminosa em energia elétrica p/ formar a imagem no cérebro. · ÚVEA · Compreende a íris e o corpo ciliar, anteriormente, e a coroide, posteriormente. · ÍRIS · Tecido conjuntivo contendo fibras musculares, vasos sanguíneos e células pigmentares. · Sua superfície posterior é determinada por 1 camada de células pigmentares. · Em seu centro há uma abertura – PUPILA. · FUNÇÃO PRINCIPAL: · Controlar a entrada de luz na retina; · Reduzir a lesão intra-ocular causada pela luminosidade. · A dilatação da pupila é causada por contrações de fibras musculares lisas radiais inervadas pelo sistema nervoso simpático. · A contração pupilar ocorre quando 1 anel de fibras musculares lisas em torno da pupila se contrai. Esse anel é inervado pelo SNP. · A pigmentação da íris reduz a lesão intra-ocular mediada pela luz. · A quantidade de pigmento iriano determina a cor dos olhos: olhos azuis contêm menos pigmentos do que olhos marrons! · CORPO CILIAR · Estrutura especializada que une ÍRIS + CORÓIDE. · Responsável pela produção do humor aquoso. · Corpo ciliar é ligado ao cristalino pela ZÔNULA. · ACOMODAÇÃO: músculo ciliar contrai e reduz a circunferência e isso reduz a zônula, fazendo com que a elasticidade natural do cristalino gere um aumento na convexidade, propiciando uma melhor foco p/ a visão de perto – controlado pelo oculomotor (III). · Relaxamento das fibras – processo passivo – visão para longe. · ORA SERRATA: une região posterior do corpo ciliar com retina. Figura 3 corte transversal do olho · CORÓIDE · Vasos sanguíneos, tecido conectivo e células pigmentares. · Localizada entre a retina (camada interna) e a esclera (camada externa). · Responsável pelo aporte de O2 e de nutrição das camadas externas da retina. · Existe um espaço virtual entre a coroide e a esclera, o qual pode ser preenchido por sangue ou por líquido, o qual pode ser preenchido por sangue ou por líquido seroso em algumas patologias. · CRISTALINO · Formato discoide, compreendido por 1 massa de células alongadas – FIBRAS CRISTALINIANAS. · Toda essa estrutura está envolvida por 1 cápsula elástica e é capaz de se deformar p/ realizar a acomodação. · PRESBIOPIA: falência da acomodação relacionada a idade – ocorre devido a perda de elasticidade capsular e enrijecimento do cristalino. · É relativamente desidratado e suas fibras contêm proteínas especiais – transparência. · A CATARATA é qualquer opacidade, congênita ou adquirida, do cristalino! · HUMOR AQUOSO · Preenche as câmaras. · Câmara anterior: espaço entre a CÓRNE A E A ÍRIS. · Câmara posterior: ATRÁS DA ÍRIS. · Comunicam através da PUPILA! · FORMAÇÃO: produzido pelo corpo ciliar por ULTRAFILTRAÇÃO e por SECREÇÃO ATIVA. · COMPOSIÇÃO: glicose, oxigênio e aminoácidos p/ córnea a e o cristalino. · Regulada p/ excluir proteínas de alto peso molecular e células. · DRENAGEM: circula pela pupila, deixando o olho pela malha trabecular – tecido semelhante a 1 peneira. · A partir da malha, o aquoso é coletado pelo CANAL DE SCHLEMM, o qual circunda o olho no LIMBO CORNEOESCLERAL, drenando-se para as VEIAS EPISCLERAIS. · A produção e a drenagem do aquoso são balanceadas p/ manter uma pressão intra-ocular adequada. · VÍTREO · Coesão e consistência gelatinosa. · Sofre degeneração com a idade. · É aderido a retina em certos pontos, particularmente no nervo óptico e na ora serrata. · Quando ocorre sua degeneração pode haver