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TECNICO_EM_FARMACIA

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TÉCNICO EM FARMÁCIA 
ESCOLA SANTA JULIANA 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À FAMÁCIA 
Prof. Thayse Agra 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO À FARMÁCIA 
- HISTÓRICO 
- EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA NO BRASIL 
- CONCEITOS BÁSICOS EM FARMÁCIA 
- NOÇÕES DA REALIDADE ATUAL E PERSPECTIVAS 
 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FARMÁCIAS E DROGARIAS 
- FARMÁCIA X DROGARIAS 
- REQUISITOS MINIMOS PARA FUNCIONAMENTO 
- FARMÁCIA COMUNITÁRIA 
- FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO 
- FARMÁCIA HOSPITALAR 
- FARMÁCIAHOMEOPÁTICA 
 
BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS 
 
INTRODUÇÃO À MEDICAMENTOS 
- MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA, GENÉRICO E SIMILAR 
- CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
- BULAS E EMBALAGENS 
 
CENTRAIS DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO (CAF’S) 
- FARMÁCIA CENTRAL 
- FARMÁCIA SATÉLITE 
- FARMÁCIA DE QUIMIOTERÁPICOS 
- FARMÁCIA DE URGÊNCIA E EMERGENCIA 
 
POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS 
- RENAME 
- REMUNE 
- FARMÁCIA POPULAR 
 
FUNCIONAMENTO DE FARMÁCIAS 
- LEIS, PORTARIAS 
- RDC’S E NORMATIVAS 
 
 
 
INTRODUÇÃO À FARMÁCIA 
 
- O curso tem o objetivo formar um profissional completo e capaz para atuar nas 
áreas de: farmácia hospitalar, de manipulação, farmácia convencional bem como em 
laboratórios, indústrias, entre outros. E a disciplina Introdução à farmácia serve para 
aproximar o aluno aos termos técnicos, facilitando a sua atuação no mercado. 
 
 HISTORIA DA FARMÁCIA 
Período pré-histórico 
. Plantas com propósitos medicinais 
. Doenças com explicação mística 
 
Hipócrates: Pai da medicina 
. Teoria dos humores 
Para explicar a etiologia das doenças usava-se a teoria humoral, que é apresentada 
nos tratados “Da natureza do homem” e “Dos humores” do CH. Havia quatro humores 
básicos na constituição corporal (bile amarela, bile negra, fleuma e sangue). 
 
 
 
 
 
Todas as partes líquidas e sólidas do corpo seriam compostas por uma mistura de 
tais humores. Não é uma doutrina isolada que versa apenas sobre etiologia das doenças ou 
sobre a constituição do corpo humano. Toda fisiologia normal dependia do equilíbrio 
dinâmico desses humores. O excesso de qualquer um destes causam perturbações que 
implicam no desequilíbrio corporal (caracterizando-se aí a doença). 
 
Galeno: Pai da farmácia 
. Combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham 
diretamente aos sinais e sintomas das enfermidades. 
. Do ponto de vista farmacêutico, a grande linha de força do galenismo foi a 
transformação da patologia humoral numa teoria racional e sistemática, em relação a qual 
se tornava necessário classificar os medicamentos. 
 
Século II 
. Árabes fundam a primeira escola de farmácia 
. Criada nesse período uma legislação para o exercício da profissão 
 
Século X 
. Medicina e farmácia uma única profissão 
. Conhecimento e desenvolvimento da área de saúde 
. Separação d medicina da farmácia no ano de 1240 d.C. 
 
Século XIII 
. Primeiros boticários surgiram, no entanto as especiarias utilizadas para fins 
farmacêuticos já existiam. 
. Os boticários manipulavam e produziam os medicamentos na frente dos pacientes 
de acordo com a prescrição médica. 
. As boticas também eram utilizadas para o preparo de perfumes. 
. Regimento dos boticários: Elaborado em Lisboa, consistia de uma série de 
obrigações dos boticários, mas não determinava suas funções e direitos. 
 
 
 
 
- SIMBOLOGIA E SEU SIGNIFICADO 
 
A taça com a serpente enrolada é conhecida 
internacionalmente como símbolo da profissão farmacêutica. 
Sua origem remonta à antiguidade, sendo parte das 
histórias da mitologia grega. Segundo literatura antiga, o 
símbolo da farmácia ilustra o poder (cobra) da cura (taça). 
 
 
 EVOLUÇÃO DA FARMÁCIA NO BRASIL 
 
. Governador Thomé de Souza trouxe o primeiro boticário de Portugal – Diogo de 
Castro. 
. Em 1640, as boticas foram autorizadas a funcionar como comércio e se 
multiplicaram. 
. Escola de Farmácia de Ouro preto/MG foi a mais antiga escola de farmácia do 
Brasil e da América do Sul, como unidade individualizada, desvinculada do curso de 
medicina. (Porque a do RJ e BA era vinculada as academias de medicina). 
 
 CONCEITOS BÁSICOS EM FARMÁCIA 
No universo farmacêutico constantemente utilizamos termos que acabamos 
incorporando ao nosso cotidiano. No entanto, muitas vezes, empregamos esses termos sem 
saber exatamente o seu significado. Para ajudá-lo a esclarecer dúvidas, abaixo 
está relacionado alguns termos e conceitos importantes. 
 Droga (drug= droga, remédio, medicamento): substância ou matéria-prima 
que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária. 
 Fármaco (pharmakon= fármaco): estrutura química conhecida; propriedade 
de modificar uma função fisiológica já existente. 
 Medicamento (medicamentum= remédio): produto Farmacêutico, 
tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins 
de diagnóstico. 
 
 
 Remédio: é todo agente que produz cura ou alívio para a dor ou sofrimento. 
Por exemplo: medicamento, chá, banho de sol, massagem, dieta, psicoterapia e outros. 
 Matéria-prima: substância ativa ou inativa que se emprega na fabricação dos 
medicamentos e demais produtos abrangidos pelo Regulamento Técnico de BPM da ANVS 
tanto a que permanece inalterada, quanto a passível de modificações. 
 Princípio ativo (p.a.): é o fármaco (substância química definida), responsável 
pelo efeito farmacológico (ou terapêutico). 
 Correlato: substância, produto, aparelho ou acessório não enquadrado nos 
conceitos anteriores, cujo uso ou aplicação esteja ligado à defesa ou a proteção individual ou 
coletiva, a higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins de diagnóstico e analítico, os 
cosméticos e perfumes, e ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, 
odontológicos e veterinários. 
 Receita: prescrição escrita de medicamento, contendo orientação de uso para 
o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado, quer seja de formulação 
magistral ou produto industrializado. 
 Fórmula: é a descrição de um ou mais fármacos (ou drogas). Também pode 
conter vários aditivos (inertes) como - veículos (água, álcool, óleo mineral, NaCl, 
propilenoglicol, glicerina) e excipientes (lactose, talco, vaselina, cera); edulcorantes (aroma e 
sabor); conservantes (benzoato de sódio, metilparabeno, propilparabeno, tocoferol, ácido 
ascórbico) e outros. 
 Forma farmacêutica: forma do medicamento no mercado. Por exemplo: 
comprimido, cápsula, suspensão, solução (aquosa, oleosa), pomada, creme, unguento, 
supositório, pastilha, enema, óvulo, xarope, elixir, injetável, emplasto, adesivo, e outros. 
 Dispensação: ato de fornecimento ao consumidor de drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 NOÇÕES DA REALIDADE ATUAL E PERSPECTIVAS DE FARMÁCIA EM 
ALAGOAS, BRASIL E OUTROS PAISES. 
 
 As farmácias e drogarias estão em alta. A receita dos estabelecimentos que vendem 
artigos de saúde, beleza e higiene pessoal foi uma das que mais cresceram entre os vários 
setores do varejo. “O crescimento da venda e distribuição de medicamentos, o aumento da 
população, seu envelhecimento, o aumento do acesso à saúde, de convênios médicos e de 
programas do governo, como a Farmácia Popular, são fatores que contribuem para isso”. “A 
tendência é as redes aumentarem e as independentes diminuírem”. Essa projeção, no 
entanto, é contestada pelas entidades que falam em nome dos pequenos empresários do 
setor. 
Tudo isso mostra que o varejo farmacêutico é um ramo que apresenta desafios, 
mas também grandes oportunidades para o pequeno empresário, pois o setor deve 
permanecer bastante dinâmico nos próximos anos. Segundo dados da IMS Health, o Brasil 
está a caminho de se tornar o quarto mercado de varejo farmacêutico do mundo. 
As grandes redes seguem com planos de abertura de novas lojas, mas com o desafio 
de encontrar bonspontos em cidades grandes e desenvolver formatos apropriados às 
cidades menores. Por outro lado, as lojas independentes e pequenas redes buscam 
diferentes tipos de modelos para ganhar poder de barganha e eficiência no negócio, como o 
associativismo, franquias ou incorporação em franquias existentes e especialização como 
forma de capturar clientela segmentada. 
 
