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Prévia do material em texto

Orientação da fibra muscular
APRESENTAÇÃO
A orientação da fibra muscular influencia diretamente em aspectos como geração de força, tipo 
de movimento e desempenho do músculo esquelético. Cada músculo tem uma orientação de 
fibras de acordo com a função ou funções que desempenha. Vamos aprender mais sobre isso? 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir a orientação das fibras musculares esqueléticas;•
Definir origem e inserção muscular;•
Relacionar a orientação da fibra muscular com atividades funcionais.•
DESAFIO
Neste desafio você deverá descrever a arquitetura muscular dos músculos citados e diferenciar 
suas características.
Caso clínico
Ana e Maurício sofreram lesões musculoesqueléticas recentemente. Ela teve o membro superior 
direito imobilizado e Maurício, o membro inferior esquerdo. No momento da avaliação 
fisioterapêutica, constatou-se que Ana estava com importante diminuição de força no músculo 
bíceps braquial. No caso de Maurício, a diminuição era significativa no músculo reto femoral.
Relacionando a arquitetura muscular com a produção de força no processo de 
recuperação da lesão, qual dos dois músculos terá capacidade de produzir mais força?
 
INFOGRÁFICO
Veja, no esquema a seguir, os fatores que estão relacionados à arquitetura e à orientação da fibra 
muscular.
Figura 1
CONTEÚDO DO LIVRO
Para saber mais sobre o conteúdo desta Unidade, leia um trecho do seguinte livro: MARTINI, 
F.H.; TIMMONS, M.J.; TALLITSCH, R.B. Anatomia humana. Coleção Martini. 6.ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2009.
Inicie pelo subtítulo "A organização das fibras musculares esqueléticas".
Boa leitura 
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Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
ARTMED® EDITORA S.A.
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 – Santana
90040-340 – Porto Alegre – RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web
e outros), sem permissão expressa da Editora.
SÃO PAULO
Av. Angélica, 1.091 – Higienópolis
01227-100 – São Paulo – SP
Fone: (11) 3665-1100 Fax: (11) 3667-1333
SAC 0800 703-3444
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Obra originalmente publicada sob o título Human Anatomy, 6th Edition
ISBN 9780321500427
Authorized translation from the English language edition, entitled HUMAN ANATOMY, 6th Edition by FREDERIC MARTINI; MICHAEL TIMMONS; ROBERT 
TALLITSCH, published by Pearson Education, Inc, publishing as Benjamin Cummings, Copyright © 2009. All rights reserved. No part of this book may be 
reproduced or transmitted in any form or by any means, electronic or mechanical, including photocopying, recording or by any information storage retrieval system, 
without permission from Pearson Education, Inc.
PORTUGUESE language edition published by ARTMED EDITORA S.A., Copyright © 2009.
Tradução autorizada a partir do original em língua inglesa da obra intitulada HUMAN ANATOMY, 6ª Edição de autoria de FREDERIC MARTINI; MICHAEL 
TIMMONS; ROBERT TALLITSCH, publicado por Pearson Education, Inc., sob o selo Benjamin Cummings, Copyright (c) 2009. Todos os direitos reservados. Este 
livro não poderá ser reproduzido nem em parte nem na íntegra, nem ter partes ou sua íntegra armazenado em qualquer meio, seja mecânico ou eletrônico, inclusive 
fotoreprografação, sem permissão da Pearson Education,Inc.
A edição em língua portuguesa desta obra é publicada por Artmed Editora SA, Copyright © 2009.
Capa: Mário Röhnelt
Leitura fi nal: Heloísa Stefan
Supervisão editorial: Letícia Bispo de Lima
Editoração eletrônica: Techbooks
Catalogação na publicação: Renata de Souza Borges CRB-10/1922
M386a Martini, Frederic H. 
 Anatomia humana / Frederic H. Martini, Michael J.
 Timmons, Robert B. Tallitsch ; tradução Daniella Franco Curcio.
