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ATOS ADMINISTRATIVOS - Direito Administrativo

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atos administrativos 
 
• FATO administrativo: qualquer acontecimento que, quando repercute juridicamente, é 
classificado como fato jurídico, podendo resultar de um evento da natureza ou de uma 
ação humana volitiva. 
• ATO da administração: qualquer ato praticado pela administração pública, no exercício 
de sua função constitucional. Aqui o ato pode ser regido pelo direito público ou pelo 
direito privado. 
• Ato administrativo: é espécie de ato jurídico emitido pela administração pública regido 
pelo direito público por meio do qual o Estado exprime uma declaração de vontade no 
exercício de prerrogativas públicas. 
• Classificação dos atos administrativos 
o Quanto ao plano da validade 
▪ Perfeito: cumpre todas as etapas de formação/constituição. Existe 
porque satisfaz todo o ciclo de formação. No Brasil é perfeito com a 
publicação (obs: quando se tratar de contrato administrativo, a 
publicação é condição de eficácia) 
▪ Válido: quando o conteúdo jurídico do ato encontra-se em 
conformidade com o ordenamento. A eventual invalidade do ato 
depende de declaração, seja da própria administração (autotutela), seja 
do judiciário. 
▪ Eficaz: quando o ato é capaz de produzir efeitos. Aqui tem-se a análise 
de termo é condição para produção de efeitos do ato (além da validação 
de quem o ato é destinado) 
o Formação da vontade 
▪ Simples: formado por uma única vontade, seja ela de órgão colegiado 
ou de órgão singular ou de um simples agente 
▪ Complexo: é formado por mais de uma vontade de mais de um agente. 
Essas vontades se somam no final. Ou seja, sem uma das vontades o ato 
administrativo não se completa, não é perfeito, todas as vontades são 
principais. Ex: nomeação de ministro para os tribunais (lista tríplice + 
Senado + presidente da república = todas as vontades são principais, 
sem qualquer uma delas não há o ato. 
▪ Composto: formado por uma vontade principal é outra acessória. 
o Quanto ao destinatário 
▪ Genérico/abstrato: não é para um indivíduo em específico, é geral. 
▪ Individual/concreto: identifica-se exatamente a quem o ato se aplica. 
o Quanto à liberdade 
▪ Discricionário: há juízo de conveniência e oportunidade pelo 
administrador. 
▪ Vinculado: juízo de conveniência e oportunidade não é feito pelo 
administrador, mas pela lei. 
o Quanto aos efeitos 
▪ Constitutivo: o ato cria novas situações jurídicas. Nesse caso, a atuação 
é discricionária, analisa a conveniência e oportunidade para proferir o 
ato. 
▪ Declaratório: o ato meramente reconhece uma situação jurídica já 
existente. A atuação da administração é vinculada. 
▪ Meramente enunciativo: os efeitos se limitam a transmitir juízo de 
conhecimento ou valor/opinião. Ex: certidão. 
 
