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FACULDADE DE ENSINO REGIONAL ALTERNATIVA - FERA EDUCAÇÃO FÍSICA - BACHARELADO RENILSON JOSÉ NOGUEIRA TREINAMENTO DE MUSCULAÇÃO ASSOCIADO À PREVENÇÃO DA PERDA DE MASSA MUSCULAR EM IDOSOS ARAPIRACA 2018 Renilson José Nogueira Treinamento de musculação associado à prevenção da perda de massa muscular em idosos Trabalho de Conclusão de Curso- TCC, modalidade monografia, apresentado ao Curso de Educação Física - Bacharelado da Faculdade de Ensino Regional Alternativa – FERA, como pré- requisito para a obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Me. Adilson de Oliveira Silva Arapiraca 2018 A minha querida esposa Edna Lúcia, que sempre esteve ao meu lado. As minhas lindas filhas: Nathassia, Geovana e Maria Luiza. Que meus esforços lhes sirvam de incentivos na conquista do sucesso. Aos meus professores pelo incentivo e dedicação. Aos gestores dessa instituição que sempre estiveram presentes nessa empreitada acadêmica. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por me conceder a graça da vida, da saúde e da possibilidade de concluir um curso de tamanha relevância. Ao orientador Prof. Me Adilson de O. Silva, pela paciência e segurança que transmitiu durante meus momentos de angústias quando da construção desse trabalho. Aos meus pais pela compreensão e apoio durante toda minha jornada acadêmica. Aos meus colegas de turma pelo acolhimento e companheirismo. “Que não fará um homem de bom senso para evitar tamanhos males e alcançar tamanhos bens? Ademais, ignominioso é envelhecer nessa indolência, sem saber o quanto não se poderia acrescentar à própria força e beleza. Ora, isto só se consegue mediante o exercício, que tais presentes não nos caem do céu.” (Sócrates) RESUMO A escolha desta temática advém do interesse na resposta gerada através do estimulo da prática do exercício resistido (Musculação), e sua capacidade funcional de proporcionar melhores condições de vida ao idoso. Assim, este estudo teve como objetivo analisar a influência do treinamento de musculação associado à prevenção da perda de massa muscular em idosos. Foi optado por uma abordagem qualitativa de caráter exploratório, utilizaram-se como meios de pesquisa: monografias, livros e artigos, estes subtraídos do site do Google acadêmico na internet, objetivando realizar um estudo de revisão literária, a fim de apontar indícios que justifiquem os benefícios advindos do treino de musculação realizados por idosos, visto que, com o passar dos anos poderá vir a sofrer com as consequências do processo de envelhecimento e as doenças crônicas degenerativas não transmissíveis – DCDNT (diabetes, hipertensão, sarcopenia, etc.), seu conteúdo resgatou as origens da musculação, seus conceitos, passando por seu processo evolutivo chegando aos resultados finais, os quais apontam o treino de musculação como responsável pela conservação e aumento da massa muscular através da hipertrofia. Além disso, sua prática ajuda na promoção e prevenção da saúde, minimizando e até mesmo revertendo algumas condições decorrentes dos processos degenerativos sofridos com envelhecimento. Palavras-chave: Hipertrofia. Idosos. Musculação. Sarcopenia. ABSTRACT The choice of this theme stems from the interest in the response generated through the stimulation of the practice of resistance exercise (Bodybuilding), and its functional capacity to provide better living conditions for the elderly. Thus, this study aimed to analyze the influence of bodybuilding training associated with the prevention of muscle mass loss in the elderly. An exploratory qualitative approach was used as a means of research: monographs, books and articles, which are taken from the Google academic website on the Internet, aiming at a study of literary revision, in order to point out indications that justify the benefits of the training of bodybuilding performed by the elderly, since over the years may suffer from the consequences of the aging process and chronic non-transmissible degenerative diseases - DCDNT (diabetes, hypertension, sarcopenia, etc.), its content rescued the origins of bodybuilding, its concepts, passing through its evolutionary process reaching the final results, which point to the training of bodybuilding as responsible for the conservation and increase of muscle mass through hypertrophy. In addition, its practice helps in the promotion and prevention of health, minimizing and even reversing some conditions resulting from the degenerative processes suffered with aging. Key words: Hypertrophy. Seniors. Bodybuilding. Sarcopenia. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Inversão na base das pirâmides etárias (anos). 12 Figura 2 - Pedra de levantamento de Bybon, detalhe na alça de apoio para mão; abaixo halter de mármore esculpido. 16 Figura 3 - Milon de Croton aplicando o princípio da sobrecarga. 17 Figura 4 - Morte de Milon (Charles meynier). 18 Figura 5 - William Murray, Eugen Sandow, D. Cooper, AC Smythe 19 Figura 6 - Primeira competição de musculação org. por Eugene Sandow, 1901. “O Físico mais Fabuloso do Mundo” 20 Figura 7 - Eugene Sandow. 21 Figura 8 - Revista Sandow Magazine. 22 Figura 9 - Academia, século XX. 24 Figura 10 - Academia Contemporânea. 