 
Estados Unidos: Farmácias parecendo supermercados (alimentos, brinquedos, 
material de limpeza, etc.). Medicamentos que no Brasil só são vendidos com retenção de 
receita, lá são comercializados sem receita e alguns medicamentos são proibidos a venda, 
diferente do Brasil (Dipirona). Venda de cigarros é permitida. 
 
Itália: Medicamentos só são vendidos com a apresentação de receita médica, 
automedicação, é impossível a não ser pelos produtos homeopáticos onde a venda e 
liberada, o velho analgésico você só compra se o farmacêutico que lhe atender julgar que é 
necessário o uso da substância, de acordo com o que você falar que está sentindo, ai pode 
 
 
ser que ele venda. Por falar em farmacêutico, é só o que vamos encontrar trabalhando nas 
farmácias, nada de operadores de caixa, balconistas ou serviços gerais. O profissional 
formado para prestar atenção farmacêutica, também é encarregado de limpar o chão, 
registra no caixa e despacha no balcão. 
 
- PAPEL DO TÉCNICO DE FARMÁCIA (FUNÇÕES INERENTES) 
 
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO CARGO: 
 Técnico de farmácia é uma profissão onde o profissional recebe, tria, armazena e 
dispensa medicamentos. No ramo industrial ou laboratorial, auxilia o preparo de produtos e 
atua no controle de equipamentos e materiais. Ainda pode trabalhar em farmácias 
homeopáticas, hospitalares e manipulação. O técnico em farmácia comunitária atua sob 
observação do farmacêutico. 
 
DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES TÍPICAS DO CARGO 
• Realizar tarefas simples em farmácias, estocando e manipulando produtos já preparados 
para auxiliar o farmacêutico. 
• Colocar etiquetas nos remédios, produtos e outros preparados farmacêuticos. 
• Armazenar os produtos, para facilitar a manipulação e controle dos mesmos. 
• Abastecer as prateleiras com os produtos, para permitir o rápido e permanente 
atendimento. 
• Zelar pela limpeza das prateleiras, balcões e outras áreas de trabalho, para mantê-los em 
boas condições de uso. 
• Efetuar atendimento verificando receitas, embrulhando e entregando os produtos, para 
satisfazer os pedidos. 
• Registrar os produtos fornecidos, para possibilitar os controles financeiros e 
estocagem. 
• Utilizar recursos de informática. 
• Executar outras tarefas de mesma natureza e nível de complexidade associadas ao 
ambiente organizacional. 
 
 
 
Entre os conhecimentos necessários, é preciso saber interpretar as bulas e conhecer 
as ações dos medicamentos, diferenciar receita controlada da não controlada, além de como 
fazer o atendimento ao público. 
Já entre as habilidades profissionais, é preciso que o auxiliar de farmácia seja 
desinibido, mas que fale educadamente sempre. “Ele deve saber se portar bem no ambiente 
de trabalho, falar corretamente e não usar gírias. Por se tratar da área de saúde, é preciso 
que o cliente tenha confiança no profissional, então ele precisa ter essas características para 
fazer um bom atendimento”, 
 
- PRINCIPAIS ÁREAS DE ATUAÇÃO 
Pode ser atendente de balcão em farmácias de todos os portes. 
Pode atuar em farmácias hospitalares, postos de saúde e empresas da área 
farmacêutica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FARMÁCIAS E 
DROGARIAS 
 
 
- REQUISITOS MÍNIMOS PARA ABERTURA DE UMA FARMÁCIA: 
 
Localização 
 Para abrir uma farmácia, é fundamental a escolha adequada do ponto. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde, a área de abrangência de atendimento de uma drogaria 
deve ter pelo menos 10 mil clientes potenciais. Portanto, deve-se pesquisar bem antes de 
adquirir ou alugar um imóvel e verificar quantas farmácias existe na região a fim de conhecer 
o tamanho de sua concorrência. Lembre-se que a boa rentabilidade é resultado de uma 
conjunção de fatores que envolvem principalmente o local em que foi instalado o 
estabelecimento. Locais de grande densidade populacional são ideais, mas não esqueça que 
existem exigências e restrições à instalação de farmácias e drogarias. 
 
Estrutura 
 A estrutura básica deve contar com uma área bem arejada e clara, dividida em 
espaços para o estoque, recepção do cliente e aplicação de injeções etc. 
 
Equipamentos 
- Balcões; 
- Prateleiras; 
- Vitrines; 
- Computadores; 
- Móveis; 
- Materiais e equipamentos hospitalares em geral etc. 
 
 
 
Investimentos 
 Os investimentos variam de acordo com a estrutura a ser montada pelo 
empreendedor, podendo ficar em torno de R$ 100.000,00. 
 
Mão de obra 
O número de funcionários irá variar de acordo com a estrutura do 
empreendimento. Para começar, pode-se contar com: dois balconistas, um farmacêutico e o 
dono. 
 
 
- REQUISITOS MINIMOS PARA FUNCIONAMENTO 
 
I - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA; 
II - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; 
III - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de 
Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; 
IV- Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia 
da respectiva jurisdição; e 
V - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as 
especificidades de cada estabelecimento. 
 
- FARMÁCIA X DROGARIAS 
Drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, 
insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais (ANVISA). 
Farmácia: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de 
comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o 
de dispensação e o de atendimento privativo em unidade hospitalar ou de qualquer outro 
equivalente de assistência médica (ANVISA). 
Em 11 de agosto, a Lei nº 13.021/14, muda o conceito de farmácia no Brasil: 
farmácias e drogarias deixam de ser meros estabelecimentos comerciais para se transformar 
 
 
em unidades de prestação de assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação 
sanitária individual e coletiva 
 
TIPOS DE FARMÁCIAS 
 
- FARMÁCIA COMUNITÁRIA 
A Farmácia Comunitária ou Farmácia de Oficina é um estabelecimento aberto ao 
público onde se efetua a cedência de medicamentos e outros produtos de saúde e onde se 
prestam serviços de saúde. 
Na farmácia comunitária a população tem acesso a medicamentos (medicamentos 
sujeitos a receita médica, medicamentos não sujeitos a receita médica e medicamentos 
manipulados), medicamentos e produtos homeopáticos, medicamentos e produtos 
veterinários, dispositivos médicos, suplementos alimentares e produtos de alimentação 
especial, produtos fitoterapêuticos, produtos de cosmética e higiene corporal, artigos de 
puericultura e artigos de conforto. 
Tendo em conta as características de proximidade à população e disponibilidade de 
horário, a farmácia comunitária é muitas vezes o primeiro local a que o doente recorre para 
aconselhamento sobre saúde. 
A evolução do conceito de farmácia comunitária em Portugal vai ao sentido desta 
ser considerada cada vez mais um espaço de saúde, em que para além do medicamento e do 
aconselhamento com ele relacionado, se prestam outros serviços farmacêuticos, 
nomeadamente a medição de parâmetros bioquímicos e fisiológicos (tensão arterial, 
glicemia, colesterol, ácido úrico, INR…), administração de medicamentos e de vacinas não 
incluídas no Plano Nacional de Vacinação, apoio domiciliário, programas de Cuidados 
Farmacêuticos e campanhas de informação e educação para a saúde. 
 
- FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO 
A farmácia de manipulaçãoé um estabelecimento que visa fabricar e vender 
medicamentos para a população. Obtém as fórmulas manipuladas à solicitação de uma 
receita médica. 
No passado as farmácias não existiam, quando a população precisava de remédios 
elas se dirigiam as Boticas. No século X a medicina e a farmácia eram só uma profissão, o 
 
 
boticário era quem atendia os pacientes em casa, fazia o diagnóstico e receitava os 
remédios. A história da farmácia de manipulação começa nesse período. 
A grande vantagem dessas farmácias é obter tratamentos personalizados, apenas 
com a manipulação, os medicamentos são produzidos exatamente com as necessidades de 
cada paciente, como por exemplo: 
“Um dermatologista, dificilmente, vai receitar a mesma dosagem de ácido retinoico 
(composto usado para melhorar o aspecto das manchas na pele, diminuir oleosidade e 
problemas de acne) para duas pessoas, pois cada pele é diferente da outra.” 
 Existe também a possibilidade da junção de dois medicamentos, facilitando a 
administração. 
 
 
Principais cuidados nos laboratórios de manipulação 
 
- Em relação ao uso da área dos laboratórios de manipulação, não pode ser permitido entrar 
ou permanecer nela sem paramentação, ou seja, sem utilizar os Equipamentos de Proteção 
Individual (EPIs). 
- Da mesma forma, outros cuidados são muito importantes e devem ser observados pelos 
manipuladores, visitantes e farmacêuticos que forem entrar ou permanecer nos 
laboratórios, tais como: não fumar, não mascar chicletes, comer ou beber. Muito menos 
tossir, espirrar e pentear ou tocar os cabelos. 
- Caso seja inevitável, você deverá sair da área de laboratório, proceder à nova higienização 
das mãos e troca das luvas, não se esquecendo de trocar a máscara caso tenha tossido ou 
espirrado. 
- Em hipótese nenhuma o manipulador deve se esquecer de manter as unhas das mãos 
aparadas e se lembrar de não usar esmaltes. Caso contrário, ficará impossibilitado de 
realizar suas atividades. 
- Cuidados com a higiene pessoal são importantes, pois a área dos laboratórios deve ser uma 
área asséptica. Portanto, não devemos ser uma fonte de contaminação. 
- O uso de perfumes também deve ser considerado, pois o seu aroma pode fixar em uma 
formulação indevidamente. 
- Manipuladores com doenças infectocontagiosas ou lesões superficiais não devem 
 
 
permanecer na área dos laboratórios. O ideal é que sejam afastados temporariamente da 
atividade de produção ou, dependendo da gravidade, do serviço, mediante apresentação de 
atestado médico. 
Casos de antidoping: Jogador de futebol e nadador César cielo, pelo uso de 
furosemida (diurético/anti-hipertensivo). 
 