 – 6. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2009.
 904 p. : il. color. ; 25 x 30 cm. 
 ISBN 978-85-363-1794-6
 1. Anatomia humana. I. Timmons, Michael J. II.
 Tallitsch, Robert B. III. Título. 
CDU 611
CAPÍTULO 9 • O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular 251
perna (“panturrilha”) predominam fibras lentas; esses músculos se contra-
em quase que continuamente para a manutenção da postura ereta, em pé.
A relação percentual entre fibras lentas e rápidas em cada músculo é 
geneticamente determinada, e existem diferenças individuais significati-
vas. Estas variações refletem na capacidade de resistência. Indivíduos com 
maior quantidade de fibras musculares lentas em um determinado mús-
culo têm maior capacidade de desempenhar contrações repetidas em con-
dições aeróbias. Por exemplo, maratonistas com maior proporção de fi-
bras musculares lentas nos músculos dos membros inferiores apresentarão 
melhor desempenho do que os maratonistas com mais fibras musculares 
rápidas. Para períodos curtos de intensa atividade, como em uma corrida 
de curta distância (“sprint”), ou no levantamento de peso, indivíduos com 
maior porcentagem de fibras musculares rápidas terão a vantagem.
A característica das fibras musculares muda com o condicionamen-
to físico. A atividade muscular intensa e repetida promove o aumento de 
tamanho das fibras musculares rápidas e a hipertrofia muscular. Treina-
mentos de resistência, como para uma maratona, aumentam a proporção 
de fibras intermediárias nos músculos ativos. Isso ocorre pela conversão 
gradual de fibras rápidas em fibras intermediárias.
Treinamentos de resistência não promovem hipertrofia, e muitos 
atletas treinam utilizando uma combinação entre atividades aeróbias, 
como a natação, e anaeróbias, como a musculação ou corrida curta. Essa 
combinação é conhecida como treinamento em intervalos, que aumenta a 
dimensão do músculo e melhora a força e a resistência.
REVISÃO DOS CONCEITOS
Por que um velocista sente fadiga muscular após alguns minutos, enquanto 1. 
um maratonista pode correr por horas?
Que tipo de fibra muscular você esperaria que fosse predominante nos 2. 
grandes músculos do membro inferior de um indivíduo que se destaca em 
atividades de resistência como ciclismo ou corrida de longas distâncias?
Por que algumas unidades motoras controlam somente poucas fibras mus-3. 
culares, enquanto outras controlam muitas fibras?
O que é recrutamento?4. 
Veja a seção de Respostas na parte final do livro.
A organização das fibras musculares 
estriadas esqueléticas [Figuras 9.1/9.14]
Apesar de a maioria das fibras musculares esqueléticas se contrair em pro-
porções comparáveis e se encurtar em graus equivalentes, variações na 
organização micro e macroscópica podem afetar dramaticamente a po-
tência, a amplitude e a velocidade do movimento produzido quando um 
músculo se contrai.
As fibras musculares no interior de um músculo formam feixes, deno-
minados fascículos (Figura 9.1, pág. 239). As fibras musculares de cada fas-
cículo são dispostas paralelamente, porém a organização dos fascículos no 
músculo esquelético pode variar, assim como também pode variar a relação 
entre os fascículos e o tendão a eles associado. Quatro padrões diferentes 
de disposição ou organização dos fascículos produzem músculos paralelos, 
músculos convergentes, músculos peniformes e músculos circulares. A Figura 
9.14 ilustra a organização dos fascículos de fibras musculares esqueléticas.
