Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RUBÉOLA (TERCEIRA DOENÇA) EPIDEMIOLOGIA: Doença exantemática benigna e autolimitada quando adquirida no período pós-natal. ETIOPATOGENIA: Vírus da família Togaviridae e gênero Rubivírus. Os humanos são os únicos hospedeiros conhecidos. Transmissão: Geralmente através de gotículas de secreção nasofaríngea das pessoas infectadas, que penetra no organismo susceptível através da mucosa respiratória do epitélio respiratório migram até os linfonodos regionais após ± 17 dias incubado ocorre a primeira viremia. Período de maior transmissibilidade: 5-7 dias antes até 5-7 dias após o aparecimento do rash. Pode ser transmitido pela via transplacentária causando a rubéola congênita. Os defeitos congênitos são mais graves quando a infecção materna acontece nas primeiras oito semanas de idade gestacional. Manifestações mais comuns na SRC (síndrome da rubéola congênita): oftalmológicas (catarata, retinopatia e microftalmia), cardíacas (Persistência de Canal Arterial – PCA, estenose arterial pulmonar, estenose valvar pulmonar), auditivas (surdez sensorioneural) e neurológicas (microcefalia, meningoencefalite e retardo mental). Em algumas crianças com rubéola congênita, a eliminação do vírus por via nasofaríngea e pela urina pode se estender durante mais de um ano, podendo resultar em transmissão a pessoas suscetíveis. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Fase prodrômica: Após o período de incubação (1 a 3 semanas), a criança inicia um quadro de febre baixa, mal-estar, anorexia, mialgias, dor de garganta e hiperemia conjuntival. Adenomegalias principalmente localizadas na região suboccipital, retroauricular e cervical posterior. Fase exantemática: Em crianças, muitas vezes, a primeira manifestação pode ser o aparecimento do rash, maculopapular puntiforme, róseo, com tendência à coalescência que começa na cabeça e pescoço e dissemina-se pelo tronco, dorso e extremidades. Progressão craniocaudal (mais rápido que no sarampo): quando aparece no tronco, geralmente, já está desaparecendo da face. Sinal de Forchheimer (não é patognomônico): máculas eritematosas ou petéquias localizadas na transição entre palato duro e o palato mole. O exantema da rubéola dura em média três dias e desaparece sem descamar (descama no SARAMPO – DX diferencial). Cerca de 25-40% das crianças desenvolvem uma forma subclínica sem rash. Poliartralgia e poliartrite transitória são raras em crianças e mais frequentes em adolescentes e adultos, especialmente do sexo feminino. COMPLICAÇÕES: Trombocitopenia pós-infecciosa: duas semanas após o rash, com petéqueas, epistaxes, sangramentos GI. De resolução espontânea e autolimitada. Artrite: ocorre mais em mulheres jovens após 1 semana do enxatema. Geralmente as mãos. Encefalite pós-infecciosa: a mais grave das complicações. DIAGNÓSTICO: Clínico O hemograma pode revelar leucopenia, neutropenia e trombocitopenia. Isolamento do vírus na orofaringe Pesquisa de anticorpos IgM e IgG contra rubéola (é solicitado na primeira consulta de pré-natal). Teste de avidez anticorpos IgG (para verificar o potencial teratogênico, quanto mais velha a infecção, mais forte o IgG se liga ao antígeno, logo maior a avidez – ou seja, infecção tem mais de 12 a 16 semanas. Como a gestante está no primeiro trimestre (até 12 semanas), a infecção já ocorreu mais que 12 a 16 semanas, sem ter potencial teratogênico. Se der baixa avidez, ficar atento para o risco teratogênico. OBS: grávida não pode tomar tríplice viral e nem tetraviral, por conter o vírus atenuado da rubéola. TRATAMENTO: Autolimitada. Usa-se sintomáticos (analgésicos e antitérmicos). Se plaquetopenia grave: imunoglobulina e CTC. PROFILAXIA: PRÉ-EXPOSIÇÃO: MS: Aos 12 meses a criança recebe a tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) - e aos 15 meses recebe a tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) ou tríplice viral, 2 ° dose de reforço. As vacinas são administradas por via subcutânea. Imunidade duradoura: por toda a vida. É recomendada a vacinação de mulheres em idade fértil (coma tríplice viral) para prevenção da SRC e em mulheres não imunes no puerpério. PÓS-EXPOSIÇÃO: A profilaxia pós-exposição (vacinação de bloqueio) pode ser feita com a vacina administrada em até 72 horas (três dias) após o contato. OBS: rubéola é doença de notificação COMPULSÓRIA.
Compartilhar