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Resumo das principais particularidades anestésicas em felinos

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RISCOS ANESTÉSICOS E SEDATIVOS 
Os maiores índices de mortalidade em gatos, que foram 
submetidos a um procedimento anestésico, se 
concentram em manutenção e recuperação 
(principalmente nas 3 primeiras horas após o 
procedimento cirúrgico). Isso se dá ao fato de não ter um 
acompanhamento adequado do paciente durante sua 
recuperação. 
Essas primeiras horas de recuperação anestésica devem 
ser monitoradas tão intensamente quanto é feito no 
período de manutenção anestésica (durante o 
procedimento cirúrgico). 
Além dessas fases de maiores riscos (manutenção e 
recuperação) a classificação ASA está diretamente 
relacionado a maiores ou menores índices de óbitos. 
Sendo que pacientes ASA 4 e 5 apresentam maiores 
riscos anestésicos quando comparado com pacientes 
ASA 2 e 3. Paciente ASA 1 também apresenta risco 
anestésico, porém, quando comparado com os outros 
grupos, seus índices são bem inferiores. Contudo, isso não 
significa que não precisa ter os mesmos cuidados. Há uma 
premissa na anestesiologia veterinária, na qual diz que 
deve tratar TODO e qualquer paciente como se fosse 
pertencente a classificação ASA 5. Isso significa que 
todos os pacientes, independente do seu ASA, devem ter 
atenção, monitoração e cuidados da forma mais completa 
e satisfatória. 
Monitoração intensa nas três primeiras horas na 
recuperação anestésica, se o anestesista não puder 
fazer isso, passar os últimos parâmetros para o clínico, 
para que monitore pelo menos: pressão, temperatura e 
manejo cat friendly (evitar ao máximo que o paciente 
passe por situações estressantes → excesso de 
catecolaminas, adrenalina e noradrenalina interferem no 
funcionamento cardiovascular, resultando em arritmias 
que podem ou não evoluir para uma parada cardíaca. A 
liberação de ocitocinas em situações estressantes pode 
resultar em edema pulmonar). 
Comportamento e bem-estar animal 
Gatos não são cães pequenos → é uma afirmação óbvia, 
mas que precisa ser reforçada pois são seres muitas 
vezes incompreendidos com uma fisiologia complexa e 
diferente. Apresentam um comportamento estóico 
(comportamento inabalável, ou seja, um gato não 
demonstra algum sintoma a primeiro momento, mas isso 
não significa que não sinta) e de caçador inato. 
É possível identificar uma condição de dor por meio de 
algumas expressões: afastamento das orelhas, olhos 
ficam mais fechados, bigode direcionado para trás e 
voltados para baixo. Essas expressões faciais/ corporais 
permitem uma comunicação/ convivência, sendo possível 
identificar se está em uma situação de incomodo, medo 
ou tranquilidade. Essa avaliação de gestos (expressões 
faciais e corporais) é fundamental na avaliação do médico 
veterinário, principalmente o anestesista no momento da 
escolha do seu protocolo anestésico. Por exemplo: se 
identificar uma expressão de dor, vai instituir uma 
analgesia adequada para promover o conforto do 
paciente antes mesmo da sua avaliação pré-anestésica. 
Comunicação olfativa: durante o atendimento o felino 
libera feromônios (seja de medo, seja de conforto) , que 
é percebido pelos outros animais presentes na 
clínica/hospital. Essa percepção de feromônios é possível 
devido a presença do órgão vômeronasal, que possibilita 
captar sinais químicos liberados por outros animais. 
Apresentam várias glândulas, que são responsáveis por 
comunicação e reconhecimento do ambiente. 
Estresse/ ansiedade: ocorre devido a ativação de 
centros medulares hipotalâmicos e límbicos (alteração da 
parte comportamental e emocional). Com essa ativação, 
tem um aumento do tônus simpático, que faz com que 
tenha a liberação de catecolaminas endógenas, como a 
adrenalina e noradrenalina, liberação de ocitocinas, 
aumento da produção de mediadores inflamatórios (isso 
tudo reflete em um aumento de frequência cardíaca, 
aumento de pressão arterial, aumento do estado de 
vigília, aumento da frequência respiratória). Em um quadro 
de taquicardia = maior consumo de oxigênio pelo miocárdio, 
que juntamente com maior liberação de catecolaminas, 
podem resultar em arritmias e injuria/ falência renal 
aguda (menor perfusão sanguínea). 