Músculos paralelos [Figura 9.14a]
Em um músculo paralelo, os fascículos são dispostos paralelamente ao 
seu eixo longo. As características funcionais de um músculo paralelo lem-
bram aquelas de uma fibra muscular individual. Considere o músculo 
esquelético mostrado na Figura 9.14a. Este músculo apresenta uma forte 
inserção, por um tendão que se estende da sua extremidade livre até um 
osso móvel do esqueleto. A maioria dos músculos esqueléticos do cor-
po são músculos paralelos. Alguns formam faixas achatadas com largas 
aponeuroses em cadaextremidade; outros são fusiformes com tendões 
semelhantes a cordões em uma ou ambas as extremidades. Tal músculo 
apresenta um corpo central, também chamado de ventre. Quando esse 
músculo se contrai, ele encurta, e o diâmetro de seu corpo aumenta. O 
músculo bíceps braquial é um exemplo de um músculo paralelo com um 
corpo central. A saliência do músculo bíceps em contração pode ser vista 
na superfície anterior do braço quando o cotovelo é flexionado.
Uma célula muscular esquelética pode efetivamente contrair-se até 
que se encurte em cerca de 30%. Como as fibras musculares são paralelas 
ao eixo longo do músculo, quando se contraem em conjunto, o músculo 
todo se encurta na mesma proporção. Por exemplo, se o músculo esque-
Nota clínica
* N. de R.T. Na realidade, a dor atribuída ao músculo é resultado de lesões no tecido 
conectivo que envolve seu ventre (epimísio), seus fascículos (perimísio) e suas fibras in-
dividualmente (endomísio).
Dor muscular de início retardado Você provavelmente já passou 
pela experiência de sentir dores musculares no dia seguinte a um período 
de exercícios físicos. Há grande controvérsia a respeito da origem e do 
significado dessa dor, que é conhecida como dor muscular de início retar-
dado (DMIR)* e que apresenta características bastante interessantes:
A DMIR é diferente da dor experimentada imediatamente após a ces- •
sação do exercício. A dor inicial a curto prazo tem uma provável asso-
ciação com eventos bioquímicos relacionados à fadiga muscular.
A DMIR geralmente se inicia algumas horas após o término do pe- •
ríodo de exercícios e pode permanecer por três ou quatro dias.
A intensidade da DMIR é maior quando a atividade envolve contra- •
ções excêntricas. Atividades com predomínio de contrações concên-
tricas ou isométricas produzem menos dor.
Os níveis de CPK e mioglobina estão elevados no sangue, indicando •
dano ao sarcolema muscular. A natureza da atividade (excêntrica, 
concêntrica ou isométrica) não interfere nesses níveis, os quais 
também não podem ser utilizados para prever o grau de dor expe-
rimentado.
Três mecanismos foram propostos para explicar a DMIR:
Pequenas lacerações podem ocorrer no tecido muscular, lesando a 1. 
membrana das fibras. O sarcolema de cada fibra muscular lesada per-
mite a perda de enzimas, mioglobina e outras substâncias químicas 
que podem estimular receptores da dor em regiões adjacentes.
A dor pode resultar de espasmos musculares nos músculos afetados. 2. 
Em alguns estudos, o alongamento dos músculos envolvidos, após o 
exercício, reduziu o grau de intensidade da dor.
A dor pode resultar de lacerações na rede de tecido conectivo e nos 3. 
tendões do músculo esquelético.
Algumas evidências fundamentam cada um desses mecanismos, mas 
é pouco provável que qualquer um deles isoladamente explique comple-
tamente as alterações. Por exemplo, a lesão da fibra muscular é segura-
mente sustentada por achados bioquímicos; porém, se este fosse o único 
fator responsável, o tipo de atividade e o nível de enzimas intracelulares 
na circulação apresentariam correlação com o nível de dor experimenta-
da, e isso não ocorre.
252 O SISTEMA MUSCULAR
lético tem 10 cm de comprimento, a extremidade do tendão será desloca-
da em 3 cm quando houver a contração. A força tensora desenvolvida por 
um músculo durante a contração depende do número de miofibrilas que 
ele contém. Como o número de miofibrilas é distribuído uniformemente 
no sarcoplasma de cada célula, a tensão pode ser estimada com base na 
área da secção transversal do músculo em repouso. Um músculo paralelo 
cuja área de secção transversal seja 6,45 cm2 pode desenvolver uma tensão 
de aproximadamente 23 kg de força tensora.