tração e consequente descolamento da retina! · Ajuda no amortecimento do globo ocular. · RETINA · Converte a imagem luminosa em impulsos nervosos. · Compreendida pela RETINA NEUROSSENSORIAL e pelo EPITÉLIO PIGMENTAR RETINIANO (EPR)! · O raio luminoso tem que passar através da retina interna p/ alcançar os fotorreceptores (CONES E BASTONETES), os quais convertem a energia luminosa –> elétrica. A RETINA TEM QUE SER TRANSPARENTE! · Uma região da MÁCULA é responsável pela VISÃO CENTRAL. Em seu centro existe uma aréa – FÓVEA – responsável pela visão de alta qualidade! · O restante é responsável pela visão periférica. · Os CONES estão concentrados na mácula. São responsáveis pela ACUIDADE VISUAL e pela APRECIAÇÃO DE CORES. · Os BASTONETES estão relacionados com a visão em baixos níveis de luminosidade e com a detecção de movimento, distribuídos por toda a retina: · Os fotorreceptores contêm pigmentos visuais como o retinol (VIT. A), ligados á proteína – OPSINA. · As células do EPR reciclam a vit A p/ formação do fotopigmento, transportam água e metabólitos, renovam os fotorreceptores e ajudam na redução do dano luminoso. Prejuízo no EPR, que pode ocorre com a idade e estados patológicos, pode levar a 1 perda de função retiniana e consequentemente, da visão. · O suprimento sanguíneo da retina é derivado da artéria central da retina e da coroide. · A barreira hemato-retiniana – tight junctions entra as células endoteliais dos vasos retinianos e as células do EPR, isola a retina da circulação sistêmica. A quebra dessa barreira, que ocorre na RETINOPATIA DIABÉTICA, leva a 1 edema retiniano e a acúmulo de proteínas e de lipídeos, causando perda de transparência retiniana e diminuição da acuidade visual. Figura 4 diagrama da retina · CAMADAS DA RETINA: externamente, aderido à coroide, encontramos o EPR (epitélio pigmentar da retina), monocamada de cél cuboides a qual se estende da margem do disco ótico até a ORA SERRATA, onde continua como ECP (epitélio ciliar pigmentar). No sentido esclera -> corpo vítreo: RETINA EXTERNA (nutrida principalmente pela coroide): 1. CAMADA DE FOTORRECEPTORES: EPR. 2. MEMBRANA LIMITANTE EXTERNA. 3. CAMADA NUCLEAR EXTERNA. 4. CAMADA PLEXIFORME EXTERNA. RETINA INTERNA (nutrida por vasos retinianos): 5. CAMADA NUCLEAR INTERNA: + fina que a externa. 6. CAMADA PLEXIFORME INTERNA. 7. CAMADA DE CÉLULAS GANGLIONARES. 8. CAMADA DE FIBRAS NERVOSAS. 9. MEMBRANA LIMITANTE INTERNA (MLI). Figura 5 camadas da retina · NERVO ÓPTICO · MANCHA CEGA FISIOLÓGICA: os axônios das células ganglionares presentes na camada de fibras nervosas da retina chegam ao nervo óptico através do disco óptico, o qual não possui fotorreceptores. · ESCAVAÇÃO: cavidade central na maioria dos discos ópticos, pálida em comparação com a coloração rosa das fibras. · GLAUCOMA: perda das fibras nervosas – aumento da escavação. · RELAÇÕES E CONEXÕES: ÓRBITA E VIAS ÓPTICAS · Cada olho repousa dentro de uma cavidade óssea – ÓRBITA – o protege em todas as direções, EXCETO DA PARTE ANTERIOR. · CONE MUSCULAR: os músculos que movem o olho e unem-se no ápice orbitário e forma o cone. · DENTRO DA ÓRBITA: nervos motores, sensoriais e autonômicos. · ESPAÇO ORBITÁRIO: preenchido por gordura e tecido conjuntivo – sustentação do globo ocular e interação com os músculos extra-oculares. · Os nervos ópticos de cada olho são coordenados e conectados a outras