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LIBRAS AV2

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LIBRAS 
Aula 05 
Língua e linguagem 
Antes mesmo de falarmos pela primeira vez já possuímos, portanto, um sistema mental 
através do qual estruturamos nosso pensamento, nosso conhecimento de mundo. Dessa 
forma, cada povo desenvolve uma língua específica possibilitado pelas infinitas 
combinações permitidas pelas regras desse sistema inato. 
Isso quer dizer que se uma criança nasce no Japão, a faculdade de aprender japonês é a 
mesma de uma criança que nasce no Brasil. Apenas cada criança irá desenvolver a 
língua específica do meio em que vive. 
Se buscarmos perguntar às pessoas mais próximas o que elas entendem por língua, 
poderemos encontrar uma variedade de respostas que apontam para visões diferenciadas de 
língua. Cientificamente, também diversas relações são estabelecidas. 
Podemos, por isso, estabelecer várias perspectivas para descrever a linguagem que 
privilegiam alguns de seus aspectos, suas formas de manifestação etc. Podemos, por 
exemplo, pensar na língua como um meio de comunicação, como uma estrutura, como 
um valor social, entre outras formas. 
Nesta aula, ressaltamos os aspectos sociolinguísticos das línguas de sinais. Em outras palavras, 
fazemos referência às relações entre linguagem e sociedade que podem nos ajudar a entender 
as línguas (de sinais) como valores, produtos de um determinado grupo. Essas possíveis 
relações nos permitem levantar algumas questões. 
Aspectos sociolinguísticos 
 
 
 
Aula 06 
O sistema pronominal 
O sistema pronominal da língua 
brasileira de sinais, a exemplo do 
português, é formado por três pessoas do 
discurso. Dependendo da configuração 
de mãos utilizada e de direção para qual 
aponta no espaço, as pessoas do discurso 
podem ser especificadas. Podem 
aparecer tanto no singular quanto no 
plural. 
Pessoa do discurso Singular Plural 
Primeira pessoa Eu Nós 
Segunda pessoa Tu / Você Vós / Vocês 
Terceira pessoa Ele(a) Eles(as) 
 
Observação: Lembre-se que pessoa do discurso refere-se à forma pronominal cuja 
função é a de indicar: a) aquele que fala (emissor); b) para quem fala (destinatário); c) 
de quem se fala (não faz parte da interlocução). 
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes pessoais 
Em LIBRAS, o sujeito da ação pode apontar alternadamente para o interlocutor e para si 
próprio, mãos formando o número dois, para significar “nós dois”. Da mesma forma, 
pode-se especificar tanto a primeira quanto a segunda e terceiras pessoas em três 
pessoas, quatro pessoas, plural, etc. 
Nas frases em LIBRAS o sujeito pode ser omitido (no caso das primeira e segunda 
pessoas) desde que o contexto possibilite identificá-lo. No caso da terceira pessoa, essa 
não será apontada se, mesmo estando presente, não for intenção do usuário ressaltar a 
sua presença por motivos culturais como, por exemplo, isso ser ou não falta de 
educação. 
Pronomes pessoais, na sequência do vídeo: a) “eu”; b) “tu/você”; c) “ele/ela”; d) 
“nós”; e) “vós/vocês”; f) “eles(as)”. 
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes demonstrativos e advérbios de 
lugar 
Em termos de sinais utilizados, essas duas categorias não apresentam diferença, sendo 
possível diferenciá-las apenas a partir do contexto. As relações estabelecidas são as 
mesmas da norma padrão encontrada em boa parte das línguas orais, a saber: 
este/isto/aqui, esse/isso/aí, aquele/aquilo/lá. 
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes interrogativos 
Os pronomes como QUE e QUEM (que + pessoa ou quem) são utilizados no início ou 
final da frase, dependendo do contexto. QUANDO pode ser especificado em relação ao 
passado ou ao futuro, dependendo da direção do movimento da mão. 
O sistema pronominal em LIBRAS: pronomes possessivos 
Os possessivos não apresentam concordância de número (pelo menos não em relação ao 
objeto) e nem de gênero. Concordam sempre em relação à pessoa do discurso. Eles são: 
a) “meu”; b) “teu/seu”; c) “dele”; d) “nosso”; e) “vosso”; f) “deles”. 
Advérbios de tempo 
São utilizados como uma espécie de marca sintática para indicar o tempo verbal na 
frase. Em geral, ficam no início da frase. 
Adjetivos 
Não há concordância em relação ao gênero ou ao número. São fundamentais para a 
formação de classificadores descritivos, assumindo de maneira icônica a 
qualidade/forma de um objeto. São posicionados na frase logo após o substantivo. 
Aula 07 
Estrutura de sentenças 
Para estudar a construção de frases em LIBRAS, é preciso pensar que esta linguagem se 
estrutura a partir de recursos espaciais e visuais, ou seja, se utiliza do espaço para dar 
coerência e coesão as palavras que formam a sentença. 
 