Músculos convergentes [Figura 9.14b]
Em um músculo convergente, as fibras musculares estão dispostas sobre 
uma área ampla, porém todas convergem para um local de fixação co-
mum. Elas podem tracionar um tendão, uma lâmina tendínea ou um feixe 
delgado de fibras colágenas denominado rafe. As fibras musculares mui-
tas vezes se apresentam abertas como um leque ou em um amplo triângu-
lo, com um tendão na extremidade, conforme evidencia a Figura 9.14b. O 
músculo peitoral maior apresenta este formato. Este tipo de músculo é ver-
sátil; a direção da tração pode ser modificada pela estimulação de apenas 
um grupo de células musculares de cada vez. No entanto, quando todas 
as fibras se contraem simultaneamente, a tração resultante sobre o tendão 
não é tão intensa quanto aquela exercida por um músculo paralelo de 
mesmo tamanho, pois as fibras musculares nos lados opostos do tendão 
exercem tração em diferentes direções, e não unidirecionalmente.
Músculos peniformes [Figura 9.14c-e]
Em um músculo peniforme (penna, pena), um ou mais tendões percor-
rem o ventre (corpo) do músculo, e os fascículos formam ângulos oblí-
quos em relação ao tendão. Como a tração é exercida obliquamente, a 
contração destes músculos não movimenta seus tendões tão amplamente 
quanto os músculos paralelos o fazem. No entanto, um músculo peni-
forme conterá mais fibras musculares do que um músculo paralelo de 
mesmo tamanho e, como resultado, sua contração produzirá maior força 
tensora do que a gerada pelo músculo paralelo de mesmo tamanho.
Quando todas as células musculares são encontradas do mesmo lado 
de um tendão, o músculo é semipeniforme (Figura 9.14c). Um músculo 
longo que estende os dedos, o músculo extensor dos dedos, é um exemplo 
Fascículo
Secção transversal
(a) Músculo paralelo
 (Músculo bíceps braquial)
Tendão
Base do
músculo
Secção
transversal
Tendão
estendido
(c) Músculo semipeniforme
 (Músculo extensor dos dedos)
(d) Músculo peniforme
 (Músculo reto femoral)
Ventre
(b) Músculo convergente
 (Músculo peitoral maior)
Relaxado
Contraído
(f) Músculo circular
 (Músculo orbicular do olho)
(e) Músculo multipeniforme
 (Músculo deltóide)
Tendões
Secção transversal
(f)
(e)
(a)
(c)
(d)
(b)
Figura 9.14 Organização das fibras musculares estriadas esqueléticas.
Quatro diferentes padrões de disposição de fibras musculares: (a) paralelo, (b) convergente, (c, d, e) peniforme e (f) circular.
CAPÍTULO 9 • O Sistema Muscular: Tecido Muscular Esquelético e Organização Muscular 253
de músculo semipeniforme. Mais freqüentemente as fibras musculares 
encontram-se dos dois lados do tendão. O músculo reto femoral, um mús-
culo grande da coxa, é um músculo peniforme típico (Figura 9.14d) que 
contribui para a extensão do joelho. Se o tendão se ramifica no interior do 
músculo, o músculo é multipeniforme (Figura 9.14e). O músculo deltóide, 
de formato triangular, que cobre a superfície da articulação do ombro é 
um exemplo de músculo multipeniforme.
Músculos circulares [Figura 9.14f]
Em um músculo circular, ou esfincter, as fibras estão dispostas concen-
tricamente, ao redor de uma abertura ou recesso (Figura 9.14f). Quando 
o músculo se contrai, o diâmetro da abertura diminui. Músculos circu-
lares controlam o acesso interno e externo nas vias de passagem como 
as dos tratos digestório e urinário. Um exemplo de músculo circular é o 
músculo orbicular da boca.