24 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12 2.1 Envelhecimento e aumento da população idosa 12 2.2 Sarcopenia em idosos 14 2.3 Um pouco de história da musculação 15 2.4 Conceituando a Musculação 16 2.5 Musculação: de sua gênese histórica ao final do século XIX 17 2.6 Musculação nos dias atuais 23 3 OBJETIVOS 25 3.1 Objetivo geral 25 3.2 Objetivo específico 25 4 METODOLOGIA 26 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 29 5.1 Respostas ao treino com pesos para hipertrofia muscular em Idosos 30 5.2 Musculação x Sarcopenia 31 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 REFERÊNCIAS 34 10 1 INTRODUÇÃO A escolha desta temática advém do interesse na resposta gerada através do estimulo da prática do exercício resistido (MUSCULAÇÃO),1 e seus benefícios como: hipertrofia muscular, redução do percentual de gordura, melhora da autoestima..., e da qualidade de vida dos praticantes. Além disso, cada vez mais a população idosa com idade acima dos sessenta anos, recorre a sua prática, pois estudos recentes demonstram sua importância na redução dos efeitos da perda de massa muscular (SARCOPENIA).2 Outro ponto importante seria a adoção de mudanças nos hábitos alimentares, para que assim, haja a intensificação no combate e na prevenção de várias doenças. Aliado a esta ideia o treino de contra resistência ou resistido com pesos (musculação), vem ganhando cada vez mais espaço entre os idosos. O uso da musculação pelos idosos, ajuda diminuir os declínios da força provenientes da perda de massa muscular relacionados com o aumento da idade cronológica e melhorando sua capacidade funcional, proporcionando melhores condições de vida. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atribui as seguintes classificações para a idade cronológica: meia idade 45 a 59 anos, idosa 60 a 74 anos, velho 75 a 90 anos, muito velho, 90 anos acima. O envelhecimento, processo natural que ocorre no decorrer de toda vida, é então definido como um conjunto de alterações físicas, estruturais e funcionais, ocasionando mudanças psicológicas, biológicas e sociais nos indivíduos. Sabe-se que a sociedade caminha a paços largos rumo ao envelhecimento, diversos estudos comprovam o crescimento no número de pessoas comidades cada vez mais avançadas, porém este aumento na longevidade muitas vezes não acompanha condições necessárias de reter habilidades para operar independentemente. É preciso salientar que muitas das doenças e limitações das funcionalidades podem ser prevenidas com a adoção efetiva da prática de atividades físicas como por ex: “Musculação”. Assim, este trabalho objetiva fazer um estudo de revisão literária, a fim de identificar qual a importância da prática da musculação associado á prevenção da perda de massa muscular em idosos, discutir e divulgar o que a literatura científica expõe sobre os benefícios associados ao treino de musculação. Para tanto, utilizou-se como metodologia de pesquisa a revisão de literatura, o tipo de abordagem qualitativa de caráter descritivo. Foram selecionadas e analisadas 32 1 A Musculação é um tipo de exercício resistido, onde são trabalhados os diferentes componentes da força (potência, resistência, etc.), valendo-se principalmente do emprego de pesos. 2 A Sarcopenia é uma síndrome caracterizada pela perda da massa muscular e a diminuição da força, decorridos em função do processo de envelhecimento. 11 publicações no período de 2000 a 2018 por intermédio de buscas por relevância e utilizando de site e banco de dados eletrônicos: Google Acadêmico, além de livros. Espera-se que ao termino desta produção seja possível compreender melhor a dinâmica referente à diminuição na massa muscular decorrente do processo de envelhecimento, assim como os benefícios advindos da prática da musculação na vida do idoso. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Envelhecimento e aumento da população idosa A redução da fecundidade aliada ao avanço da ciência no controle da mortalidade por doenças infectocontagiosas são alguns dos fatores relacionados com o crescimento da expectativa de vida no mundo, inclusive no Brasil, contribuindo para o crescente aumento da população idosa (FREITAS, s.d.). Esta inversão da base piramidal, onde a diminuição da população jovem é seguida pelo aumento da população idosa é visto com preocupação, pois de forma geral, como previsto na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), portaria nº 2.528/20063 o avanço da idade deve ser acompanhado da melhora na qualidade de vida, gerando uma maior autonomia para o idoso com uma menor dependência de terceiros (BRASIL, 2006). Figura 14 - Inversão na base das pirâmides etárias (anos). Fonte: IBGE (1980, 2000, 2030). 3 Portaria do Ministério da Saúde aprovando a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI). 4 É possível notar na figura 1 as pirâmides etárias brasileiras no período de 1980, 2000 e 2030. Pode-se observar que a pirâmide de 1980 possuía uma base sólida, extremamente larga, sustentando as demais camadas que se estreitam ao passo que se aproximam do topo. Vinte anos depois, notam-se mudanças na estrutura da base da pirâmide de 2000, porém ainda assim, continua com a aparência tradicional a pirâmide de 1980. A pirâmide de 2030 demonstra melhor o processo de inversão da base, onde ocorre uma retração da população jovem seguida do aumento da população idosa. 13 Entender o envelhecimento como algo natural é aceitar que isso possa acontecer de maneira positiva e com total autonomia para que o idoso possa de forma segura, realizar suas tarefas habituais. No entanto, apesar dos avanços alcançados com a (PNSPI), a prática de suas políticas não consegue promover aos idosos, resultados convincentes, lhes permitindo melhores condições de vida, e independência (SANTOS, 2013). O entendimento desta dinâmica, bem como a intervenção, sugere as bases que nortearão as principais mudanças na estrutura da sociedade. O avanço da idade não deve trazer consigo um significado de inutilidade ou mesmo, dependência, mas sim de autoafirmação para o idoso (FRANCHI; MONTENEGRO, 2005). Apesar de o envelhecimento ser um processo de via única, sim, pois só não envelhece quem sucumbi pelo caminho. Ninguém quer envelhecer, porém não querem morrer cedo. O idoso ainda é visto com certo preconceito, pois se acredita que sejam improdutivos e na maioria das vezes, são tratados com desdém inclusive por