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Introdução à Histologia do Sistema Nervoso

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BMF4 Introdução à Histologia do Tecido Nervoso 
NEURÔNIOS 
O neurônio ou célula nervosa é a unidade 
funcional do sistema nervoso: 
• consiste em um corpo celular, que 
contém o núcleo, e em vários 
prolongamentos de comprimento 
variável; 
• são células especializadas em 
receber estímulos de outras células 
e em conduzir impulsos elétricos 
para outras partes do sistema por 
meio de seus prolongamentos. 
 
Corpo Celular (pericário) 
• contém um grande núcleo 
eucromático, com um nucléolo 
proeminente, e citoplasma 
perinuclear circundante; 
• seu citoplasma perinuclear contém 
uma quantidade abundante de 
retículo endoplasmático rugoso 
(RER) e ribossomos livres quando observado com o microscópio eletrônico de 
transmissão (MET), características condizentes com a sua alta atividade de síntese 
proteica; 
• ao microscópio óptico, o conteúdo ribossômico aparece como pequenos corpúsculos, 
denominados corpúsculos de Nissl, que são intensamente realçados por corantes 
básicos e são realçados metacromaticamente por corantes de tionina. Cada corpúsculo 
de Nissl corresponde a uma “pilha” de RER. 
 
Dendritos e axônios 
Os dendritos são prolongamentos citoplasmáticos, que recebem estímulos de outros neurônios 
ou do ambiente externo. Em geral, o conteúdo do citoplasma perinuclear do corpo celular e o 
do citoplasma dos dendritos são muito semelhantes. Outras organelas características do corpo 
celular, incluindo ribossomos e RER, são encontradas nos dendritos, particularmente na sua 
base. Além disso, pequenos complexos de Golgi periféricos, que são estruturas funcionais 
individualizadas não conectadas com o complexo de Golgi no corpo celular, são encontrados no 
citoplasma de dendritos e atuam como centros de nucleação para microtúbulos. 
 
Os axônios são prolongamentos efetores que transmitem estímulos a outros neurônios ou a 
células efetoras. A região do axônio entre o ápice do cone axônico e o início da bainha de mielina 
é denominada segmento axônico inicial (SAI). O SAI é o local em que o potencial de ação é gerado 
no axônio. 
Classificação morfológica 
Morfologicamente, os neurônios podem ser classificados como: 
Multipolares: apresentam um axônio e dois ou mais dendritos. A direção dos impulsos ocorre 
do dendrito para o corpo celular para o axônio ou do corpo celular para o axônio. 
Bipolares: apresentam um axônio e um dendrito. Os neurônios bipolares são raros. Estão mais 
frequentemente associados aos receptores dos sentidos especiais (paladar, olfato, audição, 
visão e equilíbrio). 
Pseudounipolares (unipolares): apresentam um prolongamento, o axônio, que se bifurca 
próximo do corpo celular em dois ramos axônicos longos. Um ramo estende -se até a periferia 
(ramo dendrítico periférico), enquanto o outro se estende até o SNC (ramo axônico central). Os 
dois ramos axônicos são as unidades de condução. Os impulsos são gerados nas arborizações 
(ramos) periféricas do neurônio, que constituem as porções receptoras da célula. Cada neurônio 
pseudounipolar desenvolve-se a partir de um neurônio bipolar à medida que seu axônio e 
dendrito migram a partir do corpo celular e se fundem em um único prolongamento. A maioria 
dos neurônios pseudounipolares consiste em neurônios sensitivos localizados próximo do SNC. 
Os corpos celulares dos neurônios sensitivos estão localizados nos gânglios da raiz posterior e 
nos gânglios dos nervos cranianos. 
Classificação funcional 
Neurônios sensitivos: transmitem impulsos dos receptores para o SNC. Os prolongamentos 
desses neurônios estão envoltos por fibras nervosas aferentes somáticas e aferentes viscerais. 
 
Neurônios motores: 
transmitem impulsos 
do SNC ou dos gânglios 
para as células 
efetoras. s 
prolongamentos 
desses neurônios estão 
envoltos por fibras 
nervosas eferentes 
somáticas e eferentes 
viscerais. 
Interneurônios: 
também denominados 
neurônios 
internunciais, formam 
uma rede de 
comunicação e de 
integração entre os 
neurônios sensitivos e 
motores. Estima-se 
que mais de 99,9% de 
todos os neurônios 
pertençam a essa rede 
integrativa. 
 
 
 