Terminologia muscular [Tabela 9.2]
Cada músculo “inicia-se” em uma inserção de origem (ponto fixo) e 
“termina” em uma inserção terminal (ponto móvel), e contrai-se pro-
duzindo uma ação. Termos indicativos das ações dos músculos, de regiões 
específicas do corpo e de estruturas características do músculo são apre-
sentados na Tabela 9.2.
Inserção de origem (ponto fixo) e 
inserção terminal (ponto móvel)
Tipicamente, a inserção de origem (ponto fixo) permanece estacionária 
e a inserção terminal (ponto móvel) se move, ou a inserção de origem é 
proximal à inserção terminal. Por exemplo, o músculo tríceps braquial se 
insere no olécrano e se origina mais próximo ao ombro. Estas convenções 
são feitas considerando-se o movimento normal, com o indivíduo em po-
sição anatômica. O interessante, no estudo do sistema muscular, é poder 
executar movimentos e pensar sobre os músculosque estão envolvidos. 
(Discussões em laboratório sobre sistema muscular freqüentemente se as-
semelham a aulas pouco organizadas de aeróbica.)
Quando as inserções não podem ser determinadas facilmente com 
base no movimento ou na posição, outros critérios são utilizados. Se um 
músculo se estende entre uma larga aponeurose e um tendão estreito, a 
aponeurose é considerada a inserção de origem, e a inserção terminal é a 
região de fixação do tendão. Quando existem vários tendões em uma ex-
tremidade e somente um na outra, existirão múltiplas inserções de origem 
e uma única inserção terminal. Estas regras simples não abrangem todas 
as situações, e distinguir inserção de origem de inserção terminal é menos 
importante do que saber onde se fixam as duas extremidades e qual é a 
ação do músculo quando ele se contrai.
Ações
Quase todos os músculos estriados esqueléticos apresentam uma das 
inserções no esqueleto. Quando um músculo movimenta uma parte do 
TABELA 9.2 Terminologia muscular
Termos indicativos de direção 
relativa aos eixos do corpo
Termos indicativos de regiões 
específicas do corpo1
Termos indicativos de características 
estruturais do músculo Termos indicativos de ações
Anterior
Externo
Extrínseco
Inferior
Interno
Intrínseco
Lateral
Medial
Oblíquo
Posterior
Profundo
Reto
Superficial
Superior
Transverso
Abdominal
Auricular
Braquial (do braço)
Carpal (do punho)
Cefálica (da cabeça)
Cervical (do pescoço)
Clavicular
Coccígea
Costal
Cubital (do cotovelo)
Cutânea
Do hálux
Do polegar
Do psoas
Escapular
Femoral
Ílíaca
Inguinal
Lingual
Lombar
Mentual
Nasal
Nucal
Oral
Orbital
Palpebral
Poplítea (posterior ao joelho)
Radial
Temporal
Tibial
Torácica
Ulnar
Vesical
INSERÇÃO DE ORIGEM (ponto fixo)
Bíceps (duas cabeças)
Quadríceps (quatro cabeças)
Tríceps (três cabeças)
FORMA
Deltóide (triângulo)
Esplênio (faixa)
Orbicular (círculo)
Pectíneo (pente)
Piramidal (pirâmide)
Piriforme (pêra)
Platisma (plano)
Redondo (longo e arredondado)
Rombóide (rombóide)
Serrátil (serrilhado)
Trapézio (trapezoidal)
OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES
Alba (branca)
Breve (curta)
Grácil (delgado)
Lata (amplo)
Latíssimo
Longo
Longuíssimo
Magno (grande)
Maior
Máximo
Menor
Mínimo
Tendíneo
Vasto (grande)
GERAL
Abaixador
Abdutor
Adutor
Extensor
Flexor
Levantador
Pronador
Rotador
Supinador
Tensor
ESPECÍFICA
Bucinador (trompetista)
Risório (sorriso)
Sartório (costureiro)
1Para outros termos regionais, consulte a Figura 1.8, pág. 14, que define pontos de referência anatômica.