 
- FARMÁCIA HOSPITALAR 
Para se falar de Farmácia Hospitalar é preciso primeiro conhecer um pouco do seu 
histórico, pois assim será possível compreender melhor o que está ocorrendo no Brasil de 
hoje e o que provavelmente acontecerá no futuro. A primeira farmácia hospitalar que se 
tem registro data de 1752em um hospital da Pensilvânia (EUA), na qual foi apresentada a 
primeira proposta de padronização de medicamentos. No Brasil, as farmácias hospitalares 
mais antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Militares, onde o 
farmacêutico manipulava os medicamentos dispensados aos pacientes internados, obtidos 
de um ervanário do próprio hospital. 
Com a industrialização do medicamento, surgindo assim o fármaco pronto para uso, 
houve uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de forma parecida o farmacêutico de 
hospital. Por que ter um farmacêutico em uma casa de saúde para produzir medicamentos 
se este produto pode ser comprado pronto? E assim esse profissional praticamente 
desapareceu dos hospitais, só permanecendo nas instituições de grande porte. 
Em 1975 a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) introduziu no currículo do 
curso de farmácia a disciplina Farmácia Hospitalar, tornando-se mais tarde uma realidade 
em diversas universidades. Além disso, em 1980 foi implantado o curso de pós-graduação 
em Farmácia Hospitalar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
A atuação da farmácia hospitalar se preocupa com os resultados da assistência 
prestada ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços. Como unidade 
clínica, o foco de sua atenção deve estar no paciente, nas suas necessidades e no 
medicamento, como instrumento. 
 
 
 
 
 
Funcionamento 
Podemos destacar 02 tipos de sistemas de dispensação de medicamentos, sendo: 
 1. Dose Coletiva 
 É o sistema pelo qual a farmácia fornece materiais e medicamentos, atendendo a 
um pedido feito pela unidade solicitante. Estas requisições são feitas em nome de setores, e 
não de pacientes, gerando total descontrole do uso. Na Dose Coletiva, a farmácia se torna 
um mero fornecedor de medicamentos, ocorrendo armazenamento em estoques 
descentralizados e retirando da farmácia a atividade de dispensação. 
Vantagens: – As movimentações do estoque são registradas com facilidade; 
 – Custo de implantação muito baixo; 
 – Baixo número de colaboradores na farmácia; 
 – Horário de funcionamento da farmácia fica reduzido. 
 
Desvantagens: – Formação de subestoques; 
 – Dificuldades no controle logístico dos estoques; 
 – Erros de administração de medicamentos; 
 – Maior quantidade de perdas; 
 – Dispensação feita pela enfermagem: desvio de atividade. 
 
2. Dose Individualizada/Dose Unitária. 
Sistema de dispensação existente nos Estados Unidos, já desde os anos 60, 
apresentando inúmeras vantagens em relação aos outros modelos, principalmente pelo 
controle que proporciona à Farmácia, no que se refere ao consumo de medicamentos. Neste 
sistema os medicamentos são dispensados de acordo com a prescrição médica, sendo 
separados e identificados pelo nome do paciente, nº do leito e horário de administração. 
 
Objetivos: – Integrar o farmacêutico à equipe multidisciplinar; 
 – Medicamento correto na hora certa; 
 – Reduzir incidência de erros de administração de medicamentos; 
 
Vantagens: – A Farmácia centraliza os estoques; 
 – Quantidade reduzida de estoques, se comparado com a Dose Coletiva; 
 
 
 – Menor quantidade de perdas e desvios; 
 – Possibilidade de garantia de qualidade. 
 – Segurança na farmacoterapia: otimizada; 
 – Redução dos custos; 
 – Disponibiliza maior tempo para a enfermagem se dedicar ao paciente; 
 – Promove a Instituição: qualidade; 
 
Desvantagens: – Farmácia funciona em horário integral; 
 – Custo de implantação, embora seja facilmente recuperado a curto 
ou médio prazo; 
 – Investimento em contratação de colaboradores e treinamento. 
 
 
 
- FARMÁCIA HOMEOPÁTICA 
 
Desde a Grécia Antiga, a Medicina possui duas correntes terapêuticas, 
fundamentadas no princípio dos contrários e no princípio dos semelhantes. Em 
consequência do princípio dos contrários surgiu a chamada Alopatia e a própria Fitoterapia, 
que buscam suprimir os sinais e sintomas das doenças com substâncias (sintéticas ou 
naturais) que atuem “contrariamente” aos mesmos (“anti-”) (Ex: anti-inflamatório para a 
inflamação, antiácido para a acidez, antidepressivo para a depressão, antitérmico para a 
febre, etc.). 
Samuel Hahnemann criou, baseando-se no princípio dos semelhantes (semelhante 
cura semelhante), medicamentos homeopáticos. 
O médico homeopata tem como finalidade encontrar um medicamento que foi 
capaz de causar nos indivíduos sadios sintomas semelhantes (“homeo”) aos que se desejam 
combater nos indivíduosdoentes, estimulando o organismo a reagir contra a sua 
enfermidade. 
As ultradiluições das substâncias (medicamento dinamizado) são utilizadas com o 
intuito de diminuir o poder patogenético das mesmas, evitando uma possível agravação dos 
sintomas quando se administram doses fortes de uma substância que causa sintomas 
 
 
semelhantes aos do paciente, de forma análoga às doses infinitesimais da imunoterapia 
clássica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOAS PRÁTICAS FARMACÊUTICAS 
 
Boas práticas farmacêuticas é o conjunto de técnicas e medidas que visam 
assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos 
serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional 
desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. A ANVISA pretende 
promover o uso racional de medicamentos e resgatar o direito à informação ao cidadão por 
profissionais habilitados e qualificados, bem como reduzir a automedicação e o uso abusivo 
de medicamentos. 
As RDCs n°s 44 / 2009 e 41 / 2012 atualizam e tornam mais claras as regras para o 
comércio de medicamentos e produtos em farmácias e drogarias, assim como para a 
prestação de serviços exercida por esses estabelecimentos. Estabelece os critérios e 
condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle 
sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da 
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. 
Procedimentos Operacionais Padrões (POP’s) é um documento utilizado para 
estabelecer uniformidade na execução de um processo ou função em farmácias, drogarias, 
laboratórios... 
Os Procedimentos Operacionais Padrão (POP’s) são instruções detalhadas descritas 
para alcançar a uniformidade na execução de uma função específica. O POP deve ser escrito 
de forma detalhada para garantir padronização, seja na produção ou na prestação de um 
serviço. 
Cada documento deverá fazer parte de uma relação-padrão. Alguns itens devem 
estar contemplados em seu formato, tais como: cabeçalho contendo o tipo do documento, 
título, código, logotipo da empresa ou instituição, área responsável, responsáveis, datas da 
elaboração, aprovação e autorização, objetivos, campo de aplicação, abrangência ou 
aplicabilidade, responsabilidades, abreviações, definições, descrição dos procedimentos, 
referências e anexos. 
 
 
 
Alguns pontos importantes a serem verificados numa farmácia ou drogaria serão 
estudados. Seguem abaixo. 
 
1. COMERCIALIZAÇÃO 
- Produtos regularizados pela ANVISA (plantas medicinais, drogas vegetais, 
cosméticos, perfumes, produtos de higiene, produtos médicos e diagnósticos, produtos 
alimentícios: Alimentos para dietas com restrição de nutrientes ou açúcar; para controle de 
peso; para lactentes, idosos e fórmulas infantis; vitaminas isoladas, chás, mel, própolis). 
2. MEDICAMENTOS 
- Medicamentos de venda livre (sem retenção de receita). 
- Medicamentos de venda controlada (com retenção de receita: antibióticos, 
ansiolíticos, antidepressivos, retinóides...). 
3. DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
- Promover a dispensação conforme receituário médico ou solicitação do cliente. 
- Observar sempre nome do medicamento, concentração e quantidade apropriada 
para o tratamento. 
 - Não poderão ser dispensadas receitas ilegíveis ou que possa induzir a erro ou 
troca na dispensação. 
- Prestar informações quanto a orientação da posologia, interações medicamentosas, 
reações adversas, conservação do produto... 
4. ARMAZENAMENTO 
Instalações, espaço, temperatura, facilidade de locomoção e identificação dos 
medicamentos e correlatos. 
5. SERVIÇOS AUTORIZADOS 
Atenção farmacêutica, perfuração do lóbulo da orelha, campanhas educativas, 
aplicação de injetáveis registrados em livros... (serviços podem ser cobrados ou não) 
6. TREINAMENTOS REGISTRADOS 
- Treinamento/capacitação dos funcionários. Descrição das atividades, data, carga 
horária... 
7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
- Admissão do profissional (exame admissional e exames periódicos). 
 