familiares. Durante muito tempo, ser chamado de velho era uma forma de tratamento para designar a falta de produtividade decorrente da decadência física e social, principalmente para os pobres. Há uma desvalorização social, assim ser velho implica muitas vezes em acreditar que tudo está perdido. Mesmo sabendo que na atualidade esta ideia se torna cada vez mais inconsistente, sabe-se que o idoso detém uma imagem deteriorada pelos que outrora deveriam apoiar e assegurar seus respectivos direitos, ao contrário são tratados como se fosse um peso morto, uma cruz pesada, um sanguessuga (PAZ, 1997). Na verdade, é preciso que haja por parte da sociedade um olhar humanizado que seja capaz de enxergar que o idoso pode ser capaz de realizar muitas coisas diferentes como: exercitar-se, trabalhar, socializar-se e exercer com dignidade sua “autonomia” sobre vários aspectos inerentes a melhora na qualidade de sua vida, como determina a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) (BRASIL, 2006). O Brasil que até bem pouco tempo era conhecido por apresentar uma população predominantemente jovem, vem ao longo desta ultima década apresentando um comportamento diferente; ocasionado pelo crescente número de pessoas idosas, os quais deverão chegar até 32 milhões até 2025 (PAPALÉO, 2007). Neste ritmo o Brasil muito em breve terá a sexta maior população de idosos no mundo. A dinâmica no processo de envelhecimento ocorre o tempo todo na vida dos seres vivos. Inicia-se com a fecundação do embrião e este passa por diversas fases de amadurecimento, tornando-se adulto e só encerrando com a morte. Ao longo desse processo, o corpo sofre com a diminuição da força e perda da massa muscular. Isto, somado a falta de 14 flexibilidade, equilíbrio, além das doenças crônicas degenerativas não transmissíveis. Porém, é possível envelhecer de forma saudável, desde que haja mudanças nos hábitos de vida, incluindo boa alimentação, atividades que proporcione lazer, bom relacionamento social e a prática de exercícios físicos (ASSIS, 2005). Envelhecer bem e com maior tranquilidade, é o desejo de todos, ao menos da maioria. Porém, tudo depende do quanto se pode mudar para alcançar uma melhor qualidade de vida. Essas mudanças nos hábitos com a inclusão de exercícios regulares, garantirão maior autonomia nas atividades diárias, pois a inatividade ocasiona o surgimento de doenças das mais variadas, estas acabam por comprometer a capacidade funcional no idoso. A pouca ênfase dada aos aspectos inerentes à terceira idade e sua relação com a saúde por meio da prática de atividade física tem se mostrado um problema que pode e deve ser minimizado, uma vez que os benefícios são inúmeros, propiciando mais qualidade de vida às pessoas dessa faixa etária. 2.2 Sarcopenia e Idosos Dano ao sistema músculo esquelético, diminuição da força, assim como, perda de massa muscular, essas são as principais causas de limitações nos idosos. Estes problemas têm em sua constituição principal um componente em comum, denominado como: “SARCOPENIA”5, doença relacionada com envelhecimento, gerando atrofia muscular; acarretando a perda de equilíbrio e agilidade, e propiciando maior risco de quedas, fraturas, incapacidade, dependência, hospitalização recorrente e mortalidade (ZAZA; CHAGAS, 2011). Segundo akemi e Jacob Filho (2004), esta doença tem forte incidência em indivíduos sedentários, porém acomete ao longo da vida os que também se exercitam. A diferença está da redução dos sintomas que são retardados pela prática regulardos exercícios físicos, em particular destacamos a musculação. A falta de atividade física juntamente com o envelhecimento, seguidos da perda de massa muscular parecem ser o agente causador da sarcopenia (OWADA, 2005) 5 O termo “SARCOPENIA” advém do grego (sarco ou músculo e penia ou perda), foi citado pela primeira vez em 1989, pelo neurocientista Irwin Rosenberg, este preocupado com a manifestação de seus sintomas na população idosa, buscava respostas para relação entre a sarcopenia e a práticas de exercícios resistidos, por exemplo, a musculação (AOKI, 2010). 15 É cada vez maior o número de estudos que retratam benefícios na prática de exercícios físicos como a musculação, praticados ao longo da vida e o reflexo dos mesmos na prevenção de diversas doenças, dentre elas a sarcopenia. Desta forma, os que iniciam mais cedo nas atividades físicas tendem a envelhecer com mais saúde (MAIOR, 2008). 2.3 Um Pouco de história sobre a musculação Não se sabe ao certo como e quando se deu o surgimento da musculação, embora muitos achados antigos ajudam a remontar este enorme quebra-cabeça na busca de mais informações para sua compreensão. Estes achados contribuem de forma significativa na elucidação de perguntas inerentes ao seu processo histórico. Durante muito tempo, desde a pré-história podemos encontrar indícios do treinamento contra resistência ou resistido com pesos praticados pelo homem em várias partes do mundo, tais como: levantamentos e arremessos, atividades que faziam parte de sua rotina diária quer seja para sua sobrevivência ou mesmo para demonstração de força. É impossível estabelecer exatamente quando, pela primeira vez, o homem aderiu ao levantamento de peso como competição ou simplesmente para o exercício. Os homens pré-históricos devem ter participado de competições entre si para saber quem levantava a pedra mais pesada (LEIGHTON, 1986, p. 02). É pouco provável que a ciência consiga conferir uma data precisa de quando tudo isso começou, no entanto sabe-se que historicamente a musculação vem sendo utilizada pelo homem que sempre manifestou interesse, outrora fosse justificado pela sua sobrevivência, ou mesmo pela necessidade de demonstrar sua força e habilidades. De acordo com registros arqueológicos encontrados na cidade de Olímpia (Grécia), diversas pedras entalhadas contendo apoios no formato das mãos, gravuras nas paredes de capelas mortuárias (Egito), textos antigos (China), estátuas (Grécia), datados a cerca de, 4.500 a 400 anos A. C. levam historiadores a acreditar na prática de treinamento resistido com pesos (GIANOLLA, 2000), em jogos de arremesso (VILARTA, 2007), assim como, recrutamento militar e culto ao corpo desde os primórdios das civilizações, demonstrando que a musculação era praticada desde os tempos mais antigos (COSTA, 2004). 