254 O SISTEMA MUSCULAR
esqueleto, o movimento pode envolver abdução, adução, flexão, extensão, 
circundução, rotação, pronação, supinação, eversão, inversão, dorsiflexão, 
flexão plantar, flexão lateral, oposição, protrusão, retração, elevação e abai-
xamento. Antes de prosseguir, reveja a discussão dos planos de movimen-
to e as Figuras 8.3 a 8.5. l págs. 210-212
Existem dois métodos para se descrever as ações musculares. O primei-
ro faz referência à região óssea afetada. Assim, diz-se que o músculo bíceps 
braquial realiza a “flexão do antebraço”. O segundo método especifica a ar-
ticulação envolvida. Assim, a ação do músculo bíceps braquial é descrita 
como “flexão do (ou no nível do) cotovelo”. Ambos os métodos são válidos 
e cada um tem suas vantagens, mas utilizaremos preferencialmente o se-
gundo quando descrevermos ações musculares nos próximos capítulos.
Os músculos podem ser agrupados de acordo com suas ações primá-
rias em três tipos:
Agonistas (ator ou autor principal)1. : Um músculo agonista é o mús-
culo cuja contração é a principal responsável por um determinado 
movimento, como a flexão no nível do cotovelo. O músculo bíceps 
braquial é um exemplo de ator principal ou agonista durante a flexão 
no cotovelo.
Sinergistas2. : Quando um músculo sinergista se contrai (syn, junto 
+ ergon, trabalho), ele auxilia o músculo agonista a executar aquela 
ação. Os músculos sinergistas podem proporcionar tração adicional 
próximo à região de inserção ou estabilizar o local da inserção de ori-
gem. Sua participação em um determinado movimento pode mudar 
enquanto o movimento progride; em muitos casos, eles são mais so-
licitados no início, quando o agonista é tensionado e a intensidade de 
sua força é relativamente baixa. Por exemplo, o músculo latíssimo do 
dorso e o músculo redondo maior tracionam o braço para baixo. Com 
o braço elevado em direção ao teto, as fibras do músculo latíssimo 
do dorso estão em estiramento máximo e alinhadas paralelamente ao 
úmero. O músculo latíssimo do dorso não pode desenvolver muita 
tensão nesta posição. No entanto, pela orientação do músculo redon-
do maior, que tem sua inserção de origem na escápula, ele pode se 
contrair mais eficientemente e auxilia o músculo latíssimo do dorso 
a iniciar o movimento na direção inferior. A importância deste “au-
xiliar” diminui à medida que o movimento continua na direção in-
ferior. Neste exemplo, o músculo latíssimo do dorso é o agonista e o 
músculo redondo maior é o sinergista. Os sinergistas podem também 
auxiliar um agonista evitando um determinado movimento indeseja-
do em uma articulação, estabilizando, dessa forma, a inserção de ori-
gem do agonista. Esses músculos são então chamados de fixadores.
Antagonistas3. : Antagonistas são músculos cuja ação se opõe à ação 
dos músculos agonistas; se o agonista produz flexão, o antagonista 
produzirá extensão. Quando um agonista se contrai para produzir 
um determinado movimento, o antagonista se alonga, mas em geral 
ele não relaxa totalmente. Em vez disso, sua tensão será ajustada para 
controlar a velocidade e garantir a suavidade do movimento realizado 
pelo agonista. Por exemplo, o músculo bíceps braquial age como um 
agonista quando se contrai produzindo a flexão no cotovelo. O mús-
culo tríceps braquial, localizado na superfície oposta do braço, age 
como um antagonista para estabilizar o movimento de flexão e para 
produzir a ação oposta, a extensão no cotovelo.