 
- Responsabilidades e atribuições (Técnico em farmácia: Ser atencioso, saber ouvir, 
ser comunicativo, efetuar a primeira conferencia das receitas, organização, não dispensar 
medicamento se não entender a receita). 
8. PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA SAÚDE (PGRS) 
- Tem como objetivo proteger a saúde humana e qualidade ambiental. Engloba 
aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, 
transporte, tratamento e disposição final, bem como proteção da saúde pública. 
- Na farmácia são gerados resíduos do grupo D (resíduos que não apresentem risco 
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados 
aos resíduos domiciliares) e resíduos do grupo E (materiais perfurocortante escarificante, 
tais como: lâminas de barbear, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, 
pontas diamantadas, lâmina de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e 
lamínulas etc.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEDICAMENTO 
 
 
O primeiro esclarecimento que se faz necessário é diferenciar “fármaco” de 
“medicamento”. 
Fármaco é toda substância ativa farmacologicamente, ou seja, que promove um 
efeito farmacológico quando administrada a um organismo. É a substância pura, que irá ser 
a responsável pelo efeito. 
Medicamento é empregado para o produto farmacêutico final que contém um ou 
mais fármacos, além de várias outras substâncias com as mais diversas funções, mas que não 
contribuem para o efeito farmacológico. 
Para ficar clara a diferença, vamos citar um exemplo: 
Alivium® Suspensão Gotas 100mg/mL: 
Cada mL (10 gotas*) de suspensão gotas contém: 
Ibuprofeno..................................................................................100mg 
Veículo q.s.p. .................................................................................1mL 
*Cada 1 gota contém 10mg de Ibuprofeno. 
(goma xantana, glicerol, benzoato de sódio, ácido cítrico, propilenoglicol, aroma artificial de 
frutas, sorbitol, sacarina sódica, ciclamato de sódio, dióxido de titânio, sucralose e água). 
Apenas o Ibuprofeno tem ação antipirética e analgésica. Todas as outras 
substâncias apresentam um papel secundário, sendo responsáveis por características da 
forma farmacêutica, essas outras substâncias que não são apresentam efeito farmacológico 
e entram na composição apenas como conservantes, secantes, agregantes, agentes de 
revestimento, etc., são conhecidas como excipientes. No conjunto, o fármaco e os 
excipientes formam o “medicamento”. 
Pois bem, se você já sabe a diferença entre fármaco e medicamento, vamos avançar 
no nosso aprendizado e conceituarmos outros termos muito utilizados no dia-a-dia da 
farmácia: “forma farmacêutica” e “via de administração”. Como já falamos, um fármaco 
precisa ser misturado com várias outras substâncias para chegar ao medicamento. No final 
da preparação do medicamento, o produto toma uma forma, a chamada “forma 
farmacêutica”. 
 
 
Forma farmacêutica é, portanto, a forma física que o medicamento adquire. Para 
facilitar a compreensão, vamos dividir as formas farmacêuticas em sólidas, semissólidas e 
líquidas. 
Os medicamentos nas formas farmacêuticas sólidas apresentam-se como um sólido, 
como no caso dos comprimidos, cápsulas, drágeas, pós, adesivos, supositórios, pastilhas, 
óvulos, etc. Quando adquire uma forma farmacêutica semissólida, o medicamento 
apresenta-se num aspecto de gel ou geleia, como no caso dos cremes, pomadas, pastas, 
géis, geleias, etc. E as formas farmacêuticas líquidas são representadas pelas soluções, 
suspensões, xampus, enema, colutórios, líquidos para injeção, etc. 
Agora que já sabemos o que é forma farmacêutica, vamos estudar as VIAS DE 
ADMINISTRAÇÃO. Todo medicamento precisa ser introduzidono organismo para que libere 
o fármaco, que será o responsável pelo efeito. Como, ou melhor, pode onde, administrar os 
medicamentos? A resposta é: pelas diferentes vias de administração. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
- É o local de “entrada” do medicamento em um organismo. 
- Enteral (Oral - Via trato digestivo), Parenteral (Intradérmica, subcutânea, 
intramuscular e endovenosa), inalatória e Via tópica (Retal, ocular, intranasal e dérmica). 
Por exemplo, um comprimido deve ser utilizado pela via oral, um xampu deve ser 
utilizado pela via tópica. 
 
VIAS DO PROCESSO DE ABSORÇÃO 
- Via enteral: é aquela na qual o medicamento inicia o processo de absorção a partir 
de qualquer uma das porções do trato gastrintestinal (TGI). 
- Via parenteral: Quando o medicamento não utiliza o TGI como ponto de início da 
absorção. 
 
Benjamin Bell, em 1858, desenvolveu o método de utilização de uma agulha 
adaptada a uma seringa para injetar medicamentos diretamente no interior de tecidos. A 
prática recebeu o nome de injeção. 
 
 
 
*A via oral é a mais segura, econômica e conveniente. As desvantagens são a 
limitação da absorção, êmese (que significa “vômito”), destruição do fármaco por enzimas 
digestivas ou pelo pH gástrico (que é acido), irregularidades de absorção e passagem do 
fármaco pelo fígado. 
*Nas vias parenterais diretas, geralmente há disponibilidade do fármaco de forma 
mais rápida, ampla e previsível. As desvantagens é a necessidade de se manter a assepsia no 
local da administração, a dor provocada e a impossibilidade na automedicação. 
* Biodisponibilidade: é a velocidade e extensão com que uma substância ativa é 
liberada a partir de uma forma farmacêutica e se torna disponível na circulação. 
 
QUANTO AO LOCAL DE AÇÃO 
Os medicamentos podem ser de: 
• Ação local: apresentam ação diretamente sobre o local de aplicação. 
Ex: pomada, aplicada sobre a pele, como Neomicina + Bacitracina®, Furacin®, Bepantol®, 
Dermoderme®. 
• Ação sistêmica: o medicamento precisa entrar na corrente sanguínea para atingir 
seu local ou sítio de ação. Como por exemplo, as injeções, que quando aplicadas, chegam 
direto no sangue, exercendo os efeitos desejáveis. 
Exemplo: Mesigyna® (anticoncepcional injetável). 
 
 
PRINCIPAIS ERROS DE MEDICAÇÃO 
- Erros de prescrição. 
- Erros de dispensação. 
- Erros de administração. 
 
QUANTO A FORMA DE LIBERAÇÃO 
- Liberação imediata: tipo de liberação de formas farmacêuticas que não são modificadas 
intencionalmente por um desenho de formulação especial e/ou método de fabricação. 
 - Liberação prolongada: tipo de liberação modificada de formas farmacêuticas que permite 
pelo menos uma redução na frequência de dose quando comparada com o medicamento 
 
 
apresentado na forma de liberação imediata. É obtida por meio de um desenho de 
formulação especial e/ou método de fabricação. 
- Liberação retardada: tipo de liberação modificada de formas farmacêuticas que apresenta 
uma liberação retardada do princípio ativo. A liberação retardada é obtida por meio de um 
desenho de formulação especial e/ou método de fabricação. As preparações 
gastrorresistentes são consideradas formas de liberação retardada, pois são destinadas a 
resistir ao fluido gástrico e liberar o princípio ativo no fluido intestinal. 
 
 
DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE MEDICAMENTOS 
 
- MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA 
O medicamento de referência é um medicamento inovador, ou seja, um novo 
medicamento. A indústria farmacêutica gasta mais de dez anos em pesquisas que consomem 
milhões de dólares para o desenvolvimento de um único medicamento. Protegido por leis de 
propriedade industrial e inovação, todo novo produto farmacêutico é patenteado, o que 
permite à indústria detentora do registro de patente a exploração comercial do 
medicamento inovador por vinte anos. Após a expiração da patente, outras indústrias 
farmacêuticas podem copiar a fórmula de um medicamento inovador, que agora passa a se 
chamar medicamento de referência, pois ele é a referência para a cópia. O medicamento 
“copiado” pode ser um medicamento similar ou um medicamento genérico. 
 
- MEDICAMENTO GENÉRICO: 
O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo princípio ativo, na 
mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma 
posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência. O medicamento genérico 
apresenta eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência podendo, com 
este, ser intercambiável. 
 
 *A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência 
pelo seu genérico é assegurada por testes de equivalência terapêutica, que incluem 
 
 
comparação in vitro, através dos estudos de equivalência farmacêutica e in vivo, com os 
estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
 
Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na qual se 
lê "Medicamento Genérico". Além disso, contém em sua embalagem a frase “Medicamento 
Genérico Lei nº 9.787/99”. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem 
é o princípio ativo do medicamento. 
 