Abordagem cat friendly 
Manejo voltado para redução de estresse. 
Consiste em: redução/ ausência de manipulação 
excessiva, utilização de caixas de transporte (de 
preferência que permitem a retirada da tampa), após 
fazer a MPA deixar o gato dentro da caixa de 
transporte, cuidado com máquinas de tosa barulhentas 
(utilizadas na tricotomia), sempre estar atento ao 
temperamento do paciente. 
Outros cuidados importantes: fazer enriquecimento 
ambiental dos gatis, utilização de feromônios sintéticos ou 
infusão de lavanda (para promover um ambiente mais 
tranquilo), caixas de areia individuais, evitar deixar as 
caixas de transporte uma de frente para outra (devido 
a característica territorialista dos felinos), ambiente com 
o maior silêncio possível (principalmente no momento de 
recuperação). 
Acesso venoso 
Utilização de luvas para realização do acesso venoso. 
Cuidados para evitar ao máximo estresse nesse 
momento. 
Utilização de cateter 26 – 22G 
Acesso: veia cefálica, jugular, safena. 
Para animais muito agitados/ bravos: utilização de 
Gabapentina (50 – 100mg/ animal) → prescrever para 
o tutor dar o comprimido 2 horas ANTES de levar o gato 
para o atendimento → assim, paciente chega mais 
tranquilo e é muito mais fácil o manejo. 
Dor crônica 
Possíveis causas para dor crônica em gatos (alguns 
exemplos): 
1) Neoplasia 
2) Pancreatite 
3) Cistite intersticial 
4) Neuropatia diabética 
5) Doenças imunomediadas 
6) Doença inflamatória intestinal 
7) Doença articular degenerativa 
Principais fatores de risco 
1) Falta de conhecimento das particularidades da 
espécie por parte do anestesista. 
2) Intubação endotraqueal: fazer treinamento para 
melhorar a afinidade com a técnica, utilização de 
lidocaína (instilar lidocaína nas cartilagens e esperar 
um minuto até que faça efeito) para evitar 
laringoespamos (que é o fechamento das cartilagens 
aritenoides → o que dificulta ainda mais a intubação). 
ATENÇÃO! Gatos apresentam laringe e traqueia 
delicadas → mesmo com uso de lidocaína, para evitar 
laringoespamos, é preciso de uma manipulação 
cuidadosa para não lesionar/romper. Fazer pré 
oxigenação antes de intubação. Assim que animal 
apresentar o reflexo de pina (começar a mexer a 
orelha): pode ser feito a extubação. 
TAMANHO DA SONDA OROTRAQUEAL → 
raiz²(peso*4) → tomar cuidado com a sonda, 
principalmente em animais maiores: quanto menor a 
sonda (diâmetro menor) maior o trabalho 
respiratório. Para animais pequenos uma sonda maior 
pode machucar o animal na tentativa improdutiva de 
colocação de uma sonda grande demais. 
➢ Até 1 kg: sonda 2,0 – 2,5 
➢ Entre 1 – 2,5 kg: sonda 2,5 – 3,5 
➢ Entre 3 – 4,5 kg: sonda 3,5 – 4,5 
3) São animais altamente susceptíveis ao estresse. 
4) Por ser animais pequenos, apresentam grande 
variação de temperatura (perdem temperatura 
facilmente) → animais muito sensíveis a hipotermia. 
Principais consequências da hipotermia: 
➢ Redução do metabolismo. 
➢ Aumento da depressão do sistema nervoso 
central. 
➢ Aumento do tempo de recuperação anestésica. 
➢ Aumento do consumo de O2 (devido aos tremores 
musculares que apresentam, na tentativa de 
aumentar a temperatura corporal). 
5) Escolha do fármaco: Proibido utilização de 
acepromazina em gatos, uma vez que bloqueiam 
receptores alfa 1, promove vasodilatação, depressão 
do centro termorregulador. 
Jejum 
Pedir para proprietário fazer jejum de sólido (ração) de 
8 horas. 
4 horas antes do procedimento (metade do jejum total 
indicado) pedir para que o proprietário fornece UMA 
COLHER de sache para o gato → isso porque um jejum 
muito longo faz com que tenha maior liquefação do 
conteúdo gástrico e isso aumenta o risco de aspiração de 
conteúdo. 