Em Libras, encontramos quatro tipos de frases: 
• Afirmativa 
• Negativa 
• Interrogativa 
• Exclamativa 
 
Aula 08 
Estrutura de sentenças 
Em LIBRAS, encontramos categorias gramaticais que também estão presentes nas 
línguas orais. Sendo assim, na língua dos sinais, encontraremos itens lexicais que 
podem ser classificados como verbo, advérbio, adjetivo e pronome. A categoria artigo, 
no entanto, recorrente em inúmeras línguas orais, não existe em LIBRAS. 
Embora o conceito atribuído às categorias gramaticais de LIBRAS seja semelhante ao 
das línguas orais, suas formas de classificação e de funcionamento são diferentes. 
Portanto, a LIBRAS não pode ser estudada tendo como base a Língua Portuguesa, já 
que sua gramática é independente da língua oral. 
A ordem dos sinais na construção de uma frase em LIBRAS obedece a regras próprias, 
que refletem a forma de o surdo processar suas idéias tendo como parâmetro a sua 
percepção visual-espacial da realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 09 
Vídeo. 
Aula 10 
 
Um exemplo importante de iniciativa para aumentar a inclusão cultural deste nicho às 
manifestações artísticas é a Companhia de Teatro Mãos Livres, que luta para que as 
barreiras de comunicação sejam minimizadas através de espetáculos produzidos tanto 
para surdos como para a sociedade ouvinte. 
A Companhia de Teatro Mãos Livres surgiu em 2005, a partir de uma prática 
pedagógica desenvolvida dentro das salas de aula de escolas públicas regulares e 
especializadas cuja metodologia está fundamentada no aprendizado e desenvolvimento 
integral dos alunos surdos. 
Esta forma de ensino tem sua didática baseada nas linguagens artísticas como a música, 
o teatro e a dança, que funcionam como estímulos às relações interculturais. 
As novas tecnologias permitiram que a informação fosse propagada de forma melhor e 
mais veloz. As comunidades surdas também se beneficiaram com as novas tecnologias. 
Além de recursos que ajudam a comunicação deste público com a sociedade ouvinte, as 
novas tecnologias também possibilitaram que produções de arte e literatura fossem 
acessadas por este nicho da sociedade. 
 
 
A invenção foi testada com sucesso em um bebê portador de deficiência. Ele recebeu o 
chip aos quatro meses de idade e depois de um ano e meio começou a ouvir e articular 
palavras. O instituto de Fisiologia Pavlov, em Moscou, anunciou a criação de um chip 
capaz de fazer com que surdos ouçam sons e aprendam a falar. Implantável no ouvido, 
ele tem um microgerador, um amplificador de impulsos elétricos e um microfone sem 
fios que pode dividir o sinal auditivo em frequências para posterior identificação. A 
invenção foi testada com sucesso em um bebê portador da deficiência. Ele recebeu o 
chip aos quatro meses de idade e depois de um ano e meio começou a ouvir e articular 
palavras. “O chip pode ser utilizado com eficácia para obter coordenação de 
movimentos em crianças com paralisia cerebral e outras doenças graves”, disse o diretor 
do projeto Yakov Altman. 
 
Fim

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