áreas em nível cortical cerebral, disso resulta a VISÃO. · · ÓRBITA · As paredes ósseas da órbita formam uma estruturapiramidal: TETO, ASSOALHO, PAREDE MEDIAL E LATERAL. Figura 6 5a 5b: paredes da órbita · Constituídas pelos ossos: FRONTAL, MAXILAR, ZIGOMÁTICO, ETMOIDAL, LACRIMAL E ESFENOIDAL. · PAREDES MAIS FINAS: medial e assoalho. · PAREDES MAIS FORTES: lateral e teto. · Quando uma forte pressão é exercida sobre a órbita, a descompressão através de fraturas do assoalho e medial ajuda a minimizar o dano ao globo ocular. · Infecções dos seios maxilar e etmoidal podem facilmente penetrar na órbita. · ÁPICE ORBITÁRIO: o forame orbitário leva o nervo óptico p/ o quiasma óptico intracraniano e a artéria oftálmica p/ a órbita. Lateralmente ao foram, existem 2 fissuras: 1. Fissura orbitária superior: passagem p/ os nervos lacrimal, frontal e nasociliar (divisão oftálmica do V par craniano), p/ os III, IV e VI pares e p/ veia oftálmica superior. 2. Fissura orbitária inferior, permite a saída da veia oftálmica inferior e a entrada da divisão maxilar do V par. · Músculos retos extra-oculares: medial, superior, lateral e inferior = formam o cone. · A compressão do ápice orbitário por 1 tumor pode resultar na perda da sensibilidade corneada, na redução dos movimentos oculares e no prejuízo da função visual, assim como num deslocamento anterior do globo ocular (PROPTOSE). · MÚSCULOS EXTRA-OCULARES: dividem a fissura orbitária superior em 2 compartimentos. · RETO LATERAL: nervo abducente (VI), move o olho lateralmente, portanto sua paralisia gera um desvio p/ dentro – CONVERGENTE. · RETO MEDIAL: nervo oculomotor (III), move o olho nasalmente. · RETO SUPERIOR E INFERIOR: nervo oculomotor (III), movem o olho p/ cima e p/ baixo, ajudam na adução (mov em direçãoao nariz) e na rotação. · OBLÍQUO SUPERIOR E INFERIOR: superior - troclear (IV), rotação do olho, mas também abdução e depressão ocular. Inferior – oculomotor (III), roda o olho e ajuda na elevação na abdução. · MÚSCULO LEVANTADOR DA PÁLPEBRA: inervado pelo oculomotor, eleva a pálpebra superior. · NERVOS DA ÓRBITA: nervos motores (extra-oculares), sensoriais e autonômicos. O principal sensorial é o nervo óptico (II). O suprimento sanguíneo é dado pelos vasos da artéria oftálmica. Na porção final da artéria não existem anastomoses, de forma que 1 isquemia (arteriosclerose, ex), leva a 1 perda visual severa. · Ramos da divisão oftálmica do nervo trigêmeo fornecem a inervação SENSORIAL p/ o globo ocular (especial a córnea), conjuntiva e p/ a pele das pálpebras. · O nervo nasociliar dirige-se ao globo ocular, emerge ao lado do nariz. O herpes zoster ocular geralmente encontra-se associado a lesões cutâneas nasais. · As fibras parassimpáticas do corpo ciliar (acomodação) e do músculo constritor da íris seguem o trajeto do terceiro nervo. · As fibras parassimpáticas da glândula lacrimal passam pelo nervo facial e então seguem o trajeto da divisão maxilar do trigêmeo. · As fibras sensoriais e parassimpáticas chegam ao globo ocular via nervos ciliares curtos e longos, que atravessam a esclera. · Fibras simpáticas pós-ganglionares chegam a órbita pelo seio cavernoso. Exercem vasoconstrição arteriolar e inervam o corpo ciliar (produção do aquoso) e o músculo dilatador da pupila. · Dilatação pupilar máxima pode ser conseguida pela administração tópica de um inibidor do sistema