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1 1 •O tétano é causado pelo agente etiológico Clostridium tetani, é uma bactéria gram- positiva, anaeróbica. •Essa bactéria possui esporo subterminal fazendo com que tenha uma forma de raquete •A sua infecção se dá pela contaminação de feridas por meio de solo e fezes que possuem o agente etiológico •Após a cicatrização previa e contaminação por essas bactérias anaeróbicas ocorre a diminuição da tensão do oxigênio e vegetação dos esporos •A ferida pode ser difícil de ser localizada devido à sua cicatrização Os idosos e recém nascidos são mais acometidos quando se trata de humanos devido a baixa imunidade desses indivíduos •A bactéria fica presente na ferida onde produz toxinas que são a tetanosilina responsável pela necrose tecidual e tetanoespamina, neurotoxica, que por via nervosa vai até a placa motora e bloqueia os receptores do GABA na fenda sináptica •Esse neurotransmissor inibitório atua impedindo a contração exagerada dos músculo. Consequentemente sem esse inibidor ocorre então uma forte contratura muscular que pode levar o hospedeiro a morte por para respiratória •A postura de cavalete e o opistótono são característicos dessa doença justamente devido a esse acontecimento •Os animais mais susceptíveis são os equinos (solípedes), ovinos, suínos, bovinos e caninos. As aves são muito resistentes, pois não possuem gangliosídeos que servem como receptores para as toxinas • A bactéria é distribuída mundialmente e é encontrada facilmente no solos e fezes, bem como no intestino dos animais •A transmissão ocorre por cortes, sejam eles acidentais cirúrgicos, em decorrência do parto ou umbilicais. A letalidade em bovinos jovens é superior a 80%, mas a taxa de recuperação é alta em bovinos adultos Em equinos a letalidade varia muito entre áreas, sendo que em algumas, quase todos os animais morrem de forma aguda, enquanto que em outras, a taxa de letalidade está em torno de 50%. •Os primeiros sinais clínicos em alguns animais podem ser vaga rigidez e claudicação, postura de extensão da cabeça, postura de 2 2 cavalo de pau, orelhas e lábios retraídos em direção a nuca, cauda levantada, saliva espumosa acumulando-se na comissura labial, estrabismo ventrolateral, pupilas fixas e dilatadas e normalmente morrem durante convulsão terminal. •Um aumento generalizado da rigidez muscular é observado e se acompanha por tremor muscular. Há trismo com restrição dos movimentos mandibulares e prolapso da terceira pálpebra, além da rigidez dos membros posteriores que causa um andar errante e instável •O prolapso da terceira pálpebra fica exagerado pelo levantar do focinho ou abaixar a face. Os sinais adicionais incluem uma expressão ansiosa e alerta, crispada pela ereção das orelhas, retração das pálpebras e dilatação das narinas, e por respostas exageradas aos estímulos normais •A constipação é usual e a urina fica retida, em parte pela incapacidade de assumir a posição normal para urinar. À medida que a doença progride, a tetania muscular aumenta. As contrações musculares desiguais podem ocasionar o desenvolvimento de uma curvatura da coluna e desvio lateral da cauda •A marcha é dificultada e o animal fica propenso a cair. A queda ocorre com os membros ainda no estado de tetania e o animal pode se autotraumatizar. O opistótono é acentuado, os membros posteriores estão paralisados em abdução, com as pernas traseiras estendidas para trás e as dianteiras para frente •As convulsões ocorrem e, inicialmente, são estimuladas pelo som ou toque, mas logo ocorrem espontaneamente. Em casos fatais, quase sempre há um período transitório de melhora por algumas horas, antes de um espasmo tetânico grave, final, durante o qual a respiração fica suprimida, podendo levar o animal a morte. •No tétano, o diagnóstico laboratorial é semelhante ao botulismo, sendo a demonstração da neurotoxina o mais empregado. Entretanto, na maioria dos casos, o diagnóstico está baseado apenas na anamnese e na sintomatologia clínica, sem referência a testes laboratoriais •A cultura, quando possível (em AS, sobre condições de anaerobiose) deve ser realizada e a morfologia do C. tetani é caracterizado pela produção de um esporo terminal dando ao bacilo um formato de raquete de tênis. •O tratamento do tétano é realizado pela terapia suporte, transporte do animal num local escuro. O uso de antitoxina (equinos: 1.500- 3.000 UI, SC; bovinos: 3.000-9.000UI no local da ferida; caninos: 1.000 U, IM; ovinos: 200U, no corte da cauda em propriedades enzoóticas), uso de sedativos e antibióticos são recomendados. •A vacinação (2, 3 e 6 meses com reforço um ano após) e uso de antissoro são recomendados antes de procedimentos que possam levar ao desenvolvimento da enfermidade. •O relaxamento da tetania muscular pode ser propiciado pela sedação e manutenção do paciente em local tranquilo e obscuro. A terapia medicamentosa que pode reduzir os espasmos musculares consiste de clorpromazina (0,4 mg/kg de peso vivo), promazina (0,5-1mg/kg) ou acetilpromazina 0,05-0,1 mg/kg), duas vezes ao dia, durante 8-10 dias, até que os sinais graves desapareçam. 3 3 •Nas áreas enzoóticas, todos os animais suscetíveis devem ser imunizados ativamente com “toxóide”, uma toxina precipitada pelo alumínio e tratada pela formalina. Uma injeção confere proteção em 10 a 14 dias, persistindo por um ano, e a revacinação em 12 meses confere uma sólida imunidade por toda a vida. •Um programa mais intensivo de 2 vacinações com seis a oito semanas de intervalo seguidas por vacinação anual de reforço é preferido.
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