Nomenclatura dos músculos 
estriados esqueléticos [Tabela 9.2]
Não será necessário o conhecimento de cada um dos aproximadamente 700 
músculos do corpo humano, mas é essencial estar familiarizado com os mais 
importantes. Felizmente os nomes da maioria dos músculos esqueléticos dão 
indicações para sua identificação (Tabela 9.2). Os músculos esqueléticos são 
nomeados de acordo com vários critérios, incluindo regiões específicas do 
corpo, orientação das fibras musculares, características específicas ou inco-
muns, identificação da inserção de origem e da inserção terminal e funções 
principais. O nome pode indicar uma região específica (o músculo braquial, 
do braço), o formato do músculo (músculo trapézio, músculo piriforme), ou 
uma combinação das duas características (músculo bíceps femoral).
Alguns nomes fazem referência à orientação das fibras musculares 
em um músculo determinado. Por exemplo, músculos retos são múscu-
los paralelos cujas fibras geralmente encontram-se dispostas ao longo do 
maior eixo do corpo. Como existem vários músculos retos, em geral o 
nome inclui um segundo termo que faz referência à região específica do 
corpo. O músculo reto do abdome é encontrado no abdome, e o músculo 
reto femoral, na coxa. Outros indicadores direcionais incluem os termos 
transverso e oblíquo para músculos cujas fibras estão dispostas em ângu-
lo oblíquo ou perpendicular ao eixo longitudinal do corpo.
Outros músculos foram nomeados em função de características 
específicas ou incomuns. Um músculo bíceps (bi, dois + caput, cabeça) 
tem dois tendões de origem (ponto fixo), o tríceps tem três e o quadrí-
ceps, quatro. A forma é, às vezes, um indício importante para o nome 
do músculo. Por exemplo, os nomes trapézio, deltóide, rombóide e or-
bicular referem-se a músculos importantes que se assemelham a um 
trapézio, um triângulo, um rombóide e um círculo, respectivamente. 
Músculos alongados recebem o termo indicativo longo ou longuíssi-
mo; o termo redondo (teres) é utilizado para descrever músculos que 
são longos e arredondados. A descriçãode músculos curtos utiliza o 
termo breve; a de músculos grandes usa os termos magno (grande), 
maior ou máximo; já a descrição de pequenos músculos inclui os ter-
mos menor ou mínimo.
Músculos mais próximos à superfície externa do corpo são chamados 
de superficiais ou externos, enquanto os mais aprofundados são denomi-
nados internos ou profundos. Músculos mais externos de um órgão e que 
o posicionam ou estabilizam são chamados de extrínsecos; aqueles que 
são mais internos de um órgão são chamados de músculos intrínsecos*.
Os nomes de muitos músculos identificam suas inserções de origem 
(ponto fixo) e inserções terminais (ponto móvel). Nesses casos, a primeira 
parte do nome refere-se à inserção de origem e a segunda, à inserção ter-
minal. Por exemplo, o músculo genioglosso tem sua inserção de origem na 
mandíbula (geneion) e sua inserção terminal na língua (glossus).
Nomes como flexor, extensor, tensor e assim por diante indicam a fun-
ção primária do músculo. Estas ações são tão comuns que os nomes quase 
sempre incluem outros indicativos relacionados ao aspecto ou à localiza-
ção do músculo. Por exemplo, o músculo extensor radial longo do carpo é 
um músculo encontrado na margem radial (lateral) do antebraço. Quan-
do se contrai, sua função primária é a extensão no punho.
Alguns músculos levam o nome dos movimentos específicos asso-
ciados a ocupações especiais ou hábitos. Por exemplo, o músculo sartório 
é ativado quando cruzamos as pernas. Antes da invenção das máquinas 
de costura, um costureiro sentava-se no chão com as pernas cruzadas, e 
o nome do músculo foi derivado da palavra latina para costureiro, sartor. 