16 Figura 2 - "Pedra de levantamento de Bybon6, detalhe na alça de apoio para mão; abaixo halter de mármore esculpido". Fonte: TAVARES (2005). Mesmo sem respostas sobre o enigma do surgimento da musculação, podemos observar que os diversos autores citados anteriormente, possuem certa relevância e até concordam de fato, sobre as evidências que comprovam a prática da musculação desde os tempos mais antigos e em diversas partes do mundo, seguindo diferentes padrões ideológicos de educação e cultura. Um exemplo claro está nas relações de sobrevivência na qual regia a lei do mais forte, a prática de competições esportivas, o recrutamento militar, utilizado como força motriz de defesa e conquista de território, assim como o culto ao corpo. Seja qual for à finalidade, o treinamento resistido com pesos sempre esteve presente na história da humanidade. 2.4 Conceituando a Musculação Podemos dizer que musculação é o termo mais usado para designar o treino com pesos. É uma atividade física que consiste na hipertrofia muscular através da prática de exercícios resistidos, também conhecidos como exercícios contra resistência, exercícios de fortalecimento muscular ou exercícios com pesos (SANTAREM, 2013). Neste tipo de atividade física é impressindível o emprego de sobrecargas gradativas afim de melhorar a resposta ao treino (BARBANTE, 1994). Esta resposta ao treino causaria uma melhora estética, melhorando a forma do físico e proporcionando um aumento da autoestima (COUTINHO, 2001). A musculação compreende um sistema de treinamento, pelo qual se vale do auxílio de sobrecargas maximizando as respostas fisiológicas e provocando como resultados a hipertrofia muscular (PEREIRA; SOUZA; MAZZUCO, 2005). 6 Bybon, filho de Phola, levantou uma pedra (143,5 Kg) acima de sua cabeça com uma mão. Estes dizeres foram entalhados na pedra, a qual foi encontrada em uma escavação no Olympia datada do ano 600 a.C. SAM (Org.). A História e a Evolução da Musculação. Superintenso. 26 Jan. 2010. Disponível em: < https://superintenso.wordpress.com/2010/01/26/a-historia-e-a-evolucao-da-musculacao/>. Acesso em: 26 Jan. 2019 17 Segundo os autores acima, podemos concluir que a musculação pode ser compreendida como uma atividade física que através do método de contra resistência e valendo-se do princípio da sobrecarga, proporciona o aumento da massa muscular. Sua prática pode contar com o emprego de máquinas específicas, pesos livres, molas, elásticos, tensores ou mesmo a força da gravidade. 2.5 Musculação: de sua gênese histórica ao final do século XIX O primeiro homem a preocupar-se com seu físico é retratado na mitologia grega como, Milon discípulo de Pitágoras. Os relatos descrevem um atleta olímpico que viveu entre 500 a 580 a. c em Croton no sul da Itália. Milon queria ser o homem mais forte de toda Grécia, para tanto mantinha uma dieta hipercalórica de mais de 50.000 calorias diárias, composta de nove kg de carne, nove kg de pão e dez litros de vinho. Figura 3 - "Milon de Croton aplicando o princípio da sobrecarga!". Fonte: MUSCULAÇÃO. NET (2013). Treinava utilizando como sobrecarga um bezerro sobre as costas e à medida que o animal crescia ele aumentava sua força, foi o melhor lutador grego da Antiguidade, vencendo seis Olimpíadas e conquistando trinta e dois campeonatos nacionais. Foi o precursor do treino com peso e através da sobrecarga objetivava ganho da massa muscular e aumento da força (BITTENCOURT, 1986), morreu de forma trágica ao participar de uma competição a qual deveria partir ao meio um tronco de árvore, porém Milon acabou prendendo sua mão, a noite 18 foi devorado por animais ferozes. Devido aos seus feitos grandiosos, e em reconhecimento, o nome da cidade de Milão na Itália, deveu-se a Milon (BITTENCOURT, 1986). Figura 4 - "Morte de Milon (Charles meynier)!". Fonte: WIKIPEDIA (2019). No século XIX, Weber (1846) é o primeiro a relacionar em estudos científicos a força muscular e a área transversa do músculo, dando o ponta pé inicial na história moderna da musculação (DANTAS, 1995). Do ponto de vista científico, os estudo de Weber representavam um avanço que serviria como partida para diversas descobertas, tais como: O aumento do sarcoplasma das fibras musculares evidenciando a hipertrofia nos músculos treinados, feita por Morpurgo em 1897; constatação de melhorias das respostas nas contrações musculares quer seja no aumento do potencial, ou na velocidade de contração do músculo no treino com pesos, feita por Zorbas em 1951; comprovação do funcionamento do mecanismo de contração muscular, este, decorrente de um impulso gerado no cérebro, conduzido pelo sistema nervoso através das sinapses até um neurônio motor, o qual originará o movimento, Zimkim em 1965, estes entre outros destacados por Bittencourt (1984). 