Manter ingestão de água normal. 
Não solicitar jejum para gatos filhotes. 
Temperatura corpórea 
Para manter ou aumentar a temperatura corpórea, pode 
serutilizado: colchão térmico, bolsas térmicas, aquecedor 
de fluido (não é um método muito eficiente, pois até o 
fluido chegar no animal já perdeu temperatura para o 
ambiente), plástico bolha (forma uma camada isolante → 
enrolar o gato/cão com esse plástico), insuflador. 
Temperatura fisiológica para gatos: mínimo 38ºC 
ATENÇÃO! Para aquecer o paciente (independente de qual 
espécie) deve ser feita de maneira GRADUAL, para 
evitar queimaduras!!! 
Considerações de manejo 
Contenção inadequada além de ter a possibilidade de 
lesionar o animal, induzir a fugas, provoca alterações 
fisiológicas que vão interferir diretamente na segurança 
do protocolo anestésico. 
Estresse gera: hipoxemia, arritmias, excitação, morte 
súbita! 
Fechar portas e janelas → animais estressados vão ter 
maior comportamento de fuga. 
Particularidades felinas 
Gatos apresentam maior predisposição para discrasias 
sanguinolentas. 
Aumento da suscetibilidade à metahemoglobina → não 
tem transporte adequado de oxigênio pelas hemácias → 
hipoxia tecidual. 
Não utilizar paracetamol pois apresenta efeito TÓXICO, 
mesmo em doses baixas. 
Cuidado com doses antes de propofol, pois induz maior 
liberação de corpúsculos de Heinz → maior sensibilidade 
da membrana da hemácia → rompimento, ou seja, 
provoca uma injuria oxidativa. Essa condição pode ser 
também por uso de doses altas de dipirona → EXEMPLO: 
12,5 mg/kg, IM/ VO, BID (que é o RECOMENDADO para 
cães). 
Capacidade pulmonar: 300 ml 
Excesso de catecolaminas pode fazer com que animal 
apresente choque pulmonar. 
Em quadros de hemorragia não contraem o baço como 
uma tentativa de hemostasia (pelo sequestro esplênico, 
como acontece em cães). 
Quadros de lipidose deve tomar maior cuidado porque 
podem desenvolver anorexia e má perfusão. Então deve 
ser feito alimentação enteral. 
Cuidado com convulsões, que podem ser de origem intra 
ou extracraniana. Alguns animais podem apresentar 
convulsões por mecanismos idiopáticos. 
Parâmetros fisiológicos em gatos 
Frequência cardíaca: 120 – 240 bpm (a frequência 
mínima tolerada é 100 bpm → em um procedimento 
cirúrgico pode fazer uso de atropina em animais que 
atinjam 100 bpm, pra não correr o risco de um quadro 
complicado). 
Temperatura: 37,5 – 38,9 ºC → Hipertermia também 
provoca consequências severas: como acidose 
metabólica. Hipotermia severa (abaixo de 35ºC) o paciente 
não é capaz de responder a alguns fármacos, como o 
caso da atropina. 
Com relação a idade 
a) Animais de 0 a 6 meses (pacientes pediátricos): 
capacidade variável de metabolização via sistema 
enzimático P450 até 5 meses de idade, maior 
suscetibilidade a hipotermia durante procedimento 
cirúrgico, fundamental o uso de manejo “cat friendly” 
para redução de estresse. 
b) Animais de 7 meses a 2 anos (pacientes jovens): 
susceptíveis a hipotermia durante cirurgia, 
fundamental o uso de manejo “cat friendly” para 
redução de estresse. 
c) Animais de 3 a 6 anos (pacientes adultos): as doses 
dos fármacos devem ser baseadas no peso ideal, isso 
porque gatos abaixo/acima do peso podem 
metabolizar os fármacos de maneiras diferentes, 
dependendo do fármaco utilizado. 
d) Animais de 7 a 10 anos (pacientes maduros): o 
envelhecimento é diferente para cada indivíduo, idade 
com maior probabilidade de comorbidades 
susceptíveis a hipotermia, fundamental o uso de 
manejo “cat friendly” para redução de estresse. 
e) Animais acima de 10 anos (pacientes geriátricos): 
maior risco de morte relacionado a anestesia em 
animais acima de 12 anos, independente da sua 
classificação ASA, são mais sensíveis a depressão 
cardiorrespiratória, suas respostas compensatórias 
são mais limitadas as mudanças homeostáticas, maior 
suscetibilidade a hipotermia durante o procedimento 
cirúrgico, também é fundamental o uso de manejo 
“cat friendly” para redução de estresse. 