Na face, o músculo bucinador comprime as bochechas como ocorre no so-
pro forçado com os lábios contraídos e enrugados. Buccinator quer dizer 
trompetista. Finalmente, um outro músculo facial, o músculo risório, foi 
supostamente nomeado em função da expressão de humor. No entanto, 
o termo latino risor significa sorridente, ao passo que a descrição mais 
apropriada para a ação seria “grimaça” (careta).
Exceto para o platisma e o diafragma, os nomes completos de todos 
os músculos esqueléticos incluem o termo músculo. Embora geralmente se 
utilize o nome completo do músculo, para economizar espaço e evitar con-
fusões, usaremos apenas a porção descritiva do nome nas figuras que acom-
panham o texto (tríceps braquial ao invés de músculo tríceps braquial).
* N. de R.T. Geralmente o termo extrínseco se refere a músculos ou outras estruturas, como 
vasos sangüíneos, que não são exclusivos do órgão. Intrínseco refere-se ao que é exclusivo, 
próprio daquele órgão.
 
DICA DO PROFESSOR
O vídeo preparado para esta Unidade traz a descrição dos principais aspectos da arquitetura 
muscular e também a definição de origem e inserção do músculo esquelético.
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EXERCÍCIOS
1) Quanto à arquitetura muscular, é correto afirmar que: 
A) Nos músculos peniformes, o fascículo forma um ângulo oblíquo em relação ao tendão.
B) Um músculo peniforme é subdividido em paralelo e triangular.
C) Em um músculo circular, as fibras são dispostas de forma divergente em relação a uma 
abertura ou um recesso.
D) Em um músculo convergente, as fibras encontram-se espalhadas, ligando dois pontos 
distantes.
E) A maioria dos músculos do corpo humano é peniforme.
2) João está com uma paralisia do músculo orbicular do olho e não consegue fechar a 
pálpebra. Quanto à localização e à orientação das fibras musculares desse músculo, 
podemos dizer que ele é: 
A) Peniforme.
B) Circular.
C) Paralelo.
D) Triangular.
E) Multipeniforme.
3) O músculo peitoral maior é classificado como: 
A) Músculo paralelo.
B) Músculo peniforme.
C) Músculo convergente.
D) Músculo circular.
E) Músculo semipeniforme.
4) Quanto à definição de origem e à inserção muscular, podemos afirmar que: 
A) Origem é definida como ponto móvel do músculo.
B) A inserção terminal é definida como ponto fixo do músculo.
C) A inserção de origem é definida como ponto fixo e termina na inserção terminal, que é o 
ponto móvel.
D) A inserção de origem é distal à inserção terminal.
E) A denominação de ponto fixo e ponto móvel não varia, independentemente do movimento.
5) Um indivíduo idoso tem alterações musculares relacionadas ao envelhecimento. Uma 
das principais disfunções é a sarcopenia, ou declínio da massa muscular. Podemos 
dizer que a sarcopenia afeta diretamente a arquitetura muscular, pois... 
A) Aumenta a área de secção transversa anatômica do músculo.
B) Diminui o volume muscular.
C) Mantém o ângulo de penação muscular.
D) Mantém a capacidade de produção de força.
E) Aumenta a capacidade de produção de força.
NA PRÁTICA
A marcha, ou o andar, é uma das atividades mais funcionais do ser humano e envolve a 
utilização de 200 músculos, do total de quase 700 descritos no corpo todo. É uma tarefa motora 
que envolve um padrão complexo de contrações musculares em diversos segmentos do corpo. A 
marcha pode ser vista como o deslocamento do corpo através do espaço com o menor consumo 
de energia possível. Para que a marcha individual possa ser realizada dentro dos padrões 
considerados normais, é necessário que haja integração das funções e integridade do sistema 
musculoesquelético, como músculos, envoltórios, fáscia, tendões, articulações e o sistema 
nervoso
 
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
BAPTISTA, R.R.; VAZ, M.A. Arquitetura muscular e envelhecimento: adaptação 
funcional e aspectos clínicos; revisão da literatura. Fisioterapia e Pesquisa. Vol. 16, n. 4, 
2009.
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