CÉLULAS DA NEUROGLIA 
Astrócitos 
• são as maiores células gliais, as extremidades dos prolongamentos sofrem expansão 
formando pés terminais que recobrem grandes áreas nas superfícies de vasos 
sanguíneos e neurônios 
• fornecem suporte físico e metabólico aos neurônios e vasos sanguíneos do SNC 
• não formam mielina. 
• são identificados dois tipos de astrócitos: 
o os astrócitos protoplasmáticos predominam na camada de revestimento mais 
externa do encéfalo, denominada substância cinzenta. Esses astrócitos contêm 
numerosos prolongamentos citoplasmáticos curtos e ramificados; 
o os astrócitos fibrosos são mais comuns na porção mais interna do encéfalo, 
denominada substância branca. Esses astrócitos apresentam menor número de 
prolongamentos, os quais são relativamente retos. 
• os astrócitos 
fornecem uma 
cobertura para as 
“áreas desnudas” dos 
axônios mielinizados 
– por exemplo, nos 
nós de Ranvier e nas 
sinapses; 
• desempenham 
importante papel no 
movimento dos 
metabólitos e 
produtos de 
degradação para os neurônios e a partir deles. Eles ajudam a manter as junções de 
oclusão dos capilares contínuos que formam a barreira hematencefálica. 
Micróglia 
• consiste em células muito pequenas com pequenos núcleos alongados e escuros, 
que apresentam propriedades fagocíticas; 
• em geral, essas células representam cerca de 5% de todas as células gliais no SNC 
do adulto, mas proliferam e tornam-se ativamente fagocíticas (células microgliais 
reativas) em regiões de lesão ou afetadas por doença; 
Aceita-se o conceito de que os astrócitos regulem as concentrações de K+ no compartimento 
extracelular do encéfalo, mantendo, assim, o microambiente e modulando as atividades dos 
neurônios. A membrana plasmática do astrócito contém uma quantidade abundante de 
bombas de K+ e canais de K+, que medeiam a transferência de íons K+ de áreas de alta 
concentração para áreas de baixa concentração. O acúmulo de grandes quantidades de K+ 
intracelular nos astrócitos diminui os gradientes de K+ extracelular local. A membrana dos 
astrócitos sofre despolarização, e a carga é dissipada sobre uma grande área por meio da 
extensa rede de prolongamentos dos astrócitos. A manutenção da concentração de K+ no 
espaço extracelular do encéfalo pelos astrócitos é denominada tamponamento espacial do 
potássio. 
• evidências recentes sugerem que a micróglia desempenhe papel de importância 
crítica na defesa contra microrganismos invasores e células neoplásicas. As células 
microgliais removem bactérias, células defeituosas e restos de células que sofreram 
apoptose. Além disso, medeiam reações neuroimunes, como as que ocorrem em 
condições de dor crônica. 
Oligodendrócitos 
• são células pequenas, ativas na formação e na manutenção da mielina no SNC 
• é a célula responsável pela produção de mielina no SNC. 
• cada oligodendrócito emite vários prolongamentos linguiformes que fazem contato 
com os axônios próximos. Cada prolongamento citoplasmático se enrola em torno 
de uma porção de um axônio, formando um segmento internodal de mielina. Os 
múltiplos prolongamentos de um único oligodendrócito podem mielinizar um 
axônio ou vários axônios próximos; 
Vista tridimensional de um oligodendrócito e suas 
relações com vários axônios. Os prolongamentos 
citoplasmáticos do corpo celular do 
oligodendrócito formam lâminas citoplasmáticas 
achatadas, que se enrolam em cada um dos 
axônios. A relação do citoplasma e da mielina é 
essencialmente a mesma daquela das células de 
Schwann. 
Já no SNP, quem forma a mielina são as células de Schwann, de forma a formar várias 
camadas concêntricas de suas membranas plasmáticas ao redor do axônio: 
 
Células ependimárias 
• são células colunares que revestem os ventrículos cerebrais e o canal central da 
medula espinal;• formam o revestimento de tipo epitelial dos ventrículos do encéfalo e do canal 
vertebral; 
• formam uma única camada de células cuboides a colunares, que exibem as 
características morfológicas e fisiológicas das células transportadoras de líquido. 
Estão firmemente ligadas por complexos juncionais localizados nas superfícies 
apicais. 
A substância branca tem acúmulo de 
axônio (a mielina confere o aspecto 
esbranquiçado) e na cinzenta tem 
acúmulo de corpos celulares. 
Plexo coroide 
• as células ependimárias modificadas e os capilares associados são denominados 
plexo coroide; 
• essas células passam a produzir o líquido cefalorraquidiano (líquor) por meio de 
transporte e secreção de materiais derivados das alças capilares adjacentes; 
• o líqudor tem como funções banhar, nutrir e proteger o encéfalo e medula espinal 
• entres as células do epitélio ependimárias há zônulas de oclusão que impedem 
trânsito intercelular, essas oclusões constituem a barreira hematoliquórica. 
NERVOS 
 
• o endoneuro é formado por tecido conjuntivo frouxo, que circunda cada uma das 
fibras nervosas; 
• o perineuro é formado por um tecido conjuntivo especializado, que circunda cada 
fascículo nervoso (ou feixe) e com importância para a barreira hematoneural; 
o essa barreira mantém o meio iônico das fibras nervosas com bainha. De 
maneira semelhante às propriedades exibidas pelas células endoteliais dos 
capilares cerebrais que formam a barreira hematencefálica, as células 
perineurais contêm receptores, transportadores e enzimas que 
proporcionam o transporte ativo de substâncias. 
• o epineuro é o tecido conjuntivo denso não modelado que circunda o nervo 
periférico e preenche os espaços entre os fascículos nervosos. 
GÂNGLIOS 
Acúmulo de pericários de neurônios localizados fora do SNC: 
 
• envolto por tecido conjuntivo denso; 
• Os corpos celulares dos neurônios dos gânglios são circundados por uma camada de 
pequenas células cuboides, denominadas células-satélites, que tem as funções de 
suporte e proteção. 
Referências 
PAWLINA, Wojciech. Ross Histologia - Texto e Atlas, 8ed. Capítulo 12 – Tecido Nervoso.

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