Avaliação pré-anestésica 
Pacientes pediátricos/jovens/ ASA 1 ou 2: deve solicitar: 
dosagem de ureia, creatinina, função hepática (AST), 
hemograma completo. 
Pacientes idosos/ ASA acima de 3: deve solicitar: 
urinálise, bioquímico, hemograma, teste para T4 (animais 
acima de 7 anos tendem a apresentar hipotiroidismo), 
eletrocardiograma, ecocardiograma (presença de sopro 
em auscultação), radiografia torácica. 
Fluidoterapia 
Ideal que seja sempre utilizado a bomba de infusão. Se 
não tiver, utilizar equipo micro. Acesso venoso é delicado 
→ deve ter um bom treinamento. 
50 a 60/ml/kg – Cuidado com sobrecarga → risco de 
edema pulmonar. Taxa de manutenção: 3ml/kg/hora 
Sistema hepático 
Características gerais, não sendo exclusivo de felinos 
1) Maior órgão endócrino. 
2) Responsável pelo recebimento do débito cardíaco (ou 
seja, do total de sangue que o coração bombeia em 
um minuto para o corpo, 30% vão para o fígado). 
3) Responsável pela produção de albumina, fatores de 
coagulação, pela metabolização de substâncias (ureia, 
colinesterases, CHO, lipídios, aminoácidos, amônia e 
fármacos). 
4) Por meio da produção de albumina e outras proteínas 
→ responsável pela manutenção da pressão 
oncótica (evita o extravasamento do líquido 
intravascular para o líquido intersticial). 
 Características particulares de gatos 
1) Apresenta maior dificuldade em realizar os seguintes 
processos: oxidação/ redução, hidrólise/ 
deaminação, sulfodaxidação, conversão de 
metabólitos ativos/inativos → isso ao fato de 
apresentarem DEFICIÊNCIA DE CITOCROMO P450 e 
DA ENZIMA NAT-2 e DA ENZIMA GLICURANIL 
TRANSFERASE, que são responsáveis pela 
metabolização e eliminação de 
substâncias/metabólicos via urina e bile. 
2) A deficiência da enzima glicuranil transferase faz 
com que tenha um maior tempo de biotransformação 
de fármacos, e isso aumenta a sua toxicidade 
(principalmente de fármacos com metabólitos ativos). 
Na prática: doses de fármacos devem ser menores! 
Principalmente de opioides (que possuem metabolitos 
ativos), propofol e AINES 
3) Gatos tem deficiência na formação de arginina e 
taurina, o que reduz a biotransformação de 
fármacos. Por isso a formulação de ração de gatos 
é diferente. 
Fármacos 
1) Baseado nas particularidades em felinos 
a) FENOTIAZÍNICOS → acepromazina 
Pode ser utilizado em pacientes hígidos. Ação 
tranquilizante. Há uma protrusão da 3ª pálpebra. 
Efeitos deletérios: hipotermia, hipotensão, 
vasodilatação. Potencializa efeito de opioides. 
Recuperação anestésica tranquila → isso porque 
sua ação tranquilizante pode durar entre 6 a 8 
horas. DOSE: 0,01 a 0,05 mg/kg → é uma dose 
muito baixa, não apresenta reversor. Dessa forma 
é recomendado evitar sua utilização em felinos. 
b) AGOSNISTAS ALFA 2 ADRENÉRGICOS → Xilazina, 
Dexmedetomidina. Sedação intensa: Locus coerulus 
Tem a característica de provocar: êmese → toda 
essa classe atua no centro do vomito. Em animais 
com traumatismo cranioencefálico não fazer uso 
de agonista alfa 2 adrenérgico, nem morfina 
(opioide que também age no centro do vomito) pois 
pode piorar o quadro do paciente. Hiperglicemia. 
Hipertensão inicial (devido a uma vasoconstrição 
inicial) e bradicardia reflexa → evitar uso em 
cardiopatas. 
Para contenção química: associação com cetamina. 