o Quanto ao conteúdo 
▪ Autorização: ato unilateral, discricionário e precário. Cria uma situação 
jurídica nova, que não existia anteriormente. Conteúdo constitutivo. 
▪ Permissão: unilateral, discricionário e precário. A administração faculta 
a particular o uso privativo de bem público ou a prestação de serviço 
público (nesse caso por meio de contrato e de licitação). Conteúdo 
constitutivo. 
▪ Licença: reconhece direito subjetivo do administrado já resguardado 
em lei. Conteúdo declaratório. 
▪ Homologação: ato de controle de legalidade. 
▪ Aprovação: legalidade e conveniência. 
• Elementos do ato administrativo 
o Requisitos do ato administrativo. Desconfigura o ato administrativo se não 
houver qualquer um deles. 
o Competência 
▪ Análise feita segundo a apreciação da lei, que dispõe sobre as 
competências de cada cargo, sobre as atribuições de cada função. 
▪ A competência é irrenunciável, imodificável, improrrogável e 
imprescritível. 
▪ Vícios de competência: 
• Excesso de poder: espécie de abuso de poder. Ato fora e além 
da competência. Cabe convalidação do excesso de poder se não 
for competência em razão da matéria ou competência 
exclusiva. 
• Usurpação de função: espécie de abuso de poder. Agente 
pratica ato para o qual não detém competência. Fora das 
competências que possui. 
• Função de fato: terceiro não agente, apresenta-se como se 
agente público fosse. O terceiro é protegido, o falso agente 
responde nas vias criminais, cíveis e administrativas. 
▪ O vício de competência é vício de legalidade, torna o ato nulo. 
o Forma 
▪ Princípio da solenidade, é a condição para o ato produzir efeitos 
jurídicos. 
▪ Enfoque da exteriorização da vontade 
▪ Obediência à lei quando exige formalidades específicas 
▪ Procedimento administrativo prévio 
▪ Dever de motivação dos atos 
▪ Em regra, deve ser escrito. Exceção: casos expressos em lei. É o que 
ocorre para compras de pequeno valor para pronto pagamento em 
regime de adiantamento, que podem ser firmados, excepcionalmente, 
na forma verbal (lei 8.666/93, art. 60, §único) 
▪ Irregularidades sanáveis: cabe convalidação do vício de formalidade se 
a forma não é da essência do ato. 
▪ O silêncio não produz efeitos, salvo se a lei assim determinar. 
o Motivo 
▪ Razões de fato e de direito que justificam a edição do ato 
▪ Dupla exigência: materialidade Fátima (verdade) e fundamento legal 
correspondente. 
▪ Ato inválido, motivo: 1. Falso; 2. Inexistente; 3. Incompatível com o 
resultado; 4. Arbitrária valoração subjetiva. 
▪ Teoria dos motivos determinantes: uma vez expresso o motivo, a 
legalidade/legitimidade desse motivo vincula o resultado do ato. 
o Objeto 
▪ Resultado prático do ato, é o ato em si mesmo. 
▪ Conteúdo 
▪ Alteração no mundo jurídico desejada 
▪ Requisitos de validade do objeto: 
• Licitude: fazer o que a lei autoriza 
• Possível: no caso refere-se à possibilidade jurídica do ato 
• Determinável: o ato deve ser definido/determinado ou 
definível/determinável, nos termos do art. 104, II do CC 
o Finalidade 
▪ Objetivo final mediato (interesse público) e imediato do ato 
administrativo 
▪ A finalidade deve ser lícita 
▪ O desvio de finalidade ocorre quando o ato administrativo busca 
finalidade distinta daquela para a qual legalmente deveria servir 
▪ Ainda que se trate de finalidade legítima e justa sob um conceito geral, 
se diverge do fim disposto em lei, o ato será viciado no elemento 
finalidade 
o O elemento competência e o elemento forma podem ser convalidados. No 
elemento motivo e no elemento objeto há o mérito administrativo, onde o 
gestor público analisa a conveniência e a oportunidade. 
• Mérito administrativo 
o O mérito administrativo está nos elementos motivo e objeto do ato 
o Se o ato for vinculado, também os elementos motivo e objeto serão vinculados, 
mas se o ato for discricionário, a conveniência e a oportunidade é identificado 
nos elementos nos elementos objeto e motivo. 
• Extinção do ato administrativo 
o Cumprimento de seus efeitos 
o Desaparecimento do sujeito ou objeto (extinção objetiva ou subjetiva) 
o Retirada do ato pelo poder público (ato concreto) 
▪ Revogação: ato discricionário 
▪ Anulação: vício de legalidade 
▪ Cassação: há descumprimento de condições impostas para a 
manutenção do ato 
▪ Caducidade: superveniência de norma jurídica que torna inadmissível a 
situação exposta no ato 
▪ Contraposição: atos de competências diversas, mas com efeitos 
contrapostos 
o Renúncia 
• A convalidação só se aplica para atos anuláveis, aqueles nos quais o defeito pode ser 
corrigido sem problema maior (normalmente é possível nos elementos competência e 
MOTIVO =/= MÓVEL =/= MOTIVAÇÃO 
Motivo: situação objetiva 
Móvel: situação subjetiva 
Motivação: exposição do motivo 
forma). Para atos nulos não há a possibilidade de convalidação, a nulidade do ato é 
decorrente de lei. Entende, de regra, como nulos aqueles em que há vício no motivo, 
objeto e finalidade. 
 
 
Revogação Anulação 
 
Ilegalidade 
Conveniência e oportunidade (ato 
discricionário baseado num ato 
administrativo legal) 
Pelo judiciário ou pela própria administração 
(autotutela) 
Pela administração pública 
Efeito ex-tunc (retroativo) Efeito Ex-nunca (não retroativo) 
Ato de anular pode serampliativo ou 
restritivo 
Não cabe revogação: 
- Ato vinculado 
- Ato que esgotou efeito 
- Ato fora da órbita de competência do 
revogador 
 
Súmula 346 e 473, STF 
 
 
 
Elementos do ato Ato vinculado Ato discricionário 
Sujeito competente vinculado vinculado 
Forma vinculado vinculado 
Motivo vinculado discricionário 
Objeto vinculado discricionário 
Finalidade vinculado vinculado

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