19 Estas descobertas proporcionaram uma grande variedade de informações científicas,conceituando e colocando a musculação no topo do rank das atividades físicas, o que aumentou sua procura por indivíduos preocupados com a melhora do condicionamento físico e da saúde. A estimulação do mecanismo de feedback, promovem respostas dos receptores músculo-articulares otimizando melhoras da funcionalidade do equilíbrio e estabilidade, protegendo os seguimentos do corpo. A musculação parece ser o exercício mais aceito, graças à possibilidade de controlar a velocidade de execução de seus movimentos, bem como, sua sobrecarga em toda amplitude articular do exercício (MONTEIRO, 1999). A primeira competição de musculação aconteceu em 1901 na cidade de Londres na Inglaterra, idealizada e organizada por Eugene Sandow, sendo chamada de “O Físico mais Fabuloso do Mundo”. O evento contou com cerca de 156 participantes tendo como vencedor, Willian Murray7, o qual ganhara como prêmio uma miniatura da estatueta de Eugene segurando uma barra com pesos em forma de bola, a qual até hoje é utilizada para premiação do Mr. Olympia. Figura 5 - William Murray, Eugen Sandow, D. Cooper, AC Smythe Fonte: SILVA (2009). 7 Willian Murray venceu em 1901 na cidade de Londres – Inglaterra, a primeira competição de musculação. Mais tarde tornar-se-ia um artista, participando de vários eventos, incluindo organizando competições de musculação na Inglaterra (BITTENCOURT, 1986). 20 Figura 6 - Primeira competição de musculação organizada por Eugene Sandow, 1901. Fonte: DOBBINS (2004). Durante o final do século XIX a prática do “culturismo”, assim como o “halterofilismo”, estava voltada para as companhias circenses e teatrais, que percorriam o mundo com apresentações. Neste contexto temos nomes como: Louís Attíla8, Charles Sanson e Eugene Sandow, que seguiam competindo pelo título do mais forte do mundo. Attíla aumentou sua fama ao receber na Europa em 1887, durante o jubileu da Rainha Vitória uma pequena estátua no formato do herói da mitologia grega, Hercules cravejado com 36 pedras de diamantes do príncipe de Gales (BOSSI; STOEBERL; LIBERALI, 2011). 8 Louís Attíla foi o primeiro idealizador de centros de treinamentos, “ACADEMIAS”, ao longo de sua carreira adquiriu e organizou conhecimentos sobre diversas formas de treinamentos, a fim de ajudar outras pessoas melhorarem seu físico. Dentre estas, Eugen Sandow cujo nome verdadeiro era Friedrich Muller. MASTERY, S. Louis Attila. Legendarystrength. 29 Out. 2013. Disponível em: < https://legendarystrength.com/louis-attila/ >. Acesso em: 20 Jan. 2019 https://www.bodybuilding.com/author/bill-dobbins https://www.bodybuilding.com/author/bill-dobbins https://legendarystrength.com/eugen-sandow/ https://legendarystrength.com/eugen-sandow/ https://legendarystrength.com/category/strongman-mastery/ https://legendarystrength.com/category/strongman-mastery/ 21 Figura 7 - "Eugene Sandow". Fonte: WIKIPEDIA (2018) Em 1893 viajou para os Estados Unidos da América, porém não conseguiu adaptar-se, e foi na Alemanha, em meio a uma apresentação, na qual Eugene Sandow fora notado pelo empresário de espetáculos Ziegfeld. O que chamou a atenção de Ziegfeld não foi só o físico e força de Eugene, mas também o fato de causar muita admiração nas mulheres. Percebendo o potencial de Eugene Sandow, Ziegfeld causou a maior revolução na época ao mudar para sempre a forma com que os homens se apresentavam. Estes homens musculosos vestiam roupas feitas de peles de animais ferozes como, leopardos, entre outros. Foi neste clima que Zoegfild, surpreende ao colocar Sandow no palco apenas com uma pequena sunga. As mulheres pareciam não acreditar, ficaram deslumbradas. Depois de muitos anos nesta rotina sem descanso, ele adoece e regressando para Londres, recuperado, casou-se com Blanche Brrokes, depois passou a dedicar seu tempo abrindo grandes ginásios para prática de cultura física, publicou uma revista de sua autoria, “Sandow Magazine”, além de vários livros como, "Bodybuilding, or Man in the Making". Este por sua vez deu origem a 22 atual modalidade de competição, inventou aparelhos e aperfeiçoou artigos, criou um método de ensino à distância, o qual fazia por correspondências e defendeu a educação física nas escolas (BITTENCOURT, 1986). Figura 8 - "Revista Sandow Magazine". Fonte: Atlas do Esporte (2000). Em 1925, após sofrer um acidente, onde debilitado pelos traumas e determinado a retirar seu carro de uma vala, Eugene Sandow sofre um “ANEURISMA CEREBRAL”, que por sua vez acaba tirando-lhe a vida. Na ocasião acabou enterrado no cemitério Putney Vale como indigente fato este por desavenças com sua mulher (BITTENCOURT, 1986). 23 Sandow alcançou inúmeras conquistas, seus feitos até hoje são relembrados em competições e em diversos livros e revistas de musculação, recebeu o título de “o pai da musculação”, talvez não imaginasse o benefício que estaria fazendo para toda humanidade, desde os mais jovens até os mais velhos, na prevenção e reabilitação das doenças crônicas degenerativas, tais como: Hipertensão, diabetes, cardiovasculares, respiratórias, neoplasias etc. 2.6 Musculação nos dias atuais Durante muito tempo a musculação teve sua prática associada puramente às demonstrações de força, estética e no condicionamento das tropas militares. Pedras, troncos de árvores, pesos desproporcionais, serviam como forma de treinamento. Durante o século XX, com o frequente estudo da musculação e a introdução de novas técnicas de treinamentos, assim como, o desenvolvimento de equipamentos (barras, halteres, anilhas etc.), capazes de intensificar a sobrecarga nos exercícios, serviu para melhorar os resultados estéticos e trazerem maior segurança aos praticantes. (LEIGHTON, 1986). Neste período, acontece publicações de revistas como “MuscleBuilder” e novos espaços são inaugurados, principalmente nas cidades dos Estados Unidos da America (EUA), tornando a acessibilidade ao conhecimento cientifico, assim como do treinamento prático. Depois de 1990, acontece à regulamentação e a criação de suas diretrizes internacionais, sob forte argumentação a respeito de seus benefícios a saúde (UMPIERRE; STEIN, 2007). Isto se deve aos incansáveis esforços de vários pesquisadores e depois de muitas publicações cientificas comprovarem resultados nos tratamentos de várias doenças crônicas degenerativas (PESCATELLO LS, 2004). A musculação muito divulgada por Eugene Sandaw conquistou adeptos em todo mundo. Sua prática nos dias atuais, além de trabalhar a estética ganha um novo contorno, ao menos no que se refere a melhoras na qualidade de vida voltada para saúde dos praticantes (INSTITUTO POLITÉCNICO DE ENSINO A DISTÂNCIA, s.d.). Diferente dos tempos de Eugene, que se apresentava por todo mundo em competições destinadas a saber qual o físico ou mesmo o homem mais forte do mundo, a musculação vem sendo empregada com diferentes finalidades em diversas modalidades, como um exercício de ampla intensidade, sua prática segue a recomendação médica, e deve ser mantida regularmente para produzir resultados efetivos, logo qualquer que seja a finalidade: estética, 24 esportiva, profilática, terapêutica ou mesmo para melhorar o condicionamento físico, a musculação tem seu papel garantido na preparação, recuperação ou mesmo, servindo como atividade condicionadora da saúde (PIRES, 2012). Figura 9 - "Academia , século XX”. Fonte: CURY(2018). Figura 10 - "Academia Contemporânea". FONTE: UNIFOR (2018). 25 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Realizar um estudo de revisão literária, a fim de identificar qual a importância do treinamento de musculação associado á prevenção da perda de massa muscular em idosos. 3.2 ObjetivoEspecífico • Discutir os benefícios da musculação relacionados à prevenção da perda de massa muscular em idosos; • Divulgar o que a literatura científica expõe sobre a musculação e sua repercussão na saúde. 26 4 METODOLOGIA Utilizou-se de uma revisão de literatura, a qual Segundo Thomas, Nelson e Silverman (2009), objetiva realizar um levantamento através de pesquisas de produções científicas que abordam temas recentes sobre o treino de musculação associado á prevenção da perda de massa muscular em idosos. O estudo fez uma abordagem qualitativa de caráter exploratório, utilizaram-se instrumentos de pesquisa: livros, artigos e monografias, os quais foram buscados em sítios da internet em base de dados do Google acadêmico e livros. O material contou com publicações indexadas e disponíveis nas plataformas acadêmicas brasileiras entre 2000 e 2018 e foi listado por ordem de relevância e que usavam o idioma português. As palavras-chave que nortearam a seleção do material foram: musculação, idosos e sarcopenia. Como resultado, 938 publicações foram encontradas, destas, foram lidas na integra os 39 artigos encontrados pela ordem de relevância do tema, os mesmos serviram como base de dados para este trabalho. A relação completa de trabalhos encontrados está listada na tabela 1. Tabela 01 – Estudos encontrados nas bases de dados brasileiras sobre musculação, idosos e sarcopenia publicados entre 2000 e 2018. Tipo de publicação Título do Artigo Ano de publicação PDF ARTIGO Avaliação da influência do treinamento resistido de força em idosos. 2014 LIVRO Musculação: uma abordagem metodológica 1986 HTML BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n.2.528 de 01 de outubro 2006. 2006 PDF Educação Física: atenção à saúde do idoso. 2011 PDF LIVRO Saúde coletiva e atividade física: Conceitos e aplicações dirigidos à graduação em Educação Física. 2007 PDF Efeitos hemodinâmicos e vasculares do treinamento resistido: implicações na doença cardiovascular. 2007 LIVRO Métodos de pesquisa em atividade física. 2009 REPOSITÓRIO Musculação para a terceira idade 2013 27 PDF Motivos de aderência e permanência em programas de musculação. 2011 PDF Exercício e hipertensão 2004 SITE ARTIGO Adaptações fisiológicas ao trabalho de musculação. 2005 PDF Força muscular e características morfológicas de mulheres idosas praticantes de um programa de atividades físicas 1999 HTML Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos 2001 LIVRO Fisiologia dos exercícios resistidos 2008 LIVRO Envelhecimento, prevenção e promoção da saúde. 2004 PDF Avaliação e comparação dos fatores intrínsecos dos riscos de quedas em idosos com diferentes estados funcionais. 2004 PDF Condicionamento de força em homens mais velhos: hipertrofia do músculo esquelético e melhora da função. 1988 PDF Atividade física: uma necessidade para a boa saúde na terceira idade. 2005 LIVRO Fundamentos do treinamento de força muscular. 2017 PDF LIVRO Espelho, espelho meu... imagens que povoam o imaginário social da velhice e do idoso. 1997 PDF Os benefícios do treinamento de força no processo de envelhecimento. 2009 LIVRO A prática da preparação física. 1995 PDF Musculação como manifestação de atividade física e produto. 2005 SITE superintenso. A história da musculação 2014 SITE O número de idosos deverá aumentar no Brasil. S/D PDF ARTIGO As políticas públicas voltadas ao idoso: melhoria da qualidade de vida ou reprivatização da velhice. 2013 LIVRO Enciclopédia do emagrecimento. 2001 SITE Musculação e qualidade de vida. 2004 SITE Os benefícios da atividade física para o envelhecimento saudável: analise da Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2013 28 PDF Treinamento com pesos na prevenção da sarcopenia em idosos 2007 PDF Benefícios do treinamento com pesos sobre o processo de sarcopenia no envelhecimento. 2010 LIVRO Dicionário de educaçã física e do esporte. 1994 PDF ARTIGO Envelhecimento ativo e promoção da saúde: reflexão para as ações educativas com idosos. 2005 SCRIBD LIVRO Tratado de Gerontologia - 2ed. Ed.Atheneu 02.2007 2007 PDF BIB. DIG. Envelhecimento e hipertrofia muscular. 