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Direito Civil - Direito das Coisas (1)

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DIREITO DAS COISAS
⇲
Conjunto de normas que regem as relações jurídicas das
pessoas, visando regulamentar as relações entre os homens e as
coisas, traçando normas para aquisição, exercícios, conservação e
perda de poder dos homens sobre as coisas.
(Coisas corpóreas e incorpóreas, tendo valor econômico)
⇥ Direito privado que cuida da disciplina jurídica dos processos de
apropriação e apossamento das pessoas sobre as coisas.
⇥ O contrato particular obriga a transferência de propriedade
imobiliária.
⇒ Incorporação Imobiliária: conjunto de atividades exercidas com
a finalidade de construir ou promover a construção de edificações ou
conjunto, bem como a sua comercialização, total ou parcial...
DA POSSE
Não é um direito, é um fato juridicamente protegido.
Possuidor é todo aquele que tem de fato o exercício pleno ou não,
de alguns dos poderes inerentes à propriedade. (Art. 1.196)
ELEMENTOS DA PROPRIEDADE:
❖ O uso - tirar o serviço da coisa sem alterar a substância.
❖ O gozo - fazer a coisa frutiferar, jus fruendi.
❖ O dispor - dar à coisa o que o proprietário quer.
Sendo que os elementos da posse são: usar e gozar. Nos casos de aluguel, o
inquilino está usando, enquanto o dono está gozando do fruto da coisa.
1. Posse plena direta = é quando a pessoa detém materialmente a
coisa, não é dono;
2. Posse plena indireta = o possuidor indireto que cede o uso do
bem ao possuidor direto detém, mas não está materialmente com
a coisa.
- Só o possuidor pleno pode desmembrar a posse.
- A posse direta elimina necessariamente a indireta?
➘
Não, quando for transferida com animus temporário não
elimina. Só elimina quando for transferida com animus definitivo.
⤷ Art. 1197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu
poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real,
não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o
possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
3. Posse justa = é quando não tem os vícios da posse, que são:
● Violenta - a que se adquire pela força física ou violência
moral;
● Clandestina - que se estabelece às ocultas daquele que tem
interesse;
● Precariedade - por se originar do abuso de confiança por
parte de quem devia restituí-la.
4. Posse injusta = é aquela que se reveste de algum dos vícios acima
apontados.
5. Posse de boa-fé = o possuidor desconhece o vício ou
impedimento para a sua aquisição.
⤷ Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício,
ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
6. Posse de má-fé = o possuidor tem ciência da ilegitimidade de seu
direito de posse.
⤷ Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e
desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que
o possuidor não ignora que possui indevidamente.
7. Posse nova = quando tiver a duração de até um ano e dia.
8. Posse velha = quando a posse tiver com mais de ano e dia.
9. Posse originária = quando o possuidor adquire por ato unilateral,
sem que ninguém lhe transmita a posse, Usucapião. Pode esta de
boa ou de má-fé.
10. Posse derivada = aquela que alguém adquire porque houve uma
transmissão da posse. Existe o transmitente e o adquirente,
decorrente do contrato.
DA ���S� E ��� �LA���F��AÇÃO:
⤷ Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se
em relação de dependência para com outro, conserva a posse
em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.
⚬ A deteção surge de mera relação de dependência para com
outro, de quem recebe ordens e instruções.
Ex: caseiro, motorista de ônibus ou táxi que dirige veículo de
frota.
⤷ Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do
modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra
pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.
⚬ Diante daquele que cumpre as ordens há uma presunção de
detenção, mas que cabe prova em contrário (jus tantum), a prova em
questão seria de que o detentor tivesse adquirido o bem do seu
empregador.
⤷ Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa
indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos
possessórios, contanto que não excluam os dos outros
compossuidores.
⚬ A posse que admite diversos possuidores do bem é a
Composse; quando uma coisa está na posse concomitantemente por
mais de uma pessoa.
⤷ Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta,
clandestina ou precária.
⚬ A posse justa é a que não tem vícios, é a inexistência de
violência, clandestinidade ou precariedade.
⤷ Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício,
ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
⚬ O possuidor não sabe do vício na aquisição do bem e age de
boa-fé.
⤷ Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a
presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei
expressamente não admite esta presunção.
⚬ O possuidor com justo título age motivado pela boa-fé, essa é
uma presunção do fato, mas se provado o contrário, indicará que o
possuidor está agindo de má-fé ou quando a lei não admitir essa
presunção.
Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e
desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que
o possuidor não ignora que possui indevidamente.
⚬ Perda da boa-fé.
⤷ Art. 1.203. Salvo prova em contrário, entende-se manter a
posse o mesmo caráter com que foi adquirida.
⚬ Se uma posse injusta for transferida para outrem, ela
permanecerá sendo injusta. Assim ocorrem as demais classificações de
posse.
EF���O� D� ���SE:
(Art. 1.210 a 1.222)
São as consequências jurídicas que emanam contra o possuidor.
São vários os efeitos, tais como:
- Percepção dos frutos;
- Direito de retenção por benfeitorias;
- Responsabilidades pela deterioração;
- Usucapião, entre outros.
1° EFEITO: MEIOS DE DEFESA DE POSSE
Um dos efeitos é a proteção possessória.
⤷ Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse
em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de
violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.
● Turbação - que impede o livre exercício da posse; continua com
ela, mas não está de maneira serena.
● Esbulho - perda da posse.
⤥
No caso de turbação pode se valer da ação de manutenção da posse;
e no caso de esbulho, se vale da reintegração de posse.