parassimpático = TROPICAMIDA / CICLOPENTOLATO ou de um agonista do sistema simpático = FENILEFRINA. · VIAS ÓPTICAS · Os nervos ópticos unem-se no QUIASMA ÓPTICO. · As fibras nervosas da retina nasal (campos visuais temporal ou lateral) cruzam para o lado oposto do quiasma, sendo que as fibras pós-quiasmáticas do lado esquerdo representam o campo visual do lado direito de ambos os olhos (vice-versa). · A pressão sobre o quiasma por um tumor hipofisário leva a 1 HEMIANOPSIA BITEMPORAL / HETERÔNIMA. · Atrás do quiasma = lesão unilateral causa uma HEMIANOPSIA NO LADO OPOSTO. · Cada mácula é representada por 1 área ocrtical em ambos os polos occipitais e tem um duplo suprimento sanguíneo. A oclusão do suprimento arterial do córtex visual causa uma perda de CAMPO BILATERAL, com preservação de visão central (CAMPO MACULAR). · RESUMO · PÁLPEBRAS: · Proteção do globo e distribuição da lágrima pela córnea; · Fecha-se por contração da porção ocular do músculo orbicular (nervo facial); · Abertura feita pelo uso do levantador (nervo oculomotor); · A margem palpebral contém 1 linha de cílios anterior a 1 linha de orifícios da glândula de Meibomius. · CONJUNTIVA · 1 memb mucosa que contribui p/ a produção lacrimal e dá resistência contra infecções; · CÓRNEA · Tecido altamente especializado; · Principal função: REFRAÇÃO E TRANSMISSÃO LUMINOSA; · Formada por epitélio externo, estroma avascular e por monocamada de céls endoteliais; · O endotélio bombeia a água do estroma p/ câmara anterior, sua falência leva à perda da transparência. · LÁGRIMA · Camada lipídica secretada por glândulas de Meibomius; camada aquosa, pelas glândula lacrimal e conjuntivas associadas; camada de mucina, pelas caliciformes conjuntivais; · CAMADAS DO FILME LACRIMAL: lipídica, aquosa e mucinosa; · Drena p/ o ponto lacrimal, p/ os sacos lacrimais, chegando ao nariz pelo DUCTO NASOLACRIMAL no MEATO INFERIOR. · ÍRIS · CONSTRIÇÃO: parassimpático. · DILATAÇÃO: simpático. · CORPO CILIAR · Produz o humor aquoso, mediador de acomodação. · CRISTALINO · Consiste em 1 núcleo duro e um córtex mole, circundado por 1 cápsula e fixo pela zônula. · AQUOSO · Drenado pela malha trabecular, no ângulo da câmara anterior entre a íris e a córnea. · RETINA · Fotorreceptores convertem energia luminosa em elétrica; transmitem energia elétrica p/ as céls ganglionares via interneurônios; · Axônios das céls ganglionares cruzam a superfície da retina e deixam o olho pelo disco óptico; · Os cones estão concentrados na mácula e são responsáveis por visão de alta qualidade. · ÓRBITA E VIA ÓPTICA · As paredes orbitárias medial e inferior são + delgadas; · O nervo óptico e a artéria oftálmica passam através do canal óptico; · O terceiro nervo supre os músc levantador, retos superior, inferior e medial, oblíquo inferior, além de ser responsável pela acomodação e pela contração pupilar; · O IV nervo supre o músc oblíquo superior; · O VI nervo supre o músc abducente; · Função dos músculos extra-oculares; · Reto medial: adução; · Reto lateral: abdução; · Reto superior e inferior: elevação e depressão; · Obliquo: rotação. · VIA VISUAL · Nervos ópticos chegam ao quiasma (fibras da retina nasal cruzam p/ o lado oposto) e dirigem-se ao trato óptico; · Ocorre 1 sinapse no corpo geniculado lateral; · Radiações ópticas seguem ao córtex occipital.
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