 
Quais as vantagens dos medicamentos genéricos? 
 Disponibilizar medicamentos de menor preço, uma vez que o medicamento genérico 
deve ser no mínimo, 35% mais barato que o medicamento de referência; 
 Reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada de medicamentos 
concorrentes (genéricos); 
 Contribuir para aumento do acesso aos medicamentos de qualidade, seguros e 
eficazes. 
 
 
- MEDICAMENTO SIMILAR: 
Medicamento similar é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios 
ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia 
e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal 
responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao 
tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e 
veículo, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. 
 
*Os medicamentos genéricos e similares podem ser considerados “cópias” do 
medicamento de referência. Para o registro de ambos os medicamentos, genérico e similar, 
há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade relativa e 
equivalência farmacêutica. 
 
 
Desde sua criação, o medicamento genérico já tinha como obrigatoriedade a 
apresentação dos testes de bioequivalência, enquanto a obrigatoriedade de tais testes para 
medicamentos similares foi a partir de 2003. 
Desde 2003, com a publicação da Resolução RDC 134/2003 e Resolução RDC 
133/2003, os medicamentos similares devem apresentar os testes de biodisponibilidade 
relativa e equivalência farmacêutica para obtenção do registro para comprovar que o 
medicamento similar possui o mesmo comportamento no organismo (in vivo), como possui 
as mesmas características de qualidade (in vitro) do medicamento de referência. 
 Além disso, os medicamentos similares passam por testes de controle de qualidade 
que asseguram a manutenção da qualidade dos lotes industriais produzidos. Todos os 
medicamentos similares passam pelos mesmos testes que o medicamento genérico. 
 
 
Equivalência farmacêutica: Os medicamentos são considerados equivalentes 
terapêuticos quando apresentam o mesmo fármaco, a mesma dosagem ou concentração e a 
mesma forma farmacêutica. 
Quando dois medicamentos são considerados equivalentes, eles também são 
considerados Intercambiáveis. É a base para a substituição do medicamento de referência 
pelo medicamento genérico correspondente. 
A Equivalência terapêutica significa: 
- Mesma eficácia clínica. 
- Mesma segurança. 
- Mesmo potencial de gerar efeitos adversos. 
 
 
UMA BREVE CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS 
 
1) Fármacos que atuam no sistema nervoso central 
- Antidepressivos: sãofármacos indicados para a depressão e outros transtornos depressivos 
de humor. Exemplos: agomelatina, amitriptilina e fluoxetina. 
- Estabilizadores de humor: fármacos indicados para o tratamento do transtorno bipolar de 
humor. Exemplo: lítio. 
 
 
- Ansiolíticos: indicados para os transtornos de ansiedade, como transtorno de estresse pós-
traumático e transtorno de ansiedade generalizada. Exemplos: bromazepam e diazepam. 
- Hipnótico-sedativos: indicados para induzir o sono. 
Exemplos: midazolam e zolpidem. 
- Anticonvulsivantes: indicados para transtornos epileptiformes. 
Exemplos: carbamazepina e topiramato. 
- Antiparkinsonianos: indicados para o tratamento de Mal de Parkinson. 
 Exemplos: biperideno e levodopa + carbidopa. 
 
2) Fármacos que atuam no sistema cardiovascular 
- Antiarrítmicos: indicados para o tratamento de arritmias cardíacas. 
Exemplos: adenosina, sotalol. 
- Anti-hipertensivos: indicados para o tratamento da hipertensão arterial. 
Exemplos: propranolol, hidralazina (vasodilatodor), hidroclorotiazida (diurético), captopril, 
losartano. 
 
3) Fármacos do aparelho respiratório 
- Antitussígenos: inibem o reflexo da tosse. 
Exemplos: notuss (cloridato de difenidramida) 
- Expectorantes e mucolíticos: promovem a expectoração. 
Exemplos: ambroxol, carbocisteína. 
- Fármacos para o resfriado: aliviam os sintomas do resfriado comum. 
Exemplos: descongestionantes e anti-histamínicos (Bromferinamina, clorfeniramina). 
 *junto com paracetamol 
- Antiasmáticos: Crises agudas de asma ou para o alívio do broncoespasmo. 
Exemplos: Salbutamol. 
 
4) Fármacos que atuam no trato gastrintestinal 
- Anti-secretores: fármacos utilizados no tratamento da gastrite e úlcera péptica 
- Antiácidos: aliviam os sintomas de azia e queimação. 
Exemplos: bicarbonato de sódio e hidróxido de alumínio. 
 
 
 
- Antidiarreicos: indicados para casos de diarreia. 
 Exemplos: loperamida e racecadotrila. 
- Laxantes e purgantes: indicados para casos de constipação intestinal. 
Exemplos: metilcelulose e óleo mineral. 
- Digestivos: auxiliam o processo da digestão no trato gastrintestinal. 
Exemplos: alcachofra, boldo. 
- Espasmolíticos ou antiespasmódicos: reduzem a motilidade do trato gastrintestinal, 
aliviando os espasmos viscerais. Exemplos: atropina, escopolamina. 
50 
5) Fármacos que interferem no metabolismo e nutrição: 
- Anorexígenos: auxiliam no tratamento de perda de peso por promover a redução ou perda 
de apetite ou, ainda, a absorção de gorduras. 
Exemplos: orlistate, sibutramina. 
- Antidiabéticos: indicados para casos de diabetes mellitus. 
Exemplos: insulina glargina, metformina. 
- Fármacos para hipotireoidismo: indicados para casos de hipotireoidismo. 
 Exemplos: levotiroxina. 
- Fármacos para hipertireoidismo: indicados para casos de hipertireoidismo. 
 Exemplos: propiltiouracila. 
- Agentes que afetam a calcificação: usados para distúrbios no metabolismo do cálcio. 
Exemplos: ácido zoledrônico, calcitonina. 
 
6) Vitaminas: substâncias essenciais ao metabolismo dos seres vivos, necessárias em 
quantidades muito pequenas. 
- Vitaminas hidrossolúveis: vitaminas solúveis em água. 
 Exemplos: ácido ascórbico, piridoxina. 
- Vitaminas lipossolúveis: solúveis em lipídios. Exemplos: betacaroteno, tocoferol. 
 
7) Anticoncepcionais: indicados para evitar gravidez. 
Exemplos: etinilestradiol, levonorgestrel. 
 
 
 
 
8) Antialérgicos: indicados para casos de alergias. 
Exemplos: dexclorfeniramina, pimetixeno. 
 
9) Fármacos usados na dor e na inflamação: indicados para condições que apresentam dor 
ou inflamação. Exemplos: ácido acetilsalicílico, diclofenaco de sódio. 
 
10) Fármacos usados em infecções 
- Antivirais: indicados para infecção causada por vírus. Exemplos: Oseltamivir. 
- Antibacterianos: indicados para infecção causada por bactérias. 
Exemplos: amoxicilina, ciprofloxacino. 
- Antifúngicos: indicados para infecção causada por fungos. 
Exemplos: cetoconazol, nistatina. 
- Antiparasitários: indicados para parasitoses. Exemplos: albendazol, metronidazol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISPENSAÇÃO DE PRODUTOS CONTROLADOS 
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS 
 
A Portaria nº 344 de 12 de maio de 1998 da Secretaria de Vigilância Sanitária do 
Ministério da Saúde (SVS/MS) é a principal legislação nacional sobre o comércio de 
medicamentos sujeitos a controle especial. Nela, as substâncias estão distribuídas em listas 
que determinam a forma como devem ser prescritas e dispensadas (Quadro 1). 
Estas listas (Anexo I da Portaria nº 344) são atualizadas através de Resoluções de 
Diretoria Colegiada (RDC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e devem ser 
acessadas por todos os profissionais que trabalham com substâncias sujeitas a controle 
especial. 
 
Quadro 1 
Fonte: Portaria SVS/MS no 344/1998 
Denominações das listas de substâncias sujeitas a controle especial. 
 
 
 
- GUARDA E RESPONSABILIDADE 
As substâncias sujeitas a controle especial e os medicamentos que as contêm 
devem ser guardados sob chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, em local 
exclusivo para este fim e sob a responsabilidade do farmacêutico. Sua dispensação deve ser 
feita exclusivamente por farmacêuticos, sendo proibida a delegação da responsabilidade 
sobre o controle dos medicamentos a outros funcionários. 
 
 - ANÁLISE DO RECEITUÁRIO 
O farmacêutico é responsável por analisar as prescrições e só pode aviar ou 
dispensar os medicamentos quando todos os itens da receita e da Notificação de Receita 
estiverem devidamente preenchidos. A Receita de Controle Especial e a Notificação de 
Receita devem estar preenchidas de forma legível, com a quantidade escrita em algarismos 
arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. Também devem estar preenchidos o nome e 
o endereço completo do paciente e a data de emissão. 
 