2005 SITE História da musculação 2000 SITE EXERCÍCIOS RESISTIDOS. treinamentoresistido 2013 LIVRO Musculação: Diabéticos, osteoporóticos, idosos, crianças, obesos 2000 LIVRO Musculação: variáveis estruturais 2008 Fonte: Dados da pesquisa (2019) 29 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Ao longo da história da musculação, percebe-se seu emprego associado principalmente à demonstração de força, militarismo e as apresentações fabulosas de homens extremamente fortes, realizando levantamentos de pesos, participando de competições de fisiculturismo, e disputando entre si para saber quem era o homem mais forte. Na atualidade, em meio a diversos estudos científicos publicados, a musculação passa por um processo evolutivo, caracterizando-se não só como produto de aprimoramento estético, mas sim como, meio de prevenção das doenças crônicas degenerativas não transmissíveis e da promoção da saúde ajudando na melhora da qualidade de vida e aumentando a expectativa de vida da população. Neste contexto, a inclusão da população idosa, traz uma nova realidade, diferente da época de Egene Sandow, conhecido como pai da musculação, que outrora privilegiava o culto ao físico mais forte e perfeito. Agora, a musculação renasce com uma nova roupagem, desta vez, consagrada pela ciência e disposta a atuar na fronte de batalha contra o sedentarismo e as doenças advindas do avanço da idade. Os diversos artigos revisados demonstram sua participação nos diversos processos estruturais, seja pelo ganho ou mesmo na manutenção da massa muscular (processo de hipertrofia muscular), combatendo os efeitos da “SARCOPENIA”, ou mesmo melhorando a mobilidade, através dos ganhos da força e do equilíbrio, contribuindo para autonomia do idoso em relação à dependência de terceiros para realização das atividades cotidianas. Além disso, o treino de musculação promove a socialização do idoso, melhora a autoestima e contribui com a diminuição dos níveis de stress, ou seja: sua atuação nos dias atuais está agregada aos objetivos recreativo, profilático e terapêutico, podendo associar-se ao estético, competitivo e de preparação física. Cientificamente é comprovado que a musculação proporciona uma maior quantidade de adaptação muscular, isto melhora a qualidade de vida do idoso. Assim, é possível inferir com os estudos abordados aqui, que a melhor forma de prevenção na perda de massa muscular no idoso (sarcopenia), é a prática regular de musculação, sabe-se que o envelhecimento é inevitável devido às alterações fisiológicas e endócrinas, porém pode torna-se mais lento e demorado graças à prática da musculação, pois ela proporciona o aumento da secção transversa do músculo, o que resulta no ganho de massa muscular conhecido como, hipertrofia muscular. 30 5.1 Respostas ao treino com pesos para hipertrofia muscular em idosos Como já explicado anteriormente a sarcopenia, ocorre em decorrência da perda de massa muscular, a qual está relacionada com envelhecimento, mas também com a inatividade física, causando a falta de mobilidade articular, perda de força, incapacidade funcional, dependência na população idosa. Por todos esses pontos apresentados, torna-se relevante o aumento e a conservação da massa muscular através de exercícios físicos, de preferência, a musculação por trabalhar com aumento de cargas, causando um maior estímulo da hipertrofia muscular e diminuindo os efeitos desta doença. Não se pode atribuir uma única causa isolada para “SARCOPENIA”, sabe que se apresenta como uma condição multifatorial, envolvendo umacomplexidade de fatores resultante de alterações no sistema nervoso, diminuição na produção de hormônios essenciais ao anabolismo, perda da qualidade muscular, bem como, a falta de bons hábitos de vida. A prescrição de um programa elaborado de forma específica para atender as individualidades biológicas e seguindo um planejamento adequado, poderá de forma mais eficiente gerar respostas positivas como: hipertrofia muscular e ganho de força (FLECK; KRAEMER, 2017). Neste sentido, o treinamento resistido com pesos, torna-se relevante para o tratamento da sarcopenia, uma vez que, sua prática melhora o metabolismo basal, acelerando o gasto calórico total contribuindo para diminuição da gordura corporal e, promovendo a síntese proteica responsável na promoção da hipertrofia muscular. Estão comprovados os benefícios adquiridos por idosos que participaram de alguma atividade de força, a ciência constatou inclusive que pessoas acima dos 90 anos de idade, submetidas a um programa de musculação durante dois meses, conseguiram obter ganhos de força. Explicando melhor, há uma promoção da saúde, gerada do aumento gradual da sobrecarga, servindo como estimulo para o ganho de força, sendo recomendado inclusive para os idosos (FLECK; KRAEMER, 2017). O ganho de força muscular nos idosos provocam mudanças na composição corporal e um melhoramento da mobilidade, aumentando a velocidade da marcha. A prática de exercícios resistido com pesos, como a musculação, promove mudanças neuromusculares reduzindo os efeitos da degradação do tecido muscular ósseo causando a sarcopenia (BARBOSA, 2007). Observa-se que, nos mais variados estudos, o treinamento resistido com peso diminuem e até pode reverter os efeitos da sarcopenia, p. ex.: ao submeter 08 idosos a uma rotina de dois meses de treinos, obteve-se como já mencionado anteriormente um aumento considerável da força, sendo que o destaque para membros superiores, os quais o 31 desempenho foi melhor em relação aos membros inferiores (AGUIAR, et. al., 2014). Sabe-se que a diminuição da força muscular no idoso afeta principalmente as pernas. Assim, traumas por fraturas advindos de quedas são muito comuns devido à deficiência articular, falta de flexibilidade e fragilidade pela diminuição da força. As respostas ao estimulo do exercício resistido com peso favorecem a população idosa com aumento da força muscular, ainda observou-se um pequeno ganho de massa muscular, este ainda que bem reduzido, porém muito importante no auxilio contra perda e na manutenção da massa muscular. Os estudos desenvolvidos por Fleck e Kraemer (2017), determinaram serem necessário pelo menos 3 meses de treinos resistido com peso, para retroceder os efeitos danosos da sarcopenia, melhorando assim, a construção muscular. Este retrocesso ocorre de forma gradual, desde que havia uma melhora na conduta do indivíduo em relação à adoção regular da prática da musculação e de uma mudança nos hábitos de vida (alimentação, sedentarismo, vícios, etc.). 