Apresenta reversor → ATENÇÃO! Toda vez que 
utilizar qualquer reversor, de qualquer classe de 
fármaco, deve ser feito de maneira lenta! Ou faz 
via intramuscular, ou faz via intravenosa de forma 
lenta. 
DOSE: 
➢ Xilazina: 0,2 – 1,0 mg/kg, IM ou IV 
➢ Dexmedetomidina: 3 – 20 µg/kg, IM ou IV 
(pode ser feito VO em gatos que não toleram 
agulha). 
➢ Medetomidina: 6 – 40 µg/kg, IM ou IV 
c) BENZODIAZEPÍNICOS: Cuidado com uso em felinos 
jovens/ hígidos pois podem causar excitação. 
Atenção com a dose em animais debilitados/ 
neuropatas/ cardipatas, para que tenha uma 
sedação adequada e uma estabilidade vascular. 
DOSES: 
➢ Diazepam: 0,1 – 0,5 mg/kg, IV (por ser 
lipossolúvel “mais grosso” a administração IM é 
extremamente dolorosa, além de que essa via 
tem uma menor absorção e metabolização do 
fármaco). 
➢ Midazolam: 0,1– 0,5 mg/kg, IV ou IM 
d) OPIÓIDES: Tramadol apresenta analgesia mais 
eficaz em gatos, quando comparado com cães. Isso 
porque gatos apresentam um metabólito capaz de 
converter o tramadol em O-desmetiltramadol 
(metabólito ativo do tramadol), que tem uma 
eficácia extremamente superior em gatos, que em 
cães. Mas cuidado com seu uso! Usar somente em 
animais que apresentam dor. Animais sem dor vão 
apresentar excitação e disforia. DOSE: 2 – 4 
mg/kg 
Morfina: utilizada em doses baixas (0,1 – 0,3 
mg/kg), tempo de latência muito lento (quando 
comparado a um alfa 2), não é muito eficaz em 
felinos (porque tem deficiência da enzima hepática 
que faz sua metabolização). 
Butorfanol: é um agonista K e um antagonista µ, é 
uma excelente escolha para sedação em felinos, 
mas deve se atentar a dose (NÂO ultrapassar a 
dose 0,4 mg/kg) porque senão não terá o efeito 
desejado. É um excelente analgésico para pacientes 
obstruído e com dor visceral aguda. Ótima escolha 
para pacientes cardiopatas, pois apresentam uma 
boa estabilidade cardiovascular. Duração da ação: 
cerca de 2 horas. 
Metadona: é um agonista µ (forma de L-metadona) 
e um antagonista NMDA (forma D-metadona), 
bloqueia receptores nicotínicos colinérgicos (ou seja, 
inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina), 
ação analgésica potente em felinos, promove 
sedação moderada. Não utilizar em pacientes com 
bradicardia, porque é um fármaco que possui 
vasopressina na fórmula e isso faz com que 
provoque uma depressão cardiovascular. DOSE: 0,2 
– 0,6 mg/kg, VO ou Via transmucosa. 
e) PROPOFOL: Metabolização lenta. Excesso de 
propofol provoca lesões oxidativas em hemácias 
(com formação de corpúsculos de Heinz), 
intoxicação, formação de metahomoglobina. 
f) CETAMINA: Administração IV, IM ou VO. Excelente 
anestésico dissociativo → escolha de eleição para 
animais bravos, agitados. Cuidado com sua utilização 
em animais nefropatas/ obstruídos → isso porque 
80% da sua excreção é renal! DOSE: 5 – 10 mg/kg 
g) ZOLETIL: É um composto pronto: tiletamina e 
zolazepam. Boa escolha para contenção de gatos 
em doação de sangue. Na falta de propofol pode 
ser utilizado como indutor. DOSE: 2,5 – 5 MG/KG 
h) AINES: Em gatos deve ter atenção com dose, que 
são menores quando comparada as doses utilizadas 
em gatos → em consequência da sua 
particularidade hepática: dificuldade em 
glucuronização (ou seja, uma metabolização mais 
prolongada, além de um efeito cumulativo). Boa 
escolha para tratamento de dor crônica. 
DOSE 
➢ Meloxicam: 0,1 mg/kg, SID → para PRIMEIRA 
DOSE. Depois: 0,05 – 0,02 mg/kg, SID. 
➢ Carprofeno: dose única – 4mg/kg

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