⤷ § 1° O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se
ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo;
os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do
indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
⚬ Meio direto de defesa corresponde a Autotutela, o possuidor
defende a posse com as próprias forças (legítima defesa - esforço
físico); permite o desforço imediato para o possuidor esbulhado e a
legítima defesa para o possuidor turbado.
⚬ Meio indireto através das ações possessórias, interditos
possessórios.
⤷ § 2° Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a
alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.
⚬ Não confundir o direito de possuir - jus possidendi, com o
direito da posse - jus possessioni, o fato de ser proprietário não impede
as ações possessórias.
⤷ Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser
possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se
não estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por
modo vicioso.
⚬ A posse direta de boa-fé é a melhor posse. De acordo com o
art.1.211 estamos na questão de composse, onde mais de uma pessoa
está com a posse.
⤷ Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser
possuidora, manter-se-á provisoriamente a que tiver a coisa, se
não estiver manifesto que a obteve de alguma das outras por
modo vicioso.
⚬ Tem legitimidade o possuidor de pleitear contra terceiro, que
recebeu a coisa esbulhada, por danos sofridos e reintegrações de
posse, além daquele que foi responsável pelo esbulho, legitimidade
passiva.
⤷ Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de esbulho, ou
a de indenização, contra o terceiro, que recebeu a coisa
esbulhada sabendo que o era.
2° EFEITO: DIREITO AOS FRUTOS
Fruto é todo e qualquer rendimento que surge por força da
natureza, pela atividadeda pessoa sobre a coisa e pela utilização da
coisa pela pessoa.
ES�ÉCI�� �� F�U��S:
- Naturais = advêm pela força da natureza;
- Industrial = fabricados, além da atividade da pessoa sobre a
coisa;
- Civis = alugueis, juros etc.
Frutos Pendentes são os que não foram destacados da sua origem.
Ex: bezerros no útero.
Frutos Percebidos são os que foram destacados da sua origem.
Ex: bezerro depois que nasceu.
⤷ Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito, enquanto ela
durar, aos frutos percebidos.
⚬ O possuidor de boa-fé é aquele que ignora o vício, e enquanto
estiver de boa-fé terá direito aos frutos percebidos.
⚬ Cessando a boa-fé tem o dever legal de restituir o bem os
acessórios.
⤷ Parágrafo único. Os frutos pendentes ao tempo em que
cessar a boa-fé devem ser restituídos, depois de deduzidas as
despesas da produção e custeio; devem ser também restituídos
os frutos colhidos com antecipação.
⚬ Os frutos colhidos por antecipação a lei trata como má-fé e
deverão ser restituídos. Em observância ao Princípio que veda o
enriquecimento sem causa, nos dois casos devem ressarcir ao antigo
possuidor o que foi gasto com a colheita dos frutos.
⤷ Art. 1.215. Os frutos naturais e industriais reputam-se
colhidos e percebidos, logo que são separados; os civis
reputam-se percebidos dia por dia.
⤷ Art. 1.216. O possuidor de má-fé responde por todos os
frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa
sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu
de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
⤷ Art. 1.217. O possuidor de boa-fé não responde pela perda
ou deterioração da coisa, a que não der causa.
⚬ O caso fortuito ou força maior favorece o possuidor de boa-fé.
⤷ Art. 1.218. O possuidor de má-fé responde pela perda, ou
deterioração da coisa, ainda que acidentais, salvo se provar que
de igual modo se teriam dado, estando ela na posse do
reivindicante.
3° EFEITO: DIREITO ÀS BENFEITORIAS
O Direito brasileiro contempla três tipos:
- Necessária = é imprescritível a coisa, tem a finalidade de impedir
que a coisa se deteriore ou pereça.
- Úteis = facilita o serviço da coisa, torna a coisa mais produtiva.
- Voluptuárias = tornam a coisa mais confortável é uma benfeitoria
supérflua.
⚬ O possuidor de boa-fé tem direito a ser ressarcido pelas
benfeitorias necessárias e pelas úteis, tendo direito a retenção
enquanto não for ressarcido. Enquanto as voluptuárias, se não
comprometer o bem principal, existirá possibilidade de levantá-las.
⤷ Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização
das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
⚬ A compensação se dá quando duas pessoas são credor e
devedor concomitantemente.
⤷ Art. 1.221. As benfeitorias compensam-se com os danos, e
só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da evicção ainda
existirem.
⚬ A evicção é a perda de um bem pelo adquirente, em
reivindicação feita pelo verdadeiro dono, e por cujo resguardo é
responsável o alienante, nos contratos bilaterais.
⤷ Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar as
benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre
o seu valor atual e o seu custo; ao possuidor de boa-fé
indenizará pelo valor atual.
⚬ Tudo que pagar em dinheiro tem direito a correção monetária.
⚬ Possuidor de boa-fé receberá com uma avaliação atual do bem.
Enquanto o de má-fé receberá entre o valor atual e o valor de custo
das benfeitorias.
MODALIDADES DE PERDA POSSE
(Arts. 1.223 a 1.224)
1° Modalidade - Tradição: é a entrega da coisa. Só adquire a coisa
móvel por ato entre vivos e pela tradição, art. 1.226. Nem toda tradição é
propriedade.
Tradição onde não há domínio? Na restituição.
2° Modalidade - Perecimento: parece o direito quando perece o objeto.
3° Modalidade - Abandono: afasta o bem de si, sem nenhuma
formalidade. Pode ser expresso ou tácito.
4° Modalidade - Pelo/com constituto possessório: cláusula
Constituti/Ficta.
Nome: Mariza Stefane de Sousa Henriques

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