5.2 Musculação x Sarcopenia Para Calvinho e Lira (2012), a musculação é a atividade física mais indicada por sua relevância no combate e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, hipertensão..., etc.), além de promover o fortalecimento ósseo muscular. A atividade regular de exercícios com pesos, a exemplo da musculação, promove o fortalecimento das estruturas musculoesquelético, trazendo-lhes melhoras das condições funcionais e da saúde. Conforme ressalta Rocha (2013), O treinamento resistido com pesos, também conhecido por musculação proporciona dentro de sua complexidade, a melhora da aptidão física e da capacidade funcional. O Treino de musculação possibilita uma melhor adequação às condições individuais de cada pessoa, assegurando uma rápida adaptação e minimizando riscos de lesões nos treinos. Para Chagas e Lima (2008), a musculação promove a manutenção da massa muscular, além de desenvolver a hipertrofia, melhorando a força que advém do aumento da massa muscular. O treino com pesos na musculação promove um estresse muscular seguido posteriormente de adaptações e melhoramentos funcionais, ocasionando ganhos da força e melhoramento do tecido muscular, este ciclo segue se repetindo graças a regularidades dos estímulos durante a prática dos exercícios. Conforme ressalta Ducan (2009), o maior benefício do treinamento resistido com cargas é a redução do processo de perda de massa muscular dado principalmente com 32 envelhecimento. Pressupõem que este processo está relacionado com a redução no tamanho das fibras musculares individuais e pela perda de fibras musculares do tipo II (FRONTERA et al.,l988). Estruturalmente ocorrem mudanças morfofisiológicas que beneficiam, prevenindo e combatendo a perda do tecido muscular e da densidade óssea, esta ultima causadora de doenças osteoarticulares degenerativas, causando diminuição da força física e expondo as pessoas a riscos de quedas e fraturas. Os estudos sobre musculação evidenciam o aumento da densidade mineral óssea. Segundo Campos (2000), a recomendação da prática da musculação aos grupos especiais é justificada pelos benefícios estruturais: aumento da força hipertrofia diminuição do percentual de gordura, melhora da mobilidade graças a melhor flexibilidade, bem como aumento da densidade óssea. São muitas as pesquisas sobre o treinamento resistido com pesos, onde ficam claras as evidências de seus benefícios. Para Campos (2000), O advento do uso da musculação para frear a perda da massa muscular, a qual está atrelada ao avanço da idade, possibilita melhoras da força e da qualidade de vida. A idade dita o ritmo da vida, pois com o passar dos anos cada vez mais o corpo sofre os efeitos das alterações morfofisiológicas, tais mudanças: perdas da força e da massa muscular, diminuição da flexibilidade e do equilíbrio, são intensificadas pela falta de atividades físicas. Neste contexto a musculação, desde que bem orientada pelo profissional de Ed. Física, terá papel decisivo na prevenção e controle dos mais diversos casos. Segundo Matsudo e Barros Neto (2001), as alterações de ordem fisiológicas não ocorrem de forma igual nos idosos, pois a inatividade física, acaba comprometendo a saúde fazendo com que, haja uma diminuição das funções metabólicas, as quais estão associadas ao ganho de peso e outras doenças. Quando o indivíduo é praticante de alguma atividade física, seu corpo acaba promovendo uma série de benefícios relacionados à melhora de sua saúde. Segundo Litvoc e Brito (2004) a musculação, em relação aos exercícios aeróbicos, ex.: caminhada, apesar de pouco recomendada pelos médicos, é altamente indicada aos idosos. Ganhos de força e resistência ocorrem de forma rápida e perceptiva, isto motiva e proporciona melhoras, quer seja prevenindo, assim como tratando as doenças degenerativas não transmissíveis. Ex.: Osteopenia e osteoporose, obesidade, hipertensão arterial, diabetes etc. Desta forma, o idoso cada vez mais se torna independente para as atividades rotineiras. 33 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Notou-se que no inicio a musculação não tinha seu foco direcionado a população idosa, mas com o passar do tempo, esta modalidade vem sendo praticada cada vês mais por idosos que querem sair do sedentarismo e melhorar sua força, aumento de flexibilidade, mobilidade e da hipertrofia muscular. Houve uma diversificação em sua base estrutural, a fim de atender esta nova realidade. É aconselhada principalmente por minimizar as perdas de massa muscular. Assim desta forma, notamos através da revisão literária, que há resultados suficientemente favoráveis que justifiquem a prática da musculação por idosos, ajudando na melhora tanto física como mental, contribuindo assim, para a melhora de sua autonomia, tornando-se independente e proporcionando uma melhor qualidade de vida ao idoso. 34REFERÊNCIAS AGUIAR, P. de P. L. et. al. Avaliação da influência do treinamento resistido de força em idosos.Revista Kairós: Gerontologia, v. 17, n. 3, p. 201-217, 2014. AKEMI, I. M.; JACOB FILHO, W. Avaliação e comparação dos fatores intrínsecos dos riscos de quedas em idosos com diferentes estados funcionais. Fisioterapia e Pesquisa, v. 11, n. 1, p. 66-67, 2004. AOKI, R. N. Benefícios do treinamento com pesos sobre o processo de sarcopenia no envelhecimento. 2010. Monografia (Graduação em Educação Física) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Faculdade de Educação Física. 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