- ESCRITURAÇÃO 
Farmácias públicas, de unidades hospitalares ou equivalentes devem fazer a 
escrituração dos medicamentos controlados através dos Livros de Registro Específico 
autorizados pela Vigilância Sanitária local. 
Farmácias e drogarias privadas devem fazer a escrituração dos medicamentos 
controlados através do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – 
SNGPC. A escrituração no SNGPC é exclusiva do farmacêutico responsável técnico pelo 
estabelecimento, que deve ser cadastrado no sistema com usuário e senha próprios. A senha 
deve ser sigilosa, não devendo ser delegada a ninguém. Na ausência do responsável técnico, 
a escrituração pode ser feita pelo farmacêutico substituto, desde que este também seja 
cadastrado no sistema. Cada estabelecimento deve desenvolver seu próprio sistema, capaz 
de gerar arquivos no formato especificado pela ANVISA com as informações da 
movimentação dos estoques, como entradas, saídas, perdas e transferências. Cada arquivo 
gerado deve ser transmitido para o SNGPC em intervalo que varia entre no mínimo um e no 
máximo sete dias. O envio de arquivo deve ser feito mesmo que não tenha havido 
movimentação no período. 
 
 
 
NOTIFICAÇÃO DAS RECEITAS 
A Notificação de Receita do tipo A é de cor amarela e usada para a prescrição dos 
medicamentos presentes nas listas A1, A2 e A3, entorpecentes e psicotrópicos. Ela é 
fornecida, de forma numerada e controlada, gratuitamente, pela autoridade sanitária 
estadual ou pelo Distrito Federal, aos profissionais e instituições cadastradas, em talonário 
de 20 folhas. 
A Notificação de Receita do tipo B é de cor azul e usada para a prescrição de 
psicofármacos como benzodiazepínicos, barbitúricos e anorexígenos, e pode ser impressa 
pelo profissional ou pela Instituição (FTN, 2010). Caso o prescritor decida receitar acima da 
quantidade determinada pela legislação, ele deve preencher justificativa com o diagnóstico 
da doença, posologia, data e assinatura e entregar junto com a receita B ao pacientepara 
que ele possa adquirir o medicamento na farmácia ou drogaria. 
A Receita de controle especial é de cor branca e deve ser preenchida em 2 vias. A 
primeira via é de posse da farmácia ou drogaria e a segunda é do paciente. É utilizada para 
prescrição dos componentes das listas C1 (substâncias de controle especial como 
anticonvulsivantes, antidepressivos, antipsicóticos) e C5 (anabolizantes). Os antirretrovirais 
(lista C4) devem ser prescritos, apenas por médicos, em formulário próprio estabelecido 
pelo programa nacional de DST/AIDS e aviados ou dispensados em farmácias do SUS, na qual 
uma via da receita fica retida e a outra fica com o paciente. Ao paciente, deverá ser entregue 
um receituário médico com informações sobre seu tratamento. A Notificação de receita para 
a prescrição de talidomida (lista C3) é de cor branca e deve ser usada pelos serviços públicos 
de saúde cadastrados no órgão de Vigilância Sanitária Estadual. As substâncias retinoicas 
(lista C2) são prescritas em notificação de receita especial, de cor branca, impressa pelo 
médico ou pela instituição a qual seja filiado. 
Nos estabelecimentos hospitalares, clínicas médicas, oficiais ou particulares, os 
medicamentos à base de substâncias constantes das listas A1, A2, A3, B1 B2, C2, C3 poderão 
ser dispensados ou aviados a pacientes internados ou em regime de semi-internato, 
mediante receita privativa do estabelecimento, subscrita por profissional em exercício no 
mesmo. 
 
 
 
 
 
EXEMPLO PRÁTICO E RÁPIDO: ANTIMICROBIANOS 
Com a publicação da Resolução RDC nº 20/2011, os medicamentos contendo substâncias 
classificadas como antimicrobianos e sujeitos a prescrição médica passaram a ser dispensados com 
retenção de receita pela farmácia. Eles possuem algumas regras diferentes das aplicadas aos 
medicamentos sujeitos a controle especial pela Portaria nº 344/1998. Essas diferenças são discutidas 
a seguir. 
 
Modelo de receita 
Não existe um modelo específico para o receituário de antimicrobianos. Basta que a receita 
seja feita em duas vias, contendo o nome completo, idade e sexo do paciente. Caso o prescritor não 
informe a idade e o sexo do paciente, esses dados podem ser preenchidos pelo farmacêutico 
responsável pela dispensação. 
 
Validade da receita 
As receitas têm validade em todo o território nacional, mas só podem ser atendidas em até 
10 dias a partir da sua emissão. Portanto, a data de emissão corresponde ao primeiro dia de validade 
da receita. 
 
Dispensação 
Sempre que possível o farmacêutico deve dispensar a quantidade exatamente prescrita 
para o tratamento, podendo para tanto, utilizar-se de apresentação fracionável. Nos casos em que 
não for possível a dispensação da quantidade exata por não haver no mercado apresentação 
farmacêutica com a quantidade adequada ao tratamento, a preferência deve ser dada à dispensação 
de quantidade superior mais próxima ao prescrito, para promover o tratamento completo ao 
paciente. 
No ato de dispensação, o farmacêutico deve reter a segunda via da receita e anotar nas 
duas vias a data, quantidade e número do lote do medicamento dispensado e rubricar. Ao contrário 
dos medicamentos controlados pela Portaria nº 344/1998, não é necessário anotar os dados do 
comprador. 
Também não é obrigatório estabelecer um número de notificação para a receita de 
antimicrobiano em 2 vias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicotrópicos: Medicamentos para tratamento de doenças psiquiátricas (depressão, 
ansiedade, calmantes, sedativos...) - Diazepam. 
 
 Entorpecentes: Em farmacologia, designa os psicotrópicos que têm por 
principal função embotar ou insensibilizar. Trata-se principalmente dos opiláceos, 
designados também de narcóticos. - Morfina 
 
 Anorexígenos: são medicamentos com a finalidade de induzir a anorexia - 
aversão ao alimento, falta de apetite, ou seja, são os famosos remédios para emagrecer. 
Geralmente são anfetaminas, metanfetaminas e similares. - Sibutramina, Femproporex. 
 
Retinóides: O termo retinóide foi criado em 1976 e destina o grupo de substâncias naturais 
ou sintéticas da vitamina A. A ação dos retinóides em geral é por sua ligação a receptores 
dentro das células epiteliais. Ao se ligarem a estes receptores, os retinóides estimulam a 
produção de Fatores de Crescimento Epidérmico (EGF) além da redução da produção de 
sebo pelas glândulas sebáceas, mecanismo este ainda não muito bem esclarecido. Agem 
inibindo as metaloproteinases que danificam a estrutura do colágeno, além de estimularem 
a produção de elastina e reduzir a ação das colagenases. - Ácido retinoico, Isotretinoína 
(acne). 
 
Imunossupressores: são usados para suprimir rejeição em receptores de transplante de 
órgãos e para tratar uma variedade de doenças inflamatórias e imunopatias. – 
Glicocorticoides, Ciclofosfamida, Ciclosporina, Prednisona, Prednisolona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MODELOS DE RECEITA E NOTIFICAÇÕES DE RECEITA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BULAS 
 
Bula é o nome que se dá ao conjunto de informações sobre um medicamento que 
obrigatoriamente os laboratórios farmacêuticos devem acrescentar à embalagem de seus 
produtos vendidos no varejo. As informações podem ser direcionadas aos usuários dos 
medicamentos, aos profissionais de saúde ou a ambos. 
Em 19 de janeiro de 2010 foi republicada a Resolução RDC nº. 47/2009 que 
estabelece regras para elaboração, harmonização, atualização, publicação e disponibilização 
de bulas de medicamentos para pacientes e para profissionais de saúde. 
Nesta resolução, foram feitas alterações com a finalidade de elaboração de bulas 
mais objetivas e adequadas para cada público – pacientes e profissionais de saúde; 
mudanças quanto à forma, em que foi definido o tipo e tamanho da letra, espaçamento 
entre linhas e letras, cor de impressão e outras características para melhorar a leitura das 
bulas. 
As bulas para os pacientes serão separadas das bulas para os profissionais de saúde 
e conterão apenas informações sobre o medicamento que acompanha. 
 
Diferenças das bulas ao paciente e ao profissional 
- Bula para o Paciente (que é aquela destinada ao paciente, com termos mais 
acessíveis e diretos). 
- Bula para o Profissional da Saúde (que é aquela destinada ao profissional, com 
termos mais técnicos e informações mais complexas). 
 
- Tipos de Informação 
As informações encontradas nas bulas de medicamentos são, geralmente, divididas 
e organizadas segundo os tópicos: 
 
 Nome do medicamento; 
 Apresentação, formas ou formulações; 
 Composição - Ingredientes e suas dosagens; 
 
 
 Informações ao paciente - Cuidados de armazenamento, prazo de validade; 
 Informações técnicas - Características farmacológicas do medicamento (Mecanismo 
de ação, tempo de ação, local da absorção, metabolização). 
 Farmacocinética - O metabolismo do medicamento no organismo; 
Farmacocinética é o estudo do destino dos fármacos no organismo após sua 
administração. Abrange os processos de absorção, distribuição, biotransformação e 
excreção. 
 
 Indicações – Condições em que o medicamento pode ser utilizado; 
 Contraindicações - Indicam condições em que o medicamento não deverá ser 
utilizado; 
 Precauções - Cuidados a serem tomados durante o uso do medicamento; 
 Gravidez - Informações sobre o uso do medicamento durante a gestação e a lactação; 
 Interações - Dados sobre o uso concomitante com outras substâncias; 
Interação medicamentosa: é uma resposta farmacológica ou clínica causada pela 
interação de medicamento-medicamento, medicamento-alimento, medicamento-substância 
química, medicamento-exame laboratorial e não laboratorial, medicamento-planta 
medicinal, medicamento-doença cujo resultado final pode ser a alteração dos efeitos 
desejados ou a ocorrência de eventos adversos. 
 
 Reações adversas - Efeitos colaterais possíveis ou esperados do medicamento; 
Reação adversa a medicamentos: qualquer respostaa um medicamento que seja 
prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses normalmente utilizadas. 
 
 Posologia - Informações sobre a dosagem e os intervalos de administração; 
 Superdosagem - Informações sobre o uso excessivo ou em altas doses. Informações 
adicionais. 
 
 
 
 
 
EMBALAGENS 
 
A embalagem, o rótulo e a bula dos medicamentos devem transmitir todas as 
informações relevantes sobre o produto, contribuindo para o seu uso adequado. Eles devem 
conter informações obrigatórias sobre o medicamento, estabelecidas por resoluções 
publicadas pela ANVISA. A indústria responsável pelo medicamento tem obrigação legal de 
prestar todas as informações necessárias para o uso adequado e os possíveis problemas e 
cuidados relacionados ao produto. 
 
Quais informações devem constar na embalagem? 
• Nome comercial do medicamento (ausente em genéricos). Em caso de 
medicamentos fitoterápicos, deve ser apresentado o nome botânico da planta. 
• Denominação genérica. 
 • Nome, endereço e CNPJ da empresa produtora. 
• Nome do fabricante e local de fabricação do produto. 
• Número do lote. 
• Data da fabricação (mês/ano). 
• Data de validade (mês/ano). 
• Número de registro (MS seguido do número, constando 13 números, iniciando 
com 1). 
• Composição do medicamento, quantidade e via de administração. 
• Nome do Farmacêutico Responsável Técnico e número da inscrição no CRF. 
• Telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC. 
• Lacre de Segurança (toda a embalagem deve estar lacrada). 
• Tinta Reativa, que quando raspada com metal deve apresentar a palavra. 
“Qualidade E NOME DO LABORATÓRIO”; ou selo de rastreabilidade. 
 
IMPORTANTE: A ausência de alguma dessas informações na embalagem, é sinal de 
que há algo errado com o medicamento. Caso falte qualquer informação, o produto deve ser 
encaminhado, em sua embalagem original, ao serviço de vigilância sanitária, a fim de 
verificar se é falsificado ou não. 
 
 
CAF’s, FARMÁCIA CENTRAL, SATÉLITE, QUIMIOTERAPIA, 
EMERGÊNCIA E URGÊNCIA. 
 
 
C.A. F (Central de Abastecimento Farmacêutica) 
As principais funções de uma central de abastecimento farmacêutico (almoxarifado 
de especialidades farmacêuticas) são: receber, armazenar (estocar), controlar o 
estoque e distribuir os medicamentos e materiais para as farmácias do hospital. Após o 
recebimento, todos os produtos farmacêuticos são identificados com códigos de barras, 
visando garantir a rastreabilidade por lote e validade. Critérios internos de armazenamento 
são seguidos para preservar a qualidade dos medicamentos e materiais adquiridos. 
 
FARMÁCIA CENTRAL 
Esta farmácia destina-se ao armazenamento e à dispensação de medicamentos e 
materiais para os pacientes internados nas unidades. Nosso foco principal é oferecer 
uma terapia medicamentosa eficaz e segura. Para isso, seguimos uma criteriosa seleção dos 
nossos fornecedores e produtos farmacêuticos além de um rigoroso fluxo interno de 
organização e dispensação. O código de barras nos oferece uma segurança adicional pela 
possibilidade de rastreabilidade de todos os medicamentos que o paciente fez uso durante o 
seu internamento. 
Em uma unidade de saúde hospitalar, a farmácia central e as farmácias satélites 
têm funções fundamentais para o funcionamento de vários processos que na maioria das 
vezes estão interligados. A assistência dada à equipe de enfermagem e médica serve de base 
para a realização dos trabalhos envolvendo medicação, materiais hospitalares e no caso das 
farmácias anexadas ao Centro Cirúrgico e Pronto Atendimento, produtos ortopédicos e 
medicamentos em geral. 
Essa assistência só é eficaz se a atuação da equipe de farmácia esta em bom 
nivelamento de conhecimento específico, organização é e empatia, este último não menos 
importante já que se colocar na situação do colega é ponto principal para a resolução de 
problemas. O conhecimento especifico é primordial e rege a possibilidade de ter sempre 
 
 
certeza do que será feito, lembrando que há um envolvimento diário com crianças, idosos, 
recém-nascidos e gestantes que exigem mais atenção. O profissional farmacêutico atua 
como responsável e deve agir sempre como sentinela em volta dos processos pré-
estabelecidos e tem dever de informa-los para a gestão as possíveis falhas e fim de evita-los, 
provando assim a necessidade do envolvimento do farmacêutico nos processos hospitalares 
o que já e visto com ênfase na maioria das unidades. 
 
FARMÁCIAS SATÉLITES 
Para atender uma grande demanda que há em um hospital, e não sobrecarregar 
apenas a Farmácia Central daí foi criado as Farmácias Satélites, que é uma farmácia 
hospitalar localizada dentro de setores críticos do hospital tais como centro cirúrgico e 
unidade de terapia intensiva. Os principais objetivos destas farmácias são armazenar 
adequadamente produtos farmacêuticos para manter sua qualidade e integridade além de 
fornecer medicamentos e materiais de uma forma que o paciente seja prontamente 
atendido. Foi um grande salto para aperfeiçoar os atendimentos, sendo assim, a 
acessibilidade dos Técnicos em Enfermagem, Médicos e Enfermeiros ficou melhor, porque 
os setores considerados mais críticos, ou seja, que precisa de mais atenção, começaram a ter 
as farmácias satélites exclusivas para esses setores. 
- Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico 
A farmácia satélite do centro cirúrgico funciona 24 horas com atendimento 
exclusivo aos pacientes em procedimentos cirúrgicos. Está localizada no coração do centro 
cirúrgico proporcionando aos pacientes uma rápida dispensação de medicamentos e 
materiais e disponibilidade com fácil acesso a tudo que for preciso para a realização do 
procedimento. 
- Farmácia Satélite da UTI 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local onde os pacientes se encontram sob 
cuidados intensivos de médicos e equipe de enfermagem. Para suprir as necessidades destes 
pacientes, é fundamental ter uma farmácia satélite na UTI funcionando 24 horas. A farmácia 
satélite da UTI oferece atendimento exclusivo aos pacientes desta unidade, fornecendo 
medicamentos e materiais de forma ágil e segura. 
 
 
 
 
 
FARMÁCIA DA QUIMIOTERAPIA 
O Departamento de Farmácia está inserido no Serviço de Oncologia Clínica e, junto 
com a equipe multiprofissional, desenvolve atividades que vão desde a análise da prescrição 
médica até o preparo da quimioterapia que será administrada ao paciente. 
 
FARMÁCIA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
Farmácia de Pronto Atendimento (PA) 
Medicamentos: 
Problemas cardíacos, Asma, bronquite, insuficiência respiratória, infecções do trato 
respiratório, hipertensão, convulsões, dor intensa. 
Carvão ativado: Indicado para absorção de líquidos e gases. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS 
 
A Política Nacional de Medicamentos regulamentada pela Portaria nº 3.916, de 30 
de outubro de 1998, primeiro documento norteador para a Assistência Farmacêutica e 
política de medicamentos publicados pós-criação do Sistema Único de Saúde (SUS), 
estabeleceu entre suas diretrizes e prioridades a adoção e a revisão permanente da 
RENAME, considerando-a como ferramenta imprescindível para a promoção do uso racional 
de medicamentos. 
 
- RENAME 
A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) é uma lista de 
medicamentos que deve atender às necessidades de saúde prioritárias da população 
brasileira. Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência farmacêutica no 
SUS. Relação de medicamentos essenciais é uma das estratégias da política de 
medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS) para promover o acesso e uso 
seguro e racional de medicamentos. Foi adotada há mais de 25 anos, em 1978, pela OMS e 
continua sendo norteadora de toda a política de medicamentos da Organização e de seus 
países membros. 
RENAME desempenha ainda o importante papel de orientara política pública de 
desenvolvimento científico e tecnológico, a fim de dotar o País de capacidade de 
desenvolver e produzir os medicamentos para atender às necessidades do SUS. 
Esta Relação é constantemente revisada e atualizada pela Comissão Técnica e 
Multidisciplinar de Atualização da RENAME, instituída pela Portaria GM no. 1.254/2005, e 
composta por órgãos do governo, incluindo instâncias gestoras do SUS, universidades, 
entidades de representação de profissionais da saúde. 
A divulgação da RENAME e a internalização do seu uso no cotidiano das ações de 
saúde impõe-se como ferramenta importante para garantir o acesso aos medicamentos, 
para buscar que se obtenham os resultados esperados com a farmacoterapia instituída e 
para promover o uso racional dos medicamentos. 
 
 
 
 
 
- REMUNE 
 Nos municípios brasileiros a garantia do acesso aos medicamentos da atenção 
básica se inicia na seleção de medicamentos que compõem a Relação Municipal de 
Medicamentos Essenciais (REMUME). Esta lista deve ser elaborada com base na RENAME e 
no Elenco de Referência Nacional, considerando a prevalência e a incidência de doenças e a 
organização dos serviços de saúde. 
 
- FARMÁCIA POPULAR 
O Programa Farmácia Popular do Brasil vem a ser uma iniciativa do Governo Federal 
que cumpre uma das principais diretrizes da Política Nacional de Assistência Farmacêutica. 
Foi implantado por meio da Lei nº 10.858, de 13 de abril de 2004, que autoriza a Fundação 
Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar medicamentos mediante ressarcimento, e 
pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004, que regulamenta a Lei 10.858 e institui o 
Programa Farmácia Popular do Brasil. 
As unidades próprias contam com um elenco de 112 itens, entre medicamentos e o 
preservativo masculino, os quais são dispensados pelo seu valor de custo, representando 
uma redução de até 90% do valor de mercado. A condição para a aquisição dos 
medicamentos disponíveis nas unidades, neste caso, é a apresentação de documento com 
foto, no qual conste seu CPF, juntamente com uma receita médica ou 
odontológica. Importante ressaltar que somente a Rede Própria aceita receitas prescritas 
por dentistas. 
Em 09 de março de 2006, por meio da Portaria n° 491, o Ministério da Saúde 
expandiu o Programa Farmácia Popular do Brasil, aproveitando a rede instalada do comércio 
varejista de produtos farmacêuticos, bem como a cadeia do medicamento. Esta expansão foi 
denominada “Aqui Tem Farmácia Popular” e funciona mediante o credenciamento da rede 
privada de farmácias e drogarias comerciais, com o intuito de levar o benefício da aquisição 
de medicamentos essenciais a baixo custo a mais lugares e mais pessoas, aproveitando a 
dinâmica da cadeia farmacêutica (produção x distribuição x varejo), por meio da parceria 
entre o Governo Federal e o setor privado varejista farmacêutico. 
A Portaria 491/2006 também apresentava os valores de referência a serem 
aplicados para as unidades farmacotécnicas de cinco princípios ativos indicados para o 
tratamento da hipertensão e quatro para o tratamento do diabetes, definidos com base na 
 
 
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME. Adotando o sistema de co-
pagamento, o usuário paga até 10% do valor de referência estabelecido pelo Ministério da 
Saúde para cada um dos princípios ativos dos medicamentos que fazem parte do elenco do 
Programa, além da possível diferença entre este valor e o valor de venda praticado pelo 
estabelecimento. 
Em junho de 2007, o elenco de medicamentos do “Aqui Tem Farmácia Popular” foi 
ampliado, sendo incluídos os contraceptivos. Em fevereiro de 2010, um conjunto de medidas 
de combate à Gripe A (H1N1) foi adotado pelo Ministério da Saúde, entre eles, a inclusão do 
Fosfato de Oseltamivir no elenco do Programa. Em abril do mesmo ano, houve a inclusão da 
Insulina Regular, ampliando o elenco de medicamentos indicados para o diabetes, bem 
como o atendimento da dislipidemia, com a incorporação da Sinvastatina. Em outubro de 
2010, o Programa ampliou o elenco de medicamentos indicados para o tratamento da 
hipertensão e passou a atender novas doenças, tendo sido incluídos medicamentos para o 
tratamento da osteoporose, rinite, asma, Parkinson e glaucoma. A incontinência urinária 
para idosos passou a ser atendida com a inclusão das fraldas geriátricas. 
A partir de 2011, o Programa passou a disponibilizar os medicamentos indicados 
para o tratamento da hipertensão e do diabetes sem custos para os usuários. Esta campanha 
foi denominada “Saúde Não Tem Preço” (SNTP). A Portaria 184/2011, assinada em 03 de 
fevereiro de 2011, determinou que, a partir do dia 14 de fevereiro, todas as farmácias da 
Rede Própria, bem como as farmácias e drogarias credenciadas do “Aqui Tem Farmácia 
Popular” ficassem obrigadas a praticar os preços de dispensação e os valores de referência 
até o dia 14 de fevereiro de 2011, garantindo, assim, a gratuidade para estes medicamentos. 
A partir de 04 de junho, o Ministério da Saúde também passou a disponibilizar para a 
população, por meio do SNTP, três medicamentos para o tratamento da asma, disponíveis 
em oito apresentações de forma totalmente gratuita. Os medicamentos disponíveis para 
asma são: Brometo de Ipratrópio, Diproprionato de Beclometasona e Sulfato de Salbutamol. 
Nas unidades da Rede Própria, está disponível somente o medicamento Sulfato de 
Salbutamol em três apresentações. 
Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o Programa 
oferece mais 11 itens, entre medicamentos e a fralda geriátrica, com preços até 90% mais 
baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e 
glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência urinária. 
 
 
O “Aqui Tem Farmácia Popular” visa a atingir aquela parcela da população que não 
busca assistência no SUS, mas tem dificuldade para manter tratamento medicamentoso 
devido ao alto preço dos medicamentos. Neste sentido, uma das ações do Plano Brasil Sem 
Miséria, criado em 2011, com o objetivo de elevar a renda e as condições de bem-estar da 
população, rompendo barreiras sociais, políticas, econômicas e culturais, consiste na 
distribuição de medicamentos para hipertensos e diabéticos por meio do Programa Farmácia 
Popular do Brasil. 
 
 
*Para obter gratuitamente os medicamentos abaixo, de acordo com a Portaria SMS.G 1.535 de 
27/09/06 será necessário que o(a) médico(a) prescreva o(s) medicamento(s) com os nomes genéricos 
e dosagens abaixo descritos, pois pela portaria, as Unidades Básicas de Saúde não aceitam receitas 
com nomes comerciais dos medicamentos. Também é fundamental a apresentação do cartão SUS. 
Para esses tipos de medicamentos, são contempladas receitas de convênios privados, ou seja, que 
não seja do SUS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FUNCIONAMENTO DE FARMÁCIAS 
LEIS, PORTARIAS, RDC’S, DECRETOS E NORMATIVAS 
 
Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014 - Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das 
atividades farmacêuticas. 
 
Lei nº 10.669, de 14 de maio de 2003 - Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 
1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as 
drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneante e outros produtos. 
 
Portaria nº 1.017 de 23 de dezembro de 2002- Estabelece que as Farmácias 
Hospitalares e/ou dispensários de medicamentos existentes nos Hospitais integrantes do 
Sistema Único de Saúde deverão funcionar, obrigatoriamente, sob a Responsabilidade 
Técnica de Profissional Farmacêutico devidamente inscrito no respectivo Conselho Regional 
de Farmácia. 
 
Portaria nº 786/GM, de 19 de abril de 2002 - Altera o ANEXO da Portaria Nº 343, 
de 21 de março de 2001, que define o elenco de medicamentos que compõe o Incentivo à 
Assistência Farmacêutica, vinculado ao Programa Saúde da Família. 
 
Portarianº 371/GM, de 04 de março de 2002 - Institui o Programa Nacional de 
Assistência Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, parte integrante do 
Plano Nacional de Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. 
 
Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998 - Política Nacional de Medicamentos. 
 
Resolução RDC n.º 33, de 25 de fevereiro de 2003 - Dispõe sobre o Regulamento 
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 
 
Resolução - RDC nº 210, de 04 de agosto de 2003 - Regulamento Técnico das Boas 
Práticas para a Fabricação de Medicamentos. 
 
 
Resolução RDC nº 140 de 29 de maio de 2003 - Bulas de medicamentos. 
 
Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004 - Regulamenta a Lei no 10.858, de 13 de 
abril de 2004, e institui o programa "Farmácia Popular do Brasil", e dá outras providências. 
 
Decreto n° 4.204, de 23 de abril de 2002 - Dá nova redação ao art. 1o do Decreto 
no 3.675, de 28 de novembro de 2000, que dispõe sobre medidas especiais relacionadas 
com o registro de medicamentos genéricos, de que trata o art. 4o da Lei no 9.787, de 10 de 
fevereiro de 1999. 
 
Instrução normativa - in nº 9, de 17 de agosto de 2009 - Dispõe sobre a relação de 
produtos permitidos para dispensação e comercialização em farmácias e drogarias. 
 
Instrução normativa - in nº 10, de 17 de agosto de 2009 - Aprova a relação dos 
medicamentos isentos de prescrição que poderão permanecer ao alcance dos usuários para 
obtenção por meio de autosserviço em farmácias e drogarias. 
 
Instrução Normativa nº 7, de 19 de novembro de 2011 - Dispõe sobre cronograma 
e procedimentos para credenciamento de farmácias e drogarias privadas referentes à 
escrituração dos medicamentos e substâncias contendo antimicrobianos no Sistema 
Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).

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